Artes/cultura
28/12/2022 às 13:00•2 min de leitura
Durante os anos 1940 ninguém tinha tantas músicas no top 10 quanto Glenn Miller. Em apenas 4 anos, ele e a sua banda alcançaram 16 vezes o topo da lista das músicas mais tocadas nas rádios. Infelizmente, Miller também ficou famoso por ser uma das primeiras grandes estrelas a morrer em um acidente de avião que levanta rumores até hoje.
Glenn Miller era a maior estrela da época. (Fonte: Wikimedia Commons)
Em 1941, os Estados Unidos decidiram entrar na Segunda Guerra Mundial, e Miller, que era um patriota fervoroso, decidiu abandonar sua carreira para se juntar ao exército no comando de um grupo especial formado com o intuito de elevar o moral dos combatentes através da música.
Após um período em solo americano, o cantor foi promovido a major e enviado para a Inglaterra, onde se apresentava com sua banda em programas da Rádio BBC. Em 1944, após a libertação de Paris pelos aliados, a BBC planejou levar Miller e a banda para a cidade a fim que eles fizessem um concerto no dia do Natal.
No dia de sua ida à Paris, um espesso nevoeiro tomou conta dos céus e a viagem foi cancelada. Porém, o tenente-coronel americano Norman Baessell estava tão ansioso quanto Miller, então convidou o cantor para seguir viagem com ele em uma aeronave fretada. O cantor aceitou e, em 15 de dezembro de 1944, eles partiram rumo à Paris, mas nunca chegaram ao destino. O desaparecimento do cantor só foi divulgado no dia 24 de dezembro, e com a notícia muitas teorias surgiram.
(Fonte: Shutterstock)
Dentre os rumores estava o de que ele havia sido enviado para negociar a paz com os nazistas, acabando morto, ou o de que o cantor havia morrido em um bordel de Paris. O relatório oficial da Força Aérea, no entanto, apontou que a aeronave provavelmente sofreu uma falha no motor devido ao nevoeiro e caiu no mar.
Até 1956 a teoria mais aceita era essa, porém, um ex-combatente da Força Aérea britânica chamado Fred Shaw viu um filme sobre Glenn Miller e lembrou de um detalhe estranho de uma de suas missões. Segundo Shaw, em 15 de dezembro de 1944, o bombardeiro no qual ele era navegador teve que abortar a missão e soltar as bombas no mar próximo ao Canal da Mancha.
Nesse dia, Shaw teria visto um avião com problemas se aproximar do local de descarte das bombas e ser atingido. Assim, depois de ver o filme, ele levantou a hipótese de que o avião que ele viu sendo bombardeado involutatriamente era o de Miller. Apesar das teorias, até hoje não se sabe ao certo o que aconteceu. A história contada por Shaw permanece sendo investigada, mas ainda não foi encontrada nenhuma evidência.