5 questões sem resposta que tiram o sono dos físicos

24/12/2016 às 10:003 min de leitura

A física é a ciência que tenta explicar os fatores que regem toda a existência, incluindo os mistérios mais fundamentais da natureza e tudo mais que existe por alguma razão. Por isso, não é nem um pouco estranho que os físicos sejam atormentados pelas questões mais básicas  em relação ao universo.

Justamente sobre esse assunto, uma revista americana chamada Symmetry Magazine (que, por acaso é publicada por dois laboratórios fundados pelo governo dos Estados Unidos), pediu a um grupo de estudiosos do ramo para listarem as principais questões ainda não respondidas da física. E os principais questionamentos foram os seguintes:

Qual será o destino de nosso universo?

Infelizmente, os físicos ainda não podem dizer se o mundo vai acabar “em gelo ou em fogo” (como disse poeticamente o autor Robert Frost). A solução para a questão proposta por Steve Wimpenny, da Universidade da California, depende amplamente das informações sobre a chamada energia escura — que consiste em uma espécie de “forma hipotética” de energia, que seria responsável pela aceleração da expansão do universo...

Portanto, ainda não é possível chegar a conclusão alguma.

O Bóson de Higgs não faz nenhum sentido. Então... Por que é que isso existe?

A questão proposta pelo físico Richard Ruiz, da Universidade de Pittsburgh, questiona a natureza e a funcionalidade da partícula descoberta no ano passado. Se por um lado o Bóson de Higgs ajuda muito a explicar como é que todas as outras partículas têm massa, por outro ele levanta uma série maior ainda de perguntas.

Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

Por exemplo, o bóson de Higgs é a primeira partícula fundamental já descoberta dentro do modelo padrão, que apresenta o Spin igual a zero. “Isso é um setor inteiramente novo no que diz respeito ao estudo do modelo padrão da física de partículas”, diz Ruiz.

Como é que o universo é equilibrado a ponto de possibilitar a existência de vida?

De acordo com as estatísticas, nós definitivamente não deveríamos estar aqui. A existência de galáxias, planetas, estrelas e até mesmo das pessoas só é possível porque o universo inteiro esteve se expandindo na velocidade perfeita nos últimos milhões de anos. Esse movimento de crescimento é governado pela força da energia escura disputando com a força gravitacional proveniente da massa de todo o universo, que é dominado pela presença de matéria escura.

Em outro momento, se esses fatos não tivessem ocorrido da exata maneira com que tudo aconteceu, o universo poderia ter se expandido em uma velocidade grande demais para que as galáxias e estrelas tivesse se formado ou, quem sabe, tudo simplesmente poderia ter entrado em um grande colapso. E é justamente essa a indagação que não deixa o cientista Erik Remberg, do Fermilab (laboratório americano dedicado à física avançada), conseguir dormir.

De onde vêm os neutrinos?

Teoricamente, prevê-se que neutrinos de altíssimo nível de energia sejam resultantes do choque entre partículas carregadas energeticamente (chamadas de “raios cósmicos”) com partículas fotônicas (que emitem luz) nas camadas de radiação e micro-ondas que estão espalhadas por todo o universo. Mas “o que coloca esse processo em movimento” e “como é que esses raios cósmicos são acelerados”, são duas questões que simplesmente não possuem respostas.

Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

“Nós não podemos nem ao menos sondar de onde é que todas essas coisas saem”, diz Abigail Vieregg, do Instituto Kavli de Cosmologia e Física (em Chicago, nos EUA), que também foi a realizadora da pergunta.

Por que o universo é feito de matéria e não de antimatéria?

Como a própria etimologia do termo indica, antimatéria é realmente o inverso da matéria, contendo as mesmas propriedades e tudo mais, mas com a diferença crucial de que ela é carregada energeticamente.  Supostamente, o universo começou com a mesma quantidade das duas coisas, até que (de alguma forma desconhecida) a matéria conseguiu vencer o embate — mesmo que a maioria das substâncias tenham se aniquilado mutuamente logo após o Big Bang.

Agora, por que razão a antimatéria foi sobrepujada pela sua parte contrária é a que o cientista da Universidade do Colorado, Alysia Marino, gostaria muito de saber.

E aí, alguma dessas questões também tira o seu sono?

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