Imagens coletadas pelos pesquisadores mostram como uma pequena região no Uzbequistão foi transformada com o passar dos anos. 

As montanhas do leste do Uzbequistão, que já foram ponto de passagem para viajantes da famosa Rota da Seda, escondiam duas cidades antigas que agora revelam suas histórias. Ali estavam Tugunbulak e Tashbulak, duas cidades medievais agora reveladas por pesquisadores usando drones equipados com a tecnologia LiDAR — uma técnica de sensoriamento remoto que utiliza feixes de laser para medir distâncias e topografias com precisão.Localizadas a mais de 2 mil metros de altitude, essas cidades eram importantes núcleos comerciais e culturais da Rota da Seda, rota que conectava o Ocidente à China, promovendo intensas trocas de mercadorias e ideias.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/as-cidades-mais-antigas-do-mundo-podem-ter-mais-de-5-mil-anos-e-ficavam-na-ucrania" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As cidades mais antigas do mundo podem ter mais de 5 mil anos e ficavam na Ucrânia</a></li></ul>Segundo o professor Michael Frachetti, da Universidade de Washington, e Farhod Maksudov, do Centro Nacional de Arqueologia do Uzbequistão, as descobertas confirmam que, ao contrário do que muitos pensam, as montanhas não eram um obstáculo para a Rota da Seda. Pelo contrário, cidades como Tugunbulak e Tashbulak prosperaram, servindo como centros de interação em alta altitude, onde produtos e tecnologias circulavam a todo vapor.<h2 style="text-align:justify;">O mistério dos centros comerciais das alturas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/28/28214600717032.jpeg" alt="Embora hoje pareça apenas uma série de montes naturais, Tugunbulak já escondeu uma das cidades mais altas do mundo. (Fonte: Michael Frachetti/Divulgação)"><figcaption>Embora hoje pareça apenas uma série de montes naturais, Tugunbulak já escondeu uma das cidades mais altas do mundo. (Fonte: Michael Frachetti/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Tugunbulak e Tashbulak datam de aproximadamente 1.000 anos e floresceram em altitudes que hoje desafiam até pequenas comunidades. A primeira delas, Tugunbulak, cobria impressionantes 120 hectares, algo significativo para a época. “Essas cidades eram centros urbanos essenciais na Ásia Central, não apenas pontos de passagem, mas importantes focos de interação e inovação”, afirma Frachetti. Segundo ele, as montanhas ofereciam recursos preciosos, como minérios, que contribuíam para o desenvolvimento econômico local.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109882-30-curiosidades-sobre-o-uzbequistao-um-pais-cercado-por-outros-aos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">30 curiosidades sobre o Uzbequistão, um país cercado por outros “ãos”</a></li></ul>Para Maksudov, a estrutura social dessas cidades montanhosas era distinta da encontrada nas planícies. Tugunbulak, por exemplo, tinha grossas muralhas de terra batida, provavelmente para proteger uma antiga fortaleza e, talvez, uma área de produção de ferro e aço – produtos de grande valor para o período. Essa atividade, além do comércio, parece ter sido o motor econômico da região entre os séculos VI e XI.O LiDAR, a mesma tecnologia usada para revelar cidades maias ocultas na selva, foi fundamental para mapear essas cidades e identificar contornos de construções, muralhas e espaços públicos que antes pareciam apenas montes no terreno. Os resultados do estudo permitiram recriar modelos 3D das cidades, revelando traços urbanos complexos e uma disposição incomum de edifícios.<h2 style="text-align:justify;">Uma história escondida e esquecida</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/28/28214729111033.jpeg" alt="Contorno de praças e defesas de Tugunbulak pode ser visto nesta reconstrução do LiDAR. (Fonte: Michael Frachetti/Divulgação) "><figcaption>Contorno de praças e defesas de Tugunbulak pode ser visto nesta reconstrução do LiDAR. (Fonte: Michael Frachetti/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Tashbulak, menor que Tugunbulak, serviu como um dos primeiros locais de escavação arqueológica urbana em alta altitude. Curiosamente, Tashbulak não exibia áreas residenciais além das muralhas, o que sugere que seus habitantes poderiam ser nômades, vivendo fora das fortificações no verão, possivelmente em estruturas leves como as tradicionais tendas de pele de animais, as yurts. Isso explicaria a ausência de vestígios fixos de habitações.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116975-escultor-recria-artistas-do-passado-em-modelos-3d.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escultor recria artistas do passado em modelos 3D</a></li></ul>Mesmo com desafios de acesso e duras condições climáticas, os arqueólogos acreditam que há mais cidades escondidas nas montanhas da Ásia Central, esperando para serem descobertas. Com o uso do LiDAR e dos drones, que precisam de autorização especial no Uzbequistão, a esperança é que mais segredos sejam desvendados e que a história rica da Rota da Seda nas montanhas ganhe novo fôlego.“A Rota da Seda não conectava apenas o Oriente e o Ocidente; havia um núcleo complexo na Ásia Central que foi o coração dessa rede, promovendo inovações que ecoam até hoje”, concluiu Frachetti. Com mais expedições planejadas e novas permissões para sobrevoos, o futuro promete ainda mais revelações sobre esses tesouros ocultos nas alturas.

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Drones revelam cidades perdidas escondidas nas montanhas do Uzbequistão

A invenção dos lasers é fruto de décadas de ciência quântica e abriu portas para diversas tecnologias essenciais.

A invenção do laser foi uma verdadeira <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119938-galileu-galilei-a-revolucao-causada-pelas-descobertas-sobre-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">revolução científica</a>, e como em muitas descobertas importantes, várias mentes brilhantes contribuíram para o seu desenvolvimento. Embora a ideia de feixes de energia tenha povoado a ficção científica por décadas, foi no início do século XX que a ciência por trás dos lasers começou a tomar forma.&nbsp;Tudo começou com a teoria quântica, proposta por Max Planck em 1900, e se aprofundou com os trabalhos de Albert Einstein, que, em 1917, descreveu o conceito de emissão estimulada — um dos princípios fundamentais que permitiriam a criação dos lasers.Nos anos seguintes, a ideia de emissão estimulada ficou na obscuridade, até que, nas décadas de 1940 e 1950, o interesse por tecnologias de micro-ondas trouxe essas teorias à tona novamente.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Excitando moléculas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/23/23080958472001.jpg" alt="O laser é uma das grandes obas da humanidades. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>O laser é uma das grandes invenções da humanidade. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Físicos como Charles Townes e Arthur Schawlow, que trabalhavam em espectroscopia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120145-afinal-de-contas-como-o-microondas-esquenta-sua-comida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">micro-ondas</a>, perceberam o potencial das micro-ondas para excitar moléculas, abrindo caminho para o que seria o precursor do laser: o maser.&nbsp;O maser funcionava amplificando micro-ondas em vez de luz visível, e foi um importante avanço, mas Townes acreditava que era possível ir além e explorar a emissão estimulada para comprimentos de onda mais curtos, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/pequeno-predador-mosquitos-usam-infravermelho-para-encontrar-humanos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">infravermelho</a> e a luz visível.Foi com essa ideia em mente que Townes e Schawlow começaram a trabalhar no conceito de laser (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, termo em inglês para "Amplificação de Luz por Emissão Estimulada de Radiação"). Em 1958, publicaram um artigo descrevendo como a emissão estimulada poderia ser usada para criar um feixe de luz coerente, e dois anos depois, obtiveram a patente para essa tecnologia.&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/23/23082104315004.jpg" alt="Artur Schawlow foi uma das mentes por trás da criação do laser. ((Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>Arthur Schawlow foi uma das mentes por trás da criação do laser. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>No entanto, enquanto eles ainda trabalhavam na teoria, Theodore Maiman, um engenheiro da Hughes Aircraft, foi o primeiro a construir um laser funcional em 1960, usando um cristal de rubi e uma lâmpada de xenônio para estimular os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121413-modelos-atomicos-como-a-materia-e-construida-e-organizada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">átomos</a>. Esse laser produzia um feixe vermelho e pulsante, marcando o início da era dos lasers.<h3 style="text-align:justify;">Laser nos tribunais</h3>O desenvolvimento do laser gerou uma série de batalhas judiciais, especialmente por parte de Gordon Gould, que também havia trabalhado em projetos de laser. Embora Gould tenha entrado com seu pedido de patente logo após Maiman, ele só obteve os direitos legais décadas depois, em 1988, após uma longa disputa.&nbsp;O trabalho de Townes, Schawlow e Maiman foi rapidamente reconhecido pela comunidade científica, rendendo prêmios Nobel e consolidando o laser como uma das inovações mais importantes do século 20.<h2 style="text-align:justify;">Como os lasers realmente funcionam?&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/23/23082417290005.jpg" alt="Hoje os lasers são usados em diversas situações. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Hoje os lasers são usados em diversas situações. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>A base está na ideia de excitar elétrons em átomos para que eles "saltem" para níveis de energia mais altos. Quando esses elétrons retornam aos seus níveis originais, eles liberam fótons — <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/teoria-da-luz-cansada-volta-a-assombrar-tese-do-big-bang" rel="noopener noreferrer" target="_blank">partículas de luz</a>. O laser aproveita esse processo, gerando um feixe de luz onde todos os fótons têm a mesma energia e direção.&nbsp;Para fazer isso, é necessário alcançar um estado conhecido como "inversão populacional", onde há mais átomos excitados do que em seus estados normais. Quando a emissão estimulada é gerada, todos esses átomos começam a liberar fótons em uníssono, criando um feixe de luz altamente concentrado.Desde sua invenção, o laser encontrou aplicações em quase todos os setores da sociedade. De <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/os-perigos-das-cirurgias-para-mudar-a-cor-dos-olhos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cirurgias oculares</a> a sistemas de telecomunicações, os lasers são usados para cortar, soldar, medir distâncias, realizar cirurgias e até em entretenimento, como nos leitores de CD e DVD e nos dispositivos para brincadeiras com gatos.&nbsp;O impacto dessa tecnologia é incalculável, e o futuro promete ainda mais inovações à medida que os lasers se tornam cada vez mais potentes e acessíveis.

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Do raio ficcional ao mundo real: a história fascinante dos lasers

Dos 95.820 vídeos deepfakes online, 99% são pornográficos e envolvendo mulheres, segundo um estudo.

Desde que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a suspensão das atividades da rede social X no Brasil, muitas pessoas recorreram à internet em protesto porque sentiram que o bloqueio era uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121506-4-casos-de-censura-politica-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">repressão a sua liberdade de expressão</a>.A decisão foi uma resposta direta ao fechamento do escritório da empresa no Brasil por ordem do seu dono, Elon Musk, deixando-a sem representante legal no país (o que vai contra a lei brasileira). Isso, no entanto, foi apenas o resultado de uma tensão grande entre Musk e o judiciário ao longo dos últimos meses. O dono da Tesla havia descumprido uma série de ordens judiciais, a começar quando se recusou a bloquear perfis de pessoas investigadas pelo STF em inquéritos sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118211-ditadura-militar-como-e-por-que-aconteceu-o-golpe-de-1964.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atos antidemocráticos</a>, milícias digitais e outros. Além de não acatar os pedidos de Moraes, Musk passou a atacar o ministro alegando que ele estava praticando censura.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/09/09092758100035.jpg" alt="Elon Musk possui uma fortuna de cerca de US$ 258 bilhões. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Elon Musk possui uma fortuna de cerca de US$ 258 bilhões. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Desde que Musk comprou o serviço no ano passado por US$ 44 bilhões, a rede social se tornou uma terra de ninguém com a quantidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127992-ia-generativa-esta-colaborando-na-disseminacao-de-fake-news.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desinformação e mídia manipulada</a> com as decisões tomadas pelo bilionário, como a destruição das equipes de confiança e segurança, responsáveis por corrigir problemas causados por esse tipo de conteúdo nocivo.Esse cenário sem critérios facilita, por exemplo, o crescimento e disseminação de pornografia deepfake, um dos maiores problemas do momento causados pela IA generativa. A suspensão do X no Brasil, inclusive, foi uma forma de impedir que pessoas que possam cometer crimes envolvendo IA sejam descobertas e não saiam ilesas.<h2>As mulheres no centro do problema</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/08/08235558092007.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>AI generativa é um tipo de inteligência artificial capaz de produzir várias formas de conteúdo, desde textos a áudio e dados sintéticos, em questão de segundos, convincentemente autênticos. Vimos um crescimento acelerado de pessoas mal intencionadas usando a ferramenta para deturpar e alterar vídeos e fotos, uma técnica chamada de deepfake, e que encontrou com uma tendência ainda mais perturbadora: a criação de pornografia deepfake.Basicamente, esse recurso consiste em criar conteúdo sexual explícito falso, mas altamente realista, colocando o rosto de alguém no corpo de outra pessoa, sem consentimento da vítima, como forma de assédio, desmoralização e abuso, visando principalmente mulheres e jovens meninas.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/08/08235616610008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Mulheres são alvos da pornografia deepfake. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Conforme um levantamento feito pela empresa Security Hero, havia um total de 95.820 vídeos deepfakes online ano passado, um aumento de 550% em relação a 2019. Desses, 98% eram de pornografia e 99% dos indivíduos eram mulheres. Leva menos de 25 minutos e é de graça para criar um vídeo pornográfico de qualquer pessoa usando apenas uma imagem de rosto bem nítida. Não surpreendentemente, o relatório mostrou que 48% dos homens americanos pesquisados consumiram pornografia deepfake pelo menos uma vez, sendo que 74% dos usuários desse tipo de conteúdo não se sentem culpados por isso.O fato de uma em cada três ferramentas deepfakes permitir que os usuários criem pornografia falsa é um dos motivos pelos quais a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/por-que-os-seres-humanos-nao-confiam-totalmente-na-inteligencia-artificial" rel="noopener noreferrer" target="_blank">regulamentação da inteligência artificial</a> se tornou uma preocupação global. O tópico sobre a criação de pornografia endossou as discussões entorno da ética digital, questões de gênero e estereótipos de raça – uma vez que cantoras e atrizes sul-coreanas constituem 53% dos indivíduos mais visados.<h2>A culpa do sistema</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/08/08235649994009.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Cerca de 98% do conteúdo deepfake online é pornográfico. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar de figuras públicas serem um alvo comum, a Security Hero lançou luz sobre o fato que muitas mulheres comuns, principalmente menores, são também vítimas dessa forma de abuso digital, usado contra elas como chantagem.Em setembro, mais de 30 meninas entre 12 e 14 anos, da cidade Almendralejo, no sudoeste da Espanha, foram vítimas de imagens pornográficas deepfake, que se espalharam pelas redes sociais. Segundo a Polícia Nacional Espanhola, em reportagem à&nbsp;ABC News, um grupo de agressores do sexo masculino, que as autoridades afirmam conhecer as vítimas, carregou fotos tiradas dos perfis de mídia social delas em um aplicativo de IA generativa chamado Nudity, cuja função é remover as roupas de uma pessoa usando inteligência artificial.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/09/09092240927033.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Segundo estudo, 99% dos alvos de pornografia deepfake são mulheres. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os criminosos criaram um grupo no WhatsApp e no Telegram para divulgar essas imagens nuas fabricadas não consensuais e extorquir pelo menos uma das vítimas por imagens nuas reais ou dinheiro.O impacto desse tipo de pornografia causa traumas psicológicos intensos e extensos, com algumas pessoas precisando de tratamento a longo prazo para problemas como síndrome do pânico, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e ansiedade. Portanto, é comum que isso leve a ideações suicidas ou até mesmo tentativas de interromper a própria vida.São poucos os caminhos de justiça para aqueles que fabricam pornografia deepfake. Apenas em alguns locais dos Estados Unidos e da Europa a prática é enquadrada como crime, enquanto em outros o máximo que as vítimas podem fazer é entrar com um processo civil.Esse tipo de violação é um reflexo da proporção que a IA está tomando na sociedade, mas também das atitudes culturais e normas sociais que tornam as mulheres objetos de consumo visual.

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Aumento da pornografia deepfake se tornou uma crise global

Empresas de videogames estão se aproveitando para clonar vozes, pagar menos e produzir mais.

A sociedade moderna vive uma antítese: não conseguir mais ser funcional sem tecnologia e também sofre de tecnofobia (medo da tecnologia moderna). Não é à toa que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/por-que-os-seres-humanos-nao-confiam-totalmente-na-inteligencia-artificial" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ser humano não é condicionado a confiar 100% na tecnologia</a>, apesar de ser dependente dela. A tecnofobia surgiu nos momentos finais para a virada do século XXI, com os experimentos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124866-cientistas-querem-clonar-bisao-extinto-encontrado-no-permafrost.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clonagem</a> e a criação de tecnologias de comunicação e armazenamento de dados, cimentado o que foi denominado como "modernização do cotidiano".Nem parece que, em meados do século XIX, os autômatos, ou robôs, se assim preferir, já foram encarados como "a melhor invenção do homem", o ápice de sua inteligência e evolução. Naquele tempo, um mundo operado por maquinários complexos, com braços reguláveis gigantes, que serviriam para construir desde um automóvel até limpar uma casa inteira, era o suprassumo do retrofuturismo que todos ansiavam.De repente, esse futuro muito tecnológico pareceu uma ameaça para a existência e necessidade do ser humano. Cresceu o medo humano de ser excedido pela própria criação em setores em que a mão de obra humana é considerada essencial.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/09/09000649418017.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A inteligência artificial foi introduzida na década de 1960. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O passar do tempo nunca fez o medo desaparecer, muito pelo contrário, ele ganhou um novo fôlego com o aprimoramento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/a-popularizacao-do-chatgpt-pode-acabar-com-a-wikipedia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inteligência artificial generativa</a>. Introduzida na década de 1960, a tecnologia é a cada dia mais aprimorada, a ponto de sua prevalência ser tópico central em conferências políticas devido aos limites de uso do seu potencial tecnológico.A IA generativa se trata de uma inteligência capaz de produzir várias formas de conteúdo, desde textos a áudios sintéticos, em questão de segundos e de maneira quase perfeita. É por essa razão, por exemplo, que&nbsp;dubladores brigam por direitos enquanto suas vozes são clonadas sem consentimento pela IA.<h2>Pagar menos e produzir mais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/09/09000736622018.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A profissão de dublador ganhou popularidade em meados da década de 1920. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Até um tempo atrás, a IA era apenas o foco narrativo das histórias do escritor Arthur C. Clarke, explorando temas como previsão do futuro e geração de mecanismos automáticos. Agora, esse tipo de ferramenta significa um mercado global avaliado em US$ 43,7 bilhões em 2023 e projetado para crescer para US$ 967,65 bilhões até 2032, segundo o Fortune Business Insights. O recurso também já consegue transformar coisas e lugares em animações da Pixar, emular vozes de cantores em outros corpos, criar músicas, escrever redações e textos diversos, fazer atendimento virtual e até transações bancárias.Tudo isso assusta algumas pessoas, sobretudo aquelas que se sentem na mira do processo de extinção ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128214-os-robos-e-a-ia-vao-substituir-a-profissao-dos-medicos-no-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">automatização de algumas profissões</a>, suplantadas pelo poder e predominância tanto de máquinas como softwares cada vez mais avançados. Atores e atrizes do ramo da dublagem estão preocupados com a maneira como o aumento do uso da ferramenta de IA generativa pode prejudicar suas vidas ao replicar suas vozes sem consentimento.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/09/09000819928020.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Em 2023, o mercado global de IA foi avaliado em US$ 43,7 bilhões em 2023. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Atualmente, a indústria multibilionária de videogames é responsável pelo sustento de muitos dubladores pelo mundo devido sua alta demanda. O aumento da IA generativa, no entanto, se mostrou uma oportunidade tentadora para algumas empresas cortarem custos e acelerar o desenvolvimento de seus produtos digitais usando a ferramenta para reproduzir vozes sem permissão ou pagamento, reduzindo o valor do trabalho dos dubladores.&nbsp;A resposta dos profissionais do ramo para a questão tem sido mista. Alguns não se importam de emprestar suas vozes se forem compensados de forma justa e elas não serem mal utilizadas, enquanto outros temem que isso acelere o sucateamento e substituição da profissão.<h2>Silenciados</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/09/09000925633022.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Empresas de videogames clonam as vozes de dubladores para reduzir os custos e produzir mais. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em agosto, mais de 300 dubladores de videogames e atores de Hollywood protestaram em frente ao prédio da Warner Bros Studios, em Los Angeles, contra a falta de vontade das principais empresas de jogos em proteger a propriedade intelectual dos dubladores, dos seus trabalhos sindicais e o uso não regulamentado da IA generativa."Fizemos acordos com estúdios e streamers. Fizemos acordos sem greve com as principais gravadoras e com inúmeros outros empregadores, que fornecem consentimento informado e compensação justa para nossos membros", disse Duncan Crabtree-Ireland, diretor-executivo nacional do Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists (Sag-Aftra) à Associated Press. "No entanto, por algum motivo, as empresas de videogame se recusam a fazer o mesmo, e isso vai ser nossa ruína."O protesto e a subsequente greve foi o resultado de mais de 18 meses de negociações do sindicato com gigantes da indústria de jogos online sobre um novo acordo de mídia interativa paralisado por proteções em torno do uso indiscriminado de IA.&nbsp;Para Crabtree-Ireland, a verdadeira crise existencial dos dubladores de jogos é considerada uma ameaça igual ou até maior para eles do que para os artistas de cinema e televisão. Sobretudo porque a indústria não considera todos os artistas que cedem suas vozes ou imagem como profissionais resguardados pelo acordo coletivo, portanto, é fundamental para eles entender quais são os critérios usados pelos estúdios para definir quem é ou não artista. Enquanto isso, eles são mal pagos, despejados de suas casas e silenciados pelo uso escuso da IA.

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Como a IA generativa está roubando o trabalho e as vozes dos dubladores

Só em março desse ano, o ChatGPT atraiu mais de 1 bilhão de visitas, isso pode ameaçar a história da Wikipedia?

Em março de 2000, o empresário americano Jimmy Wales e o filósofo e ex-editor Larry Sanger decidiram formular um novo tipo de projeto: uma enciclopédia online de conteúdo aberto e colaborativo, onde qualquer pessoa pudesse editar e contribuir com artigos, algo que seria essencial para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127584-morris-worm-como-surgiu-o-primeiro-virus-da-internet.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consolidar a internet&nbsp;</a>como um meio de busca prático.Assim nasceu a Wikipedia, lançada oficialmente em 15 de janeiro de 2001, que cresceu e se tornou uma das maiores e mais acessadas fontes de informação na internet, considerada uma das joias que essa tecnologia da informação possibilitou.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/04/04131543439197.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A Wikipedia foi lançada em 15 de janeiro de 2001.(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Segundo dados do Statista, em dezembro do ano passado, cerca de 4,3 bilhões de pessoas visitaram a Wikipedia, com aproximadamente 495 milhões de visitantes mensais, dos quais 85 milhões somente dos Estados Unidos, onde é o sexto site mais popular. A versão em inglês da Wikipedia possui quase 6,9 milhões de artigos, sendo a maior das edições, que com as demais compreendem mais de 63 milhões de artigos e atraem mais de 1,5 bilhão de visitas únicas por meio de dispositivos móveis.Até hoje, o site é a maior e mais lida obra de referência da história da humanidade, mas será que a Wikipedia poderá ser substituída pelo ChatGPT?<h2>O verdadeiro risco</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/04/04131715333200.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>ChatGPT possui aproximadamente 180,5 milhões de usuários. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/modelos-de-ia-como-o-chatgpt-nao-ameacam-a-humanidade-diz-estudo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ChatGPT é um software</a> construído a partir de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127992-ia-generativa-esta-colaborando-na-disseminacao-de-fake-news.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">IA generativa</a>, que nada mais é do que um tipo de inteligência artificial capaz de produzir várias formas de conteúdo, desde textos a áudio sintéticos, em questão de segundos. Desde a década de 1960, quando foi introduzida, a tecnologia vem sendo aprimorada, a ponto de hoje ter tornado um dos tópicos principais em uma roda de conversa e até mesmo em conferências políticas devido ao seu potencial tecnológico emergente tão inspirador quanto assustador.Falar sobre IA é especular e questionar se o seu poder e predominância podem acabar afetando áreas essenciais ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128214-os-robos-e-a-ia-vao-substituir-a-profissao-dos-medicos-no-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">substituindo a mão de obra humana</a>. Esse temor envolve principalmente coisas que acontecem na internet, como no caso da Wikipedia. Os dados de março de 2024 indicam que o ChatGPT possui aproximadamente 180,5 milhões de usuários, sendo que, somente em janeiro desse ano, atraiu 1,6 bilhão de visitas, segundo o SEO.AI.Em agosto de 2023, durante a Wikimania, conferência anual de usuários da Wikipedia, foi discutido a relação do site e a ameaça que o ChatGPT pode oferecer para o futuro da comunidade, visto que cada vez mais as pessoas parecem acessá-lo em busca de informação.&nbsp;Alguns enxergam o recurso da OpenAI como uma ameaça existencial, prevendo que seus chatbots suplantarão a Wikipedia da mesma forma que essa fez em 2005 com a Enciclopédia Britânica. Outros, no entanto, acreditam que o ChatGPT poderia ajudar na geração e resumo de artigos.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/04/04131843632201.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>ChatGPT é conhecido por fabricar fontes e artigos acadêmicos para embasar seu conteúdo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A recente chamada à comunidade mostrou que a Wikimedia se encontra dividida sobre o uso ou não desses grandes modelos de linguagem para gerar conteúdo. O uso poderia significar uma necessidade em equilibrá-los com muita revisão humana, sobrecarregando páginas menos conhecidas com conteúdos ruins, visto que os geradores de IA, apesar de úteis para escrever textos críveis, são propensos a incluir informações erradas ou até mesmo inventar fontes e trabalhos acadêmicos.Para Amy Bruckman, professora e presidente associada sênior da escola de computação interativa do Instituto de Tecnologia da Georgia e autora de Você deve acreditar na Wikipédia?: Comunidades online e a construção do conhecimento, o risco para a Wikipedia é que as pessoas podem diminuir a qualidade dos artigos jogando informações que não foram verificadas. Ela ressalta que não acredita que haja nada de errado em usar o ChatGPT como primeiro rascunho, mas que tudo precisa ser verificado minuciosamente.Confirmando o problema que o ChatGPT possui, a OpenAI chegou a dizer que o modelo "alucina" quando inventa fatos – fala que foi fortemente criticada por especialistas em IA, porque representou uma forma dessas empresas evitarem se responsabilizar por suas ferramentas espalharem desinformação.<h2>Equilibrando a reputação</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/04/04132019864203.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O ChatGPT arrisca a credibilidade da Wikipedia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Por enquanto, o risco que a Wikipedia sofre com a influência do ChatGPT envolve mais a sua credibilidade do que existência, visto que as pessoas podem diminuir sua qualidade submetendo artigos que não verificaram por serem gerados por IA.É por essa razão que a Wikimedia Foundation, a organização sem fins lucrativos por trás do site, está tentando criar ferramentas para tornar mais fácil para os voluntários identificar o conteúdo gerado por bots, enquanto também elabora uma política que estabeleça os limites de como os voluntários podem usar esses grandes modelos de linguagem para criar conteúdo.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/04/04132137121205.jpg" alt="Sam Altman é o CEO da OpenAI. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Sam Altman é o CEO da OpenAI. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Wikimedia Foundation orienta que qualquer pessoa não familiarizada com os riscos desses recursos de IA evitem usá-los ao criar conteúdo para a Wikipedia, porque podem atrair para os voluntários processos por difamação e violações de direitos autorais.De um prisma mais técnico, o que a Wikipedia enfrenta é a transformação da experiência do usuário com a implementação cada vez mais forte da tecnologia de IA. Ao Slate, o escritor e advogado Stephen Harrison disse que, no final das contas, os recursos e bugs de LLMs (Large Language Models), como no caso do ChatGPT, acabam se cruzando com os interesses humanos de maneiras que apoiam a Wikipedia em vezes de ameaçá-la.

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A popularização do ChatGPT pode acabar com a Wikipedia?

No estudo, os autores conseguiram aproveitar as habilidades sensoriais de um sistema de fungos para movimentar e controlar robôs bio-híbridos.

O micélio, uma rede subterrânea de filamentos (hifas) que interliga diversos cogumelos, foi usado pela primeira vez para transformar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128916-cogumelo-brota-no-corpo-de-sapo-e-cientistas-nao-conseguem-explicar-o-motivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a atividade eletrofisiológica dos fungos</a> em energia cinética para dois dispositivos mecânicos: um robô maleável de cinco membros e um veículo autônomo de quatro rodas, sem fio.Segundo o estudo, publicado recentemente na revista Science Robotics, a equipe interdisciplinar de pesquisadores da Universidade de Cornell, nos EUA, e da Universidade de Florença, na Itália, testou uma saborosa cultura do cogumelo ostra rei (Pleurotus eryngii), para aproveitar os sinais elétricos próprios do micélio na operação de robôs bio-híbridos.O líder do projeto, Rob Shepherd, da Cornell, explicou em um comunicado de imprensa que, "Ao cultivar micélio na eletrônica de um robô, fomos capazes de permitir que a máquina bio-híbrida sentisse e respondesse ao ambiente".&nbsp;<h2>Fundindo biologia e tecnologia</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/5ZkkaM54RH8" title="Tethered soft robot controlled by a mushroom" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127976-organismo-de-450-milhoes-de-anos-volta-a-vida-como-robo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Fundir componentes biológicos com máquinas</a> não é uma ideia exatamente nova, pois a evolução vem refinando esse tipo de integração há milhões de anos. Tanto que a rede ramificada e interconectada do micélio dos fungos tem um funcionamento parecido com a rede de neurônios e sinapses do cérebro humano.Nesse sentido, estudar e replicar os mecanismos biológicos adotados pelo reino Fungi, do qual os cogumelos fazem parte, pode revelar muitos “atalhos” e caminhos mais eficientes para o desenvolvimento da tecnologia cibernética.De simples manejo, esses fungos são facilmente cultiváveis e, por não fazerem fotossíntese, podem viver em condições difíceis para outros organismos. Suas redes subterrâneas de fios finos interconectados revelam uma espécie de “inteligência” sensível e reativa ao seu ambiente, adaptando-se às mudanças.<h2>Qual a utilidade dos robôs movidos a energia de cogumelos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/04/04223513630000.jpg" alt="Robô com rodas controlado por sinal de micélio. (Fonte: Robert Shepherd/Divulgação)"><figcaption>Robô com rodas controlado por sinal de micélio. (Fonte: Robert Shepherd/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Os dois robôs construídos no estudo são operados por uma unidade microcontroladora alimentada por picos de atividade elétrica produzida pela eletrofisiologia extracelular do micélio, e produzidas por um estímulo externo, no caso luz ultravioleta. A produção de energia mediada pelo pequeno computador alterna respostas mecânicas dos dispositivos móveis.Para o primeiro autor do artigo, Anand Mishra, o projeto não visa apenas controlar robôs. "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/cogumelos-magicos-dessincronizam-o-cerebro-humano-por-ate-3-semanas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Trata-se também de criar uma verdadeira conexão com o sistema vivo.</a> Porque uma vez que você ouve o sinal, você também entende o que está acontecendo. Talvez esse sinal esteja vindo de algum tipo de estresse. Então você está vendo a resposta física, porque esses sinais não podemos visualizar, mas o robô está fazendo uma visualização", diz o biorroboticista.Embora o "robomelo" possa parecer um pouco tosco, futuras versões mais sofisticadas dos seus sistemas poderiam ter aplicações em setores como agricultura, monitoramento ambiental e saúde. Esses sistemas poderiam avaliar, por exemplo, as quantidades exatas de nutrientes ou pesticidas necessárias a um determinado solo, ou reações ao aumento de poluentes.&nbsp;

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Cientistas colocam cogumelos para controlar 2 robôs; o que aconteceu?

O projeto em andamento em cidades do Japão pretende resolver o problema do excesso de neve e, ao mesmo tempo, produzir energia limpa.

A cidade de Aomori, localizada na ponta norte da ilha de Honshu, no Japão, está sediando um projeto piloto de geração de energia com um dos materiais gratuitos mais disponível na região: neve. Devido às condições geográficas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105535-e-isto-o-que-acontece-quando-neva-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a cidade é considerada a mais nevada do país</a>, com cerca de oito metros de neve acumulada em um inverno médio.O ambicioso empreendimento, iniciado em dezembro de 2022, pretende transformar o excesso de neve em uma fonte de energia limpa, aproveitando a diferença de temperatura entre a estrutura cristalina de gelo e o ar ambiente, para gerar eletricidade em um sistema chamado termossifão.No primeiro teste, técnicos da startup local TI Forte Co. e da Universidade de Eletrocomunicações de Tóquio encheram a piscina de uma escola abandonada com neve, e usaram dutos cheios de um fluido especial para captar a diferença de temperatura. A ideia é que o fluxo térmico possa mover uma turbina conectada a um gerador.<h2>Como gerar eletricidade com neve?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/23/23090035853031.jpg" alt="X. (Fonte: Forte"><figcaption>Técnicos da Forte colocam equipamentos em piscina abandonada. (Fonte: TI Forte Co./Divulgação)</figcaption></figure></figure>A unidade de produção de energia a partir da neve parece simples, e consiste em tubos de circuito fechado cheios de uma "substância refrigerante", um líquido capaz de transferir frio ou calor de uma fonte temperatura para outra. A parte interna do sistema é composta por dutos retangulares enterrados na neve, com sua parte superior exposta ao sol.&nbsp;A diferença de temperatura dentro do circuito fechado, entre a parte superior mais quente e a inferior mais fria, impulsiona o líquido a se movimentar, para girar a turbina montada na tubulação, e acionar o gerador de energia.&nbsp;Tecnicamente, a unidade instalada é um gerador hidrelétrico, pois gera eletricidade por meio de fluxos líquidos. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125196-barragem-gigante-na-china-esta-desacelerando-rotacao-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Essas usinas hidrelétricas não convencionais</a> são geralmente utilizadas para fornecimento de energia independente.&nbsp;<h2>O projeto de geração de energia com neve se expande</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/23/23093724485048.jpg" alt="Professor Koji Enoki explica funcionamento da geração de energia em Kutchan. (Fonte: Universidade de Eletrocomunicações de Tóquio)"><figcaption>Professor Koji Enoki explica funcionamento da geração de energia em Kutchan. (Fonte: Universidade de Eletrocomunicações de Tóquio)</figcaption></figure></figure>Usar a neve para gerar eletricidade de forma segura, de baixo custo e ecologicamente correta tornou-se um projeto procurado por várias cidades com o mesmo problema de excesso de neve. Em janeiro deste ano, a Forte iniciou um novo projeto de demonstração da produção de energia, desta vez no resort de inverno de Niseko, famoso por suas encostas de neve em pó geladas.Em Aomori, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117549-monstros-de-neve-chamam-atencao-em-montanha-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o excesso de neve sempre foi um problema</a>, com grandes volumes sendo despejados no mar e em outros locais, após coletados por limpa-neves e caminhões. Segundo o Kyodo News, o custo de remoção da neve no ano fiscal de 2022, que experimentou fortes nevascas, chegou a 5,9 bilhões de ienes (R$ 225,2 milhões).Em um comunicado à imprensa, a Forte reconheceu que ainda há muitos desafios a serem superados, até viabilizar o projeto, como instalações de grande porte disponíveis para armazenar a neve, e sistemas de aquecimento do ar, durante as estações frias.

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Startup japonesa transforma o excesso de neve em eletricidade

As chamadas tecnologias emergentes, como é o caso da Inteligência Artificial, ajudam estudantes no processo de aprendizagem, inclusive da Educação à Distância.

Que a Inteligência Artificial (IA) está em alta, ninguém tem dúvidas. Tanto é que recursos como o ChatGPT ganham, a cada dia que passa, mais adeptos.Só para se ter uma ideia, em janeiro de 2023, a pouco mais de dois meses do seu lançamento, o software desenvolvido pela OpenIA já tinha <a href="https://www.reuters.com/technology/chatgpt-sets-record-fastest-growing-user-base-analyst-note-2023-02-01/">100 milhões de usuários</a> em sua base. Foi considerada a aplicação com o maior número de pessoas usando em um curto espaço de tempo, historicamente falando.Seja para uso profissional, seja pessoal, o fato é que as IAs na versão de Generative Pre-trained Transformer (GPT) caíram nas graças do povo. E o mesmo acontece para fins educacionais. A seguir, entenda mais sobre o uso crescente da IA na educação, em especial na Educação a Distância (EAD), suas aplicações, vantagens, desafios e perspectivas futuras.<h2>IA pode acelerar a digitalização educacional</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28143741905530.jpg" alt="GettyImages-1598668868.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28143741920531.jpg 224w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28143742186534.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28143742139532.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28143742170533.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Aplicações como são os casos do ChatGPT da OpenIA ou o Claude da Anthropic são uma mão na roda para facilitar a rotina de aprendizado. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Com o processo de digitalização do ensino cada vez mais acelerado, acompanhando uma dinâmica que também é percebida em outros setores da sociedade, surge a necessidade de encontrar soluções para atender às demandas sociais em constante evolução.Sem contar contextos desafiadores, como foi o caso do distanciamento social vivido com a pandemia da Covid-19, tornando a aprendizagem online uma necessidade para manter os estudantes ativos.Somente em 2021, um total de 3,7 milhões de pessoas foram matriculadas em cursos a distância, <a href="https://www.gov.br/inep/pt-br/assuntos/noticias/censo-da-educacao-superior/ensino-a-distancia-cresce-474-em-uma-decada">de acordo com dados do Censo da Educação Superior 2021</a>, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Passado esse momento global, o fato é que o ensino online segue sendo uma opção para quem deseja ter acesso ao conhecimento de forma flexível. E é nesse cenário que a IA agrega valor ao ser aplicada em várias áreas educacionais.Os algoritmos podem ser usados em sistemas de gerenciamento de aprendizagem e até mesmo em ferramentas de avaliação automatizada. No EAD, serve como uma forma de otimizar a experiência de aprendizagem, promovendo maior interatividade, personalização e acessibilidade.Sobre esse assunto, <a href="https://www.weforum.org/agenda/2024/04/future-learning-ai-revolutionizing-education-4-0/">uma análise divulgada pelo Fórum Econômico Mundial</a> identificou que o uso da IA promove a chamada educação 4.0, com o potencial de beneficiar as seguintes áreas:<ul><li>Apoiar o papel desempenhado por professores em sala de aula;</li><li>Refinar as formas de avaliar e dar feedback aos estudantes;</li><li>Estimular a literacia digital — processo de letramento;</li><li>Personalizar o conteúdo e o aprendizado.</li></ul>Mas, você deve se perguntar: como a IA pode ser usada para fins didáticos, na prática? Vamos detalhar cada um dos pontos abordados antes. Continue a leitura para saber tudo, tim-tim por tim-tim.<h2>5 exemplos do uso de IA na educação</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28144839334575.jpg" alt="GettyImages-1250153462.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28144839412576.jpg 245w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28144839522578.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28144839490577.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28144839600579.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Sendo bem usada, a inteligência artificial pode potencializar a eficácia do aprendizado (Imagem: Getty Images)</figcaption></figure><h2>1. Sistemas de tutoria inteligente</h2>Esses sistemas podem utilizar algoritmos de aprendizado de máquina, o famoso machine learning, para adaptar o conteúdo e o ritmo de ensino às necessidades de cada aluno. Consequentemente, a medida torna o aprendizado mais personalizado e efetivo.Por exemplo, dá para aplicar IA para fornecer feedback em tempo real e ajustar o nível de dificuldade das lições com base na performance individual do estudante. Legal, né?<h2>2. Chatbots e assistentes virtuais</h2>E por falar em chatbots alimentados por IA, eles já são usados em plataformas de EAD para fornecer suporte aos estudantes. Assim, as pessoas podem usar o recurso a qualquer hora do dia ou da semana.Com esses robozinhos, é possível ter acesso rápido a respostas gerais, orientações sobre o curso ou explicações sobre conceitos. <a href="https://gvu.gatech.edu/research/projects/virtual-teaching-assistant-jill-watson">Um exemplo é o Jill Watson</a>, desenvolvido em 2015 pelo Instituto de Tecnologia da Georgia, nos Estados Unidos, e que atua como um assistente virtual em cursos online.<h2>3. Análise preditiva</h2>E quando existem grandes conjuntos de dados? Deve dar um trabalhão para analisar tudo rapidamente. Mas, é aí que a IA dá as caras por meio da análise preditiva. Como o próprio nome sugere, a tecnologia age para prever o desempenho dos alunos.A medida permite que os educadores possam avaliar, antes do tempo, os estudantes que possuem, por exemplo, algum risco de evasão — parar de estudar — ou que necessitam de suporte.É como a Purdue University, em Indiana, Estados Unidos, aplicou a IA há alguns anos, quando essa tecnologia não era tão acessível como na atualidade. O sistema, chamado de Course Signals, identificava alunos com dificuldades acadêmicas.<h2>4. Avaliação automatizada</h2>O processo de avaliação também pode ser mais ágil com IA, especialmente quando é preciso corrigir respostas dissertativas e ensaios. Além de fazer com que os professores possam economizar tempo, uma contrapartida tecnológica é que os estudantes passam a ter acesso rápido ao seu desempenho.A plataforma digital <a href="https://guides.gradescope.com/hc/en-us/articles/24838908062093-AI-Assisted-Grading-and-Answer-Groups">Gradescope</a>, por exemplo, utiliza IA para auxiliar professores na correção de trabalhos escritos à mão e/ou digitados.<h2>5. Personalização de conteúdo</h2>Com a evolução das gerações, já dá para notar que nem todo mundo pensa igual e muito menos aprende do mesmo jeito! Pensando nisso, tecnologias como a IA também podem ser usadas para criar mecanismos de aprendizagem personalizados.Dessa forma, é possível adaptar o conteúdo do curso às preferências e necessidades individuais de cada estudante. <a href="https://support.knewton.com/s/article/Knewton-Adaptive-Learning-and-How-it-s-Unique">Sistemas como o Knewton</a> utilizam IA para recomendar materiais de estudo e atividades com base no histórico de aprendizagem do aluno.<h2>Vantagens e desvantagens de usar a IA na educação</h2>&nbsp;Já deu para perceber com esses exemplos que usar essa tecnologia emergente para fins educacionais ajuda todas as partes envolvidas, não é mesmo? Então, para facilitar ainda mais, confira um resumo com todas as vantagens de usar a IA na educação:<ul><li>Personalização da aprendizagem, adaptando-se ao ritmo, estilo e necessidades de cada aluno;</li><li>Feedback imediato sobre o desempenho do estudante que, na mesma medida, pode corrigir e mandar bem na próxima avaliação;</li><li>Maior acessibilidade, especialmente para estudantes com alguma limitação, usando reconhecimento de fala e tradução em tempo real;</li><li>Ampliação da eficiência dos educadores que, ao usar a IA no dia a dia, passam a ter mais tempo para se dedicar aos alunos e suas necessidades individuais;</li><li>Aprendizagem a qualquer hora, com o apoio de assistentes virtuais e sistemas de tutoria inteligente.&nbsp;</li></ul>Mas a verdade é que “nem tudo são flores”. Pode ser que em algum momento da jornada a mesma tecnologia que ajude também possa atrapalhar de alguma forma. Assim sendo, entre os principais desafios da IA na educação, estão:<ul><li>Imprecisão das informações: embora a tecnologia tenha evoluído cada vez mais, ela ainda pode cometer erros ou fornecer informações imprecisas;</li><li>Risco de plágio: IAs que geram texto, como o GPT-3, podem, infelizmente, favorecer situações de fraude acadêmica pelo uso indevido da ferramenta, ao simplesmente copiar e colar ou não checar as informações geradas artificialmente;</li><li>Privacidade em xeque: a coleta e análise de dados, sobretudo em grande quantidade, põe luz a questões como privacidade e segurança;</li><li>Dependência tecnológica: a gente sabe que às vezes estudar pode ser desafiador, e é nesses momentos que o uso excessivo da ferramenta, que deveria ser empregada de forma pontual, pode gerar uma dependência. Esse fato pode prejudicar habilidades importantes como o pensamento independente;</li><li>Desigualdade de acesso: apesar de ser um recurso cada vez mais usado, nem todos os alunos têm acesso satisfatório à internet de alta velocidade;</li><li>Menor interação humana: o uso frequente da tecnologia diminui a interação humana, crucial para o desenvolvimento social e emocional das pessoas.</li></ul><h2>Desafio adicional: falta de regulamentação</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28150312258591.jpg" alt="GettyImages-1438607283.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28150312258590.jpg 233w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28150312289593.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28150312274592.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28150312305594.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Nem tudo são flores no mundo da inteligência artificial: é necessário considerar os desafios na fase de implementação. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>À medida que a IA é mais usada na educação, surge a necessidade de regulamentação para garantir seu uso ético. Especialmente no que diz respeito a diretrizes sobre a coleta, o armazenamento e o uso de dados dos alunos, para que sejam protegidos. Além disso, também há a questão da transparência algorítmica, para que eles sejam livres de vieses que, em alguns casos, podem acentuar problemas como discriminação e até racismo. Quando, pelo contrário, devem ser garantidas diretrizes prevendo maior equidade e inclusão.&nbsp; No Brasil, já existe um projeto de lei em tramitação no Senado Federal, <a href="https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/157233">o PL 2338 de 2023</a>, de autoria do senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG). O instrumento legal dispõe sobre o uso da Inteligência Artificial de modo geral pelas organizações, incluindo as instituições de ensino tanto públicas quanto privadas.&nbsp; O <a href="https://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=9347622&amp;ts=1720798347645&amp;disposition=inline">texto inicial do documento</a> prevê, entre outras informações, que a Lei pretende estabelecer normas para “o desenvolvimento, implementação e uso responsável de sistemas de IA no Brasil". &nbsp;Se aprovada, essa legislação vai instituir regras para “proteger os direitos fundamentais e garantir a implementação de sistemas seguros e confiáveis, em benefício da pessoa humana, do regime democrático e do desenvolvimento científico e tecnológico”, como detalha o projeto.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128620-7-casos-em-que-uma-inteligencia-artificial-teve-comportamento-preocupante.htm">7 casos em que uma inteligência artificial teve comportamento preocupante</a></li></ul><h2>Futuro da educação com IA</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28152502836641.jpg" alt="GettyImages-1150717887.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28152502977644.jpg 235w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28152502820640.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28152502883642.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/28/28152502930643.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>As salas de aula como conhecemos nunca mais serão as mesmas depois do auxílio da inteligência artificial. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>E o que esperar do futuro quando o assunto é IA na educação? A expectativa é de que essa tecnologia tenha um papel cada vez maior para fins educacionais. Além disso, para além dela, podem ser usadas de forma associada ferramentas como:<ul><li>Realidade Virtual (RV) e Aumentada (RA), criando experiências de aprendizagem imersivas e interativas;</li><li>Aprendizagem adaptativa avançada, para proporcionar experiências personalizadas, adaptando-se às necessidades dos alunos;</li><li>Colaboração homem-máquina, em especial educadores e sistemas de IA, esses últimos atuando como um assistente do ensino;</li><li>Análise de dados em larga escala, fornecendo insights para melhorar as práticas pedagógicas e as políticas educacionais;</li><li>Globalização da educação, quando a IA serve como meio para traduzir, em tempo real, as informações, além de ter um peso na adaptação cultural do conteúdo educacional.</li></ul>A colaboração entre educadores, formuladores de políticas e estudantes será essencial para moldar um futuro educacional que aproveite ao máximo a IA, ao mesmo tempo em que preserva os valores fundamentais da educação. &nbsp;Neste artigo, você conheceu como a IA tem o potencial de democratizar o acesso ao conhecimento, personalizar a aprendizagem e preparar os alunos para um mundo cada vez mais digital. Desafios sempre existirão, mas eles trazem consigo uma série de oportunidades para criar um ambiente educacional inovador e inclusivo.O que achou do conteúdo? Por falar em EAD, já conhece os cursos à distância do Mackenzie? Se ainda não, chegou a hora de ter acesso a um ensino superior de qualidade, de onde for melhor para você e no horário mais confortável para sua rotina. <a href="https://www.mackenzie.br/ead">Acesse o site e saiba mais</a>!

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5 exemplos de uso da Inteligência Artificial na educação

Nova pesquisa analisou como grandes modelos de linguagem aprendem e revelou que eles são incapazes de aprender de forma independente ou de adquirir novas habilidades.

O ChatGPT e outros grandes <a href="https://www.megacurioso.com.br/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">modelos de linguagem</a> (LLMs) são incapazes de aprender de maneira independente ou adquirir habilidades sem intervenção humana, argumenta um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Técnica de Darmstadt, na Alemanha. Segundo os investigadores, isso elimina qualquer teoria da conspiração de que esses programas representariam um risco para a humanidade.Os LLMs são versões ampliadas de modelos de linguagem pré-treinados (PLMs), que são treinados em quantidades grandes de dados na internet. Esse acesso a quantidades tão imensas de informações os torna capazes de entender e gerar linguagem natural e outros conteúdos que podem ser usados para uma grande variedade de tarefas, mas nada que não tenha sido ensinado.<h2>Limitações da IA</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/21/21183646635320.jpg" alt="Segundo estudo, IAs como o ChatGPT só são capazes de reagir ao que são ensinadas. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Segundo estudo, IAs como o ChatGPT só são capazes de reagir ao que são ensinadas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Conforme apresentado pelo estudo, os LLMs como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124827-chatgpt-alcanca-nota-do-enem-maior-do-que-79-dos-estudantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ChatGPT</a> têm uma capacidade superficial de seguir instruções e se destacam na proficiência em linguagem, mas não têm potencial para dominar novas habilidades sem instruções explícitas. Sendo assim, esse tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127289-como-sabemos-se-uma-inteligencia-artificial-se-tornou-consciente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Inteligência Artificial</a> (IA) é inerentemente previsível, segura e controlável, embora ainda possa ser mal utilizada pelas pessoas.À medida que esses modelos continuam a ser ampliados, eles provavelmente gerarão uma linguagem mais sofisticada e se tornarão mais precisos quando confrontados com instruções detalhadas e explícitas. Porém, os pesquisadores acreditam ser altamente improvável que eles adquiram raciocínio complexo.&nbsp;“A narrativa predominante de que esse tipo de IA é uma ameaça à humanidade impede a adoção e o desenvolvimento generalizados dessas tecnologias e também desvia a atenção das questões genuínas que exigem nosso foco”, disse o cientista da computação da Universidade de Bath, Dr. Harish Tayyar Madabushi, em declaração oficial.<h2>Riscos relacionados à IA</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/21/21183750578322.jpg" alt="Investigadores não descartaram completamente riscos ligados à Inteligência Artificial, como o potencial de gerar notícias falsas. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Investigadores não descartaram completamente riscos ligados à Inteligência Artificial, como o potencial de gerar notícias falsas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Tayyar Madabushi e outros pesquisadores liderados pela professora Iryna Gurevych realizaram experimentos para testar a capacidade dos LLMs de completar tarefas não ensinadas anteriormente. Ao realizar mais de 1 mil experimentos, a equipe demonstrou que a capacidade dos LLMs de seguir instruções, sua memória e proficiência linguística podem explicar suas capacidades e limitações.&nbsp;“O medo é que, à medida que os modelos ficam cada vez maiores, eles sejam capazes de resolver novos problemas que não podemos prever atualmente, o que representa a ameaça de que esses modelos maiores possam adquirir habilidades perigosas, incluindo raciocínio e planejamento”, acrescentou Tayyar Madabushi.&nbsp;Contudo, é importante ressaltar que a equipe de pesquisa decretou o medo em relação aos LLMs como infundado, visto que os testes mostram claramente a ausência de habilidades emergentes de raciocínio complexo. No entanto,&nbsp;a equipe enfatiza que esses resultados não descartam todas as ameaças relacionadas à IA."Nós mostramos que o suposto surgimento de habilidades de pensamento complexas associadas a ameaças específicas não é apoiado por evidências e que podemos controlar muito bem o processo de aprendizagem de LLMs. Pesquisas futuras devem, portanto, focar em outros riscos apresentados pelos modelos, como seu potencial de serem usados para gerar notícias falsas", concluiu Gurevych. &nbsp;&nbsp;

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Modelos de IA como o ChatGPT não "ameaçam a humanidade", diz estudo

Tecnologia inovadora acelera a recuperação de feridas em testes com animais e promete uma alternativa acessível aos tratamentos existentes.

A cicatrização de feridas crônicas representa um desafio significativo na medicina moderna, especialmente para pacientes com condições como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128566-diabetes-novos-remedios-regeneram-producao-de-insulina-em-24-horas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabetes</a>, que podem levar a complicações graves, como amputações. No entanto, um novo avanço promete transformar esse cenário: curativos elétricos.A tecnologia foi desenvolvida por uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte (NCSU) e da Universidade de Columbia. O estudo, publicado na Science Advances, é parte de um projeto da DARPA, a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos EUA, e contou com o apoio da National Science Foundation.<h2>Inovação na tecnologia de curativos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/13/13102623769036.jpg" alt="Foto de um curativo movido a água e sem eletrônicos (WPED). (Fonte: NCSU/Reprodução)"><figcaption>Foto de um curativo movido a água e sem eletrônicos (WPED). (Fonte: NCSU/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os pesquisadores desenvolveram um novo tipo de curativo movido a água sem eletrônicos, conhecido como WPED (Water-powered, electronics-free dressings). Esse curativo utiliza eletrodos e uma bateria biocompatível para criar um campo elétrico que acelera a cicatrização das feridas. O destaque da tecnologia está na simplicidade e no baixo custo, custando apenas alguns dólares por unidade.O WPED é aplicado diretamente na ferida e ativado com uma gota de água, gerando um campo elétrico que promove a recuperação celular e a formação de novos vasos sanguíneos. A conformidade do curativo com a superfície irregular das feridas crônicas é fundamental, pois permite que o campo elétrico atue de maneira eficiente, desde a periferia até o centro da ferida.<h2>Resultados promissores</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/13/13103014339044.jpg" alt="Testes realizados em ratos de laboratórios demonstraram que o curativo elétrico acelerou a cicatrização mais rápido do que métodos convencionais. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Testes realizados em ratos demonstraram que o curativo elétrico acelerou a cicatrização. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os testes realizados em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127866-embrioes-de-camundongos-sao-cultivados-com-sucesso-no-espaco-pela-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camundongos</a> diabéticos mostraram que o WPED pode acelerar a cicatrização em cerca de 30% em comparação com curativos tradicionais. Além dos resultados rápidos, a tecnologia oferece uma solução prática para os pacientes, pois permite o tratamento em casa e mantém a mobilidade. Essa facilidade promete aumentar a adesão ao tratamento e reduzir a necessidade de visitas frequentes a clínicas.Os próximos passos incluem otimizar a tecnologia para reduzir flutuações no campo elétrico e aumentar sua duração. Os pesquisadores estão se preparando para ensaios clínicos, que poderão validar a eficácia do WPED em um ambiente clínico real. À medida que a pesquisa avança e novos testes são realizados, espera-se que essa tecnologia se torne uma ferramenta valiosa no combate a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127900-cientistas-criam-gel-que-cura-feridas-diabeticas-3-vezes-mais-rapido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">feridas crônicas</a>, marcando um passo importante para a medicina e a saúde pública.As bandagens elétricas representam um avanço significativo na cicatrização de feridas, oferecendo uma solução inovadora e acessível que pode transformar o tratamento de condições graves como úlceras diabéticas. Com o apoio de instituições como a National Science Foundation e a DARPA, a pesquisa está avançando para trazer essa inovação ao mercado e beneficiar milhões de pacientes.

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