O caso da família Martin: um desaparecimento que permanece sem solução

18/04/2023 às 09:003 min de leitura

Em 7 dezembro de 1958, uma família comum de Portland, nos Estados Unidos, decidiu fazer uma breve viagem até o desfiladeiro do rio Columbia atrás de plantas para complementar sua decoração de Natal. Kenneth Martin, sua esposa Barbara e suas três filhas — Barbie (14 anos), Virginia (13) e Sue (11) — saíram de carro naquela tarde de inverno para nunca mais retornar.

Por anos, o caso chocou as autoridades norte-americanas, que não foram capazes de determinar se o desaparecimento foi causado por circunstâncias naturais ou se foi um assassinato orquestrado por David, o filho mais velho do casal.

Um passeio inocente que virou um pesadelo

(Fonte: KOIN/Reprodução)(Fonte: KOIN/Reprodução)

Nada na casa dos Martin indicava que eles planejavam demorar ou simplesmente não retornar: as louças sujas ainda estavam na pia e as roupas lavadas na máquina.

Durante o caminho até o desfiladeiro, a família fez duas paradas: primeiro para comer em um restaurante e então abasteceram o carro em um posto de combustível na região de Cascade Locks, e depois disso, eles simplesmente sumiram sem deixar rastros. Preocupados com a falta de notícias, alguns amigos decidiram procurar a polícia.

Falta de evidências

As três meninas Martin. (Fonte: KOIN/Reprodução)As três meninas Martin. (Fonte: KOIN/Reprodução)

Mesmo depois de diversas buscas, as autoridades não encontraram sinal dos cinco e seu veículo, e foi só após de duas semanas que um recibo do posto foi encontrado na caixa de correio da família que os policias começaram a concentrar seus esforços em Cascade Locks e seu arredores, porém, sem nenhum resultado.

Em fevereiro de 1959, enquanto as forças da lei continuavam a vasculhar as florestas a um raio de 80km de Portland, a primeira informação que poderia responder algumas perguntas sobre o mistério finalmente surgiu.

Foram encontradas marcas de pneus em uma área íngreme com vista para o rio Columbia, que correspondiam com a perua pertencente aos Martin, porém, de forma alarmante, elas pareciam ir em direção ao penhasco, levantando a suspeita que eles poderiam ter caído no rio enquanto tentavam dar ré no carro. No entanto, uma busca subsequente, que envolveu a redução do nível da água atrás da represa Bonneville, também não teve sucesso em resolver o mistério.

Dois corpos encontrados

Barbie, Virginia e Sue. (Fonte: Delegacia do Condado de Multnomah/Reprodução)Barbie, Virginia e Sue. (Fonte: Delegacia do Condado de Multnomah/Reprodução)

Em maio de 1959, mais de cinco meses após o desaparecimento da família, os corpos de Virginia e Sue Martin foram avistados flutuando no rio Columbia. 

A causa de suas mortes foi marcada oficialmente como afogamento, contudo, a menina mais velha tinha um buraco misterioso em seu crânio, que infelizmente não pode ser explicado devido ao seu estado avançado de decomposição. Enquanto isso, Kenneth, Barbara e Barbie nunca foram encontrados.

Donald: filho em luto, ou culpado?

(Fonte: KOIN/Reprodução)(Fonte: KOIN/Reprodução)

As autoridades receberam centenas de ligações e cartas sobre possíveis pistas do paradeiro família desaparecida, porém, nenhuma delas se provou frutífera. Porém um possível suspeito passou a ser investigado: Donald, o filho mais velho do casal, que já tinha 28 anos e fazia parte da Marinha quando seus pais e irmãs sumiram. 

Como o rapaz não voltou para casa para o funeral de Virginia e Sue, surgindo apenas depois para lidar com a herança, a polícia passou a desconfiar que ele poderia ter algum grau de envolvimento no sumiço repentino dos familiares.

Walter Graven, um detetive responsável pela investigação por anos, chegou até escrever em seu caderno que o crime estaria ligado a alguém com motivos, e mesmo tendo rabiscado o nome do homem, aprimoramentos computacionais de um investigador apontam que ele havia escrito Donald ali.

Arma do crime?

(Fonte: KOIN/Reprodução)(Fonte: KOIN/Reprodução)

Uma arma ensanguentada foi encontrada perto de um carro roubado que havia sido abandonado em Cascade Locks, e segundo Bonnie Cox, esposa do homem que encontrou o objeto, ele estava completamente coberto de sangue seco, como se alguém tivesse sido gravemente espancado ou até morto nessa situação.

Embora o xerife local tenha ignorado o item inicialmente, foi descoberto depois que o item tinha uma ligação com Donald. Aparentemente, o rapaz havia trabalhado alguns anos antes em uma loja local de artigos esportivos, antes de ser demitido por roubar mercadorias, incluindo o tal armamento.

Sem respostas

O detetive Walter Graven. (Fonte: KOIN/Reprodução)O detetive Walter Graven. (Fonte: KOIN/Reprodução)

Contudo, nenhuma das evidências foi o bastante para incriminar o único filho dos Martin, e mesmo que Graven tenha continuado suas investigações por muito tempo, o caso permaneceu sem solução, com o detetive falecendo em 1988 sem desvendar esse mistério.

E com a morte de Donald em 2004, as chances de respostas serem encontradas se tornaram ainda menores, deixando para trás apenas as estranhas circunstâncias em torno do desaparecimento e da subsequente descoberta dos corpos, além de diversas teorias sobre o que pode ter acontecido com essa família.

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