Ciência
25/09/2013 às 10:52•2 min de leitura
Em 2001, o estado de Kerala, localizado no sul da Índia, foi palco de um evento climático bem bizarro. Durante cerca de dois meses, a região foi atingida por chuvas torrenciais com uma estranha coloração vermelha — fato que deixou muitos cientistas intrigados —, e estudos recentes vem gerando bastante controvérsia.
Segundo o The Huffington Post, em um primeiro momento acreditava-se que a cor era resultado da presença de esporos e até partículas de poeira. No entanto, análises mais detalhadas revelaram outra história. De acordo com Godfrey Louis — físico que vive em Kerala e conduziu estudos com as gotas —, ao contrário das características comuns observadas em partículas de poeira, o material encontrado na água tem formato irregular e é transparente.
Além disso, as partículas de Kerala parecem estar vivas e apresentam algumas semelhanças com células sanguíneas. Mais curioso ainda, pesquisadores de um laboratório no Sri Lanka descobriram que, apesar de os tais esporos estarem se replicando, não existe qualquer sinal de DNA nessas células. E a coisa não termina por aí!
Fonte da imagem: Reprodução/National Geographic
Na época em que as chuvas ocorreram, um relatório oficial chegou a atribuir a coloração avermelhada à explosão de um meteoro que atingiu a região de Kerala uma semana antes do início das tempestades. Segundo Godfrey Louis, os esporos estavam na rocha espacial, e as análises que ele realizou apontaram que as células extraterrestres continuaram a se replicar, mesmo a temperaturas superiores aos 300° C. Parece papo de cientista maluco, não é mesmo?
No entanto, ainda de acordo com o The Huffington Post, outros cientistas afirmam que a teoria apresentada por Louis não é apenas plausível, mas provável também, já que cerca de 100 toneladas de rochas espaciais atingem o nosso planeta todos os dias. Assim, quem garante que microrganismos provenientes do espaço não cheguem à Terra de carona em meteoros?
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
Os pesquisadores também mencionaram a descoberta de minúsculos fósseis no interior de um meteorito encontrado no Sri Lanka no final do ano passado, o que reforça a teoria conhecida como panspermia, ou seja, que as primeiras formas de vida chegaram ao nosso planeta por meio de impactos de asteroides e meteoritos. E, como era de se esperar, essas afirmações vem causando bastante polêmica.
Outro estudo relacionado com a “chuva alienígena” revelou que as células presentes nela poderiam representar um risco para a Terra. Análises detectaram uma alta concentração de urânio nas camadas mais externas dos organismos unicelulares, resultado que acabou tirando um pouco o “brilho” sobre a possível descoberta de vida extraterrestre. Essa história ainda vai dar o que falar, e até que a comprovação final seja apresentada, que tal deixar a sua opinião nos comentários?