6 fatos históricos embaraçosos

19/11/2013 às 07:015 min de leitura

Ah, a História. Feliz de quem consegue se alçar acima da multidão de rostos indistintos, cravando nela seu nome, juntamente com uma citação proverbial de um feito que desafia o ser humano típico. Isso jamais poderia ser ruim, certo? Bem... Mais ou menos.

Na verdade, uma rápida busca pelos anais históricos mostra facilmente que algumas pessoas acabaram, digamos, entrando pela porta dos fundos — a saída de emergência também seria uma boa analogia. Seja por uma configuração desfavorável do destino ou por pura trapalhada mesmo — isso quando não foi o próprio ego o responsável por arruinar algo, em uma daquelas fanfarronices que volta e meia tomam os grandes homens.

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

É claro que, como provou o major Artilharia Real Australiana, G. P. W. Meredith, falhas vergonhosas frequentemente surgem de subestimar o inimigo — mesmo quando ele se resume a uma tropa de pássaros agindo por instinto.

E mesmo toda a infâmia e o ardil dos terroristas — já naturalmente posicionados na contramão da moral hegemônica (supremacia de um povo sobre outros) — podem ser facilmente surpreendidos por... Um mostrador digital de ponta cabeça. Enfim, sem mais delongas, confira abaixo algumas das passagens mais constrangedoras da história da humanidade.

O imbatível exército dos emus

Em 1932, uma boa parte dos fazendeiros australianos vinha enfrentando um problema bastante sério. Bandos de emus — não confundir com “emos” — haviam migrado para suas terras, passando a devastar plantações de trigo com seus galopes e fome insaciável. O numero era, de fato, alarmante: tratava-se de mais de 20 mil aves gigantescas correndo alegremente pelas plantações. A solução saltou à vista: “Vamos chamar o exército!”.

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

E foi naquele momento que o nome do major G. P. W. Meredith, da Artilharia Real Australiana, passava a se inscrever entre as linhas mais cômicas da história moderna. Meredith chegou com suas tropas ao local e imediatamente passou a disparar contra os emus. Ocorre, entretanto, que o instinto estratégico das aves é um tanto mais desenvolvido do que esperava o militar.

“É cada bico por si!”

Assim que o primeiro disparo foi efetuado, as aves dispersaram de tal maneira que se tornou impossível acertá-las de forma efetiva. Ademais, algumas delas, mesmo atingidas, simplesmente não deram a mínima para as balas — provando ter mais colhões do que muito quero-quero por aí.

Meredith tentou de tudo. Primeiro, organizou uma emboscada dentro de um galpão, tentando atrair as aves, que novamente dispersaram em ritmo acelerado. O bom oficial chegou mesmo a sair com uma metralhadora montada sobre um jipe, acertando tudo o que tivesse penas pelo caminho — descobrindo, então, que pode ser realmente muito difícil mirar enquanto o veículo pula e sacoleja por terrenos terrivelmente acidentados.

"Paus e pedras quebram meus ossos, mas tiros de metralhadora só me fazem cócegas!" Fonte da imagem: Reprodução/Cracked

O saldo? Mais de 10 mil tiros disparados para menos de mil emus abatidos. Não houve jeito: as tropas debandaram com o rabo entre as pernas. “Caso nós tivéssemos uma divisão militar com a resistência desses pássaros, seria possível encarar qualquer inimigo no mundo”, atestou um desacorçoado Meredith. “Eles poderiam encarar metralhadoras com a invulnerabilidade de um tanque de guerra.”

Dane-se o helicóptero, eu quero fotos para o Facebook!”

A geração das redes sociais parece ter instituído um novo mandamento essencial: “Se você não pode compartilhar algo que fez, então você não fez!”. Mas, aparentemente, isso não se restringe apenas a adolescentes que “sensualizam” e expõem suas refeições em ambiente online. Na verdade, nem mesmo o exército consegue mais se ver livre dessa necessidade, ao que parece.

Pelo menos foi isso que mostraram dois exímios pilotos de helicóptero ao sobrevoarem o lado Tahoe, em Serra Nevada (EUA). Ok, aparentemente, fica-se com a impressão de que a dupla se lançou ali em uma complexa manobra aquática — iludindo o inimigo, unicamente para surgir de dentro da água e surpreendê-lo. Mas, não, não foi esse o caso.

Na verdade, ocorre que ambos decidiram que seria uma boa voar muito próximo à superfície da água, a fim de colocar boas fotos no Facebook. O problema é que o perto foi mais para um “realmente perto”, e ambos acabaram mergulhando.

Embora o evento tenha chegado muito próximo de um resultado funesto, ambos conseguiram retomar altitude — embora o estrago nas aeronaves tenha sido da ordem dos vários milhares de dólares... O que provavelmente não foi parar no Facebook.

“Shove it” com um navio de guerra

O HMS Victoria foi construído para se tornar o orgulho da marinha britânica. Motivos não faltavam. Uma blindagem de 17 polegadas (cerca de 43 centímetros), motores construídos com a mais fina arte à época e canhões pesando impressionantes 110 toneladas faziam do Victoria uma máquina de morte marítima — quem contestasse poderia acabar dando abrigo a um projétil de calibre 412.

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Mas não, “infelizmente” o destino do belo navio de guerra britânico não o de afundar encouraçados inimigos da rainha. Em vez disso, tudo acabou rapidamente durante um prosaico desfile — uma daquelas ocasiões em que se aproveita para mostrar indiretamente o “tamanho do meu” ao inimigo.

Para potencializar ainda mais a demonstração, o vice-almirante George Tryon, conhecido por suas capacidades extraordinárias de manobra, resolveu que seria uma boa ideia fazer com que dez navios sob seu comando partissem do porto em colunas paralelas para, em seguida, girar 180° e retornar ao porto em perfeita formação.

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Ocorre, entretanto, que ambos os navios líderes de frota — HMS Camperdown e HMS Victoria — precisavam ficar separados, no mínimo, 1,6 mil jardas para executar a manobra sem problemas. A despeito dos protestos insistentes da tripulação, Tryon deixou uma distância de apenas 1,2 mil jardas.

Monumentos aos mortos no incidente com o HMS Victoria (o formato parece apropriado). Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

O resultado foi o Camperdown se enfiando no meio da carcaça do Victoria, levando o colosso diretamente para fundo. Ali o oficial talvez tenha compreendido.

 “Caro inimigo, poderia me emprestar um pouco de munição?”

Guerras podem ir rapidamente do trágico ao constrangedor — máxima que pode facilmente encontrar respaldo histórico. Basta relembrar a curiosa captura da ilha de Guam pelos EUA durante os primeiros momentos da Guerra Hispano-Americana. A Incumbência ficou com o navio USS Charleston, e a tripulação tinha dois dias para concluí-la.

Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Ao se aproximar do local, o Charleston esperava uma resistência ferrenha, de maneira que, para não perder tempo, foi logo efetuando 13 disparos contra a praia de Santa Luz — esperando, em seguida, por uma resposta. E ela veio, de fato, embora não da forma esperada.

Em vez de disparos em resposta, o que se viu foi uma pequena embarcação ao longe, a qual trazia oficiais espanhóis em direção ao Charleston. Ao subirem a bordo, os oficiais agradeceram o disparo de saudação, lamentando por não responder, já que estavam sem munição.

USS Charleston: uma missão mais fácil do que parecia. Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

“Vocês não poderiam nos emprestar um pouco?”, foi a pergunta. O fato: ninguém os tinha avisado de que estavam em guerra com os EUA. O rendimento total ocorreu sem qualquer resistência.

O “melhor” do terrorismo, agora em DVD

Atividades terroristas normalmente conduzem a eventos dolorosos, verdadeiras catástrofes em que muito é perdido. Mas, às vezes, a coisa toda pode acabar em um verdadeiro circo. Foi o caso da tentativa de seis terroristas de atacar a base militar Fort Dix (Nova Jersey, EUA) em 2007.

Não contentes em simplesmente arquitetar tudo na surdina, o grupo resolveu legar para a posteridade um DVD em que disparavam em um stand de tiro público enquanto gritavam frases como “nós vamos espalhar o terror!”.

Fonte da imagem: Shutterstock

Não sabendo o que fazer em seguida, entretanto, eles levaram o conteúdo todo para ser convertido em DVD na conhecida Circuit City. Não demorou nada, é claro, para que um funcionário tomasse conhecimento do conteúdo e chamasse as autoridades, que levaram todo o “terror” para trás das grades.

“Espere, o mostrador está certo? Essa não...”

Em janeiro de 1991, dois terroristas resolveram enviar uma mensagem aos EUA por meio de um atentado contra o Centro Cultural Thomas Jefferson, localizado na capital das Filipinas. Ahmed, o “especialista” em explosivos, decidiu que o mais coerente seria depositar uma bomba no local na calada da noite.

Só que Ahmed decidiu que o dispositivo seria armado no local — contando apenas com a iluminação de um isqueiro e tal. O outro sujeito, Sa’ad, apenas aguardava, provavelmente em um estado de histeria incontida.

Fonte da imagem: Shutterstock

Apesar disso, a bomba foi armada, deixando 5 minutos para que ambos desaparecessem dali. Mas, espere? Cinco minutos devem passar assim tão rápido? Não demorou, é claro, para que o especialista, Ahmed, descobrisse o engano: o mostrador havia sido colocado de ponta-cabeça. Não eram 5 minutos, mas sim 5 segundos.

O resultado: Ahmed explodiu junto com a bomba, espalhando suas partes internas por todo o local, inclusive sobre o parceiro, Sa’ad, que acabou socorrido como se fosse uma vítima do ato horrendo. Não demorou, entretanto, para que as autoridades ligassem os pontos, levando Sa’ad (e os restos mortais de Ahmed sobre sua pele) para trás das grades. 

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