Imagem de 5 questões básicas sobre matéria escura ainda por responder no megacurioso

Não se sabe do que ela é feita ou até mesmo se é real; mesmo com os mais modernos telescópios, sua existência é uma incógnita desde a década de 1930

Desde pelo menos a d&eacute;cada de 1920, uma hip&oacute;tese permeia o mundo da astronomia: o universo cont&eacute;m mais mat&eacute;ria do que &eacute; poss&iacute;vel vermos a olho nu. Na d&eacute;cada de 1930, o astr&ocirc;nomo su&iacute;&ccedil;o Fritz Zwicky notou que as gal&aacute;xias em um aglomerado distante orbitavam uma ao redor da outra em uma velocidade maior do que seria esperado se consideradas suas massas vis&iacute;veis. Ele prop&ocirc;s que uma subst&acirc;ncia invis&iacute;vel, que chamou de mat&eacute;ria escura, poderia estar puxando gravitacionalmente essas gal&aacute;xias uma para a outra.
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Essa ideia era mais dif&iacute;cil de provar do que apoiar, j&aacute; que ainda n&atilde;o havia nenhuma evid&ecirc;ncia&nbsp;dessa mat&eacute;ria misteriosa. Mesmo com telesc&oacute;pios potentes, como o Hubble e o Kepler, ela n&atilde;o foi ainda detectada, mas sua exist&ecirc;ncia sempre foi mais do que uma probabilidade, e sim uma forte possibilidade. Cerca de 85% da massa do universo &eacute; composta de material que os cientistas n&atilde;o conseguem ver &mdash; a mat&eacute;ria escura, para complicar ainda mais, n&atilde;o emite luz ou energia. Ent&atilde;o ela&nbsp;importaria para o estudo do universo?
<figure><img alt=" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/09/09213855637070.jpg" width="960" /> <figcaption>Mapa cobrindo 1/30 do c&eacute;u, feito a partir da observa&ccedil;&atilde;o de 26 milh&otilde;es de gal&aacute;xias. As regi&otilde;es vermelhas t&ecirc;m mais mat&eacute;ria escura do que a m&eacute;dia; as regi&otilde;es azuis, menos. (Fonte: Universidade de Chicago/Chihway Chang)</figcaption></figure>
"Os movimentos das estrelas dizem o quanto ela importa", disse o pesquisador da Universidade de Yale, Pieter van Dokkum, que liderou a equipe que identificou a gal&aacute;xia Dragonfly 44, composta quase inteiramente de mat&eacute;ria escura.
<h2>1. O que &eacute; a mat&eacute;ria escura?</h2>
Ningu&eacute;m sabe ao certo. Alguns cientistas chegaram a conjeturar que ela seria composta de pequenas estrelas fracas e buracos negros, mas observa&ccedil;&otilde;es detalhadas n&atilde;o revelaram objetos suficientes para explicar a influ&ecirc;ncia que a mat&eacute;ria escura exerce sobre outros corpos celestes.
A hip&oacute;tese mais aceita &eacute; que ela seja formada por um elemento hipot&eacute;tico chamado Part&iacute;cula Massiva de Baixa Intera&ccedil;&atilde;o (ou WIMP, em ingl&ecirc;s), que se comportaria como um n&ecirc;utron &mdash; exceto por ser entre 10 e 100 vezes mais pesada.
<h2>2. Podemos detectar mat&eacute;ria escura?</h2>
Se a mat&eacute;ria escura &eacute; feita de WIMPs, eles estariam em todo lugar, invis&iacute;veis e quase impercept&iacute;veis. Embora eles n&atilde;o costumem interagir com a mat&eacute;ria comum, &eacute; poss&iacute;vel, hipoteticamente, que uma part&iacute;cula de mat&eacute;ria escura atinja um pr&oacute;ton ou el&eacute;tron enquanto viaja pelo espa&ccedil;o. Assim, por d&eacute;cadas, &nbsp;pesquisadores fizeram experimentos para estudar um grande n&uacute;mero de part&iacute;culas comuns no subsolo, onde est&atilde;o protegidas contra radia&ccedil;&atilde;o interferente que pode imitar uma colis&atilde;o entre mat&eacute;ria escura e part&iacute;culas. Nenhuma descoberta confi&aacute;vel foi feita.
No in&iacute;cio de 2019, o experimento chin&ecirc;s PandaX relatou a mais recente n&atilde;o detec&ccedil;&atilde;o de WIMP.
<h2>3. A mat&eacute;ria escura consiste em mais de uma part&iacute;cula?</h2>
Todos j&aacute; ouviram falar de pr&oacute;tons, el&eacute;trons e n&ecirc;utrons, e alguns conhecem&nbsp;neutrinos, m&uacute;ons e pions. Pesquisadores se perguntam, ent&atilde;o, se a mat&eacute;ria escura tamb&eacute;m &eacute; complicada. "N&atilde;o h&aacute; raz&atilde;o para supor que toda a mat&eacute;ria escura do universo seja feita somente de um tipo de part&iacute;cula", disse o f&iacute;sico Andrey Katz, da Universidade de Harvard. Segundo ele, pr&oacute;tons escuros podem se combinar com el&eacute;trons escuros para formar &aacute;tomos escuros, produzindo configura&ccedil;&otilde;es t&atilde;o diversas e interessantes quanto as encontradas no mundo vis&iacute;vel. O c&eacute;u &eacute;, literalmente, o limite.
<figure><img alt=" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/09/09214655413071.jpg" width="960" /> <figcaption>Esta imagem, capturada pelo Telesc&oacute;pio Espacial Hubble, mostra um anel fantasmag&oacute;rico de mat&eacute;ria escura no aglomerado de gal&aacute;xias Cl 0024 + 17. (Fonte: NASA/ESA/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>4. Quais s&atilde;o as propriedades da mat&eacute;ria escura?</h2>
Segundo algumas teorias, as part&iacute;culas de mat&eacute;ria escura devem ter suas pr&oacute;prias antipart&iacute;culas, e ambas se aniquilariam. O experimento do Espectr&ocirc;metro Magn&eacute;tico Alfa (AMS) na Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional (ISS) tem procurado sinais dessa aniquila&ccedil;&atilde;o desde 2011 e j&aacute; detectou centenas de milhares de eventos. Mesmo assim, os cientistas ainda n&atilde;o sabem ao certo se s&atilde;o provenientes da mat&eacute;ria escura, at&eacute; porque n&atilde;o se sabe nem exatamente o que &eacute; a mat&eacute;ria escura.
<h2>5. A mat&eacute;ria escura existe em toda a gal&aacute;xia?</h2>
Ela&nbsp;parecia&nbsp;ser a for&ccedil;a que une grandes estruturas, como gal&aacute;xias e aglomerados gal&aacute;cticos; mas,&nbsp;no in&iacute;cio de 2019, astr&ocirc;nomos anunciaram ter encontrado a gal&aacute;xia NGC 1052-DF2, quase sem nenhuma mat&eacute;ria escura. "Aparentemente, ela n&atilde;o &eacute; um requisito para uma gal&aacute;xia se formar", disse Pieter van Dokkum &agrave; &eacute;poca. No entanto, outro grupo de astr&ocirc;nomos publicou uma an&aacute;lise sugerindo que a nova gal&aacute;xia tinha mais mat&eacute;ria escura do que sugerido anteriormente.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/RbTHzD2ZHds?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>

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5 questões básicas sobre matéria escura ainda não respondidas

Imagem de 5 usos futuristas para o laser, mas que já estão aqui no megacurioso

Usado para mover objetos ou imprimir partes do corpo humano, o laser tem aplicações que cabem no bolso — a tela do seu celular, por exemplo

O laser est&aacute; t&atilde;o inserido na percep&ccedil;&atilde;o que temos do futuro que &eacute; dif&iacute;cil acreditar que ele tem apenas 72 anos, enquanto que a primeira &ldquo;arma de raios&rdquo; apareceu em&nbsp;&quot;Guerra dos Mundos&quot;, de H. G. Wells, em 1898. Desenvolvido por Gordon Gould em 1957, o laser s&oacute; come&ccedil;ou a ter uso pr&aacute;tico a partir da d&eacute;cada de 1980. Hoje, feixes &oacute;pticos s&atilde;o usados no interior do olho humano ou na &oacute;rbita terrestre. Confira suas aplica&ccedil;&otilde;es mais avan&ccedil;adas: 

<h2 style="margin-bottom: 13px;">5. Amplifica&ccedil;&atilde;o por Pulso de Chumbo (CPA)</h2>

Desenvolvido pelos f&iacute;sicos&nbsp;da Universidade de Rochester G&eacute;rard Mourou e&nbsp;Donna Strickland, o CPA foi o precursor dos sistemas a laser de alta intensidade mais compactos e precisos (ambos dividiram com o f&iacute;sico americano Arthur Ashkin, criador das pin&ccedil;as &oacute;pticas, o Nobel de F&iacute;sica de 2018).&nbsp;Sua maior valia est&aacute; em dimensionar a energia que emite em pulsos de curta dura&ccedil;&atilde;o. Isso impede que destrua o material sobre o qual se trabalha &ndash; seja ele a tela AMOLED de um tablet ou um olho m&iacute;ope.

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/09/09183813115075.jpg" width="960" />
<figcaption>O CPA pode acelerar os pr&oacute;tons usados no tratamento de tumores de tecidos profundos, como os cerebrais, depositando energia com precis&atilde;o onde as c&eacute;lulas cancer&iacute;genas est&atilde;o, sem destruir o restante do tecido. (Fonte: Getty/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<h2 style="margin-bottom: 13px;">4. Pesquisa em neuroci&ecirc;ncia</h2>

O uso do laser para direcionar os impulsos el&eacute;tricos dos neur&ocirc;nios &eacute; a base da pesquisa do instituto m&eacute;dico americano&nbsp;Scripps Research, que conseguiu&nbsp;reverter o alcoolismo em ratos&nbsp;atrav&eacute;s do implante de fibra &oacute;ptica no c&eacute;rebro dos roedores. Esta, por&eacute;m, n&atilde;o &eacute; a primeira pesquisa a usar o laser para manipular animais. Em 2016, pesquisadores da Universidade de Yale&nbsp;ativaram&nbsp;instintos predadores em ratos, como morder, agarrar e atacar.

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/09/09181904426069.jpg" width="960" />
<figcaption>A estimula&ccedil;&atilde;o de neur&ocirc;nios por lasers est&aacute; na base da pesquisa de universidades que buscam a solu&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as, como alcoolismo e adic&ccedil;&atilde;o por drogas, atrav&eacute;s da manipula&ccedil;&atilde;o de c&eacute;lulas cerebrais. (Fonte: Berridge Lab/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<h2 style="margin-bottom: 13px;">3. Pin&ccedil;as &oacute;pticas</h2>

O primeiro a suspeitar que a luz poderia ser capaz de empurrar objetos foi o f&iacute;sico e astr&ocirc;nomo alem&atilde;o Johannes Kepler.&nbsp; Mais de 400 anos depois, o&nbsp;f&iacute;sico Arthur Ashkin recebeu o Pr&ecirc;mio Nobel em 2018 por sua pesquisa que levou &agrave; inven&ccedil;&atilde;o das pin&ccedil;as &oacute;pticas. A t&eacute;cnica de Ashkin usa um feixe de laser infravermelho altamente concentrado para suspender objetos microsc&oacute;picos no ar, como v&iacute;rus e bact&eacute;rias. Hoje, &eacute; poss&iacute;vel fazer um &aacute;tomo levitar, equilibrado na ponta de um feixe de laser. Esse mesmo princ&iacute;pio &eacute; o que a NASA est&aacute; usando ao testar velas espaciais infladas pela press&atilde;o do Sol.

<figure class="image"><img alt="" height="960" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/09/09185232277003.jpg" width="640" />
<figcaption>A vela solar LightSail 2 &eacute; uma das aplica&ccedil;&otilde;es mais recentes da t&eacute;cnica de pin&ccedil;a &oacute;ptica desenvolvida por Ashkin. (Fonte: Planetary Society/Divulga&ccedil;&atilde;o)&nbsp;</figcaption>
</figure>

<h2 style="margin-bottom: 13px;">2. Detectando ondas gravitacionais</h2>

&Agrave; medida que viajam pelo espa&ccedil;o, as ondas gravitacionais distorcem o que est&aacute; &agrave; sua volta, e lasers&nbsp;s&atilde;o usados para detectar essas mudan&ccedil;as&nbsp;que ocorrem no espa&ccedil;o. O LIGO (acr&ocirc;nimo em ingl&ecirc;s para Observat&oacute;rio de Ondas Gravitacionais por Interfer&ocirc;metro Laser) detectou em 2015, pela primeira vez, ondas gravitacionais (os fundadores do projeto ganharam o Nobel de F&iacute;sica em 2017).

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/09/09183206573073.jpg" width="960" />
<figcaption>Um par de buracos negros, objetos celestes de onde emergem ondas gravitacionais.(Fonte:LIGO/Caltech/MIT/Sonoma State/ Aurore Simonnet)</figcaption>
</figure>

<h2 style="margin-bottom: 13px;">1. Impress&atilde;o de c&eacute;lulas-tronco</h2>

Bioimpress&atilde;o &eacute; um processo que representa o futuro dos tratamentos m&eacute;dicos e pesquisas envolvendo tecidos humanos. Em 2018, uma equipe de pesquisadores da Laser Zentrum Hannover, na Alemanha, desenvolveu uma t&eacute;cnica que permite reproduzir c&eacute;lulas-tronco hiPSCs, capazes de se transformar em qualquer&nbsp;tipo de tecido. At&eacute; agora, os testes preliminares foram bem-sucedidos.&nbsp;

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/09/09183546164074.jpg" width="960" />
<figcaption>M&aacute;quina para bioimpress&atilde;o a laser 3D (Fonte: Inserm/Fran&ccedil;ois Gu&eacute;net)</figcaption>
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5 usos futuristas para o laser, mas que já estão aqui

Imagem de Manifestante de Hong Kong neutraliza gás lacrimogêneo; veja o vídeo no megacurioso

Vídeo viralizou na internet e criou muitas teorias, mas o “antídoto” usado pode ser mais simples do que se supunha

Voc&ecirc; provavelmente j&aacute; viu, ao vivo ou na televis&atilde;o, imagens de manifesta&ccedil;&otilde;es nas quais as for&ccedil;as de seguran&ccedil;a utilizam g&aacute;s lacrimog&ecirc;neo com o objetivo de dispersar a multid&atilde;o. Um v&iacute;deo que viralizou na internet mostra um manifestante pegando uma lata de g&aacute;s lacrimog&ecirc;neo do ch&atilde;o durante uma manifesta&ccedil;&atilde;o. Em seguida, ele a coloca em uma garrafa t&eacute;rmica e fecha; depois de balan&ccedil;ar a garrafa, o que sai dela n&atilde;o &eacute; mais a fuma&ccedil;a, e sim&nbsp;um lodo escuro.
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A cena aconteceu em Hong Kong, e, desde que o v&iacute;deo caiu nas redes sociais, in&uacute;meras teorias foram criadas para adivinhar qual seria o "ant&iacute;doto" utilizado. No Twitter, um usu&aacute;rio repostou o v&iacute;deo e afirmou que foi procurado pelo manifestante, que esclareceu sua t&eacute;cnica. Dentro da garrafa na qual a lata de g&aacute;s lacrimog&ecirc;neo foi colocada havia lama, algo bem f&aacute;cil de ser encontrado.
<h3>O que tem em uma lata de g&aacute;s lacrimog&ecirc;neo?</h3>
Segundo Sven Eric Jordt, farmacologista e toxicologista da Duke University, h&aacute; uma composi&ccedil;&atilde;o qu&iacute;mica que se assemelha &agrave; encontrada em fogos de artif&iacute;cio. Para formar o g&aacute;s lacrimog&ecirc;neo, uma s&eacute;rie de componentes qu&iacute;micos, como nitrato de pot&aacute;ssio e clorato de pot&aacute;ssio, s&atilde;o os respons&aacute;veis por produzir oxig&ecirc;nio que alimenta o fogo. Enquanto o nitrato de pot&aacute;ssio acelera a a&ccedil;&atilde;o do carv&atilde;o, o clorato de pot&aacute;ssio se decomp&otilde;e em plumas de g&aacute;s cloreto de pot&aacute;ssio.
<img alt="" height="552" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/09/09180403075056.jpg" width="1356" />
(Fonte: Twitter)
Em alguns casos, &eacute; adicionado silicone para que o g&aacute;s possa formar got&iacute;culas. A fun&ccedil;&atilde;o do carbonato de pot&aacute;ssio &eacute; impedir que o ambiente interno do recipiente se torne muito &aacute;cido, o que desestabilizaria o clorato de pot&aacute;ssio e sua a&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, um ingrediente peculiar &eacute; adicionado: a&ccedil;&uacute;car. A sacarose &eacute; capaz de queimar em baixas temperaturas, o que ajuda a converter o ingrediente principal dos gases lacrimog&ecirc;neos, o 2-Clorobenzalmalononitrila (ou apenas CS), em vapores nocivos. Quando ele &eacute; aquecido, cria o agente de combust&atilde;o mais associado ao g&aacute;s, ou seja, &eacute; quem causa o dano.
Jordt explica que o agente do g&aacute;s lacrimog&ecirc;neo ativa os receptores nos nervos sensoriais perif&eacute;ricos &mdash; por isso, quando se fica exposto &agrave; fuma&ccedil;a, os olhos ardem. H&aacute; relatos de pessoas que tiveram tosse, inflama&ccedil;&atilde;o respirat&oacute;ria, queima&ccedil;&atilde;o nos olhos e na pele, ataques de asma, v&ocirc;mitos e n&aacute;useas.
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I and others saw this and sent it out saying this badass protester used liquid nitrogen to disable the canister of tear gas. That information is incorrect, it is apparently just mud, which is good news because that&rsquo;s a whole lot easier to come by. <a href="https://t.co/a0cj8VX1fq">pic.twitter.com/a0cj8VX1fq</a>
&mdash; Joshua Potash ?? (@JoshuaPotash) <a href="https://twitter.com/JoshuaPotash/status/1168895531260743680?ref_src=twsrc%5Etfw">September 3, 2019</a></blockquote>
<h3>A lama pode mesmo bloquear o g&aacute;s lacrimog&ecirc;neo?</h3>
Para Jord, &eacute; poss&iacute;vel neutralizar o g&aacute;s lacrimog&ecirc;neo com lama. "Isso extinguiria os componentes em chamas, bloqueando o suprimento de oxig&ecirc;nio do cartucho", afirma. Mas ele n&atilde;o acredita que era exatamente lama que o manifestante do v&iacute;deo carregava. "Parece que um p&oacute; saiu com a carga. Se houvesse &aacute;gua l&aacute; dentro, voc&ecirc; veria a &aacute;gua saindo", analisa.
N&atilde;o temos certeza se&nbsp;era lama, mas deu certo:&nbsp;o g&aacute;s foi neutralizado e teve sua rea&ccedil;&atilde;o interrompida.

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Manifestante de Hong Kong neutraliza gás lacrimogêneo; veja o vídeo

Imagem de Teste para detectar energia escura tem resultados nulos – e isso não é ruim no megacurioso

Quando algo negativo pode, na verdade, ser positivo

Sabe aquela hist&oacute;ria do &ldquo;copo meio cheio ou meio vazio&rdquo;? Ela se aplica a um experimento recente, conduzido na tentativa de se detectar a energia escura, um dos mist&eacute;rios sobre o Universo que mais intrigam os cientistas. Os testes n&atilde;o deram em absolutamente nada, mas, em vez de simplesmente ser engavetada, a pesquisa pode servir para limitar op&ccedil;&otilde;es dos pesquisadores e tornar estudos posteriores mais assertivos na busca da enigm&aacute;tica for&ccedil;a.
<h2>Cad&ecirc; a energia, gente?</h2>
Como voc&ecirc; deve saber, o Universo est&aacute; em constante expans&atilde;o &ndash; embora, teoricamente, ele devesse estar involuindo e atraindo tudo para o seu centro por conta da a&ccedil;&atilde;o da gravidade. No entanto, n&atilde;o &eacute; isso o que se vem observando e, para explicar essa curiosa contradi&ccedil;&atilde;o, os astrof&iacute;sicos sugeriram a exist&ecirc;ncia de uma for&ccedil;a que se contrap&otilde;e &agrave; gravitacional, a chamada &ldquo;energia escura&rdquo;.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/06/06000304858322.jpg" width="1920" height="1080" /> <figcaption>(Fonte: PBS / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Segundo teorizam os cientistas, essa for&ccedil;a consiste em uma propriedade inerente ao pr&oacute;prio cosmos e, &agrave; medida que ele se expande e mais espa&ccedil;o vai sendo criado, mais energia escura surgiria no Universo. Tanto que, de acordo com as previs&otilde;es e estimativas, mais de 70% do Universo seria composto por essa for&ccedil;a. No entanto, at&eacute; hoje ningu&eacute;m conseguiu detectar a presen&ccedil;a da energia escura de forma a provar a sua exist&ecirc;ncia.
<h2>N&atilde;o rolou...</h2>
O experimento do qual estamos falando agora (e que n&atilde;o deu em nada...) &eacute; apenas mais um entre muitos e, nele, pesquisadores do Imperial College London e da Universidade de Nottingham, ambas institui&ccedil;&otilde;es situadas na Inglaterra, testaram um modelo baseado na teoria da &ldquo;5&ordf; for&ccedil;a&rdquo;, ou seja, na ideia de que a energia escura seria uma for&ccedil;a extra que interage com a mat&eacute;ria, al&eacute;m das 4 conhecidas &ndash; que seriam a eletromagn&eacute;tica, gravitacional e as nucleares forte e fraca.
Como, segundo essa teoria, a 5&ordf; for&ccedil;a deveria ser oculta ou bloqueada pela mat&eacute;ria &ndash; no cosmos, ela viajaria pelo v&aacute;cuo e seria obstru&iacute;da por corpos de grandes dimens&otilde;es, como estrelas e planetas, por exemplo &ndash;, ent&atilde;o, os pesquisadores brit&acirc;nicos recriaram um ambiente semelhante em laborat&oacute;rio para tentar detectar a energia escura.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/06/06000458998323.jpg" width="1600" height="1067" /> <figcaption>(Fonte: Phys Org / Imperial College of London / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O time colocou uma pequena esfera de metal em uma c&acirc;mara &agrave; v&aacute;cuo e liberou &aacute;tomos para que eles ca&iacute;ssem livremente no interior desse espa&ccedil;o. Os cientistas tamb&eacute;m usaram um interfer&ocirc;metro at&ocirc;mico para ver se alguma for&ccedil;a interagiria com as part&iacute;culas. O esperado, caso existisse uma 5&ordf; for&ccedil;a, &eacute; que os &aacute;tomos se desviassem ligeiramente ao passar pela esfera de metal, mas a equipe n&atilde;o viu nada &ndash; e as part&iacute;culas ca&iacute;ram conforme deveriam ao ser expostas apenas &agrave;s 4 for&ccedil;as conhecidas.
Chato, n&eacute;? Mas sabe o que comentamos sobre a hist&oacute;ria do copo &ldquo;meio cheio ou meio vazio&rdquo;? Embora o experimento n&atilde;o tenha solucionado o mist&eacute;rio sobre a energia escura, segundo os pesquisadores, a experi&ecirc;ncia teve o seu lado positivo, j&aacute; que, pelo menos, eles sabem que essa teoria posta &agrave; prova agora pode ser riscada da lista de alternativas e os cientistas poder&atilde;o focar a sua aten&ccedil;&atilde;o na explora&ccedil;&atilde;o de outras possibilidades.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145660-teste-detectar-energia-escura-tem-resultados-nulos-nao-ruim.htm">Teste para detectar energia escura tem resultados nulos – e isso não é ruim</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Teste para detectar energia escura tem resultados nulos – e isso não é ruim

Imagem de Edscottita: cientistas analisam meteorito e encontram mineral desconhecido no megacurioso

Forma rara de mineral é encontrada em análise de meteorito na Austrália

Peda&ccedil;os de meteorito encontrados na cidade de Wedderburn, na Austr&aacute;lia, trouxeram uma&nbsp;descoberta para a classe cientifica em 1951. Desde ent&atilde;o, o pequeno peda&ccedil;o de rocha preta e vermelha de apenas 210 gramas vinha sendo pesquisado por diversas equipes. E agora, o mineralogista Caltech Chi Ma, em uma nova analise, descobriu uma&nbsp;forma natural de mineral de carboneto de ferro,&nbsp;nomeado como edscottita.
<div style="text-align: center;">
<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt="" src="https://resources.stuff.co.nz/content/dam/images/1/w/q/i/n/0/image.related.StuffLandscapeSixteenByNine.1420x800.1wqilm.png/1567312681886.jpg" /> <figcaption>Dr. Stuart Mills com o meteorito Wedderburn/Reprodu&ccedil;&atilde;o: Suff</figcaption></figure>
</div>
As an&aacute;lises anteriores j&aacute; haviam apresentado tra&ccedil;os de ouro, ferro, kamacita, schreibersita, taenita e troilita. O edscottita, novo item da lista, tem sido considerado um grande feito pela possibilidade de encontr&aacute;-lo em uma formula&ccedil;&atilde;o natural, diferente da vers&atilde;o sint&eacute;tica que &eacute; conhecida h&aacute; d&eacute;cadas. 
O curador de geoci&ecirc;ncias do Museu Victoria &ndash; local onde o meteorito havia sido mantido em acervo desde a sua descoberta - Stuart Mills (foto) comentou ainda&nbsp;em entrevista ao The Age&nbsp;sobre ter conhecimento de mais de 500 mil novos minerais descobertos em laborat&oacute;rio ao longo da hist&oacute;ria. A novidade e os dados apresentados por Mills refor&ccedil;am ainda a infinidade de possibilidades que os cientistas ainda tem pela frente e o vasto campo de estudo e aprendizado que envolvem o nosso planeta.

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Edscottita: cientistas analisam meteorito e encontram mineral desconhecido

Imagem de Cientistas criam novo supercondutor com estrutura parecida ao 'Jenga' no megacurioso

Mais um material para a lista de candidatos

Faz tempo que os cientistas est&atilde;o buscando desenvolver supercondutores &mdash; materiais que n&atilde;o oferecem qualquer resist&ecirc;ncia &agrave; condu&ccedil;&atilde;o de eletricidade &mdash;, uma vez que suas aplica&ccedil;&otilde;es podem ser revolucion&aacute;rias. Mas esses materiais geralmente exigem temperaturas baix&iacute;ssimas, na ordem dos -180 &deg;C, para manifestarem as suas propriedades.
Cientistas do Centro de Acelera&ccedil;&atilde;o Linear do Departamento de Energia da Universidade de Stanford anunciaram a cria&ccedil;&atilde;o de um novo material cuja estrutura qu&iacute;mica se parece com um jogo Jenga,&nbsp;e ele teria a capacidade de transmitir corrente el&eacute;trica sem perdas e com potencial para fazer isso em temperaturas mais elevadas.
<h2>Supercondutor em potencial</h2>
O material consiste em um &oacute;xido de n&iacute;quel conhecido como niquelato e faz parte de uma nova fam&iacute;lia de supercondutores n&atilde;o convencionais parecidos com os cupratos, uma classe de &oacute;xidos de cobre que, segundo acreditam os cientistas, poderiam manifestar as suas propriedades condutoras em temperatura ambiente.
<figure class="image"><img alt="" height="487" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/02/02141531461037.jpg" width="777" /> <figcaption>(Fonte: Sci Tech Daily/SLAC National Accelerator Laboratory/Greg Stewart/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
No entanto, &eacute; bastante complicado conseguir produzir o niquelato com uma estrutura at&ocirc;mica capaz de suportar a condutividade, uma vez que esse material se torna inst&aacute;vel em temperaturas muito elevadas, normalmente perto de 600 &deg;C, necess&aacute;rias em sua cria&ccedil;&atilde;o. Ent&atilde;o, para contornar essa dificuldade, primeiro os cientistas usaram perovskita, um mineral que cont&eacute;m oxig&ecirc;nio, neod&iacute;mio e n&iacute;quel, cuja estrutura at&ocirc;mica tem forma de pir&acirc;mide dupla.
Depois, os pesquisadores cobriram esse material com estr&ocirc;ncio, para que os el&eacute;trons que comp&otilde;em a perovskita pudessem fluir mais livremente por sua estrutura, e esse processo acabou removendo &aacute;tomos de n&iacute;quel do material, deixando espa&ccedil;os vazios nela, como acontece quando jogamos uma partida de Jenga.
Ap&oacute;s fazerem isso, os cientistas envolveram o mineral em papel alum&iacute;nio e selaram o material no interior de um tubo de ensaio. O pr&oacute;ximo passo consistiu em remover uma camada de &aacute;tomos de oxig&ecirc;nio do material com o uso de uma subst&acirc;ncia qu&iacute;mica, e o resultado foi a forma&ccedil;&atilde;o de uma nova estrutura at&ocirc;mica: niquelato coberto em estr&ocirc;ncio.
<h2>Outro candidato&nbsp;para a lista</h2>
Sim, n&oacute;s concordamos que esse processo todo soa pra l&aacute; de complicado e dif&iacute;cil de compreender para quem n&atilde;o &eacute; supercraque em qu&iacute;mica. Mas, trocando em mi&uacute;dos, o que os pesquisadores conseguiram produzir com ele foi um material supercondutor capaz de transmitir eletricidade em temperaturas variando entre 9 e 15 Kelvin, ou o equivalente a mais ou menos -264 e -258 &deg;C, respectivamente. Sim, incrivelmente frias, mas existe potencial para que o niquelato atinja temperaturas mais elevadas.
<figure class="image"><img alt="" height="400" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/02/02141629773038.jpg" width="777" /> <figcaption>(Fonte: Sci Tech Daily/SLAC National Accelerator Laboratory/Greg Stewart/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
&Eacute; importante esclarecer que as pesquisas envolvendo esse material ainda est&atilde;o em est&aacute;gios bem iniciais, mas &eacute; poss&iacute;vel que o niquelato leve a uma revis&atilde;o das teorias atuais relacionadas ao funcionamento dos supercondutores n&atilde;o convencionais, uma vez que esse material talvez n&atilde;o tenha o magnetismo observado nos cupratos.
Mas a descoberta de um supercondutor que funcione em temperatura ambiente, ou bem pr&oacute;xima dela, pode causar uma revolu&ccedil;&atilde;o na eletr&ocirc;nica, na transmiss&atilde;o de energia e em outras tecnologias, e parece que os experimentos com o niquelato v&atilde;o por esse caminho.
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145539-cientistas-criam-novo-supercondutor-estrutura-parecida-jenga.htm">Cientistas criam novo supercondutor com estrutura parecida com Jenga</a>&nbsp;via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Cientistas criam novo supercondutor com estrutura parecida com Jenga

Imagem de “Sol artificial”: como a fusão nuclear poderá impactar o futuro energético? no megacurioso

Voc&ecirc; soube do projeto chin&ecirc;s de criar um &ldquo;Sol artificial&rdquo; aqui na Terra? Na realidade, a iniciativa est&aacute; focada no desenvolvimento de novas tecnologias para a obten&ccedil;&atilde;o de energia limpa &ndash; uma vez que os modelos atuais, especialmente os baseados na queima de carv&atilde;o, g&aacute;s natural ou petr&oacute;leo, precisam ser revistos, j&aacute; que, al&eacute;m de a demanda energ&eacute;tica n&atilde;o parar de aumentar, eles produzem um gigantesco volume de emiss&otilde;es.
Mais especificamente, a iniciativa chinesa consiste na constru&ccedil;&atilde;o de um reator de fus&atilde;o nuclear &ndash; muito mais eficiente do que os de fiss&atilde;o nuclear em atividade atualmente no mundo &ndash; que gera o mesmo tipo de calor produzido pelo Sol e pode revolucionar a forma como se obt&eacute;m energia no futuro.
<h2>Sol artificial?</h2>
Antes de falarmos mais sobre o reator, deixe a gente explicar que papo &eacute; esse de &ldquo;Sol artificial&rdquo;. Voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido falar que a nossa estrela &ldquo;funciona&rdquo; a partir da queima do hidrog&ecirc;nio presente em seu n&uacute;cleo, certo? O que ocorre &eacute; que, por conta da extrema press&atilde;o presente por l&aacute;, devido &agrave; alt&iacute;ssima for&ccedil;a gravitacional, os &aacute;tomos de hidrog&ecirc;nio se aproximam e colidem uns contra os outros, se fundindo em h&eacute;lio &ndash; e liberando colossais quantidades de energia no processo, essa que &eacute; emitida pela estrela por todo o Sistema Solar e que permite que a vida exista na Terra.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31150224349024.jpg" width="2048" height="1573" /> <figcaption>(Fonte: The Independent / Maximilian Stock Ltd/Science Photo Library / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Obviamente, replicar essas mesmas condi&ccedil;&otilde;es em um reator aqui no nosso planeta &eacute; um desafio e tanto, mas se trata de algo que faz algum tempo que cientistas de v&aacute;rias partes do mundo v&ecirc;m tentando reproduzir. Para se ter ideia, a fus&atilde;o nuclear produz pelo menos 4 milh&otilde;es de vezes mais energia do que a que se conseguiria em usinas termel&eacute;tricas com a queima do carv&atilde;o, g&aacute;s ou petr&oacute;leo, e 4 vezes mais do que a gerada em usinas nucleares, que trabalham com a fiss&atilde;o nuclear.
Entretanto, os chineses conseguiram avan&ccedil;os importantes com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; fus&atilde;o nuclear e muitos outros pa&iacute;ses decidiram se unir ao esfor&ccedil;o. O &ldquo;Sol artificial&rdquo; constru&iacute;do na China consiste em um reator em forma de rosquinha conhecido pela sigla EAST &ndash; de Experimental Advanced Superconducting Tokamak ou Tokamak Supercondutor Avan&ccedil;ado Experimental em tradu&ccedil;&atilde;o livre &ndash; que se tornou o primeiro no mundo a proporcionar as condi&ccedil;&otilde;es necess&aacute;rias para que a fus&atilde;o nuclear pudesse acontecer.
Foi no EAST, ali&aacute;s, que os cientistas conseguiram sustentar as rea&ccedil;&otilde;es de fus&atilde;o por mais de 100 segundos &ndash; 102, para sermos mais exatos, o que &eacute; todo um recorde &ndash; e atingir temperaturas de 100 milh&otilde;es de graus C&eacute;lsius, equivalentes a 6 vezes a temperatura no n&uacute;cleo do Sol. Impressionante, voc&ecirc; n&atilde;o concorda? Pois, quando finalmente formos capazes de controlar e sustentar a fus&atilde;o nuclear de forma eficiente, a promessa &eacute; que as rea&ccedil;&otilde;es se tornem fontes praticamente inesgot&aacute;veis de energia. E o mais importante: de energia limpa.
<h2>Onde a m&aacute;gica acontece</h2>
Sobre o funcionamento dos Tokamak, como aqui no nosso planeta n&atilde;o temos como reproduzir a for&ccedil;a gravitacional que existe no n&uacute;cleo do Sol, is&oacute;topos de hidrog&ecirc;nio precisam ser expostos a temperaturas absurdas at&eacute; se transformarem em um plasma e come&ccedil;arem a fundir seus &aacute;tomos, liberando, com isso, energia. &Eacute; preciso que exista uma grande quantidade de part&iacute;culas, para garantir o maior n&uacute;mero de colis&otilde;es poss&iacute;vel, assim como campos magn&eacute;ticos poderos&iacute;ssimos para se obter um tempo de confinamento elevado para que essas &ldquo;trombadas&rdquo; aconte&ccedil;am cada vez mais depressa.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31150546738027.jpg" width="1320" height="770" /> <figcaption>(Fonte: South China Morning Post / AFP / Chinese Academy of Sciences / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Essas rea&ccedil;&otilde;es todas ocorrem no interior de uma c&acirc;mara a v&aacute;cuo repleta de sensores e outros equipamentos. Suas paredes absorvem o calor produzido &ndash; que, por sua vez, &eacute; utilizado por uma central para gerar vapor e, ent&atilde;o, produzir energia el&eacute;trica a partir de turbinas e alternadores. O bacana do processo &eacute; que, al&eacute;m de empregar materiais com n&iacute;veis superbaixos de radia&ccedil;&atilde;o e cujos subprodutos podem ser reutilizados nas pr&oacute;prias rea&ccedil;&otilde;es, ele n&atilde;o resulta em emiss&otilde;es de gases de efeito estufa e nem em rejeitos radioativos, como &eacute; o caso das usinas termel&eacute;tricas e de fiss&atilde;o nuclear, e oferece menos riscos de acidentes.
<h2>Futuro energ&eacute;tico</h2>
Hoje existem 18 reatores Tokamak em testes no mundo, incluindo esse famoso da China, e existe um projeto bilion&aacute;rio de coopera&ccedil;&atilde;o internacional chamado International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER) &ndash; ou Reator Termonuclear Experimental Internacional &ndash; que conta com a participa&ccedil;&atilde;o de 35 pa&iacute;ses, incluindo os EUA, R&uacute;ssia, &Iacute;ndia, Coreia do Sul, Jap&atilde;o, China e a Uni&atilde;o Europeia. A expectativa &eacute; que esse reator produza temperaturas na ordem de 150 milh&otilde;es de graus C&eacute;lsius.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31150726394028.jpg" /> <figcaption>(Fonte: South China Morning Post / AFP / Chinese Academy of Sciences / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A iniciativa est&aacute; focada na constru&ccedil;&atilde;o de um Tokamak no sul da Fran&ccedil;a, na regi&atilde;o de Provence, e que dever&aacute; incorporar tecnologias do EAST e de outros reatores de fus&atilde;o nuclear para a realiza&ccedil;&atilde;o de pesquisas. Ademais, existe outro centro em constru&ccedil;&atilde;o na prov&iacute;ncia de Sichuan, na China, que ser&aacute; capaz de produzir temperaturas 13 vezes superiores &agrave;s do n&uacute;cleo do Sol &ndash; ou na ordem de 200 milh&otilde;es de graus C&eacute;lsius &ndash;, o que permitir&aacute; que as pesquisas relacionadas com a fus&atilde;o nuclear avancem ainda mais.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/31/31150816659030.jpg" width="1670" height="944" /> <figcaption>(Fonte: ITER / Oak Ridge Leadership Computing Facility / Jamison Daniel / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Se tudo correr como esperado, a constru&ccedil;&atilde;o do reator em Sichuan deve ser conclu&iacute;da em 2021, bem como a do ITER, e o local deve iniciar os primeiros testes com plasma em 2025. E se os experimentos forem satisfat&oacute;rios e a tecnologia progredir, a expectativa &eacute; de que em 2035 j&aacute; seja poss&iacute;vel construir um prot&oacute;tipo industrial &ndash; e que por volta de 2050 uma planta com capacidade para produzir energia em larga escala comercial entre em funcionamento.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145507-sol-artificial-fusao-nuclear-impactar-futuro-energetico.htm">“Sol artificial”: como a fusão nuclear poderá impactar o futuro energético?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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“Sol artificial”: como a fusão nuclear poderá impactar o futuro energético?

Imagem de 5 formas da água que você não conhecia no megacurioso

Sólido, líquido e gasoso são os únicos estados da água? Não exatamente. Venha saber quais são as formas da água que você não conhece!

Aprendemos na escola que a &aacute;gua s&oacute; se apresenta em tr&ecirc;s estados: s&oacute;lido, l&iacute;quido ou gasoso. Por&eacute;m, cientistas v&ecirc;m descobrindo e criando novos estados para essa subst&acirc;ncia. Confira 5 exemplos abaixo!
<h2>1. Seca</h2>
A &aacute;gua seca &eacute; o resultado de uma mistura de &aacute;gua com s&iacute;lica. Mesmo sendo 95% &aacute;gua, a subst&acirc;ncia tem formato de p&oacute; e &eacute; s&oacute;lida. Ela foi criada pela primeira vez em 1968, para ser utilizada em cosm&eacute;ticos, mas os cientistas atuais acreditam que podem utiliz&aacute;-la para absorver o di&oacute;xido de carbono da atmosfera.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/29/a-29192653043422.jpg" alt="a" />Fonte: Gizmodo / Reprodu&ccedil;&atilde;o
<h2>2. Plasma</h2>
&Aacute;gua tamb&eacute;m pode existir no estado de plasma. &Eacute; o que acontece no planeta Gliese 1214 b, que &eacute; seis vezes maior que a Terra. O plasma &eacute; parecido com o estado gasoso, mas um pouco menos denso, sem forma ou volume definido.
<h2>3. Superi&ocirc;nica</h2>
Uma possibilidade&nbsp;que s&oacute; foi confirmada em 2019, a &aacute;gua superi&ocirc;nica, ou gelo XVIII, &eacute; o que acontece quando a &aacute;gua &eacute; submetida a condi&ccedil;&otilde;es massivas de temperatura e press&atilde;o. A subst&acirc;ncia se torna densa e quente, e se comporta como metal.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/29/a-29192758012423.jpg" alt="a" />Fonte: M. Millot/E. Kowaluk/J.Wickboldt/LLNL/LLE/NIF
<h2>4. Gelo a&eacute;reo</h2>
Ao contr&aacute;rio da &aacute;gua superi&ocirc;nica, o gelo a&eacute;reo &eacute; o que acontece quando tentamos formar o gelo em um ambiente sem qualquer press&atilde;o. Essa &eacute; a vers&atilde;o mais leve poss&iacute;vel do gelo.
<h2>5. Gelo inflam&aacute;vel</h2>
Hidratos de metano s&atilde;o um tipo de gelo que pode queimar t&atilde;o facilmente quanto um peda&ccedil;o de papel. Eles se formam naturalmente nas profundezas do oceano e em plataformas de g&aacute;s ou petr&oacute;leo - que &eacute; onde foram descobertos pela primeira vez.

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5 formas da água que você não conhecia

Imagem de Afinal, qual é a origem do oxigênio no Universo? no megacurioso

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts declarou que essa descoberta pode finalmente responder alguns mistérios da física nuclear

O sol n&atilde;o&nbsp;libera somente o calor necess&aacute;rio &agrave; vida, como tamb&eacute;m produz a maior parte do oxig&ecirc;nio existente no universo juntamente com as estrelas. Ao fim dessa frase, parece que o mist&eacute;rio j&aacute; est&aacute; resolvido, mas n&atilde;o engane-se: o buraco &eacute; muito mais embaixo. Esse elemento &eacute; criado atrav&eacute;s de uma s&eacute;rie de rea&ccedil;&otilde;es termonucleares, pouco compreendidas pela ci&ecirc;ncia. Portanto, at&eacute; ent&atilde;o, temos o &ldquo;onde&rdquo; sem o &ldquo;como&rdquo;.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/22/22081512689351.jpg" width="990" />
<figcaption>Reprodu&ccedil;&atilde;o/Visualhunt</figcaption>
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&quot;O trabalho de um f&iacute;sico &eacute; entender o mundo e, no momento, n&atilde;o compreendemos exatamente de onde vem o oxig&ecirc;nio do universo e como ele e o carbono s&atilde;o produzidos.&quot;, declarou Richard Milner, professor de f&iacute;sica da Universidade de Washington.

Para solucionar o mist&eacute;rio, Milner e sua equipe do Laborat&oacute;rio de Ci&ecirc;ncia Nuclear do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) v&atilde;o investigar o que chamam de &ldquo;taxa de rea&ccedil;&atilde;o nuclear de captura radioativa&rdquo; de uma estrela. Os cientistas j&aacute; sabem que quando uma estrela morre lentamente, ela se &ldquo;contrai&rdquo;. Com isso, r&aacute;pidas colis&otilde;es ocorrem entre os n&uacute;cleos de carbono-12 e h&eacute;lio. Nesse processo, os n&uacute;cleos de carbono ultrapassam os de h&eacute;lio, irradiando energia em forma de f&oacute;ton. Al&eacute;m do f&oacute;ton produzido, ainda restam os chamados n&uacute;cleos de oxig&ecirc;nio 16. A partir da decomposi&ccedil;&atilde;o deste n&uacute;cleo, surge o O2 como o conhecemos: presente nos ventos solares e tamb&eacute;m em 99,76% da atmosfera terrestre.

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<figure class="image" style="display:inline-block"><img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/22/22081547813352.jpg" width="990" />
<figcaption>Reprodu&ccedil;&atilde;o/Visualhunt</figcaption>
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Para estudar mais a fundo esse fen&ocirc;meno, o grupo de cientistas deseja utilizar um acelerador de part&iacute;culas &mdash; que j&aacute; est&aacute; em constru&ccedil;&atilde;o. A equipe far&aacute; o caminho inverso dos pesquisadores que j&aacute; tentaram estudar o mesmo assunto e falharam. Para tanto, o grupo planeja dividir o n&uacute;cleo do g&aacute;s de oxig&ecirc;nio para deriv&aacute;-lo em um n&uacute;cleo de h&eacute;lio (ou part&iacute;cula alfa) e em um de carbono-12. Por meio dessa estrat&eacute;gia, eles&nbsp;ficar&atilde;o mais pr&oacute;ximos de uma taxa de rea&ccedil;&atilde;o precisa, que pode aprofundar nossa compreens&atilde;o sobre a morte das estrelas.

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Afinal, qual é a origem do oxigênio no Universo?

Imagem de Cientistas descobrem um novo estado da matéria no megacurioso

A descoberta poderá ajudar a aumentar o espaço de armazenamento em dispositivos eletrônicos

Nomeado de &ldquo;supercondutividade topol&oacute;gica&rdquo;, um novo estado da mat&eacute;ria foi descoberto por uma equipe de f&iacute;sicos de tr&ecirc;s universidades norte-americanas: Universidade de Nova Iorque, de Buffalo e Wayne State University. 
A descoberta ainda n&atilde;o foi publicada em nenhum jornal acad&ecirc;mico, mas j&aacute; est&aacute; registrada no <a href="https://arxiv.org/pdf/1906.01179.pdf">Arxiv</a>, um site que publica pr&eacute;-projetos j&aacute; aprovados, que ainda n&atilde;o possuem revis&atilde;o. Intitulado &ldquo;Fase de assinatura de Transi&ccedil;&atilde;o Topol&oacute;gica de Josephson Junctions&rdquo;, o artigo publicado foca nas mudan&ccedil;as que essa descoberta pode trazer para a computa&ccedil;&atilde;o qu&acirc;ntica.
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<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/19/19174430446301.jpg" width="990" /> <figcaption>(Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
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Atualmente, os computadores como conhecemos utilizam os Bits para fazer c&aacute;lculos, lendo tudo em 1s e 0s. Entretanto, a computa&ccedil;&atilde;o qu&acirc;ntica utiliza dos Qubits, que permitem que os computadores leiam todos os n&uacute;meros existentes entre &ldquo;zero&rdquo; e &ldquo;um&rdquo;, fazendo os c&aacute;lculos serem muito mais r&aacute;pidos do que o que temos hoje.
Durante a pesquisa feita, a equipe do projeto presenciou o momento no qual o estado qu&acirc;ntico saiu do seu estado convencional para um novo estado topol&oacute;gico, assumindo uma nova geometria. Para ficar mais simples de entender, no cotidiano tamb&eacute;m podemos ter algo desse g&ecirc;nero, como quando um papel est&aacute; em perfeito estado e passa a estar rasgado no meio, por exemplo.
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<figure class="image" style="display: inline-block;"><img alt="" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/08/19/19174504009302.jpg" width="990" /> <figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
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Durante os estudos, os cientistas notaram o que chamamos de Majorana, que &eacute; uma part&iacute;cula que tem a habilidade de armazenar os Qubits, podendo assim guardar informa&ccedil;&atilde;o qu&acirc;ntica em um computador especial, protegido de ru&iacute;dos externos. Essa organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o havia possibilidade de existir, j&aacute; que nenhuma mat&eacute;ria conseguia armazenar a part&iacute;cula de Majorana, at&eacute; hoje!
Assim, com um lugar de deten&ccedil;&atilde;o intacto, as Majoranas poder&atilde;o estar guardadas e conseguir&atilde;o armazenar Qubits, abrindo uma nova porta para o desenvolvimento da computa&ccedil;&atilde;o qu&acirc;ntica.

Física e Química

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