Aparentemente, a loira do banheiro teria existido e vivido na cidade de Guaratinguetá, em São Paulo.

Quase todo brasileiro, durante a infância, já foi assustado pela história da loira do banheiro. Há várias versões dessa lenda urbana, mas normalmente ela repete algumas etapas. Algumas das mais comuns dizem que a loira do banheiro seria um espírito que pode ser evocado ao repetir seu nome no espelho, batendo na porta do banheiro três vezes, puxando a descarga ou dizendo palavrões.O que nem todo mundo sabe é que essa lenda nacionalmente conhecida pode ter origem a partir de uma história real, ocorrida em São Paulo durante o século XIX.<h2>Quem seria a verdadeira loira do banheiro?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/27/27195540962404.jpg" alt="(Fonte: Facebook / Reprodução)"><figcaption>Maria Augusta de Oliveira Borges seria a verdadeira loira do banheiro. (Fonte: Facebook / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Supõe-se que a história original envolva a morte de uma jovem mulher chamada Maria Augusta de Oliveira Borges, aos 26 anos. Ela teria morado em uma mansão em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, localizada no terreno onde hoje fica a Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves. De acordo com a lenda, foi nessa escola que surgiu originalmente a primeira aparição do espírito.Maria Augusta era filha do Visconde de Guaratinguetá, que forçou a filha a se casar em 1880, quando tinha apenas 14 anos. A decisão por um casamento arranjado, com um homem 21 anos mais velho, tinha interesses políticos.Depois de casar, a garota, incomodada com a situação, teria roubado as joias do marido para tentar juntar dinheiro para fugir para Paris, o que fez quando tinha 18 anos. Só que, poucos anos depois, Maria Augusta morreu na Europa, e seu corpo foi trazido para o Brasil de navio.Durante o translado, ladrões teriam violado o caixão para roubar as joias, o que fez com que seu <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/287378-paulo-passa-oferecer-registro-obito-internet.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atestado de óbito</a> sumisse. Por isso, não se sabe até hoje do que Maria Augusta morreu. Há narrativas que dizem que ela pode ter morrido de raiva, doença que acometia a Europa na época.<h2>O destino da mansão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/27/27200426402406.jpeg" alt="Essa escola teria sido construída a partir da mansão onde viveu Maria Augusta. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução0"><figcaption>Essa escola teria sido construída a partir da mansão onde viveu Maria Augusta. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Poucos anos depois, a mansão onde Maria Augusta vivia foi devastada por um incêndio criminoso, ocorrido em 1916. Nesta época, a casa já havia se tornado uma escola, que foi reconstruída.Desde então, pessoas começaram a relatar que ouviam sons estranhos, com um <a href="https://www.megacurioso.com.br/musica-e-danca/63086-voce-sabe-qual-e-a-origem-do-piano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">piano</a> que toca sem que não haja ninguém para tocá-lo. Este piano era tocado por Maria Augusta, e está guardado até hoje na Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves.Nas diferentes narrativas sobre a lenda da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119790-6-origens-de-lendas-urbanas-brasileiras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">loira do banheiro</a>, há também alguns rituais que são associados a formas de evocá-la. Verdade ou não, o fato é que a mera lembrança da triste jovem continua assustando muita gente nas escolas por todo o Brasil.

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Loira do banheiro: conheça a história real por trás da lenda urbana

Imagem de Símio-de-bondo: o lendário primata 'matador de leões' do Congo no megacurioso

Rumores sobre os chamados símios-de-bondo surgiram por volta de 2003, quando relatórios sensacionalistas sobre esses macacos gigantes agressivos se espalharam pela internet

<head></head><body>Na década de 1990, investigadores na Bélgica encontraram um estranho crânio que tinha sido recolhido na África Central. Embora muitos atribuíssem os restos mortais a um gorila, o crânio também se assemelhava estranhamente a um chimpanzé. Com características únicas, alguns primatologistas passaram a acreditar que ele pertencia a uma nova espécie: o símio-de-bondo.Logo se descobriu que os caçadores locais da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117161-massacre-do-congo-um-dos-episodios-mais-doentios-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">República Democrática do Cong</a>o, onde o crânio foi originalmente encontrado, contavam muitas histórias sobre um macaco gigante que rondava a região. Essa criatura era tão poderosa que poderia matar um leão e até mesmo sobreviver a flechas envenenadas. Em pouco tempo, a lenda do símio-de-bondo começou a se espalhar pelo mundo inteiro.<h2>Descoberta misteriosa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/11/11175422124341.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em 1996, o fotógrafo e conservacionista suíço-queniano Karl Ammann encontrou o estranho crânio de macaco no Museu Real da África Central em Tervuren, na Bélgica. Com o interesse despertado, Ammann decidiu descobrir por conta própria se de fato existiam gorilas no norte do Congo ou se o museu havia identificado erroneamente os restos mortais.Ao viajar para a Floresta Bili, no extremo norte do país — uma área assolada pela guerra civil —, o investigador começou a conversar com moradores da região para obter mais informações. Foi lá que ele descobriu que os habitantes locais tinham classificado os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126772-por-que-os-macacos-dessa-ilha-fazem-mais-sexo-com-machos-do-que-femeas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">macacos</a> das florestas próximas em duas categorias: os que batem nas árvores e os que matam os leões. Estes últimos eram tão grandes e fortes que pareciam imunes a qualquer ataque dos caçadores.&nbsp;Quanto mais Ammann procurava sobre o tema, mais pistas surgiam sobre os símios-de-bondo. Ele encontrou fotos que mostravam caçadores posando com um animal que parecia ter quase o dobro do tamanho de um chimpanzé padrão, várias pegadas maiores que as de um gorila e fezes três vezes maiores que as de um chimpanzé.<h2>Estudando uma lenda</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/11/11175437084342.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Um dos primeiros pesquisadores a chegar na região foi a primatologista Shelly Williams, que identificou várias características dos símios-de-bondo. Ela notou que esses macacos misteriosos tinham rostos mais achatados e sobrancelhas retas como as de um gorila. As gêmeas, por sua vez, não tinham o inchaço genital de outras fêmeas de chimpanzé.As observações de Williams foram dignas de nota, mas sua descrição sensacional do que a equipe estava procurando pareceu confundir Ammann. A caça a esses macacos tornou-se uma espécie de piada, transformando a espécie em um verdadeiro mito e também um grande "meme" na internet.Nos anos seguintes, no entanto, os pesquisadores fizeram duas descobertas importantes sobre os símios-de-bondo. Câmeras de detecção de movimento finalmente capturaram imagens nítidas das criaturas e o DNA de suas fezes confirmou a existência dos chamados chimpanzés orientais (Pan troglodytes schweinfurthii). Assim como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/46906-conheca-alguns-fatos-interessantes-sobre-os-gorilas.htm#:~:text=De%20acordo%20com%20o%20Live,comer%20pequenos%20animais%20e%20insetos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">gorilas</a>, essas criaturas tinham uma crista no crânio e foram vistos destruindo cupinzeiros e usando pedras para quebrar cascos de tartaruga.Contrariando a afirmação de Williams, no entanto, as fêmeas dos símios-de-bondo de fato apresentavam o inchaço genital semelhante a outros chimpanzés. Esses macacos até foram vistos consumindo carcaças de leopardos e leões, mas não os atacavam como as lendas diziam. No fim das contas, a história verídica é que os símios-de-bondo não representavam uma nova espécie de primata, mas sim um olhar fascinante sobre um grupo singularmente isolado de outros chimpanzés.</body>

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Símio-de-bondo: o lendário primata 'matador de leões' do Congo

Imagem de Conheça a lenda francesa de Père Fouettard, o açougueiro que come criancinhas no Natal no megacurioso

Confira a história assustadora do inimigo que acompanha São Nicolaus no Natal

S&atilde;o Nicolau, como sabemos, &eacute; tido como o antecessor leg&iacute;timo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/56668-discussao-natalina-confira-3-teorias-sobre-a-existencia-do-papai-noel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Papai Noel</a>. O que nem todo mundo imagina &eacute; que, em algumas lendas da Europa, este santo sempre aparece acompanhado de um inimigo maligno inventado para assustar as crian&ccedil;as e faz&ecirc;-las se comportar direitinho durante o ano todo.
Na Fran&ccedil;a, esta figura que acompanha S&atilde;o Nicolau &eacute; chamada de P&egrave;re Fouettard, que &eacute; representado como um vagabundo que usa barba preta desgrenhada, roupas esfarrapadas e que carrega consigo um chicote e uma corrente. Mas o pior de tudo: ele &eacute; um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127426-conheca-augusta-gein-a-inspiracao-para-psicose-e-mae-do-serial-killer-ed-gein.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a&ccedil;ougueiro</a> que tenta comer crian&ccedil;as.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/58717-horror-natalino-conheca-9-criaturas-que-apavoram-o-natal-pelo-mundo.htm" target="_blank" rel="sponsored">Horror natalino: conhe&ccedil;a 9 criaturas que apavoram o Natal pelo mundo</a></li>
</ul>
<h2>Como S&atilde;o Nicolau se juntou a P&egrave;re Fouettard?</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;L'Est Republicain&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn-s-www.estrepublicain.fr/images/f36c63d9-a56f-4a47-ba1f-9ab7cfe28a6f/NW_raw/saint-nicolas-et-le-pere-fouettard-le-mechant-et-le-gentil-1543229722.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/09/09215001059003.jpg" alt="(Fonte: Alexandre Marchi/L'Est Republicain/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Alexandre Marchi/L'Est Republicain/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Tudo teria come&ccedil;ado h&aacute; mais de 1500 anos, com a hist&oacute;ria que foi evoluindo por s&eacute;culos at&eacute; chegar na lenda do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/58742-confira-algumas-curiosidades-interessantes-sobre-o-papai-noel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Papa Noel</a>. Diz-se que S&atilde;o Nicolau teria nascido na Turquia, no final do s&eacute;culo IV, e provavelmente foi um bispo que realizava milagres.
Quando morreu, em 6 de dezembro de 343, o corpo do bispo teria come&ccedil;ado a produzir um &oacute;leo com capacidades curativas. A not&iacute;cia se espalhou e, por toda a Europa, todo mundo queria um pouco do &oacute;leo. Isso escalonou a ponto de um homem ter invadido seu t&uacute;mulo, na It&aacute;lia, e cortado a ponta do seu dedo.
Em 1476, quando a popula&ccedil;&atilde;o de Nancy, na Fran&ccedil;a, passava fome, muitas pessoas come&ccedil;aram a comer ratos. Acredita-se inclusive que algumas delas chegaram at&eacute; a praticar o canibalismo.
A hist&oacute;ria de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/58717-horror-natalino-conheca-9-criaturas-que-apavoram-o-natal-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">P&egrave;re Fouettard</a> surge dentro de uma batalha ocorrida na cidade de Lorena. Foi quando em 1552, Carlos V, Rei da Espanha, sitiou a cidade vizinha de Metz. Revoltados, os cidad&atilde;os criaram um boneco de Carlos V e come&ccedil;aram a desfilar com ele nas ruas antes de queim&aacute;-lo em p&uacute;blico. S&oacute; que&nbsp;o boneco ficou conhecido como P&egrave;re Fouettard, e foi representado como o inimigo de S&atilde;o Nicolau.
<h2>O canibalismo de P&egrave;re Fouettard</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Le Republicain Lorrain&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn-s-www.republicain-lorrain.fr/images/8118AEB2-E7E5-416D-9101-43CE21E83B93/NW_raw/le-pere-fouettard-lors-du-defile-de-saint-nicolas-a-metz-en-2021-photo-rl-gilles-wirtz-1665499553.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/09/09214852079002.jpg" alt="(Fonte: RL/Gilles WIRTZ/Le Republicain Lorrain/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: RL/Gilles WIRTZ/Le Republicain Lorrain/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123190-quais-sao-os-maleficios-de-comer-carne-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canibalismo</a> se mistura &agrave; hist&oacute;ria a partir da lenda de um a&ccedil;ougueiro chamado Pierre Lenoir, que esquartejou tr&ecirc;s crian&ccedil;as. Ele teria deixado seus corpos por sete anos em um barril, at&eacute; que um dia recebe uma visita de surpresa: ningu&eacute;m menos que S&atilde;o Nicolau, que estava faminto.
Lenoir n&atilde;o quis alimentar o homem santo com a carne humana e, por isso, disse que n&atilde;o tinha nada a oferecer. Ent&atilde;o S&atilde;o Nicolau teria colocado tr&ecirc;s dedos no barril, o que ressuscitou as crian&ccedil;as. Elas ent&atilde;o se sentiram que tinham acordado de um sono profundo.
Para Nadia Hardy, &eacute; poss&iacute;vel que as hist&oacute;rias do a&ccedil;ougueiro e de P&egrave;re Fouettard tenham se fundido na cultura. Hoje, os dois personagens est&atilde;o ligados. No m&ecirc;s de dezembro, os moradores de Nancy sempre relembram e encenam essas hist&oacute;rias, com interpreta&ccedil;&otilde;es de atores. O objetivo &eacute; tanto animar quanto assustar as crian&ccedil;as, para que elas sejam sempre boazinhas durante o ano.

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Conheça a lenda francesa de Père Fouettard, o açougueiro que come criancinhas no Natal

Imagem de De onde surgiram algumas das superstições mais conhecidas? no megacurioso

Alguns dos ditados que ouvimos dos nossos pais ou avós podem datar até da Roma Antiga!

Voc&ecirc; j&aacute; se surpreendeu ao ver um filme de Hollywood retratar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/69440-minha-vo-ja-me-dizia-30-supersticoes-e-crendices-populares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">supersti&ccedil;&atilde;o</a>&nbsp;que voc&ecirc; achava que sua bisav&oacute; tinha inventado? Pois &eacute;, algumas supersti&ccedil;&otilde;es s&atilde;o t&atilde;o populares que suas origens remontam a s&eacute;culos atr&aacute;s. Confira algumas das mais difundidas pelo mundo e suas poss&iacute;veis origens.
<h2>1. Bater na madeira&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/10/10154112610308.jpg" alt="Bater na madeira para atrair ou afastar pensamentos? (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Bater na madeira para atrair ou afastar pensamentos? (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Bater na madeira &eacute; uma supersti&ccedil;&atilde;o muito difundida, mas ela &eacute; usada de forma diferente em alguns pa&iacute;ses. Enquanto em alguns, inclusive aqui no Brasil, usamos para afastar algum pensamento ou ideia ruins, em outros bate-se na madeira para pedir que coisas boas aconte&ccedil;am.
De qualquer forma, a origem desta supersti&ccedil;&atilde;o parece vir dos folclores do norte da Europa, onde a cren&ccedil;a de que esp&iacute;ritos habitavam troncos de &aacute;rvores era comum. Assim, bater nas &aacute;rvores era uma forma de pedir prote&ccedil;&atilde;o ou licen&ccedil;a para a passagem. A tradi&ccedil;&atilde;o continuou quando a madeira se tornou mais comum nas casas, embora a ideia de esp&iacute;ritos habitando a madeira pare&ccedil;a ter se perdido.
<h2>2. Quebrar espelho</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/a-19184619360419.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Todos sabemos que quebrar espelhos d&aacute; azar &mdash; mais precisamente 7 anos de m&aacute; sorte. Mas por que esse n&uacute;mero t&atilde;o espec&iacute;fico? Aparentemente, a tradi&ccedil;&atilde;o vem da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roma Antiga</a>, onde os espelhos eram materiais raros e caros, feitos de metais nobres superpolidos.
Al&eacute;m disso, os espelhos tinham uma aura m&iacute;stica e quebr&aacute;-los n&atilde;o afetava apenas o seu reflexo, mas tamb&eacute;m a sua alma. Soma-se a isso &agrave; cren&ccedil;a popular na &eacute;poca de que a vida se renova a cada sete anos. Portanto, quebrar um espelho poderia afetar sua alma, trazendo azar para o seu novo ciclo de vida.
<h2>3. O n&uacute;mero do azar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/a-19184629032420.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
O n&uacute;mero 13 &eacute; considerado o n&uacute;mero do azar em diversas culturas. Algumas at&eacute; levam essa supersti&ccedil;&atilde;o a s&eacute;rio e evitam colocar o n&uacute;mero no andar de pr&eacute;dios, por exemplo. Existem duas explica&ccedil;&otilde;es mais comuns para a origem dessa supersti&ccedil;&atilde;o. Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124708-5-mitos-nordicos-que-ainda-ressoam-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mitologia n&oacute;rdica</a>, diz-se que 12 deuses estavam em um jantar quando chegou o 13&ordm;, Loki, que causou todo tipo de caos na Terra.&nbsp;
J&aacute; na tradi&ccedil;&atilde;o crist&atilde;, o 13 est&aacute; associado a Judas Iscariotes, o disc&iacute;pulo que traiu Jesus, pois ele pode ter sido a 13&ordf; pessoa a se sentar &agrave; mesa na &uacute;ltima ceia, al&eacute;m de Jesus e dos doze disc&iacute;pulos. Al&eacute;m disso, o n&uacute;mero 12 sempre foi considerado um s&iacute;mbolo de perfei&ccedil;&atilde;o na tradi&ccedil;&atilde;o judaica, ent&atilde;o &eacute; normal que o pr&oacute;ximo n&uacute;mero seja associado a m&aacute; sorte.
<h2>4. Evitar andar embaixo da escada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/a-19184642279421.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Voc&ecirc; &eacute; daqueles que prefere passar vergonha e desviar de uma escada na rua, ou n&atilde;o se importa com o azar? A cren&ccedil;a que passar por baixo da escada traz m&aacute; sorte &eacute; difundida em v&aacute;rios pa&iacute;ses e essa supersti&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m tem origens crist&atilde;s. Durante a Idade M&eacute;dia, quando tudo era visto sob um prisma religioso, o tri&acirc;ngulo era usado como s&iacute;mbolo da Sant&iacute;ssima Trindade (a uni&atilde;o de Deus Pai, Deus Filho e o Esp&iacute;rito Santo). Assim, passar por baixo da escada poderia dar a impress&atilde;o de atentar contra o s&iacute;mbolo mais sagrado da f&eacute; crist&atilde;.
<h2>5. Ferradura para dar sorte</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/s-19184651797422.jpg" alt="s" />(Fonte: Getty Images)
A cren&ccedil;a na ferradura como um sinal de sorte tamb&eacute;m prov&eacute;m do folclore europeu. Ela combina uma antiga supersti&ccedil;&atilde;o de que o metal afasta os maus esp&iacute;ritos, com o fato de a ferradura ter o formato de uma lua nova, s&iacute;mbolos de boa sorte desde a antiguidade. Assim, durante a Idade M&eacute;dia, pendurar uma ferradura sobre a porta de casa tornou-se uma tradi&ccedil;&atilde;o popular.

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De onde surgiram algumas das superstições mais conhecidas?

Imagem de Criptídeos: 5 monstros lendários que não são tão famosos assim no megacurioso

Os criptídeos, monstros que misturam animais reais e lendas, existem na maioria das culturas do mundo, porém, enquanto alguns ganharam fama, outros permaneceram nas sombras

<head></head><body>Você provavelmente já ouviu falar do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122539-monstro-do-lago-ness-estudos-indicam-que-mito-pode-ser-plausivel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Monstro do Lago Ness</a>, do Abominável Homem das Neves ou do Chupa-cabra, mas há uma infinidade de outros seres lendários menos famosos ao redor do mundo. Estes tipos de criatura são chamados de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117209-10-lendas-urbanas-que-podem-ser-explicadas-por-animais-reais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criptídeos</a>, um ramo de estudo — ou, pelo menos, de curiosidade — que se ocupa de animais <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123343-as-6-lendas-mais-antigas-sobre-monstros-e-seres-mitologicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hipotéticos</a>, avistados por poucas pessoas ou aparições de animais extintos.Os defensores da criptozoologia defendem suas hipóteses afirmando que animais que já foram considerados lendas, como o dragão-de-komodo, a lula-gigante e o ornitorrinco, realmente existem. Além disso, a criptozoologia também pode ter algum valor antropológico ao recolher relatos sobre lendas de diferentes culturas. Conheça agora alguns criptídeos menos famosos e que você provavelmente não conhece.<h2>1. Pouakai</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09171313517340.jpg" alt="Águia de haast que provavelmente inspirou as lendas maori. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Águia de haast que provavelmente inspirou as lendas maori. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Pouakai é uma águia que está no limite entre lenda e um pássaro extinto na Nova Zelândia. Segundo um mito maori, a Pouakai seria capaz de sequestrar homens desavisados e levá-los para serem devorados no céu.Fato é que o Pouakai pode ter sido derivado de um pássaro real extinto no século XV, a águia-de-haast. Suas dimensões, porém, eram bem menores do que é dito na lenda e insuficientes para carregar pessoas em seus voos — estima-se que elas podiam ter cerca de 1,5 metro de altura e 2,1 metros de envergadura e um peso de cerca de 15 kg. As dimensões são maiores do que qualquer pássaro voador atual, mas insuficientes para os grandes feitos propagados.<h2>2. Akhlut</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17202732976009.png" alt="Represenação de um Akhlut. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Represenação de um Akhlut. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)O Akhlut é um ser que habita as lendas do povo inuíte. Segundo os contos, a criatura seria um ser místico capaz de se metamorfosear de uma orca para um lobo sempre que fosse necessários para continuar sua caça. Quando a lenda chegou aos colonizadores, a história foi confundida e por muito tempo pensou-se que o Akhlut fosse uma mistura de orca com lobos, ou seja, um animal com patas e com nadadeiras que poderia andar na neve ou viver no mar sempre que quisesse.<h2>3. Monstro do Lago Tianchi</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17202929136010.jpg" alt="Lago Tianchi, na fronteira entre China e Córeia do Norte. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Lago Tianchi, na fronteira entre China e Córeia do Norte. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)O Monstro do Lago Tianchi é uma criatura aquática como o Monstro do Lago Ness , mas que não ganhou tanta fama. Diz-se que ele habita o vulcânico lago Tianchi, entre a China e a Coreia do Norte. A criatura é bastante popular na região, é descrita como um animal cinzento, como um golfinho, mas do tamanho de um búfalo. Além disso, ele está sempre pronto a atacar humanos e fugir sem deixar pistas.<h2>4. Skrimsl</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17203208951012.jpg" alt="Lago Lagarfljót, onde teria aparecido Skrimsl . (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Lago Lagarfljót, onde teria aparecido Skrimsl . (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)O próximo monstro vem da longínqua e gelada Islândia. O Skrimsl é um ser marítimo cujos avistamentos foram relatados diversas vezes nos últimos séculos. Ele foi descrito como uma espécie de cobra marítima com mais de 12 metros de comprimento, um corpo cheio de bulbos e sem nadadeiras ou barbatanas. Uma das explicações mais comuns para os Skrimsl é que quem o viu tenha, na verdade, avistado golfinhos nadando em linhas — e que tenham exagerado um pouco no álcool.<h2>5. Monstro de Van Meter</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09171928156352.jpg" alt="Estação de trem em Van Meter em 1907. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Estação de trem em Van Meter em 1907. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Van Meter é uma pequena cidade em Iowa, nos Estados Unidos. Em 1903, a cidade era ainda menor e uma aparição chocou parte da população. Algumas figuras proeminentes da cidade alegaram ter visto um monstro que parecia um morcego gigante que ficava em pé como um humano, além de ter um bico pontudo e disparar um feixe de luz pela cabeça.&nbsp;Nos dias seguintes, várias pessoas da comunidade afirmaram ter visto o monstro. Parte da cidade saiu em caça da criatura, que supostamente entrou numa mina de carvão e nunca mais foi vista.</body>

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Criptídeos: 5 monstros lendários que não são tão famosos assim

Imagem de Conheça a história que ajudou a criar e popularizar o vampiro moderno – e não é Drácula de Bram Stoker! no megacurioso

Um conto publicado em 1819 ajudou a gerar as bases para a visão que temos dos vampiros

&Eacute; sabido que a figura m&iacute;tica do vampiro se popularizou muito depois do lan&ccedil;amento do romance <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127122-o-naufragio-que-inspirou-a-historia-de-dracula.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dr&aacute;cula</a>, de Bram Stoker, publicada em maio de 1897 pela Archibald Constable and Company de Londres.
Ocorre que, cerca de 80 anos antes disso, o vampiro moderno j&aacute; havia sido apresentado &agrave; cultura popular. Segundo o livro&nbsp;Legends of Blood: The Vampire in History and Myth, de Wayne Bartlett e Flavia Idriceanu, a figura dos predadores sugadores de sangue j&aacute; circulava durante o s&eacute;culo XVII e in&iacute;cio do XVIII, &agrave; medida em que se proliferava uma epidemia de hist&oacute;rias de vampiros pela Europa.
Mas algumas das obras nesse per&iacute;odo se tornariam mais definidoras da imagem do vampiro do que outras!
<h2>O conto "O Vampiro"</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikipedia&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/90/Bela_Lugosi_as_Dracula%2C_anonymous_photograph_from_1931%2C_Universal_Studios.jpg/400px-Bela_Lugosi_as_Dracula%2C_anonymous_photograph_from_1931%2C_Universal_Studios.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/18/18175718740288.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em 1816, o poeta rom&acirc;ntico <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122663-as-3-figuras-historicas-mais-esquisitas-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lord Byron</a> convidou seus amigos &ndash; Percy Bysshe Shelley e sua futura esposa Mary Shelley, sua meia-irm&atilde;, Claire Clairmont, e o m&eacute;dico John Polidori &ndash; para que lessem uma cole&ccedil;&atilde;o de hist&oacute;rias alem&atilde;s de fantasmas chamada Fantasmagoriana, para ent&atilde;o criar suas pr&oacute;prias obras.
Byron elaborou um fragmento de poema, Mary Shelley criou o embri&atilde;o de seu futuro romance <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105972-frankenstein-completa-200-anos-em-2018-teria-sido-a-historia-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Frankenstein</a>, e Polidori teria publicado um conto chamado O Vampiro em 1819. Mary Shelley mais tarde contestaria essa vers&atilde;o, dizendo que, na verdade, John Polidori desenvolveu uma ideia terr&iacute;vel sobre uma mulher com cabe&ccedil;a de caveira.
Mais tarde, na reuni&atilde;o, Byron teria lido seu fragmento de poema para o grupo, que apresentava a hist&oacute;ria de um personagem que morre ap&oacute;s o narrador prometer n&atilde;o contar sobre a sua morte para ningu&eacute;m. Segundo vers&otilde;es, Polidori teria copiado ideias de Byron para acrescentar na sua hist&oacute;ria.
Anos depois, em 1819, John Polidori publicou o conto <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120516-dracula-qual-e-a-verdadeira-historia-do-famoso-vampiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Vampiro</a>, quando j&aacute; estava bastante afastado de Lord Byron. &Eacute; poss&iacute;vel que o conto tenha sido impresso apenas para chamar a aten&ccedil;&atilde;o para a sua pr&oacute;xima publica&ccedil;&atilde;o,&nbsp;Ernestus Berchtold; Or, the Modern OEdipus, que se vinculou ao movimento liter&aacute;rio de horror em alta por conta do sucesso de Frankenstein de Mary Shelley.
Ocorre que a sua hist&oacute;ria acabou sendo publicada pela The New Monthly Magazine com um nome curioso: O Vampiro: Um Conto de Lord Byron. Mais tarde, Polidori reclamou para a revista e acusou-a de ter cometido um erro, j&aacute; que o conto seria completamente dele. Byron negou tamb&eacute;m ter escrito a hist&oacute;ria.
<h2>A repercuss&atilde;o em torno de "O Vampiro"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/18/18175018302286.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A repercuss&atilde;o em torno de O Vampiro&nbsp;foi escandalosa e a carreira liter&aacute;ria de Polidori (que era, por forma&ccedil;&atilde;o, m&eacute;dico) acabou arruinada. Mas a hist&oacute;ria foi republicada e traduzida durante v&aacute;rias d&eacute;cadas, ajudando a formatar a vis&atilde;o moderna sobre os vampiros.
Segundo o editor Robert Morrison, at&eacute; ent&atilde;o, os vampiros que apareciam na literatura eram criaturas fedidas e peludas, que ca&ccedil;avam sobretudo gado. &ldquo;Polidori elevou o vampiro &agrave;s fileiras da aristocracia, e lan&ccedil;ou uma mania de vampiros que depois de dois s&eacute;culos ainda mant&eacute;m sua capacidade de nos agarrar pela garganta&rdquo;, afirmou.
O editor ainda completa que John Polidori teria claramente moldado seu vampiro, Lord Ruthven, na figura de Lord Byron, pois ambos "t&ecirc;m em comum boa apar&ecirc;ncia, insensibilidade, posi&ccedil;&atilde;o elevada, mobilidade, riqueza e apetites sexuais agu&ccedil;ados".
O conto provavelmente influenciou muita gente importante, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120852-como-o-livro-de-edgar-allan-poe-amaldicoou-um-nome.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Edgar Allan Poe</a>, que pode ter se inspirado nele para escrever A Queda da Casa de Usher, publicado em 1839. Alguns estudiosos dizem j&aacute; ter encontrado elementos vinculados a vampiros no romance <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122743-5-coisas-estranhas-sobre-a-cantora-kate-bush.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Morro dos Ventos Uivantes,</a> de Emily Bront&euml;, publicado em 1847. Ou seja, tudo antes de Bram Stocker ter trazido ao mundo o seu Dr&aacute;cula.

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Conheça a história que ajudou a criar e popularizar o vampiro moderno – e não é Drácula de Bram Stoker!

Imagem de Thiess de Kaltenbrun: o homem julgado por ser lobisomem no megacurioso

Em 1692, um homem foi levado a julgamento por heresia na Livônia Sueca após ter se proclamado abertamente como lobisomem

No s&eacute;culo XVII, um homem se viu preso em um drama jur&iacute;dico ap&oacute;s ter admitido publicamente que era uma fera mitol&oacute;gica, mais precisamente um lobisomem. Foi atrav&eacute;s dessa "confiss&atilde;o" que Thiess de Kaltenbrun passou a ser suspeito de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121452-conheca-6-transtornos-mentais-dos-mais-assustadores.htm#:~:text=Licantropia&amp;text=Ele%20%C3%A9%20caracterizado%20pela%20ilus%C3%A3o,se%20transformar%20em%20um%20animal." rel="noopener noreferrer" target="_blank">licantropia</a> e outros atos proibidos e &iacute;mpios", de acordo com as leis da &eacute;poca.
Thiess era um cidad&atilde;o idoso, na casa dos 80 anos, que vagava por J&uuml;rgensburg, na Liv&ocirc;nia. Primeiramente, ele havia sido chamado para depor sobre um roubo ocorrido em uma igreja local, acontecimento o qual ele foi testemunha. Foi a&iacute; que os seus problemas com a justi&ccedil;a come&ccedil;aram.
<h2>Lobisomens &agrave; solta</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/13/wikimedia-commons-13155532794301.png" alt="Wikimedia Commons" />(Fonte: Herzogliches Museum/Wikimedia Commons)
A ideia de que um homem podia sofrer uma metamorfose tinha ra&iacute;zes nas culturas gregas e n&oacute;rdicas. Por volta do ano 1500, na Fran&ccedil;a, os assassinos Pierre Burgot e Michel Verdun alegaram ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119439-werwolf-a-operacao-nazista-baseada-nos-lobisomens-germanicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lobisomens</a> e tamb&eacute;m assassinos &mdash; o que fez com que fossem condenados &agrave; fogueira.
Outros assassinos nessa &eacute;poca tamb&eacute;m alegaram licantropia, uma condi&ccedil;&atilde;o onde um homem supostamente se transformaria em uma criatura assustadora parecida com um lobo. Mesmo com esse hist&oacute;rico sombrio, nada impediu Thiess de se declarar um lobisomem para todos os habitantes da Liv&ocirc;nia.&nbsp;
A primeira confiss&atilde;o aconteceu diante de um tribunal, anos antes, como forma de explicar seu nariz estava quebrado. Naquela &eacute;poca, Thiess foi julgado por roubar trigo e outros gr&atilde;os de um agricultor magoado, que quebrou seu osso da face com uma vassoura. A hist&oacute;ria parecia t&atilde;o bizarra, no entanto, que o idoso foi praticamente ignorado.
Por&eacute;m, quando estava depondo como testemunha no caso do assalto &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117266-4-igrejas-incriveis-para-amantes-de-historia-e-arquitetura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">igreja</a> &mdash; cujo principal suspeito era um homem chamado Pirsen T&ouml;nniss &mdash;, ele voltou a dizer que era um lobisomem. Como esse era um assunto mais s&eacute;rio e sua credibilidade era importante, Thiess logo tornou-se foco da sess&atilde;o.
<h2>Vida como lobisomem</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/12/12004456751017.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
De acordo com Thiess, ele havia passado algum tempo como lobisomem, mas enfatizou "atuar para o bem". Segundo ele, a comida roubada no testemunho anterior, na verdade, foi "roubada por feiticeiros" e ele apenas a roubou de volta para garantir colheitas abundantes. Em sua vis&atilde;o, ele e outros membros da sua matilha atuavam como "c&atilde;es de Deus".
Intrigados, os ju&iacute;zes passaram a questionar como ele conseguia se transformar. Em sua fala, Thiess disse que transmuta&ccedil;&atilde;o n&atilde;o era uma quest&atilde;o de morder algu&eacute;m. Em vez disso, seus poderes poderiam ser transmitidos respirando tr&ecirc;s vezes em uma jarra e entregando para outra pessoa.
Conforme o interrogat&oacute;rio foi progredindo, o cen&aacute;rio ficava cada vez pior para o velho homem. Em certo momento, a maioria presente parecia concordar que a transforma&ccedil;&atilde;o em uma criatura bestial parecia mais um trabalho do diabo do que de Deus. O tribular convidou o pastor local, Bucholtz, a ajudar Thiess a arrepender-se dos seus pecados. Contudo, o suposto lobisomem se recusou.
<h2>Julgamento final</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/12/12004517670020.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Mesmo com a comunidade tentando ajud&aacute;-lo, Thiess seguiu insistindo que sua atividade como lobisomem era a servi&ccedil;o de Deus e que o pastor, em outras palavras, era uma crian&ccedil;a comparado a ele. Tendo transformado um simples roubo em um julgamento envolvendo Deus, o diabo e a licantropia, Thiess foi sumariamente demitido e instru&iacute;do a esperar uma decis&atilde;o sobre sua heresia pelo tribunal distrital real.
No dia 31 de outubro de 1692, o juiz Herman Georg von Trautvetter concluiu que, no caso dos "delitos vexat&oacute;rios e altamente proibidos" cometidos pelo idoso, ele era culpado de nutrir del&iacute;rios diab&oacute;licos. Ent&atilde;o, a corte determinou que ele deveria receber a puni&ccedil;&atilde;o por flagela&ccedil;&atilde;o &mdash; composta por 20 chicotadas.

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Thiess de Kaltenbrun: o homem julgado por ser lobisomem

Imagem de Universo paralelo? Conheça o misterioso caso do homem de Taured no megacurioso

O 'homem de outra dimensão' teria aparecido e desaparecido sem deixar rastros, na década de 1950

<head></head><body>Em um dia aparentemente normal de julho de 1954, um homem que desembarcou no Aeroporto Internacional de Tóquio, no Japão, apresentando passaporte de um país chamado Taured, deu início a uma das lendas urbanas mais famosas das últimas décadas. Teria o misterioso viajante vindo de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120122-universos-paralelos-existem-saiba-o-que-a-fisica-diz-sobre-isso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">universo paralelo</a>?As dúvidas começaram com o passaporte dele, que parecia legítimo e trazia registros de entradas em diversos países, inclusive no próprio território japonês. Porém, o documento indicava a nacionalidade do portador como Taured, um lugar que ninguém conhecia.Questionado, o viajante se mostrou irritado, pois dizia que Taured havia sido fundado há 1 mil anos e esteve sempre no mesmo lugar. Os oficiais da alfândega então pediram a ele que mostrasse a localização em um mapa, com o homem apontando Andorra, na Europa, mas insistindo na mesma história.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29203724783501.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)A pessoa misteriosa alegava que tinha ido a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107363-veja-como-era-a-vida-em-toquio-no-japao-ha-mais-de-um-seculo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tóquio</a> trabalhar, mas a suposta empresa contratante não sabia da sua existência, assim como não havia hospedagem reservada em seu nome. Desconfiadas, as autoridades japonesas decidiram colocá-la em um hotel, vigiada por policiais, até investigarem o caso.<h2>Vindo de outra dimensão?</h2>Tudo ficou ainda mais esquisito quando, no dia seguinte, o homem desapareceu do hotel sem deixar vestígios. Além de dois oficiais vigiando a porta, o quarto não possuía varanda e ficava em um andar mais alto, o que, em teoria, impediria uma saída pelas janelas.Combinando todos estes elementos, algumas pessoas concluíram que a figura misteriosa era alguém vindo de um universo paralelo, onde o país Taured existia, o que confirmaria a história contada. Ele teria parado nesta <a href="https://www.megacurioso.com.br/universo/37802-o-que-aconteceria-se-vivessemos-em-um-universo-com-dimensoes-diferentes-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dimensão</a> acidentalmente.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29203842099502.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Já o sumiço do “homem de Taured”, como o caso ficou conhecido, significaria o retorno do viajante ao seu mundo paralelo original. Vale destacar que as autoridades nunca encontraram mais nada ao seu respeito nem conseguiram explicar o desaparecimento repentino.<h2>Fraudador teria inspirado a lenda</h2>Mesmo havendo quem defenda a história do homem de Taured como real e confirmando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120122-universos-paralelos-existem-saiba-o-que-a-fisica-diz-sobre-isso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">existência de universos paralelos</a>, outros dizem que tudo não passa de uma grande invenção. Especializado na checagem de fatos, o site Snopes&nbsp;investigou o caso em 2021 e&nbsp;afirma que a história é uma grande fraude.O “homem que veio de outra dimensão” seria, na verdade, um fraudador chamado John Allen Zegrus, preso na capital japonesa em 1960 após usar um passaporte falso para entrar no país. Ele teria criado o documento para percorrer o mundo e, de alguma forma, sua história acabou distorcida.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29203940671503.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Zegrus teria conseguido entrar em vários países, mas bastou uma maior atenção dos japoneses para descobrir a fraude. Ele tentou se matar ao ser condenado à prisão e, após o cumprimento da pena, nunca mais se ouviu falar dele, até o seu nome ser associado à lenda do viajante interdimensional.</body>

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Universo paralelo? Conheça o misterioso caso do homem de Taured

Imagem de A cruel história por trás da lenda do Flautista de Hamelin no megacurioso

A pequena cidade alemã de Hamelin mantém viva a lenda sobre o flautista que roubava crianças

<head></head><body>Há 26 anos, o ator americano Michael Boyer faz todos os dias uma apresentação em Hamelin, cidade de 60 mil habitantes na Alemanha, onde ele mora com sua mulher e filho. Boyer veste uma meia calça colorida, amarra uma capa vermelha nas costas e sai pelas ruas tocando flauta.Ou seja, ele faz uma performance como o Flautista de Hamelin, personagem folclórico criado na cidade ainda durante a Idade Média. Naquela pequena comunidade, Boyer virou uma espécie de "ponto turístico vivo", e os visitantes o acompanham em um tour pelas etapas desse conto tradicional.Mas essa não é a é única atração dessa cidade medieval, que tira proveito de várias formas do famoso mito do flautista que roubava crianças.<h2>A história do Flautista de Hamelin</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/30/30113326184108.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia)">(Fonte: Wikipedia)O conto do Flautista de Hamelin é uma história clássica que inspirou um poema de Goethe chamado Der Rattenfänger&nbsp;(em português, "O Apanhador de Ratos"). Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ilustracao-e-pintura/74086-algumas-das-melhores-ilustracoes-ja-feitas-para-os-contos-dos-irmaos-grimm.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Irmãos Grimm</a> também já compartilharam essa narrativa.Em todas as versões, o enredo básico é o mesmo: na cidade de Hamelin, um flautista é contratado para livrá-la dos ratos a partir das notas hipnóticas de sua flauta. O plano dá certo e os roedores vão embora.Só que, quando a cidade se recusa a pagar o flautista pelo serviço prestado, ele trama uma vingança: começa a atrair as crianças com a sua melodia. Os pequenos seguem o músico por conta de um transe e simplesmente desaparecem de Hamelin. É uma história que continua sendo contada também porque fala de valores importantes, como a gratidão, a necessidade de reconhecimento do trabalho alheio e os riscos corridos pelos mais vulneráveis.<h2>O turismo em Hamelim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/30/30122202720135.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os turistas que compram o passeio de Michael Boyer visitam vários espaços incríveis, como as casas tipicamente alemãs, chamadas de enxaimel, montadas com vigas de madeira em posições horizontais, verticais e inclinadas, ou em mansões góticas do século XVI, &nbsp;adornadas por elementos de uma arquitetura do final do período <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119307-as-7-imagens-mais-estranhas-em-pinturas-renascentistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">renascentista</a>, como as gárgulas e outros tipos de esculturas.A cidade de Hamelin tira proveito do mito de várias formas: os restaurantes oferecem "pratos de rato" (tudo uma brincadeira, claro) e as padarias produzem pães na forma do roedor. Por fim, o Museu Hamelin apresenta montagens teatrais e vendem souvenirs.&nbsp;<div dir="ltr"><div dir="ltr"><div data-e2e="image-placeholder">É possível que o mito do Flautista de Hamelin siga interessando as pessoas por mexer com o medo muito profundo, que envolve tanto as crianças quanto seus pais. Para os pequenos, ele é outra versão do "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125574-bicho-papao-conheca-a-origem-e-outras-versoes-do-monstro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bicho-papão</a>" e personifica uma forma de assombração.</div>Já para os adultos, ele centraliza o medo comum de que seus filhos sejam roubados. Vale lembrar que esse é um temor justificado, uma vez que crianças continuam desaparecendo todos os dias no mundo inteiro.Quem passeia por Hamelin sente que lá essa história está bem viva. E, por mais que seja um conto de fadas, ele pode ter algumas origens reais.</div></div><h2 dir="ltr">A origem do sumiço das crianças</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/30/30122236214138.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em uma casa de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117391-qual-e-a-historia-por-tras-de-o-flautista-de-hamelin.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hamelin</a>, há uma placa em que se lê: "em 26 de junho de 1284, no dia de São João e São Paulo, 130 crianças nascidas em Hamelin foram retiradas da cidade por um flautista vestido com roupas multicoloridas. Depois de passar pelo Calvário perto de Koppenberg, desapareceram para sempre", diz a inscrição.Há outra anotação nos registros da cidade, datada de 1384, em que se expressa o lamento que "já se passaram 100 anos desde que nossas crianças partiram". Essas referências se repetem em outros lugares, como um manuscrito de Luneburg do século XV, que menciona uma história semelhante com 130 crianças desaparecidas e levadas por um flautista até um local chamado Calvário ou Koppen.Os historiadores ainda estão investigando o que teria ocorrido realmente na cidade no dia 26 de junho de 1284. Mas há algumas teorias. Uma delas é que os jovens da cidade podem ter participado de uma onda de migração para a Europa Oriental por conta da forte recessão econômica."Nesse cenário, o flautista desempenhava o papel do chamado localizador ou recrutador. Eles eram responsáveis por organizar as migrações para o leste, e dizem que usavam roupas coloridas e tocavam um instrumento para atrair a atenção dos colonos (clientes em potencial)", fala Wibke Reimer, coordenador de projetos do Museu Hamelin, que organizou uma exposição sobre o tema.Outra hipótese é que esses jovens teriam migrado para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/37336-transilvania-vira-atracao-turistica-devido-ao-sucesso-de-dracula.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Transilvânia</a> e para as regiões ao redor de Berlim, no leste da Alemanha. A pista teria sido levantada por conta da incidência de nomes comuns em Hamelin e que apareciam nessa região na época analisada.Uma questão interessante ao mito é que a data que se acredita ter acontecido o sumiço (dia 26 de junho) coincide com o começo das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118493-saturnalia-a-festa-paga-que-deu-origem-ao-natal-e-ao-carnaval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">celebrações pagãs</a> do solstício de verão. Além disso, a história envolve a subida do flautista e dos pequenos até as colinas. "Havia regiões na Alemanha onde a chegada do verão era celebrada acendendo fogueiras nas montanhas", explica Reimer, sugerindo alguma relação.Por fim, há hipóteses, digamos, mais fantasiosas. Há historiadores que falam de uma associação com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120209-cruzada-das-criancas-elas-acreditaram-que-reaveriam-jerusalem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cruzada das Crianças</a> no século XIII, envolvendo expedições medievais em busca da Terra Santa. E há ainda quem diga que as crianças teriam morrido durante o surto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122272-peste-bubonica-onde-foi-que-tudo-comecou.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peste Negra</a>, embora as datas dos dois eventos não coincidam.De todo modo, o mistério permanece vivo e suscita o interesse pela pequena cidade alemã, fomentando o turismo e, por consequência, a saúde financeira de Hamelin.</body>

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A cruel história por trás da lenda do Flautista de Hamelin

Imagem de Como eram os rituais poloneses contra vampiros na Idade Média? no megacurioso

Saiba mais sobre as práticas utilizadas pela Polônia por conta do medo do sobrenatural

<head></head><body>A Polônia é um país rico em história e cultura, mas também em mistérios e lendas. Um deles é o mito dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127051-dracula-pode-ter-sofrido-de-doenca-que-o-fazia-chorar-sangue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vampiros</a>, seres sobrenaturais que se alimentam de sangue humano e que podem retornar dos mortos para assombrar os vivos. Embora hoje em dia sejam vistos como personagens de ficção, no passado eles eram temidos como uma ameaça real e perigosa.<h2>O pavor do sobrenatural</h2>Para evitar que os mortos se transformassem nestas criaturas, ou que os já existentes saíssem de seus túmulos, os habitantes do país recorriam a diversas práticas funerárias que visavam impedir ou dificultar a ação desses seres malignos, chamado de apotropismo, ou seja, um ritual para afastar o mal.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21172235259350.jpg" alt="(Fonte: Universidade Nicolau Copérnico de Torun/Reprodução)">(Fonte: Universidade Nicolau Copérnico de Torun/Reprodução)Arqueólogos que estudam os cemitérios poloneses dos séculos 16 e 17 têm encontrado vários exemplos desses enterros apotropaicos, que revelam os medos e as crenças das pessoas da época.&nbsp;Em julho de 2023, uma equipe da Universidade Nicolau Copérnico de Torun descobriu em Pien, uma vila no sudeste da Polônia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127012-arqueologos-encontram-restos-mortais-de-crianca-vampira-na-polonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os restos mortais de uma criança enterrada de bruços</a>, com um cadeado triangular perto dos pés. Esse tipo de sepultamento era considerado uma forma de impedir que o morto se levantasse ou saísse do caixão.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21172320863352.jpg" alt="(Fonte: Universidade Nicolau Copérnico de Torun/Reprodução)">(Fonte: Universidade Nicolau Copérnico de Torun/Reprodução)Em 2022, a equipe já havia encontrado na mesma vila o corpo de uma mulher jovem com um item semelhante no dedão do pé e uma foice sobre a garganta. Enquanto o primeiro objeto tinha a mesma função do anterior, a foice servia para cortar a cabeça do vampiro caso ele tentasse se erguer. Outras ferramentas que podiam ser usadas para esse fim eram pedras, estacas ou moedas.<h2>Um fenômeno Europeu</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21172649235353.jpg" alt="&quot;O Vampiro&quot; de Philip Burne-Jones (Fonte: Wikipedia/Reprodução)">"O Vampiro" de Philip Burne-Jones (Fonte: Wikipedia/Reprodução)Esses casos datam da Alta Idade Média e também foram encontrados em outros países da Europa Central e Oriental, como Eslováquia, Hungria, Áustria e Romênia. Eles tendem a aparecer com mais frequência em épocas de tragédias coletivas, como epidemias, guerras ou fome, quando as pessoas podiam atribuir as desgraças à ação do mal.O século XVII foi um período especialmente difícil para a Polônia, que enfrentou invasões estrangeiras, conflitos internos, crises econômicas e surtos de peste. Nesse contexto, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126731-os-6-melhores-romances-goticos-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mortos</a> que não eram aceitos nos cemitérios cristãos por diversos motivos - como ter morrido de forma violenta ou repentina, cometido suicídio, contrair alguma doença, apresentar deformidade física ou não ter sido batizado - eram vistos como potenciais vampiros e enterrados em locais isolados e sem marcação.Os arqueólogos que estudam essas práticas tentam entender as razões e os significados, mas muitas vezes se deparam com diversas incertezas. Os motivos específicos por trás desses rituais antivampiros provavelmente se perderam no tempo. O que resta são os vestígios materiais que testemunham a existência de um mundo no qual o sobrenatural e o natural se misturavam, pontuado pelo medo constante da morte e do desconhecido.</body>

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