
Artes/cultura
13/10/2014 às 11:30•2 min de leitura
Um esqueleto de uma pessoa do século 13 com um artefato de ferro incrustado em seu peito foi encontrado no sul da Bulgária. Segundo o The Telegraph, ele foi descoberto pelo arqueólogo conhecido como "Indiana Jones da Bulgária", Nikolai Ovcharov.
"Não temos dúvidas de que mais uma vez observamos que um ritual anti-vampiro foi realizado", disse o professor Ovcharov, um arqueólogo de cruzada que tem dedicado sua vida a desenterrar mistérios de civilizações antigas.
O arqueólogo explicou que a descoberta foi feita enquanto ele e sua equipe escavavam as ruínas de Perperikon, uma cidade da Trácia antiga localizada no sul da Bulgária, perto da fronteira com a Grécia.
Os restos humanos, que se acredita ser de um homem com idade entre 40 e 50 anos, teve um pedaço pesado de arado — uma barra de ferro usada para arar a terra — perfurando seu peito. A perna esquerda abaixo do joelho também tinha sido removida e deixada ao lado do esqueleto.
Imagem do esqueleto encontrado
Segundo Nikolai, naquela época, o objetivo de cravar o metal no peito dos cadáveres era o de evitar que ele ressuscitasse e perturbasse a vida de outras pessoas, o que era considerado uma forma de vampirismo. Acredita-se que o homem tenha morrido de forma não natural, provavelmente de suicídio e, por essa razão, o ritual pode ter sido realizado.
A cidade de Perperikon, era habitada desde 5 mil a.C, mas só foi descoberta há 20 anos pelos arqueólogos. Acredita-se que o local era onde ficava o Templo de Dionísio — o deus grego do vinho e da fertilidade. Além dessa, outras "sepulturas de vampiros" foram encontradas.
Esta é a terceira descoberta do túmulo de um “vampiro” na Bulgária e tem uma forte semelhança com duas sepulturas anteriores descobertos em 2012 e 2013 na cidade litorânea búlgara de Sozopol, a 200 quilômetros a leste de Perperikon, que foram apelidadas de "os vampiros gêmeos de Sozopol".
Segundo o arqueólogo Dimitar Nedev, diretor do Museu Arqueológico de Sozopol, que descobriu os esqueletos, esses enterros são uma evidência de proteção contra o vampirismo — a crença medieval de que os mortos deixam suas sepulturas.