Em 2022, o padre Júlio Lancellotti denunciou mais de 100 pontos de arquitetura hostil em São Paulo. Entenda como esse crime afeta a todos.

Estima-se que atualmente, 106.857 pessoas vivem em situação de rua em São Paulo, das quais 64.818 estão localizados na capital da cidade, conforme constataram a equipe de pesquisadores do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, do Polo de Cidadania da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).As moradias improvidas, como barracas colocadas nas ruas, sofreram um crescimento de 330% em 2021 em relação a 2019, de acordo com os dados. De todas as pessoas morando nas ruas, 39,2% são naturais da capital paulista, 19,86% são de outras cidades, e 40,94% são de outros estados do Brasil. O principal motivo que trouxe 52% das pessoas não naturais para a metrópole foi a busca por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/grande-exaustao-como-o-trabalho-esta-acabando-com-a-saude-das-pessoas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trabalho/emprego</a>. Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) explicou que 54% das pessoas que foram morar nas ruas foi devido à pobreza, desemprego e falta de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/refugiados-climaticos-uma-crise-global-negligenciada-internacionalmente" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moradia adequada</a> a preços acessíveis.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/23/23120327084123.jpg" alt="Barras em bancos públicos é um símbolo de arquitetura hostil. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Barras em bancos públicos é uma forma de arquitetura hostil. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em nota, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (SEDS), alinhada com a Política Nacional para População em Situação de Rua, anunciou que financia e cofinancia programas de apoio para essas pessoas nos 645 municípios, repassando, anualmente, mais de R$ 200 milhões em serviços socioassistenciais, como os Centros Pop. Fora isso, alegou que investiu, só em 2023, cerca de R$ 40 milhões em medidas para o enfrentamento da<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128184-como-o-aquecimento-global-esta-contribuindo-para-o-abuso-de-drogas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;dependência química</a>.Em 2021, o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, lançou uma campanha virtual que denunciou mais de 100 pontos com arquitetura hostil em São Paulo.<h2>À margem da sociedade e da cidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/23/23120556370126.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Estima-se que mais de 100 mil pessoas moram nas ruas de Nova York, nos Estados Unidos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Réguas de dentes de metal em uma parede baixa, estacas de pedra em vãos de viadutos e marquises, divisórias de metal em bancos públicos e outros tipos de iniciativas perigosas – e feias – é o que caracteriza a denominada arquitetura hostil. Esse conjunto de dispositivos construtivos são feitos com o objetivo expresso de impedir a permanência de pessoas em situação de rua em bancos de praças, espaços residuais em fachadas e demais áreas livres.Portanto, ainda que não esteja familiarizado com o termo, se vive em uma metrópole como São Paulo, que sustenta a alcunha de “terra das oportunidades” na mesma proporção que possui o maior contingente de pessoas morando nas ruas por falta de emprego e moradia acessível, certamente já se deparou com esses “acessórios urbanos”.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/23/23120737901127.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Sinais de arquitetura hostil passam despercebidos na maioria das vezes. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>As raízes da arquitetura hostil são encontradas já no século XIX em países e cidades europeias, como Veneza e Londres, onde a iniciativa pública criou os defletores de urina, um dispositivo construído nas laterais ou cantos dos edifícios para desencorajar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124359-soho-a-tinta-anti-xixi-usada-nas-paredes-do-distrito-de-londres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">micção pública</a>. O conceito dessa intervenção pública foi absorvido pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119020-ruby-bridges-a-garotinha-que-enfrentou-a-segregacao-racial-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos segregado&nbsp;</a>da década de 1960 para impedir que pessoas pretas encostassem ou ocupassem lugares destinados apenas a pessoas brancas.Em meados da década de 1980, as elites norte-americanas foram confrontadas com um aumento gigantesco da população desabrigada devido aos cortes de serviços, o fracasso nacional em lidar com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/estudo-aponta-remissao-do-hiv-em-criancas-apos-interrupcao-do-tratamento" rel="noopener noreferrer" target="_blank">HIV e a AIDS</a>, o processo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120227-o-que-e-gentrificacao-e-por-que-esse-processo-e-tao-danoso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gentrificação&nbsp;</a>acelerada e a desindustrialização que empurraram milhares de pessoas para fora da moradia permanente.A alternativa para empresas e políticos pós-industriais que queriam atrair compradores, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/o-japao-ergueu-uma-barreira-para-bloquear-uma-famosa-vista-do-monte-fuji" rel="noopener noreferrer" target="_blank">turistas</a>, trabalhadores de escritório e incorporadoras imobiliárias para metrópoles como Nova York, foi instalar alternativas arquitetônicas na paisagem pública em vários pontos das cidades para espantar pessoas carentes e moribundas. Dessa forma, sua presença não diminuiria os valores das propriedades, ainda que vulnerabilizasse ainda mais sua vida.<h2>Um símbolo de anti-arquitetura</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/23/23120857914128.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Pontos com arquitetura hostil impedem que cidadãos desfrutem de espaços públicos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Há defensores que alegam que esse tipo de desenho urbano é necessário para ajudar a manter a ordem, garantir segurança, coibir comportamentos indesejados e manter a paisagem “limpa”. Essa ideia de higienização não só é um reforço à segregação de pessoas em situação de rua e escancara um problema que deveria ser resolvido por meio de políticas públicas, como é considerada uma espécie de anti-arquitetura.Em matéria ao Archtrends, as arquitetas Carol Bernardo e Tamires de Alcântara observaram que, se a base da arquitetura é o abrigo e o ofício do Arquiteto e Urbanista é propor espaços de bem-estar e acolhimento, impedir o uso de espaços públicos vai na contramão desses princípios. A arquitetura hostil, como ficou claro no ponto acima sobre sua jornada histórica, nunca se tratou de uma alternativa para resolver a complexa questão das pessoas em situação de rua, apenas uma forma da especulação imobiliária e da iniciativa privada não perder oportunidades.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/23/23120926306129.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Atualmente, &nbsp;106.857 pessoas vivem em situação de rua em São Paulo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com isso, todos os cidadãos perdem, a começar por uma simples atividade, como sentar em um banco para descansar e desfrutar da sombra de uma árvore. A culpa não é de quem ocupa esses espaços em situação de sobrevida. Além disso, a cidade pertence a todos, não apenas àqueles que tem poder de compra.Em 22 de dezembro de 2022, foi derrubado o veto do então presidente Jair Bolsonaro ao projeto de Lei 488/2021, que veda o emprego de técnicas de arquitetura hostil em espaços livres de uso público. Com isso, foi promulgada pelo Congresso Nacional a lei n.º 14.489/2022, levando o nome de Padre Júlio Lancellotti, classificada como “lei de ocasião”, por ter sido criada a partir de fatos que mobilizaram a opinião pública. Práticas de arquitetura hostil são consideradas crime.

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Como a arquitetura hostil é financiada pela iniciativa privada

Saiba qual o motivo por trás do seu banho ficar fervendo quando alguém dá descarga na privada.

Isso até pode parecer cena de cinema, mas é real: em algumas casas, dar descarga na privada enquanto alguém está tomando banho pode mudar drasticamente a temperatura do chuveiro. Mas como isso acontece e qual o motivo por trás disso? Existe uma resposta bem simples para esse "fenômeno".Quando um vaso sanitário é alimentado pela mesma linha de abastecimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128437-5-curiosidades-sobre-a-agua-que-desafiam-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">água</a> que um chuveiro é descarregado, a pressão da água fria cai enquanto o tanque da privada está sendo reabastecido. Portanto, quem está no chuveiro não sofre com um maior fluxo de água quente, mas sim uma rápida perda de água fria que não consegue mais diluir o que vem da linha de abastecimento quente. Como resultado, o banho se torna uma experiência dolorosa.<h2>Banho escaldante</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16221544900004.jpg" alt="Descarga do vaso sanitário pode cortar fluxo de água fria no chuveiro momentaneamente. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Descarga do vaso sanitário pode cortar fluxo de água fria no chuveiro momentaneamente. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Compartilhar o banheiro com outra pessoa já pode ser uma experiência chata por si só, mas é ainda mais incômoda quando pensamos nesse cenário onde a privada e o chuveiro são abastecidos pelo mesmo fluxo de água. E esse é um problema ainda mais comum quando falamos de casas antigas.Nesses lugares, o chuveiro não dá conta do cenário, pois há uma linha estreita alimentando ambos os acessórios. Ou seja, quando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121407-a-surpreendentemente-complicada-historia-do-inventor-do-vaso-sanitario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vaso sanitário</a> é esvaziado e precisa ser reabastecido, essa linha não consegue manter pressão suficiente para encher o tanque e manter a água do chuveiro em uma temperatura confortável.&nbsp;Mas não se engane: as privadas não são as únicas culpadas. Qualquer aparelho que use um fluxo de água fria também pode aumentar a temperatura do chuveiro, incluindo máquinas de lavar roupa, lava-louças ou até mesmo irrigadores de jardim.<h2>Solucionando o problema</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16221754770007.jpg" alt="Casas e apartamentos novos costumam ter válvulas atualizadas para lidar com a temperatura dos chuveiros. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Casas e apartamentos novos costumam ter válvulas atualizadas para lidar com a temperatura dos chuveiros. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>O problema de temperatura no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118960-chuveiros-eletricos-sao-realmente-perigosos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chuveiro</a> é menos comum em casas e apartamentos mais novos, pois os códigos de construção modernos geralmente exigem acessórios que podem manter a pressão termostática por si próprios. Algumas válvulas de chuveiro mais novas também podem fazer o balanceamento da pressão por conta própria.&nbsp;Essas válvulas mais novas podem sentir quando a pressão da água fria cai para estrangular a água quente. Desse modo, a temperatura permanece consistente durante todo o banho. A desvantagem nesse caso, porém, é que a pressão da água cairá temporariamente até que tudo se estabilize novamente.Caso você não possa ou não queira atualizar a válvula do seu chuveiro, existem duas soluções: você pode tentar apertar a válvula de abastecimento de água que vai para o seu vaso sanitário — o que diminuirá a quantidade de água que reabastece o tanque — ou pode simplesmente pedir para que todas as pessoas na sua casa parem de usar fontes de água durante o seu banho. A escolha é sua!

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Por que dar descarga muda a temperatura da água do chuveiro?

Apesar da construção de Machu Picchu ser um mistério, pesquisadores acreditam que cidade foi construída sob ordens do imperador inca Pachacuti no século XV. 

Embora seja um lugar histórico para o mundo inteiro atualmente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126860-machu-picchu-tinha-populacao-de-origem-muito-mais-diversa-que-imaginavamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Machu Picchu</a> só foi ser conhecida globalmente pela primeira vez em 1911. Antes do explorador americano Hiram Bingham ter navegado pelas densas florestas tropicais do sul do Peru, guiado por fazendeiros locais, as ruínas da cidade inca abandonada eram apenas de conhecimento local.O trabalho de Bingham deu início a uma série de estudos sobre a região, sobretudo com um questionamento principal: quem construiu Machu Picchu? Em 1913, o pesquisador publicou um artigo na National Geographic e publicou um livro intitulado "A Cidade Perdida dos Incas", que trouxe mais atenção para o local e aumentou o interesse global em descobrir mais sobre aquele lugar.<h2>A história de Machu Picchu</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15203959315497.jpg" alt="Hiram Bingham foi o explorador responsável por apresentar Machu Picchu para o restante do mundo. (Fonte: Getty images)"><figcaption>Hiram Bingham foi o explorador responsável por apresentar Machu Picchu para o restante do mundo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Por mais que Bingham tenha ganhado a fama de "descobridor" de Machu Picchu, é preciso ressaltar que os moradores locais sabiam a localização da cidade perdida muito antes disso. De qualquer forma, o pesquisador removeu vários artefatos e restos humanos da região para serem estudados em Yale — com a condição que esses itens fossem devolvidos posteriormente ao governo peruano.Por conta desses dados, Machu Picchu foi classificada como Patrimônio Mundial da UNESCO em 1983. Para a infelicidade dos pesquisadores, a civilização inca não tinha qualquer tipo de linguagem escrita. Por isso, não existe qualquer registro escrito da história local e todas as tentativas de desvendar o mistério da sua construção tiveram que ser feitas por outros métodos.Um arqueólogo de Yale em particular, chamado Richar Burger, liderou em 2004 um estudo para determinar quem havia construído Machu Picchu. Após mais de uma década de pesquisas, Burger afirmou que a cidade inca era muito mais velha do que se pensava anteriormente.<h2>Datação por radiocarbono</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15204045439500.jpg" alt="Estudos sugerem que Machu Picchu teria sido erguida por ordem do imperador inca Pachacuti. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Estudos sugerem que Machu Picchu teria sido erguida por ordem do imperador inca Pachacuti. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Usando uma forma avançada de datação por radiocarbono conhecida como espectrometria de massa de acelerador (AMS), Burger e seus colegas revelaram que Machu Picchu tinha surgido por volta de 1420 e 1540 d.C. Embora os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128074-5-inovacoes-surpreendentes-criadas-pelo-imperio-inca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incas</a> não tivessem registros escritos, havia várias fontes da época da invasão espanhola no Peru que preenchiam lacunas sobre a história local.Por exemplo, fontes históricas diziam que o terreno foi erguido sob ordem do imperador inca Pachacuti, que subiu ao poder em 1438. Sendo assim, presume-se que a cidade tenha sido construída depois de 1440, e possivelmente até depois de 1450.A maioria dos especialistas acredita que Pachuti tenha construído Machu Picchu para servir como uma de suas propriedades pessoais. Ela não seria sua casa principal, mas sim um retiro real onde ele e sua corte poderiam relaxar, caçar e festejar. De qualquer forma, o local foi abandonado cerca de 100 anos depois, durante o período da conquista espanhola. As teorias mais marcantes são as de que os habitantes teriam fugido da cidade com medo dos invasores espanhóis ou dizimados pelas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120638-como-os-colonizadores-trouxeram-doencas-para-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças</a> trazidas pelos colonizadores.&nbsp;

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Quem foi responsável por construir Machu Picchu?

Símbolo da arquitetura gótica e Patrimônio Mundial da UNESCO, a Catedral de Notre Dame guarda segredos e detalhes fascinantes.

Construída em estilo gótico e erguida ao longo de quase dois séculos, a Catedral de Notre Dame é um dos símbolos da cidade de Paris. Fechada para reformas desde o trágico incêndio que a atingiu em 2019, ele deve tornar a abrir as portas em dezembro de 2024, após o término das Olimpíadas que ocorrem este ano na capital francesa.<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126957-10-lugares-incluidos-na-lista-de-patrimonio-mundial-em-perigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Patrimônio Mundial da UNESCO</a>, a catedral era, até seu fechamento, visitada por milhões de turistas, que iam atrás de suas arquitetura e engenharia fascinantes, mas também em seus vitrais coloridos que compunham um clima de misticismo no ambiente. O espaço foi inspiração para pinturas, poemas e livros, como O Corcunda de Norte Dame.<h2>1. As estátuas sem cabeça</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/11/11162514218288.jpg" alt="Originalmente integrantes da Catedral, as estátuas sem cabeça agora residem o museu. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Originalmente integrantes da Catedral, as estátuas sem cabeça agora residem no Museu de Cluny. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Acima das portas principais de Notre Dame, sob a balaustrada, há uma sequência contendo 28 estátuas de 3,5 metros cada, representando os reis de Judá. Conhecida como Galeria dos Reis, parte desses monumentos foi danificada durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120949-5-enganos-historicos-sobre-a-revolucao-francesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Francesa</a>. Uma multidão de revoltosos invadiu a catedral e confundiu as estátuas com símbolos da realeza.As cabeças foram quebradas e levadas embora, empilhadas em uma rua próxima e largadas ali por cerca de três anos. Recuperadas por um advogado que as utilizou como fundação da mansão que construía, foram reencontradas em 1977, durante a ampliação do porão do Banco Francês de Comércio Exterior.Resgatadas por arqueólogos, as cabeças passaram por um detalhado exame que identificou que as estátuas, e provavelmente toda a Catedral de Notre Dame, já foram pintadas em alguma época. Hoje, elas residem o Museu de Cluny. Já as estátuas foram reformadas no século XIX, por Viollet le Duc.<h2>2. A "nova Catedral" de Viollet le Duc</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/11/11161744379282.jpg" alt="Ao longo de 20 anos, Viollet le Duc reconstruiu um dos principais símbolos de Paris. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Ao longo de 23 anos, Viollet le Duc reconstruiu um dos principais símbolos de Paris. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Revolução Francesa não teve muito zelo pelos bens que considerava que representavam a monarquia deposta. Quem também não teve vida fácil foi a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121451-6-fatos-curiosos-sobre-a-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a>, que deveria abrir espaço para um ideal baseado em "liberdade, igualdade e fraternidade". Dessa forma, a Catedral de Notre Dame acabou gravemente danificada.No início do século XIX, seu estado deplorável de abandono quase fez com que fosse demolida, ideia que ficou para trás graças, em parte, ao romance O Corcunda de Notre Dame. A escrita da obra reavivou os laços com o espaço, levando autoridades a restaurarem a catedral. Coube ao arquiteto Eugène Viollet le Duc o trabalho, iniciado em 1844 e finalizado em 1867.Poucos sabem, mas o arquiteto fez suas próprias adições à estrutura, como as 56 quimeras perto da torre e um pináculo de madeira, destruído pelo incêndio de 2019. Ele também incluiu uma estátua do apóstolo Tomé no telhado, além de uma das cabeças restauradas da Galeria dos Reis se parecer com ele, uma espécie de assinatura.<h2>3. As assombrações de Notre Dame</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/11/11161023156280.jpg" alt="A catedral seria um espaço recheado de histórias horríveis além de mal-assombrado. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A catedral seria um espaço recheado de histórias horríveis além de mal-assombrado. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Como todo grande espaço secular que passou por reviravoltas em sua história, a Catedral de Notre Dame guarda relatos que indicam ser um espaço mal-assombrado. Há diferentes lendas, começando pela do sineiro fantasma que aparece no Natal e a dos sete homens decapitados em busca de suas cabeças.Mas a história mais repetida sobre a Notre Dame diz dos espíritos de duas mulheres que voam os telhados entre as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118287-3-lendas-incriveis-sobre-criaturas-miticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gárgulas de pedra</a>. Elas seriam uma jovem e uma idosa, que estavam visitando a torre da catedral e desapareceram misteriosamente quando uma chuva torrencial começou.<h2>4. Os portões do inferno</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/11/11160931051279.jpg" alt="Ferro utilizado na construção da porta principal da catedral teria sido forjado pelo diabo. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Ferro utilizado na construção da porta principal da catedral teria sido forjado pelo diabo. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As portas principais da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121295-os-segredos-de-notre-dame-revelados-apos-o-incendio-em-2019.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Catedral de Notre Dame</a> impressionam pela complexidade do trabalho executado. Até os dias atuais, profissionais discutem o quão impressionante foi a execução em um período com ferramentas limitadas para os ferreiros do período medieval.O trabalho foi executado pelo artesão Biscornet que, desejoso de provar seu talento, passou horas trabalhando em fornalhas dando luz às formas retorcidas e rodopiantes. Após meses, ele entregou as portas que deixaram os parisienses chocados, surgindo o mito de que Biscornet teria feito um pacto com o diabo para conseguir criar um objeto tão surpreendente.O artesão morreu pouco tempo depois, provavelmente vitimado pelo estresse e exaustão causados pela execução das portas. Os mais supersticiosos dizem que é possível vê-lo à noite, sentado em frente à catedral, admirando seus redemoinhos que parecem o <a href="https://www.megacurioso.com.br/polemica/39784-revelacao-voce-sabia-que-666-nao-e-o-numero-da-besta-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">número da besta</a>, 666.

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4 fatos surpreendentes a respeito da Catedral de Notre Dame

Quando finalizado, projeto será responsável por uma movimentação de água superior a das Cataratas do Iguaçu.

A Índia deve dar início a um mega projeto de engenharia para conectar vários dos seus rios. A obra já vem sendo discutida há mais de um século e irá ligar as bacias hídricas que vem do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125617-malana-o-curioso-vilarejo-nos-himalaias-famoso-por-seu-haxixe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Himalaia</a>, ao norte do país, e deságuam a oeste no Mar Arábico e a leste no Golfo de Bengala.O projeto visa uma melhor distribuição das águas no subcontinente, que sofre com secas em determinadas épocas do ano. Porém, alguns especialistas têm demonstrado bastante preocupação com a movimentação de uma quantidade tão grande de água.<h2>Projeto gigantesco</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/11/11164527787293.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Primeira etapa irá conectar os rios Ken e Betwa. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>A ideia de ligar os rios indianos não é nova, remontando ao século 19. O apoio político ao projeto variou ao longo dos anos, mas em 2012, o Supremo Tribunal da Índia ordenou que o governo iniciasse o trabalho. Em 2014, o projeto ganhou novo impulso com o apoio do primeiro-ministro Narendra Modi.O Projeto Nacional de Ligação Fluvial da Índia visa realizar <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128336-por-que-o-ganges-e-um-dos-rios-mais-poluidos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">30 ligações de rios</a>, transferindo cerca de 200 bilhões de metros cúbicos de água anualmente (como comparação, a vazão média anual das Cataratas do Iguaçu é de aproximadamente 157 bilhões de metros cúbicos de água), com um custo estimado de 168 bilhões de dólares. Este ambicioso projeto tem como objetivo irrigar dezenas de milhões de hectares de terras agrícolas e aumentar a produção de energia hidrelétrica no país.O governo indiano priorizou o projeto, com autorizações já concedidas para a primeira ligação entre os rios Ken e Betwa, e a construção deve começar em breve, segundo Bhopal Singh, diretor-geral da agência de águas da Índia. No entanto, a construção da primeira ligação de 220 quilômetros, entre Ken e Betwa, ainda deve levar vários anos.<h2>Problemas ambientais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/11/11171330098305.jpg" alt="O rio Ganges também fará parte do projeto. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>O rio Ganges também fará parte do projeto. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Himanshu Thakkar, da ONG Rede do Sul da Ásia sobre Barragens, Rios e Pessoas, preocupa-se com a falta de transparência do projeto e que dados hidrológicos não foram revisados de forma confiável. Ele argumenta que decisões sobre recursos hídricos precisam ser democráticas e informadas, o que não está acontecendo.Além dos impactos nas chuvas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127447-4-projetos-imponentes-e-polemicos-espalhados-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o projeto pode criar outros problemas</a> como submergir grandes áreas de uma reserva de tigres e matar cerca de 2 milhões de árvores. Para evitar esses e outros problemas, especialistas sugerem medidas alternativas, como a coleta de águas pluviais, recarga de águas subterrâneas e diversificação de culturas, que podem abordar questões relacionadas à água de forma mais econômica e menos ambiciosa.Além disso, cientistas e especialistas em política hídrica expressam preocupações sobre as bases científicas do projeto e suas potenciais consequências não intencionais. Estudos recentes sugerem que o projeto pode afetar negativamente a época das monções na Índia, reduzindo a precipitação em algumas áreas e aumentando em outras, o que pode agravar o estresse hídrico.Tejasvi Chauhan, do Instituto Max Planck de Biogeoquímica, destaca que a precipitação reciclada, responsável por um quarto da chuva durante as monções, pode ser impactada pelo desvio de grandes quantidades de água. O projeto pressupõe que bacias hidrográficas são sistemas independentes, mas, na realidade, elas estão interconectadas e mudanças em uma podem afetar as outras.

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Índia pretende conectar rios do país com megaprojeto hídrico

Descubra os segredos da engenharia por trás dos impressionantes túneis subaquáticos.

Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128898-seikan-conheca-o-tunel-submarino-mais-longo-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">túneis subaquáticos</a> são obras-primas da engenharia moderna, e permitem que milhares de pessoas atravessem corpos d'água todos os dias. Esses túneis são fundamentais na infraestrutura global, facilitando o transporte e conectando comunidades. Mas como exatamente eles são construídos? Vamos explorar as técnicas fascinantes que tornam isso possível.<h2>Tunelamento de escudo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/05/05112540770102.png" alt="Tuneladora usada para construir o Túnel do Tâmisa, em Londres. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Tuneladora usada para construir o Túnel do Tâmisa, em Londres. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A tuneladora escudo é uma grande estrutura retangular ou cilíndrica, geralmente feita de ferro fundido ou aço, equipada com aberturas controladas por obturadores. Nesse método, os trabalhadores removem o solo macio à medida que o escudo avança. Isso proporciona uma proteção segura aos trabalhadores e permite a construção contínua do túnel, ao mesmo tempo em que protege o ambiente ao redor da escavação.A técnica foi criada pelo engenheiro franco-britânico Marc Isambard Brunel em 1818 e utilizada na construção do primeiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119893-em-1820-engenheiros-decidiram-construir-um-tunel-sob-o-rio-tamisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">túnel subaquático sob o Rio Tâmisa</a>, em Londres, em 1842. Ao longo dos anos, o método foi aprimorado, e passou a incluir escudos feitos de aço e equipados com macacos hidráulicos para um avanço mais eficiente e seguro.<h2>Máquinas de perfuração de túneis</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/05/05113124313107.jpg" alt=""><figcaption>"Tatuzão". (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Cavar em terra macia é um desafio, mas perfurar rochas submersas exige uma abordagem ainda mais sofisticada. É aí que entram as máquinas de perfuração de túneis, popularmente conhecidas como “tatuzão”. Utilizadas na construção do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/eurotunel-ha-30-anos-uma-das-maiores-facanhas-da-engenharia-era-inaugurada-no-canal-da-mancha" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Eurotúnel</a>, elas têm cabeças de corte giratórias que exercem pressão sobre a rocha, quebrando-a em fragmentos. Esses detritos são então transportados para fora do túnel. Para a escavar os 50 metros de extensão do Eurotúnel foram usados 11 “tatuzões”.<h2>Tubos submersos e outras técnicas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/05/05114738485116.jpg" alt="Cofferdam. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Cofferdam. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Outra técnica é a do tubo submerso, desenvolvido pelo engenheiro americano W.J. Wilgus, em que segmentos pré-fabricados do túnel são construídos em outro local, enquanto uma vala é dragada no local onde o túnel será instalado. Esses segmentos são, então, levados até a área, afundados no lugar e conectados para formar o túnel completo. Um exemplo desse método é o túnel Ted Williams, em Boston.Em alguns casos é necessário criar um local seco para a construção subaquática. Para isso, pode ser utilizado o cofferdam, ou ensecadeira, uma estrutura temporária construída para criar uma área seca em um ambiente submerso, proporcionando um espaço seguro para a construção.Também podem ser usados os caixões: estruturas pré-fabricadas que, quando afundadas na água, são mantidas pressurizadas para evitar a entrada de água. Assim, os trabalhadores conseguem construir dentro da estrutura, que se torna parte da construção final.A construção de túneis embaixo d'água demonstra o incrível avanço da engenharia ao longo do tempo. As técnicas modernas superam os desafios de construir em ambientes submersos e garantem a segurança dessas infraestruturas vitais para o transporte e a conectividade global.

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Como os túneis embaixo d’água são construídos?

O intuito de Mohammed bin Rashid Al Maktoum era construir um arquipélago no formato do mapa-múndi.

Em fevereiro de 2023, o governo de Riad, capital da Arábia Saudita, anunciou seu plano de construir uma cidade completa dentro de outra em um formato de cubo. Chamada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124640-mukaab-governo-saudita-vai-construir-uma-cidade-em-um-cubo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mukaab</a>, a estrutura será o suficiente para abrigar cerca de 350 mil pessoas sob uma infraestrutura extremamente tecnológica. Com isso, o empreendimento vai entrar para a lista dos projetos arquitetônicos mais megalomaníacos do Oriente Médio.Lendo esse tipo de notícia, é normal que as pessoas se perguntem: por que os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita são países que investem em projetos ambiciosos de luxo que ganham manchetes pelo mundo todo? A maioria se equivoca ao acreditar que se trata apenas de ostentação – apesar de ter um pouco, sim –, mas, na verdade, são alternativas que os Estados do Golfo encontraram de diversificar sua riqueza, uma vez que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124795-os-problemas-destrutivos-e-mortais-da-perfuracao-por-petroleo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">petróleo</a> se tornou um produto cada vez mais difícil de colher devido às questões naturais.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24154200090175.jpg" alt="(Fonte Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Burj Khalifa, o maior prédio do mundo possui 826 metros de altura e fica em Dubai. (Fonte Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Portanto, esses países facilitam zonas francas, os benefícios fiscais e as iniciativas de vistos dourados/residência para pessoas e empresas se mudarem para lá, como uma forma de diversificação da economia para investimento estrangeiro direto que vão os colocar na frente global. Com os megaprojetos, a estratégia dos Emirados Árabes Unidos (EAU), por exemplo, é aumentar a contribuição do turismo no PIB para quase US$ 300 milhões até 2031.Mas os projetos megalomaníacos dos EAU nem sempre acertam, um exemplo disso é que Dubai gastou R$ 63 bilhões em ilhas artificiais luxuosas que se tornaram "o projeto mais inútil do mundo".<h2>A ambição de Al Maktoum</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24154237290177.jpg" alt="Mohamed bin Rashid Al Maktoum. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>À direita, o xeque Mohammed bin Rashid Al Maktoum. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em meados de 2003, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos, teve a ideia de desenvolver um arquipélago composto por quase 300 ilhas artificiais que recriariam a forma dos continentes do mapa-múndi. Dessa forma, permitiria que os compradores escolhessem uma ilha em forma de país ou região e, em seguida, construíssem suas propriedades de alto padrão.Al Maktoum contratou a Creative Kingdom Dubai, líder em design arquitetônico, para desenvolver o projeto nomeado "O Mundo", cujo investimento inicial foi de US$ 12 bilhões, aproximadamente US$ 63 bilhões. Foram usados 321 milhões de metros cúbicos de areia e 386 milhões de toneladas de rocha para a confecção do arquipélago, que possui cerca de 8 quilômetros de área, com cada ilha a 100 metros de distância entre si. Aproximadamente 232 quilômetros de costa artificial foi criada.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24154310210178.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Arquipélago artificial foi considerado o "projeto mais inútil do mundo" pelo portal Top Luxury. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A dragagem começou quatro meses depois que o xeque anunciou o empreendimento que esperava que o setor imobiliário fosse substituir, naquela época, a dependência econômica dos EAU do petróleo. Em janeiro de 2008, 60% das ilhas já haviam sido vendidas, 20 das quais foram compradas nos primeiros quatro meses de 2007.Então veio a crise financeira de 2007-2008, em que os títulos lastreados em hipotecas vinculadas ao setor imobiliário americano, bem como uma vasta rede de derivativos, desabaram no mercado global. Apesar da rapidez que "O Mundo" foi desenvolvido, quando a recessão aconteceu, a última pedra havia acabado de ser colocada no quebra-mar do arquipélago, porém nenhuma ilha havia sido construída.<h2>Futuro incerto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24154336794179.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O arquipélago "O Mundo" já foi tomado por sinais de erosão. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O portal Top Luxury foi categórico em declarar "O Mundo" como o megaprojeto mais inútil do planeta. Afinal, 21 anos após o início das obras, apenas algumas ilhas foram completamente construídas, e o arquipélago parece apenas pontos desertos e abandonados, muito diferente da intenção inicial."Nenhum dos planos traçados foi realizado ainda", descreveu o portal.A Nakheel Properties, atual responsável pelo projeto, alegou que os planos permanecem em vigor, embora o progresso seja praticamente inexistente e as ilhas estejam entrando em colapso, visto que algumas já apresentam sinais de grave erosão. A empresa também admitiu que o projeto causou sérios danos aos ecossistemas marinhos, assim como a organização Greenpeace declarou que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127935-o-planeta-ja-perdeu-metade-dos-seus-recifes-de-coral-desde-1950.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recifes de coral</a> locais foram seriamente afetados. Em defesa, a Nakheel disse que contratou biólogos marinhos para tentar mitigar os impactos e restaurar os recifes danificados.Outros empreendimentos em Dubai continuam a atrair investimentos e turistas. Apesar de o futuro de "O Mundo" permanecer incerto, Dubai não recua – e faz sentido.“Se há uma coisa que caracteriza Dubai é correr riscos”, disse o escritor Alastair Bonnet, em seu artigo ao City Monitor.

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Ilhas artificiais em Dubai resultaram em um fracasso de R$ 63 bilhões

Com este sistema, o comprador só tem acesso à residência após a morte do proprietário original.

Imagine comprar um imóvel pagando mais barato do que a média, mas só poder se mudar para ele após a morte do atual proprietário, havendo o risco de não ter acesso à residência caso você morra antes do vendedor. Este é o en viager, um modelo de venda de casas comum na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128443-por-que-existem-tantos-protestos-na-franca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">França</a>.O sistema “para toda a vida” permite comprar imóveis pagando valores até 40% abaixo do praticado no mercado, representando uma economia considerável. Essas residências pertencem a pessoas idosas e/ou viúvas, geralmente, que continuam a morar nelas até o fim de suas vidas.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/11/11164945281244.jpg" alt="Este modelo de venda de imóveis é usado principalmente por idosos franceses. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Prédios em Paris. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Há vantagens tanto para quem vende quanto para aqueles que compram. Os vendedores têm a garantia de um lugar para morar sem depender de ninguém, recebendo o pagamento vitalício mensalmente, e podem evitar problemas relacionados à partilha de seus bens.Já os compradores parcelam a casa própria sem dificuldade no sistema en viager e, em alguns casos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106269-vila-italiana-vende-casas-a-1-euro-para-nao-se-tornar-uma-cidade-fantasma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pagam um valor irrisório pelo imóvel</a> se o proprietário morrer pouco tempo depois do negócio. Porém, também existe a possibilidade de a compra sair mais cara do que o esperado.<h2>E se o vendedor se tornar a pessoa mais velha do mundo?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/11/11125455038135.jpg" alt="A pessoa mais velha do mundo usou o sistema viager para vender seu imóvel. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Jeanne Calment comemorando 121 anos. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Nem sempre o modelo en viager é um bom negócio para o comprador. Quando tinha 90 anos, na década de 1960, Jeanne Calment vendeu seu apartamento na cidade de Arles para um homem com a metade da sua idade, usando o método, recebendo uma pensão mensal vitalícia.Aparentemente, a negociação seria favorável para ele, considerando a idade da proprietária. Mas Calment se tornou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128272-conheca-4-historias-surpreendentes-de-pessoas-que-viveram-mais-de-100-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pessoa mais velha do mundo registrada até o momento</a>, alcançando a idade de 122 anos e 164 dias, após morrer em agosto de 1997.Outra curiosidade é que o comprador não teve tempo de aproveitar a residência que passaria a ser sua depois da morte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118828-as-5-pessoas-que-viveram-por-mais-tempo-comprovadamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulher mais velha do mundo</a>. O investidor faleceu dois anos antes de Calment e sua esposa continuou pagando a parcela mensal, com o valor final chegando ao dobro do custo original do apartamento.<h2>Tentativas de fraudes investigadas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/11/11172622275263.jpg" alt="Alguns compradores tentaram agilizar o processo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Alguns compradores tentaram agilizar a transferência de propriedade. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para evitar fraudes, as mortes de pessoas que vendem imóveis pelo modelo en viager são investigadas, podendo levar à anulação do contrato dependendo do desfecho. Em um caso recente, a polícia francesa prendeu um comprador acusado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128085-o-ano-em-que-centenas-de-pessoas-foram-envenenadas-no-halloween.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">envenenar</a> a dona da residência adquirida por ele, na tentativa de acelerar a transferência do imóvel.Também existem variações do modelo para reduzir os riscos, como a versão em que o imóvel é desocupado imediatamente ao confirmar a venda, com a compensação mensal quitada normalmente, e outra com pagamento das parcelas por tempo limitado, como até 10 anos, no máximo. Nesses casos, os custos são maiores.

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'En viager': a compra de imóveis na França que espera o proprietário morrer

A ideia de Le Corbusier era destruir boa parte da arquitetura histórica para construir sua utopia urbana totalmente funcional

Considerando sua fundação <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127819-halloween-quando-a-festa-era-feita-para-unir-casais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">celta</a> no século III a.C., a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127754-conheca-a-sindrome-de-paris-o-transtorno-desencadeado-em-pessoas-desapontadas-com-a-cidade-luz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cidade de Paris</a> tem mais de 2 mil anos de uma história que a colocou no epicentro de relevância mundial ao longo do tempo. De quando se tornou a capital do<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/grande-tartaria-a-conspiracao-que-teria-apagado-um-dos-maiores-imperios-da-historia-do-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Império Romano</a> no século I, sob o comando de Júlio César, até todas as revoluções e movimentos sociais que moldaram a França, da Revolução Francesa à Comuna de Paris.A arquitetura de Paris se tornou uma manifestação de sua histórica cultura por tudo o que já passou pela cidade e por todos os que já se inspiraram nela. Há história desde a Catedral de Notre-Dame, no coração da cidade, até os bairros históricos, como o Marais, um dos distritos mais cosmopolitas e elegantes de Paris.O Condor Ferries estima que a capital francesa recebe mais de 30 milhões de turistas por ano, em sua maioria atraídos pelo ar histórico e romântico que a cidade inspira. Portanto, é perturbador imaginar que por muito pouco a arquitetura de Paris quase foi destruída pelo arquiteto Corbusier e seu&nbsp;Plan Voisin de 1927.<h2>A expansão de Paris</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/10/10164045513300.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>A Torre Eiffel foi construída em 31 de março de 1889. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Paris é conhecida por suas transformações ao longo dos séculos, e a década de 1920 pode ser considerada um dos pontos de virada mais relevantes da contemporaneidade. Até porque estamos falando de como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/6-pecas-de-mobiliario-que-revolucionaram-o-design-nos-ultimos-100-anos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">movimento modernista&nbsp;</a>começou a influenciar na estética e funcionalidade da cidade com suas ideias sobre urbanismo, planejamento urbano e estilo arquitetônico.Afinal, foi nesse período que a capital francesa atingiu seu pico populacional de 2,9 milhões de habitantes, resultando em uma impressionante densidade populacional de 69 mil pessoas por quilômetro quadrado, tendo sua área total expandida dos 78 km² que possuía até 1860 para 86,9 km² na década de 1920. A devastação deixada pelo pós-guerra da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/1-guerra-mundial-zona-vermelha-continua-poluida-apos-100-anos-do-conflito" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial&nbsp;</a>foi considerada a oportunidade perfeita para não só revitalizar Paris como a reconfigurar e a modernizar.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/10/10164123081301.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>O arquiteto urbanista suíço-francês Le Corbusier. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Foi aí que entrou Charles-Édouard Jeanneret-Gris, o famoso Le Corbusier. O arquiteto e urbanista suíço-francês era um renomado e influente especialista do movimento modernista arquitetônico. O homem ficou famoso por suas ideias revolucionárias sobre urbanismo e design, sobretudo por sua obsessão pelo funcionalismo – para o bem ou para o mal, segundo os críticos de seu trabalho.Le Corbusier escolheu Paris para propor um novo projeto urbano porque desde a fundação da cidade, nunca houve um plano urbano, portanto, seu crescimento ao longo dos séculos, sobretudo na década de 1920, resultou em uma cidade de ruas estreitas e sinuosas, padrões de construção variados e uma mistura complexa de usos do solo. Além disso, havia um insidioso problema daquela época que o perturbava: o tráfego.<h2>As torres de vidro de Le Corbusier</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/10/10164301505304.jpg" alt="(Fonte: Architizer/Reprodução)"><figcaption>A arquitetura de Paris quase foi destruída por Le Corbusier. (Fonte: Architizer / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Pensando em salvar a Cidade-Luz do “desastre industrial”, o arquiteto tinha em mente destruir vários quilômetros quadrados na margem direita do Rio Sena para estabelecer 18 arranha-céus de vidro. O seu Plan Voisin consistia em criar um espaço de vida e trabalho abrangente que refletiriam o "modo de vida do amanhã". Apresentar as casas não apenas como casas, mas como "máquinas para viver", ia muito além de um conceito estético, significava a funcionalidade necessária para uma vida ordenada em uma cidade que se transformava em uma metrópole.Seu novo plano urbano acomodaria até 78 mil moradores em uma área de 260 hectares, formando uma enorme grade retangular, em que os edifícios seriam separados em zonas comerciais e residências conectadas por rodovias. Nesse espaço, os habitantes encontrariam cafés, restaurantes, escritórios, lojas, parques muito bem arborizados e até mesmo um aeroporto.A utopia urbana totalmente funcional de Le Corbusier era a maneira que ele encontrou para afastar os parisienses da possibilidade de a capital francesa se tornar "o pesadelo" que era o centro de Nova York.&nbsp;O arquiteto também visava impedir que o traçado urbano de Paris exacerbasse a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119543-como-os-carros-contribuiram-para-o-fim-da-segregacao-racial-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">segregação&nbsp;</a>econômica que empurrava os habitantes mais pobres para a periferia cheia de doença, confinando pessoas em cubículos inabitáveis, com custos elevados de moradia, e causando uma pressão sobre a infraestrutura urbana da cidade.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/10/10164412081307.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>La Défense é o centro corporativo de Paris, construído na década de 1960. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para isso, no entanto, era necessário derrubar uma quantidade enorme da história de Paris, como o bairro Marais, hoje considerado o lar da arquitetura e cultura mais interessantes e inspiradoras da cidade. Naquela época, porém, ele era apenas caracterizado por doenças e miséria.Le Corbusier tentou fazer seu Plan Voisin acontecer de todas as formas por meio de uma divulgação implacável em revistas e exposições internacionais. No entanto, o governo parisiense rejeitou sua proposta, ficando do lado dos defensores do patrimônio que a arquitetura da cidade é.Mas é possível dizer que o arquiteto perdeu apenas a batalha, não a guerra. Afinal, seu projeto plantou a semente para que outras cidades considerassem suas ideias radicais e dramáticas. Em 1965, foi construído o La Défense, um conjunto de arranha-céus corporativos de cerca de 53 metros de altura no coração de Paris, inspirado no Plan Voisin de Le Corbusier, uma sombra obscura em linha reta a partir do Arco do Triunfo.

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Quem visita o templo de Veerabhadra na Índia se assusta com um pilar de 20 toneladas que parece não tocar no chão.

Destino imperdível para os turistas que visitam a Índia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128158-6-edificios-religiosos-famosos-no-mundo-todo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o templo de Veerabhadra em Lepakshi, no estado de Andhra Pradesh</a>, chama a atenção pela sua impressionante arquitetura Vijayanagara (do século XIV ao XVII), com esculturas complexas, altas colunas e portais imponentes (gopurams). Mas, entre as colunas, uma chama a atenção de todos.Um dos pilares, com cerca de 9 metros de altura e 20 toneladas de peso, parece não encostar no chão, ficando suspenso sobre uma base quadrada de 76 centímetros, o que lhe valeu o apelido de "pilar flutuante". No entanto, quando os visitantes tentam passar um pedaço de pano ou de papel naquele espaço de cerca de 1 centímetro, não conseguem, pois a pedra deve tocar o chão em algum cantinho oculto.Dessa forma, o mistério do pilar flutuante permanece em aberto, o que reforça a sua lenda de "milagroso" e acaba atraindo mais visitantes ao local. Mesmo sem encostar aparentemente no chão, ou encostando na prática, o pilar é uma prova da combinação de criatividade e misticismo, o que, na Índia (e não só), é sempre sinônimo de poder.&nbsp;<h2>Qual a importância do templo de Veerabhadra?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/20/20160422428227.jpg" alt="X (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Veerabhadra é uma manifestação feroz do deus Shiva. &nbsp;(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Considerado Patrimônio Universal da Unesco, o templo de Veerabhadra teve entre suas principais características relacionadas com o seu Valor Universal Excepcional <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/106584-kailasa-o-incrivel-templo-indiano-esculpido-em-um-imenso-bloco-de-pedra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">justamente os seus pilares esculpidos, além dos afrescos e esculturas monolíticas,</a>&nbsp;como o famoso touro (Nandi) cavalgado por Veerabhadra (o deus Shiva em sua forma ígnea), com 4,5 metros de altura.Embora datado no do período Vijayanagara, o templo não apresenta nenhuma inscrição que comprove o início da sua história. O que se sabe é que o desenvolvimento do complexo do templo pode ser remetido aos avanços arquitetônicos ocorridos entre os anos 1100 e 1350 d.C., quando se criaram os pilares, pilastras e nichos.&nbsp;Em sua justificativa para considerá-lo monumento da humanidade, a Unesco afirma que o templo "é o melhor exemplo da continuidade dos traços culturais evoluídos e da transformação através do intercâmbio de valores culturais durante muitos anos de arte e história cultural indiana".<h2>As teorias sobre o pilar flutuante de Veerabhadra</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/95PeHmmCIOs" title="The Hanging Pillar of Lepakshi Temple | Anantapur, Andhra Pradesh" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/conheca-8-segredos-de-angkor-wat-o-maior-templo-religioso-do-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como o templo é muito bem projetado,</a> surgiram diversas teorias, ao longo dos anos, tentando explicar o mistério do pilar flutuante, com alguns defendendo que a "falha" foi propositalmente projetada pelos arquitetos originais.&nbsp;Outros, no entanto, acham que o desnível foi provocado de um engenheiro britânico que, fascinado pelo mistério, tentou mover o pilar, para entender as técnicas de construção usada pelos artesãos indianos, mas causou um deslocamento ainda maior.&nbsp;Entre as teorias, uma das maiores populares diz que o pilar foi esculpido com tal precisão milimétrica, que foi criada uma base côncava que se encaixaria perfeitamente em uma elevação imperceptível no chão. Esse ressalto, impossível de ser visto a olho nu, funcionaria na realidade como um suporte para dar essa ilusão de que o pilar flutua.

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