DNA europeu é mais novo do que se acreditava

30/04/2013 às 07:361 min de leitura

Um grupo de cientistas da Universidade de Adelaide descobriu recentemente que a população europeia pode ser mais “nova” do que se imaginava. Conforme revelou uma série de ossadas desencavadas nas regiões centrais da Itália e da Alemanha, os genes europeus foram consideravelmente alterados há cerca de 4,5 mil anos.

Originalmente, acreditava-se que agricultores pioneiros haviam migrado para a região há aproximadamente 7,5 mil anos — ou mesmo grupos de coletores antes disso —, tendo permanecido no local até hoje.

Segundo os estudiosos, a população que então habitava a região central da Europa deve ter sido substituída pela que legou os genes atuais. “A população chegou entre 4 mil e 5 mil anos atrás, mas a sua origem permanece um mistério”, afirmou o diretor do Australian Centre for Ancient DNA, Alan Cooper, em entrevista à Nature Communications. “Nós não encontramos nada semelhante nas regiões que rodeiam a Europa.”

Algo deve ter acontecido há mais de 4 milênios

Embora as referidas pesquisas tenham se baseado em comparações do DNA mitocondrial — o que revelou diferenças genéticas substanciais entre os primeiros habitantes da Europa e a população atual —, a discrepância entre os diferentes ancestrais europeus já havia aparecido em outros estudos.

Entre as evidências levantadas por outros estudos, há, por exemplo, contrastes significativos entre armas e estruturas típicas utilizadas pelos primeiros povos e por aqueles que, eventualmente, passaram a dividir o território europeu há cerca de 4 mil anos.

O Neolítico é notório por trazer mudanças culturais à Europa Fonte da imagem: Reprodução/BBC

“O que é realmente intrigante é que os marcadores genéticos das primeiras culturas pan-europeias, que obviamente foram bem-sucedidas, foram subitamente substituídos há cerca de 4,5 mil anos, e nós não sabemos o porquê”, afirma Cooper. Entre as possibilidades levantadas, estão alterações climáticas — embora essa dificilmente seja encarada como a única causa.

Após o referido período, a Europa notoriamente passou a ganhar novos afluentes genético-culturais “advindos da Ibéria e de porções ao Leste”, acrescentou o coautor da pesquisa, Dr. Wolfgang Haak, em entrevista à Nature Communications.

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