Ricos bordados e transparências sensuais deram o tom da coleção

<img src="/files/assets/pictures/000/014/736/content_14736.jpg?1341591023">Fonte: Getty ImagesA apresentação da Valentino da Semana de Alta-Costura de Paris aconteceu em um clima de sobriedade que beirou a escuridão. Com uma passarela que se estendia por diferentes salas, as modelos pareciam caminhar em um labirinto. As luzes baixas e a trilha sonora pesada contribuíram para uma atmosfera que o site <a href="http://www.style.com/fashionshows/review/F2012CTR-VALENTIN">Style.com</a> definiu como densa.Maria Grazia Chiuri e Pier Paolo Piccioli recuperaram um pouco do século XIX – com os simbolistas, os decadentes e o romantismo combinados em criações estéticas ricamente trabalhadas e impecavelmente construídas.O clima sóbrio pode ser notado desde a cartela de cores que se baseou no preto e no azul-marinho para formar a nova coleção. Em certos momentos, houve espaço para dourado, o rosa e o amarelo. Como não poderia faltar, no fim do desfile surgem modelos no tradicional vermelho Valentino.Os vestidos predominaram entre os modelos apresentados. No entanto, a grife se distancia um pouco dos tradicionais desfiles de Alta-Costura quando apresenta peças inusitadas, como capas e macacões. Ainda passaram pela passarela calças, casaquetos, camisas, saias lápis, conjuntinhos e sobretudos.<img src="/files/assets/pictures/000/014/738/content_14738.jpg?1341591091">Fonte: Getty ImagesEntre os tecidos, leveza e suavidade foram representadas por crepes, chiffons, cashmeres e voiles. O luxo e o glamour ficaram evidentes nos cetins encorpados e brocados. Por fim, as rendas trouxeram o romantismo e as peles nos lembravam de que se tratava de uma coleção de inverno.A tendência mais explorada pela grife certamente foi a transparência. Tanto no uso de tecidos leves e translúcidos quanto na escolha de matrizes que alternavam tramas abertas e fechadas – ora exibindo, ora escondendo o corpo das modelos – o que fez com que a coleção ficasse ainda mais ousada e sensual.Na modelagem, a suavidade dos tecidos aliada ao franzido ou ao plissado fizeram com que as saias tivessem movimento e muito volume. Em alguns vestidos, os estilistas optaram apenas por uma cauda mais longa. A cintura apareceu marcada em alguns modelos, mas o que realmente chamou a atenção na coleção foi o trabalho feito com as mangas e colarinhos: pregas e franzidos criavam um efeito visual muito interessante em partes que geralmente trazem cortes tradicionais.<img src="/files/assets/pictures/000/014/739/content_14739.jpg?1341591115">Fonte: Getty ImagesOs estilistas ainda mostraram uma série de decotes diferentes. Logo no começo do desfile algumas peças tinham recortes arredondados que se assemelhavam a um coração. Cortes em V profundos e golas bobas também apareceram. Além do decote tradicional, alguns vestidos tinham as costas vazadas – outro indício discreto de sensualidade.A grande variedade de texturas também merece destaque na apresentação da Valentino. Além dos brocados e plissados usados para construir muitas peças, a aplicação de cristais e pedrarias não pode deixar de ser notada. Além disso, os bordados também foram um dos elementos utilizados pela grife para equilibrar a transparência de certos modelos.Na passarela, a grife não exibiu nenhum acessório. O único diferencial aqui foram os sapatos – scarpins com a ponta levemente quadrada, confeccionados em diversos tipos de acabamentos. Sempre combinando com o restante da produção, alguns modelos chegaram até mesmo a serem feitos do mesmo tecido.<img src="/files/assets/pictures/000/014/737/content_14737.jpg?1341591071">Fonte: Getty ImagesEm uma coleção tão vasta quanto essa apresentada pela Valentino em Paris, o site Style.com seleciona como destaque um casaqueto preto com bordados dourados e explica: “Incrustado com apliques de folhas e flores de cashmere, o desenho da peça foi inspirado no filme A Árvore da Vida, de William Morris.”O vestido escolhido para encerrar a apresentação também é digno de elogios. Confeccionada em cetim azul-marinho, a peça possui um painel frontal vazado desde a gola até a barra com formas adamascadas e cristais bordados ao redor dos desenhos. O mesmo motivo se repete nas costas, conferindo elegância e sofisticação que, conforme o Style.com, vão além das palavras.

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Valentino – Alta-Costura – Outono/Inverno 2012-13

<img src="/files/assets/pictures/000/014/734/content_14734.jpg?1341589705">A atriz Zoe Saldana marcou presença na primeira fila do desfile de Alta-Costura da Armani Privé nesta semana, em Paris. Para o evento, ela honrou o anfitrião e usou um vestido da coleção de outono Giorgio Armani com uma estampa muito graciosa com detalhes metalizados e de tom coral alaranjado. O modelo possuía um corte básico, porém elegante e feminino, com o corpo ajustado até a cintura e a parte de saia tendo um leve volume. Zoe completou a produção com clutch de cetim e peep toes pretos.

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Zoe Saldana

Estilista apresentou criações dignas dos red carpets, com muito bordado e renda

<img src="/files/assets/pictures/000/014/711/content_14711.jpg?1341578447">Fonte: Getty ImagesAs criações de Elie Saab sempre têm espaço garantido nos red carpets, em celebridades como Katy Perry, Keira Knightley e Diane Kruger. E após a apresentação do estilista na semana de Alta-Costura, em Paris, é possível notar que nesta temporada não será diferente.O libanês preparou uma coleção delicada, misturando romantismo, feminilidade e sensualidade, formada por vestidos fluidos com transparências estratégicas, fendas profundas e cintura marcada de um jeito charmoso.Como sempre, os vestidos diurnos e noturnos são sofisticados, com muito bordado e renda dignos de premières. Os comprimentos variam entre mídis e longos. As modelagens, em geral, eram ajustadas ao corpo, mas silhuetas mais esvoaçantes também tiveram seu espaço na passarela.A cartela de cores é variada, com tons sóbrios como nude e preto, a sofisticação do dourado e outras opções esmaecidas de azul e rosa, além do turquesa.Confira as criações desfiladas na galeria:

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Elie Saab – Alta-Costura – Outono/Inverno 2012-13

Coleção do estilista aposta em transparências, recortes e muito preto para o inverno

<img src="/files/assets/pictures/000/014/710/content_14710.jpg?1341576182">Fonte: Getty ImagesGustavo Lins, o estilista brasileiro radicado na Europa há 25 anos, apostou na sensualidade para sua coleção de Alta-Costura apresentada em Paris. O preto e as transparências predominaram na passarela, com peças desajustadas ao corpo.O desfile apresentou looks com recortes e decotes diferenciados em casacos, camisas e regatas, com direito a blusas drapeadas. Os vestidos brincavam com as cores, misturando tons claros e escuros com efeito marmorizado. Modelagens amplas ganharam o toque de sensualidade da transparência.O preto, ora combinado com o azul, predominou na passarela. As produções all black tinham como diferencial maxi colares dourados, com pedras enormes, que também apareceram em versões coloridas. Para os dias mais frios, o estilista preparou capas e longos casacos de pele azul, mas também havia blazers totalmente metalizados.Nos pés, sapatos com couro de píton dividiram espaço com sandálias pretas e pumps envernizados. Confira as criações na galeria:

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Gustavo Lins – Alta-Costura – Outono/Inverno 2012-13

Peças do estilista estarão disponíveis no evento Arte de Portas Abertas nos dias 7 e 8 de julho

<img src="/files/assets/pictures/000/014/709/content_14709.jpg?1341574580">Peças da última coleção do estilista. Fonte: Divulgação/<a href="http://marioqueiroz.com.br">marioqueiroz.com.br</a>As fãs cariocas das criações do estilista brasileiro <a href="http://marioqueiroz.com.br">Mario Queiroz</a> vão poder conferir de perto a nova coleção dele neste fim de semana. O designer terá uma pop up store no evento Arte de Portas Abertas, em Santa Teresa, Rio de Janeiro.A intenção do estilista é apresentar seu trabalho de uma nova forma, indo além dos desfiles. “A moda está em transformação em todo o mundo e, no Brasil, o ‘susto’ da internacionalização está sendo maior. Mas não há volta: quem fabrica toneladas é uma ponta do mercado e a outra ponta são os designers com pouca distribuição e muita originalidade”, explica ele.Vale lembrar que Mario Queiroz desenvolve há dezessete anos coleções autorais de peças exclusivas ou em pouca quantidade, comportamento que vai de encontro ao fast-fashion. Nesse contexto, a loja relâmpago se torna uma forma adequada de mostrar o seu trabalho, em vez de shoppings ou espaços permanentes. “As pop up store ou lojas de guerrilha acontecem no mundo inteiro e têm sido uma grande oportunidade para o comércio de moda, design e arte se aproximar de seus clientes”, afirma ele. Mario já participou do Arte de Portas Abertas criando bolsas e camisetas. “Minhas inspirações vêm muito das artes plásticas. Além disso, já acompanho o evento há muito tempo”, finaliza.Serviço:Arte de Portas Abertas Rua Laurinda Santos Lobo – Santa Teresa – Rio de Janeiro Dias 07 e 08 de julho Horário: 11h às 19h

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Mario Queiroz terá pop up store no Rio de Janeiro

Qualidade, estilo e solidariedade andam juntos nos tênis da Twins for Peace

Tênis superdescolados, fabricados artesanalmente com matéria prima 90% reciclada, superconfortáveis e estilosos. Como se não bastasse todo esse combo, a <a href="http://www.farfetch.com.br/shopping/men/designer-twins-for-peace/items.aspx#ps=1&pv=60&amp;oby=5">Twins for Peace</a> é uma marca engajada com o terceiro setor e a responsabilidade social. A cada par de <a href="http://www.farfetch.com.br/shopping/men/designer-twins-for-peace/items.aspx#ps=1&amp;pv=60&amp;oby=5">Twins for Peace</a> vendido, em qualquer lugar do mundo, uma criança carente também ganha um par de sapatos.A iniciativa é praticada em todos os países nos quais a marca está presente e no Brasil essa parceria acontece com a Fundação Gol de Letra, do ex-jogador de futebol Raí, eleito embaixador oficial dos sapatos no País.<img src="/files/assets/pictures/000/014/705/content_14705.jpg?1341523642">A marca nasceu na França e vem conquistando o mundo inteiro com seu conceito de “buy one, give one”. A empresa responsável pela chegada da marca de iniciativa tão querida e produtos indispensáveis é a Acaju do Brasil, do empresário Dimitri Mussard, que trocou as ruas de Paris pelas de São Paulo há quatro anos.Quem é cool de verdade se interessa por aqueles que não têm, principalmente crianças. Be cool, be good! Escolha já seu par Twins for Peace, e lembre que não é só você que ficará feliz quando ele chegar à sua casa.[nznvideo]{@{iframe src="http://player.vimeo.com/video/16050489?autoplay=1" width="500" height="350" frameborder="0" webkitallowfullscreen="" mozallowfullscreen="" allowfullscreen=""}@}{@{/iframe}@}[/nznvideo]Fonte: <a href="http://www.farfetch.com.br">Farfetch</a> por Marília Levy

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Pop up store Twins for Peace

O designer francês fez sua edição limitada do famoso sapatinho de cristal

<img src="/files/assets/pictures/000/014/702/content_14702.jpg?1341522398">Fonte: Reprodução/wwd.comDepois de impressionar muitas mulheres ao redor do mundo todo com suas criações ousadas e cheias de estilo, o designer francês Christian Louboutin presenteia as amantes de sapatos com mais um modelo incrível: uma releitura dos sapatos de Cinderela.Afinal, quem nunca sonhou em ser a princesa dos sapatinhos de cristal? Para realizar o sonho das mulheres que cresceram envolvidas pela magia dos contos de fadas, Louboutin recriou os calçados em uma versão totalmente original. Pela impossibilidade de refazer o modelo em cristal, o designer optou pela suavidade das rendas e a delicadeza das pedrarias.O portal <a href="http://www.wwd.com/fashion-news/fashion-scoops/louboutin-unveils-cinderella-shoe-6046640?module=hp-hero-topstories">WWD</a> informa que Christian Louboutin foi convidado a desenhar a interpretação moderna do sapatinho de Cinderela por ocasião do lançamento de uma versão Blu-ray do desenho animado, batizada de “Cinderella Diamond Edition”.<img src="/files/assets/pictures/000/014/703/content_14703.jpg?1341522439">Fonte: Reprodução/wwd.comEm uma cúpula de vidro, sobre uma almofada de veludo vermelho, os sapatos foram colocados em exposição em Paris juntamente com cenas do making-of do filme produzido em 1950. Os visitantes podiam contemplar o modelo de salto alto (12 cm), totalmente adornado de cristais Swarovski coloridos e borboletas de tecido.“A Cinderela não é um personagem icônico apenas quando pensamos em beleza, graça e magia, é também para os sapatos”, afirma Louboutin ao WWD. “A personagem e sua história ditaram o design para mim, a inspiração estava nas palavras e nas páginas do conto”, completa.Além de criar o sapato, Louboutin participou de um curta mostrando como foi o processo de criação do modelo. O vídeo de seis minutos faz parte da exibição dedicada a esse clássico das histórias infantis.

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Christian Louboutin recria os sapatos de Cinderela

Conheça a história dessa peça do beachwear e as principais tendências da atualidade

<img src="/files/assets/pictures/000/014/692/content_14692.jpg?1341516572">Biquínis da coleção de berão 2013 da Blue Man. Fonte: Agência FotositeÉ impossível negar a vocação do Brasil para a moda praia. Afinal, com um litoral tão extenso, inspirações para as tendências em beachwear não faltam. Não é à toa que o corte ousado criado no país faz sucesso inclusive internacionalmente.Segundo a diretora geral da marca Blue Man, Sharon Azulay, as marcas do país sempre souberam diversificar muito as peças de beachwear. “A moda brasileira tem essa característica desde sempre. Em todas nossas criações, a Blue Man busca inspiração na brasilidade, rica em diversidade e terra de muitos contrastes. Por isso, apostamos nessa riqueza de cenário para criarmos nossas estampas, formatos e texturas”, explica ela.Mas até chegar à variedade de modelos, tecidos e estampas que desfilam hoje por passarelas e areias brasileiras, o biquíni acumula mais de 60 anos de história, que ultrapassa as fronteiras do país. Informações da época registram que o primeiro biquíni surgiu em 26 de junho de 1946, sendo apresentado oficialmente em 5 de julho, com uma inspiração que fica longe de praias ou desfiles. Qual a inspiração para o biquíni?Em junho de 1946, militares americanos provocaram uma detonação nucelar no atol de Bikini, localizado nas Ilhas Marshall, em meio ao Pacífico. Mais de 10 mil habitantes da região ficaram feridos e foram levados praticamente nus (já que as roupas foram danificadas pela explosão) para Chicago, nos Estados Unidos.<img src="/files/assets/pictures/000/014/687/content_14687.jpg?1341516134">Explosão no atol de Bikini. Fonte: Getty ImagesLá, os médicos americanos cobriram as partes íntimas dos pacientes com retalhos de exemplares do jornal The New York Times, formando curiosos conjuntos.A notícia da explosão e do modo como os pacientes haviam sido vestidos correu o mundo, chegando à França. A história do jornal-lingerie chamou a atenção de um estilista do país, Jacques Heim, que resolveu transformar o curioso modelo em uma realidade da moda. Usando quatro triângulos recortados de uma folha de papel, ele os costurou com algodão e sugeriu a criação como traje de banho. Porém, ao contrário do que ele imaginava, o “menor maiô do mundo”, batizado de “átomo”, não fez o menor sucesso.O modelo inovador de Heim caiu no esquecimento e quem levou a fama pela criação foi o francês Louis Réard. Ele resolveu cortar o maiô ao meio e dar ao resultado o nome de “Bikini – menor que o menor maiô do mundo”, já que o atol estava em voga na época. Assim como seu antecessor, o estilista não teve sucesso: as mulheres não estavam preparadas para usar algo tão pequeno, que deixava a barriga à mostra, e nem as modelos queriam ser fotografadas com ele.Vale lembrar que, até então, as pessoas frequentavam a praia praticamente vestidas, para manter a pele alva e não mostrar o corpo em demasia. A stripper Micheline Bernardini é que resolveu superar a polêmica e desfilou com o novo modelo por uma piscina pública de Paris, no dia 05 de julho, estreando-o. Aos poucos, o conjunto foi ganhando mais espaço, aparecendo em alguns balneários charmosos da época. No entanto, ainda havia muitas barreiras a superar até o biquíni alcançar o sucesso. A ousadia da criação fez com que ela fosse proibida em vários países, como Portugal, Itália e Espanha. Em contrapartida, atrizes como Ava Gardner e Brigitte Bardot aderiram ao modelo, criando uma resistência.No Brasil, a novidade chegaria em 1948, apresentada por uma turista alemã.<img src="/files/assets/pictures/000/014/693/content_14693.jpg?1341517779">Filme de Brigitte Bardot em 1952. Fonte: DivulgaçãoAnos 50: o cinema populariza o biquíniEnquanto o biquíni continuava proibido em alguns países, atrizes e sex symbols passaram a ser fotografadas e aparecer em filmes usando o traje, fazendo com que a resistência diminuísse. Na época, o conjunto era considerado pequeno, mas comparado às versões atuais, era bastante grande, com as cavas da calcinha bem baixas.Marilyn Monroe preferia os biquínis mais comportados, enquanto sua cover, Jayne Mansfield, desfilava com versões com muitos centímetros a menos que o convencional. A francesa Brigitte Bardot também aderiu à moda, escolhendo modelos mais ousados. No filme “E Deus Criou a Mulher” (1956), ela aparece com um conjunto xadrez enfeitado por babados.Assim, aos poucos, a criação foi se tornando popular e as resistências tiveram que ceder. Por aqui, o biquíni ainda era usado apenas por vedetes do teatro, como Elvira Pagã e Virgínia Lane. Mas, na década seguinte, o contexto mudaria.Anos 60: o biquíni ganha as praiasEm 1961, o então presidente Jânio Quadros bem que tentou banir o biquíni das praias brasileiras, mas era tarde. O cinema já havia popularizado a peça, que se tornou símbolo de atrizes glamorosas, que as mulheres queriam imitar. Em 1962, Úrsula Andress saiu do mar com um modelo ousado no filme “007 Contra o Satânico Dr. No”, conquistando ainda mais adeptos.<img src="/files/assets/pictures/000/014/694/content_14694.jpg?1341517973">Ursula Andress no filme 007. Fonte: DivulgaçãoNeste mesmo período, Helô Pinheiro aderiu ao traje nas praias cariocas, inspirando inclusive a música “Garota de Ipanema”, criada por Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Ela vestia versões comportadas, com sutiã estruturado e tamanho maior.Com a popularização do biquíni, começaram a surgir inovações no setor. Nessa década, foram criados o fio lycra e a helanca, que eram mais leves, aderiam ao corpo e secavam rapidamente. Em relação aos modelos, o chamado “engana-mamãe” tornou-se popular. Ao ser olhado de frente, ele parecia um maiô, com uma tira que ligava as duas partes, mas nas costas era um biquíni comum.Anos 70: surge a tangaNos anos 70, o biquíni já era um traje de banho consagrado, pronto para novas experimentações. Assim, começaram a surgir versões descombinadas, como calcinha lisa e sutiã estampado, além de modelos feitos de lastex e crochê. Leila Diniz, grávida de sete meses, se tornou sensação ao usar um minúsculo biquíni no verão de 1971, exibindo o barrigão com naturalidade. As imagens, divulgadas amplamente na imprensa brasileira, acabaram se tornando um símbolo da liberação feminina.<img src="/files/assets/pictures/000/014/695/content_14695.jpg?1341518113">O biquíni na praia, em 1979. Fonte: Getty ImagesNessa mesma época, surgiu a tanga, conhecida por ser uma invenção carioca. Sua origem exata, no entanto, é controversa. Há quem diga que ela foi criada ao acaso, quando a modelo Rose Di Primo teve a ideia, em plena praia, de unir dois microtriângulos de tecido em um cordão. Uma variação desta história ainda afirma que David Azulay, da Blue Man, é que teria criado a peça, sendo Rose a primeira mulher a vesti-la. Outra versão da invenção defende que o modelo foi criado por um erro da carioca Neuma Andrade, em 1973. Depois de errar as medidas de uma encomenda, devido ao prazo de entrega apertado ela resolveu cortar as laterais da calcinha, deixando-a mais cavada. Com o sucesso, a costureira, que também era advogada, passou a se dedicar apenas à máquina de costura.Anos 80: modelos para todos os gostosA tanga, tendo sido criada acidentalmente ou não, foi apenas a primeira de muitas inovações no tradicional biquíni. No Brasil, estilistas começaram a criar todo tipo de versões para o traje, com cortes ousados e outros tecidos.<img src="/files/assets/pictures/000/014/696/content_14696.jpg?1341518413">Lacinho e cortininha em semana de moda internacionais. Fonte: Getty ImagesNa década de 1980 foi que surgiram o cortininha (com um sutiã de dois triângulos unidos por um fio), o enroladinho (com modelos as laterais da parte de baixo retorcidas) e o lacinho (a calcinha é presa por amarrações laterais). Segundo a diretora geral da Blue Man, Sharon Azulay, esse último inclusive é o que faz mais sucesso entre as brasileiras até hoje. São também dessa época o asa-delta, traje com cavas bem profundas, o fio-dental e o sunquíni. Entre as cores e estampas, destaque para as versões fluorescentes que surgiram nas praias brasileiras.Anos 90: modelos voltam ao passado<img src="/files/assets/pictures/000/014/688/content_14688.jpg?1341516218">Misses de 1999 com os biquínis da época. Fonte: Getty ImagesDepois de tantas inovações, a moda praia resolveu voltar no tempo com coleções que apresentavam biquínis no estilo retrô para os anos 90. Assim, surgiram modelos mais românticos e comportados, fazendo com que os clássicos voltassem para a praia.A parte de baixo, em geral, era maior (com um shortinho) e não bastava mais usar apenas o biquíni. A partir desse período, o traje passou a ser combinado com cangas, chapéus, bolsas e outros acessórios, que deixavam o look mais charmoso. A estampa de camuflagem alcançou o auge nessa época.Apesar da volta ao passado nas modelagens, a indústria do setor não parou de proporcionar inovações, permitindo que novos elementos fossem agregados aos biquínis, como trabalhos de jacquard, drapeados e transparências. A variedade fez com que os modelos brasileiros chegassem às lojas estrangeiras para ficar.Anos 2000: a criatividade se une à tecnologia <img src="/files/assets/pictures/000/014/690/content_14690.jpg?1341516332">Modelo inovador da coleção de 2005 da Rosa Chá. Fonte: Getty ImagesCom a virada dos séculos, modelagens e cortes de biquínis criados em décadas anteriores se misturaram às novas criações. Apenas o modelo asa-delta não encontrou o mesmo espaço entre o gosto das consumidoras.Nos desfiles, os modelos se tornaram cada vez mais inusitados. Há versões para todos os gostos: lisos, estampados, monocromáticos ou multicoloridos. Os sutiãs ganharam bojo para dar mais forma e volume aos seios, enquanto novos decotes, como o tomara que caia e o frente única, se misturam aos já existentes. Há espaço ainda para bordados, metalizados e detalhes em tecido.<img src="/files/assets/pictures/000/014/691/content_14691.jpg?1341516387">Naomi Campel para a Rosa Chá, no começo do século. Fonte: Getty ImagesA lycra e a helanca passaram a dividir espaço com tecidos tecnológicos, capazes de evitar o surgimento de bactérias, levantar seios e bumbum, proteger contra os raios solares e ainda secar rapidamente.Hoje, as coleções que aparecem na passarela seguem essa diversificação. A diretora geral da Blue Man, Sharon Azulay, explica que a Blue Man apostou na natureza para criar sua última coleção (Verão 2013), inspirando-se nas cores e formas alucinantes que ela possui. “Texturas furta-cor e iridescentes evidenciam insetos, peixes e minerais com o reforço de micropelículas refletivas”, conta ela.Como a coleção tem modelagens que tendem ao esportivo, os biquínis unem sensualidade e conforto, com recortes, frestas e cavas acentuadas. “Em termos de tecidos, a lycra não perde o papel principal, mas dá espaço ao neoprene, que traz referências dos esportes aquáticos para a moda praia”, finaliza Sharon.Biquíni brasileiro no exterior<img src="/files/assets/pictures/000/014/697/content_14697.jpg?1341518563">Biquínis da Blue Man para o verão 2013. Fonte: Agência FotositeA vocação da moda brasileira para o beachwear não passou despercebida no exterior. Além de as marcas nacionais terem vários pontos de venda no mundo todo, elas também participam de semanas de moda internacionais.A Blue Man faz parte desse contexto e hoje exporta peças para França, Itália, Suíça, Portugal e Espanha. Segundo a diretora geral da grife, a criação é feita de forma a manter modelos que atendam a todos os mercados. Porém, nem sempre é possível, já que há diferenças nas preferências das mulheres em cada localidade. “As consumidoras estrangeiras são mais conservadoras em termos de modelagem, preferem os biquínis maiores”, explica ela.Assim, vale prestigiar o sucesso do beachwear brasileiro no aniversário do biquíni. Para quem não está nas regiões frias do país, que tal reservar um tempo nos próximos dias para ir à praia?

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Biquíni: de 1946 até hoje

Fauna e flora inspiraram a coleção do estilista, que abusou dos volumes em alguns looks

<img src="/files/assets/pictures/000/014/684/content_14684.jpg?1341508089">Fonte: <a href="http://style.com">style.com</a>A passarela da Alta-Costura, em Paris, ficou repleta de flores e folhagens durante a apresentação de Giambattista Valli. A coleção tinha inspiração na fauna e na flora, sendo que as modelos se transformaram em ninfas dramáticas, com direito a borboletas nos lábios e galhos dourados nos cabelos.O desfile começou com looks predominantemente vermelhos, que depois foram ganhando toques de outras cores. Na sequência, o verde dominou a passarela, dando lugar a apenas um vestido de outra cor. Foi possível notar ainda uma brincadeira do estilista com volumes, representada por enormes golas e babados que cobriram saias por inteiro. A coleção tinha ainda jaquetas com pepluns formados por várias camadas de organza. Confira os looks na galeria:

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Giambattista Valli – Alta-Costura – Outono/Inverno 2012-13

<img src="/files/assets/pictures/000/014/681/content_14681.jpg?1341499907"> A modelo ucraniana Milla Jovovich foi outra estrela a comparecer ao desfile da Chanel na Semana de Alta-Costura de Paris. Como é comum nesse tipo de evento que as celebridades escolham looks da própria grife para prestigiar a nova coleção, Milla Jovovich apostou em peças da Chanel. A delicadeza do conjuntinho floral foi quebrada com a intensidade do vermelho – usado nos sapatos, na bolsa e nos lábios –, evitando assim que o look de Milla se aproximasse muito de um clima infantil. Os detalhes fazem toda a diferença na produção: as pedrarias bordadas no casaqueto dão um ar de glamour que junto com as pregas que valorizam a saia ser exagerar no volume deixam o visual elegante e sofisticado como pede a ocasião.

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