A vexilologia é uma área que reúne os apaixonados por bandeiras e seu simbolismo.

<p>A vexilologia é uma ciência que se dedica ao estudo das bandeiras, estandartes, insígnias e suas simbologias, além de seus usos e demais particularidades. O fato é que há muita gente realmente fascinada por bandeiras, a ponto de colecionar histórias marcantes sobre elas.</p><p>Os vexilólogos sabem, por exemplo, as coisas que você não pode fazer com esse objeto ou o que você deveria fazer caso tenha uma bandeira com um emblema nazista em casa. Essas dúvidas serão sanadas a seguir.</p><h2>1. Regras em relação à profanação de bandeiras</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17185719347346.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>Os países têm leis diferentes sobre o que pode ser feito com a sua bandeira. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Há um dado curioso acerca das bandeiras: é possível dizer em que país uma pessoa está de acordo com o que acontece caso você coloque fogo na bandeira nacional. Nos<br>Estados Unidos, por exemplo, foi aprovada uma emenda de lei em 2005 que passou a autorizar que o Congresso americano puna quem for acusado de profanar esse símbolo. Contudo, isso se altera conforme o estado, e há muitos protestos em que a bandeira americana é incendiada.</p><p>A maioria dos países, incluindo os que são vistos como progressistas, possui algum tipo de lei contra a "agressão" à bandeira local. Aqui no Brasil, em 2024, foi aprovado o PL 5.150/2023, que criminaliza a confecção, distribuição, comercialização e uso da bandeira nacional com cores e formas alteradas ou associações a símbolos de partido político, grupos e movimentos sociais. Por isso, é bom tomar cuidado ao fazer alguma brincadeira com a nossa bandeira, pois isso pode causar alguma dor de cabeça.</p><h2>2. O formato ideal de uma bandeira</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17185824579348.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>Um guia de 2001 estabeleceu as orientações para criar uma bandeira "ideal"(Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os vexilólogos também são sujeitos que se dedicam a estudar o design, o significado, mas também a eficácia das <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123281-6-paises-com-bandeiras-muito-parecidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bandeiras</a>. Há inclusive um guia, chamado <i>Good Flag, Bad Flag,</i> criado em 2001, que descreve os princípios para o design eficaz de uma bandeira.</p><p>No total, são cinco princípios: ela deve manter a simplicidade (uma criança deve conseguir desenhar a imagem da bandeira); usar um simbolismo que seja significativo nos elementos presentes (sem desenhos aleatórios, portanto); não passar de duas ou três cores; evitar usar letras ou selos; evitar uso de outros elementos que destoem da mensagem. Fazendo tudo isso, é possível que você consiga criar uma bandeira perfeita.</p><h2>3. O que fazer com bandeiras nazistas?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17190030911350.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>No Brasil, é crime ostentar emblemas nazistas. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Ok, praticamente todo mundo se posiciona contra o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122408-se-hitler-era-do-terceiro-reich-qual-eram-os-outros-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazismo</a> (exceto, claro, as exceções infames). Ainda assim, há muita gente que coleciona objetos da Segunda Guerra Mundial, por exemplo, o inclui essas bandeiras e insígnias.</p><p>No Brasil, a partir da promulgação do PL 142/23, tornou-se crime fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propagandas que utilizem a cruz suástica ou quaisquer outras referências ao nazismo ou ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109748-mas-afinal-o-que-e-o-fascismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fascismo</a>. Por isso, caso você tenha herdado de um parente algum suvenir de guerra, convém guardá-lo em casa.</p><h2>4. A bandeira nacional mais antiga que existe</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/17/17185936987349.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>Conhecida como Dannebrog, a bandeira da Dinamarca é a mais antiga que conhecemos. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Se você tem curiosidade em saber qual é a bandeira de país mais antiga que existe, chegou o dia de sanar a dúvida: é a da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127937-catarata-do-estreito-da-dinamarca-a-maior-cachoeira-do-mundo-esta-embaixo-da-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dinamarca</a>. Conhecida pelos dinamarqueses como Dannebrog, a bandeira é datada de 1219 e é caracterizada com ser vermelha com uma cruz branca.</p><p>Conta a história de que, neste ano, durante uma batalha, o rei dinamarquês Valdermar II Sejr estava prestes a ser derrotado pelos pagãos. Foi aí que o céu teria se aberto e, entre os raios solares, desceu uma imensa bandeira vermelha com uma cruz branca desenhada ao centro. Esse "milagre" teria enchido os dinamarqueses de esperança e dado a eles a imagem que seria usada em sua bandeira. Não por acaso, Dannebrog significa "pano honorável".</p>

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Vexilologia: 4 fatos megacuriosos sobre bandeiras!

A franquia de animação lançou cartas com personagens de Pokémon que podem centenas de milhares de dólares.

<p>Lançado pela editora japonesa Media Factory em 1996, o Pokémon Estampas Ilustradas se tornou, rapidamente, um dos mais queridos jogos de cartas colecionáveis. Pesava a seu favor o fato de ter sido totalmente imaginado a partir da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128019-pokemon-do-passado-a-historia-dos-cartoes-colecionaveis-da-china-antiga-ate-o-presente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">franquia japonesa <i>Pokémon</i></a><i>.&nbsp;</i>No Brasil, o jogo foi publicado pela primeira vez no ano 2000, sob a tutela da Devir Livraria, até ver a operação ser assumida, em 2011, pela Copag.</p><p>O Pokémon Estampas Ilustradas fez bilhões de dólares giraram pelo mundo, seja em compras diretas ou em leilões. Em 2014, o título atingiu a incrível marca de 23,6 bilhões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121178-afinal-quais-sao-as-verdadeiras-regras-do-uno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cartas vendidas ao redor do mundo</a>, número expressivo que levou a uma adaptação para os games online.</p><h2>6. Cartão de Prêmio da Chave Mestra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13153332195249.jpg" alt="(Fonte: PWCC / Dicebreaker / Reprodução)"><figcaption>Cartas foram criadas para finalistas de torneios oficiais, como a da Chave Mestra, de 2010. (Fonte: PWCC / Dicebreaker / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O Cartão de Prêmio da Chave Mestra foi um <i>card</i> promocional criado pela Media Factory para oferecer aos participantes de um torneio de Pokémon Estampas Ilustradas, como ela já fazia com outros modelos. Só por aí já dava para imaginar que elas se tornariam especiais, uma vez que apenas os jogadores selecionados conseguiriam uma dessas cartas.</p><p>Mas esta edição teve um fato adicional: apenas os finalistas do Campeonato Mundial Pokémon de 2010 tiveram acesso a ele. Ao todo, acredita-se que existam somente 36 cópias dessa carta holográfica, mesmo número de finalistas do torneio. Uma delas foi arrematada por US$ 66 mil em maio de 2023. Ela contava com um Gem Mint de 9,5, tornando-a super especial.</p><h2>5. No. 2 Trainer, Pokémon (2000) Japanese Super Secret Battle</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13153936972250.jpg" alt="(Fonte: Heritage Auctions / Dicebreaker / Reprodução)"><figcaption>Esta carta é única no mundo, com a foto do segundo colocado no campeonato de 2000. (Fonte: Heritage Auctions / Dicebreaker / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Alguém desembolsou incríveis US$ 137,5 mil para levar para casa a carta No. 2 Trainer, Pokémon (2000) Japanese Super Secret Battle, que continha a imagem de Toshiyuki Yamaguchi. Ela foi um dos três cartões Pokémon dados como prêmio aos jogadores que ficaram nos três primeiros lugares do torneio Secret Super Battle-Best in Japan, realizado em agosto de 2000.</p><p>A carta foi concedida ao segundo colocado da competição, que teve sua fotografia real impressa entre as ilustrações presentes nela. Como foi a única cópia já feita, seu valor parecia ser inestimável, até ser ela ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/feitos-absurdos/44463-os-10-itens-leiloados-mais-caros-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vendida em um leilão</a>.</p><h2>4. Kangaskhan – Holo Family Event Trophy</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13154416974251.jpg" alt="(Fonte: Heritage Auctions / Dicebreaker / Reprodução)"><figcaption>De todas as unidades feitas dessa carta, estimativas sugerem que apenas 12 sigam em perfeitas condições. (Fonte: Heritage Auctions / Dicebreaker / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Caso você seja proprietário de uma das doze unidades do cartão Kangaskhan – Holo Family Event Trophy, talvez tenha em mãos um pequeno tesouro. Mais de quarenta desses <i>cards</i> foram avaliados, mas a maioria foi considerada com condições inadequadas. Ela data do início do Pokémon Estampas Ilustradas, mais precisamente do torneio Parent/Child Mega Battle, realizado em 1998 no Japão.</p><p>As duplas eram formadas por pais e filhos, e as que alcançassem um determinado número de vitórias no campeonato recebiam esse <i>card</i> especial. Foi a única fez que a carta foi produzida, o que rendeu a ela o posto de raridade, além de um valor de US$ 175 mil, quando foi vendida em um leilão na Heritage.</p><h2>3. Pikachu Bronze No. 3 – Troféu de Treinador</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13154454863252.jpg" alt="(Fonte: Heritage Auctions / Dicebreaker / Reprodução)"><figcaption><i>Card</i> do primeiro torneio de Pokémon Estampas Ilustradas foi dado aos vice-campeões. (Fonte: Heritage Auctions / Dicebreaker / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Criado por Mitsuhiro Arita para os vice-campeões do primeiro torneio realizado para o Pokémon Estampas Ilustradas, o <i>card</i> Pikachu Bronze No. 3 - Troféu de Treinador se encaixa na qualidade de carta rara, com apenas quatro existentes no mundo.</p><p>A carta do torneio realizado no Japão em 1997 já estaria na história por suas poucas unidades, mas ganhou mais notoriedade após uma delas ir a leilão, em abril de 2023. Após mais de 50 lances, um sortudo garantiu seu <i>card</i> raro por US$ 300 mil.</p><h2>2. Set Base Shadowless de Pokémon – 1ª edição 1999 – Charizard Holográfico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13154543426253.jpg" alt="(Fonte: PWCC / Dicebreaker / Reprodução)"><figcaption>Erro de impressão na primeira tiragem tornou o <i>card</i> com problema super raro. (Fonte: PWCC / Dicebreaker / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>No segundo lugar entre as cartas mais valiosas de Pokémon Estampas Ilustradas, com um arremate no valor de US$ 420 mil, em março de 2022, está a Set Base Shadowless de Pokémon - 1ª edição 1999 - Charizard Holográfico.</p><p>Muitos cartões dos primeiros anos do jogo costumam ser valiosos quando estão em boas condições, já que são antigos e raros. Porém, este Charizard Holográfico ganha pontos a mais por um erro de impressão. O Pokémon estampado não tem sombra. Posteriormente, o erro foi corrigido, mas as poucas unidades que mantiveram esse detalhe renderam boladas, todas sempre acima dos US$ 300 mil.</p><h2>1. Pikachu Ilustrator – 1998</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13154719233256.jpg" alt="(Fonte: Guinness World Records / Dicebreaker / Reprodução)"><figcaption>Venda do card do Pikachu Ilustrator foi parar no Guinness em função do alto valor. (Fonte: Guinness World Records / Dicebreaker / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O topo de <i>cards</i> mais valiosos do Pokémon Estampas Ilustradas é da carta <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/69649-ele-existe-pikachu-e-um-coelho-magico-e-foi-fotografado-na-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pikachu</a> Ilustrator, uma espécie de Santo Graal da coleção, com apenas uma cópia conhecida classificada com nota 10, o que significa que está em perfeitas condições, como se fosse nova. O super fã que levou para casa essa unidade foi o<i>&nbsp;</i><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105220-youtuber-e-detonado-por-filmar-corpo-na-floresta-do-suicidio-japonesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>youtuber&nbsp;</i>Logan Paul</a>.</p><p>Ao todo, o influenciador desembolsou nada menos que US$ 5,3 milhões, formando seu lance com US$ 4 milhões mais uma unidade do mesmo Pikachu Ilustrador, porém com classificação de nota 9. O feito chamou tanta atenção que acabou no Guinness Book como o cartão colecionável de Pokémon mais caro já vendido em um leilão privado.</p>

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As 6 cartas de Pokémon mais caras do mundo

A infame Guerra do Vietnã gerou mistérios que continuam existindo muitas décadas depois do conflito.

<p>A Guerra do Vietnã está entre as mais controversas da história, e tem um lugar especial na memória dos americanos, que saíram como perdedores desse conflito ocorrido entre o Vietnã do Norte (<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120195-comunismo-e-socialismo-existe-diferenca-entre-as-duas-coisas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunista</a>) e o Vietnã do Sul (aliado aos Estados Unidos).&nbsp;</p><p>Extremamente impopular, a guerra motivou centenas de protestos até chegar ao fim. Havia uma desaprovação generalizada da parte da população e uma grande desilusão quanto a tudo que esta guerra representava. Até hoje, o conflito é lembrado por histórias negativas, que remetem a casos de pessoas desaparecidas e fatos que nunca foram bem explicados.</p><h2>1. A médica que desapareceu no Vietnã</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18150612053254.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Uma médica americana sumiu no Vietnã em 1962 e nunca mais foi encontrada. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Mais de 1000 americanos que participaram da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124361-5-detalhes-sobre-a-guerra-do-vietna-que-nao-te-ensinaram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra do Vietnã</a> seguem desaparecidos até hoje. Mas um dos casos mais estranhos envolve o sumiço da médica Eleanor Ardel Vietti, ocorrido em 1962.</p><p>Ela atuou no conflito atendendo a população Montagnard do Vietnã do Sul com a Aliança Cristã e Missionária. Mas, no dia 20 de maio de 1962, guerrilheiros apareceram na aldeia em que ela estava, e ordenaram que Vietti fosse com eles. Dois voluntários – Archie Mitchell e Dan Gerber – também foram junto.</p><p>Os três foram levados e nunca mais foram encontrados, e tudo o que envolve o sumiço do grupo segue envolto de mistério. Não houve pedido de resgate, e os líderes da Aliança Cristã e Missionária acreditaram na época que o ataque teria sido direcionado para o roubo de suprimentos médicos.</p><p>Em 1962, um artigo publicado no Des Moines Tribune do final de 1962 mencionava um guerrilheiro capturado que fazia referência direta a Vietti. Supostamente, ela estaria a salvo, ao lado de Mitchell e Gerber, atendendo soldados vietcongues feridos. Houve depois um novo artigo em 1965 com novos depoimentos de prisioneiros vietcongues que citavam algo semelhante. Contudo, os três nunca mais foram reencontrados.</p><h2>2. Os apartamentos assombrados em Saigon</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18150827604256.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Um prédio construído para abrigar soldados americanos em Saigon estaria repleto de assombrações. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Durante a guerra, os Estados Unidos precisavam de um local para colocar os seus soldados. Por conta disso, os militares construíram um edifício de apartamentos em 1960. A encomenda foi feita a um milionário, que levantou uma torre de 13 andares.</p><p>Só que, quando o 13º andar foi concluído, coisas estranhas começaram a atormentar a equipe que estava trabalhando na construção. Um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119189-ministro-da-russia-quer-clonar-guerreiros-mortos-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">xamã</a> foi chamado para "limpar" o prédio, mas, aparentemente, os eventos assombrados continuaram ocorrendo. Moradores relatavam ouvir vozes pelos corredores e barulhos que lembravam um desfile militar.</p><p>O mais apavorante foram os testemunhos de pessoas que diziam ouvir gritos, além de enxergar espíritos nos corredores. Houve até quem disse ter visto um soldado americano de mãos dadas com uma namorada vietnamita.</p><h2>3. O último prisioneiro de guerra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18152117223270.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Um piloto americano foi capturado e abatido, mas seu corpo nunca foi encontrado. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Outra história intrigante é a de Charles Shelton, um piloto americano encarregado de voar em missões secretas de reconhecimento durante a guerra, atuando especificamente sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127729-nova-especie-de-lagarto-dragao-tem-habilidade-de-camuflagem-impressionante.htm#:~:text=Medindo%20entre%2010%20cm%20e,avermelhadas%20e%20azuladas%20em%20outras." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Laos</a>. Em 26 de abril de 1965, ele foi enviado a uma missão e seu avião foi abatido e caputrado seis dias depois.</p><p>Nos Estados Unidos, sua família recebeu um pacote cheio de objetos pessoais que estariam com ele no avião. Isso levou a presumir que Shelton teria se tornado um prisioneiro de guerra, e seria liberto junto de outros presos.</p><p>Acontece que a guerra acabou e ele não constava em nenhuma lista – nem na dos mortos, nem na dos presos. Mas sua família se recusou a aceitar o seu desaparecimento e, depois de anos, obtiveram documentos que relatavam que ele foi avistado até o ano de 1985, muito tempo depois da queda do avião.</p><h2>4. A morte de Robert Daniel Corriveau</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18152025796268.jpg" alt="(Fonte: Unindentified Wiki / Reprodução)"><figcaption>Robert Daniel Corriveau permaneceu desaparecido por anos e foi alvo da desonra militar. (Fonte: Unidentified Wiki / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Outro mistério envolvendo a Guerra do Vietnã diz respeito ao destino do cabo da Marinha Robert Daniel Corriveau, que foi ferido três vezes durante o conflito. Em 1968, ele voltou aos Estados Unidos para receber <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124189-8-formas-praticas-e-peculiares-para-cuidar-da-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tratamento psiquiátrico</a> no Hospital Naval da Filadélfia. Possivelmente, ele lidava com <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/99250-sindrome-do-estresse-pos-traumatico-por-que-acontece-e-como-superar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estresse pós-traumático</a>.</p><p>Mas em 18 de novembro deste mesmo ano, Corriveau desapareceu do hospital e foi apontado pelos militares como um desertor. Trata-se de um indicativo absoluto de desonra, que o perseguiu por séculos.</p><p>Apenas em 2012 o mistério sobre o seu sumiço foi desvendado. Poucas horas depois do desaparecimento no hospital, um corpo foi encontrado na Filadélfia com uma única facada no coração. Testes de DNA finalmente revelaram que se tratava de Corriveau, que finalmente recebeu as honras militares.</p>

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4 mistérios envolvendo a Guerra do Vietnã

Série da HBO foi marco na televisão ao retratar com fantasia a era medieval, mas escorregou em certos aspectos representados.

<p>Tem quem ame e quem deteste, mas é difícil ficar indiferente com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121992-5-eventos-historicos-que-inspiraram-game-of-thrones.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>Game of Thrones</i></a>, a série da HBO que, por oito temporadas, arrebatou prêmios e solidificou carreiras de muitos atores. E ainda que os fãs mais fervorosos possam não se importar, a verdade é que o programa, como é comum em Hollywood, pisou na bola na representação de alguns fatos sobre a era medieval.</p><p>Por mais boa vontade e pesquisa que pudesse haver na produção do seriado, além de orçamento entre US$ 6 milhões e US$ 15 milhões por episódio, um dos maiores da história da TV, <i>Game of Thrones</i> seguiu a premissa de recriar um período da história com liberdade criativa. O que, na prática, significou fugir à realidade em certas ocasiões.</p><h2>1. Não se lutava quando estava muito escuro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26105154358094.jpg" alt="Na escuridão, seria improvável identificar se a pessoa adiante era um aliado ou inimigo. (Fonte: HBO / TIME / Reprodução)"><figcaption>Na escuridão, seria improvável identificar se a pessoa adiante era um aliado ou inimigo. (Fonte: HBO / TIME / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Líder dos Caminhantes Brancos, o Rei da Noite protagonizou uma grande batalha em <i>Game of Thrones</i> que foi marcante, mas também equivocada do ponto de vista histórico, como aponta o especialista em guerra medieval Kelly DeVries, em entrevista ao Los Angeles Times.</p><p>Na série, a disputa começou durante a madrugada, quando tudo estava completamente escuro. A escolha deu ares mais tensos, mas é importante frisar que ninguém na Idade Média lutava com tamanho breu.</p><p>A justificativa é simples: seria impossível enxergar qualquer marca de identificação nessa condição. Como soldados não tinham emblemas nas suas armaduras que distinguissem suficientemente quem era de um exército e quem era de outro, eles corriam o risco de matar colegas – ou serem mortos por eles.</p><h2>2. Soldados não abandonariam os muros de um castelo para lutar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26105008632093.jpg" alt="As muralhas era fundamentais à proteção do reino, súditos e soldados. (Fonte: HBO / Spot.ph / Reprodução)"><figcaption>As muralhas eram fundamentais à proteção do reino, súditos e soldados. (Fonte: HBO / Spot.ph / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Outro aspecto errado que <i>Game of Thrones</i> mostrou sobre guerras na Idade Média diz respeito a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128835-como-as-tropas-da-idade-media-sitiavam-um-castelo-na-vida-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lutar fora dos muros de um castelo</a>. De acordo com DeVries, as estruturas de pedras eram um importante mecanismo de proteção. Esse tipo de fortificação medieval, além de caras, existiam para defender um reino, então seria muito improvável que um exército abandonasse, voluntariamente, aquele espaço para lutar.</p><p>Uma decisão como essa colocaria em risco milhares de homens, principalmente por levá-los para batalhar contra um inimigo em situações que fossem complicadas, como a baixa iluminação. É certo, como aponta o especialista, que o espaço de guerra seria menor, já que ficaria lotado entre soldados e pessoas comuns, mas DeVries afirma que ninguém se importaria com isso naquele momento.</p><h2>3. Ninguém iria para uma batalha sem capacete</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26104507184091.jpg" alt="Por mais precários que fossem, capacetes eram item indispensável de proteção medieval. (Fonte: HBO / G1 / Reprodução)"><figcaption>Por mais precários que fossem, capacetes eram itens indispensáveis de proteção medieval. (Fonte: HBO / G1 / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>As cenas em que alguns personagens lutam ferozmente com seus rostos livres para o espectador é outro erro sobre guerras medievais que <i>Game of Thrones</i> apresentou. Especialistas são categóricos ao dizer que nenhum soldado em sã consciência iria para o embate sem um capacete.</p><p>Por mais precário que o elemento possa parecer nos dias atuais, era um item de proteção indispensável, tanto contra espadas, como contra flechas. Ele poderia não ser impenetrável, mas tinha utilidade.</p><h2>4. A Europa medieval não era tão branca</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26104841874092.png" alt="Havia mais diversidade racial na Europa medieval do que a série demonstra. (Fonte: HBO / CNN Brasil / Reprodução)"><figcaption>Havia mais diversidade racial na Europa medieval do que a série demonstra. (Fonte: HBO / CNN Brasil / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Esse é um equívoco bastante comum em representações sobre a época medieval, não apenas de <i>Game of Thrones</i>. Ao contrário do que possa parecer, a Europa da Idade Média era bastante diversificada racialmente, mesmo que a escravatura motivada pela cor da pele ainda não fosse uma realidade até então.</p><p><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123385-por-que-o-racismo-nao-e-considerado-uma-doenca-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Porém, havia, sim, racismo à época</a>, o suficiente para desumanizar indivíduos e justificar a escravização que seguiria. Existem estudos que demonstraram como essa falsa ideia de uma Europa branca alimentou o imaginário racista que desembocou nos movimentos supremacistas do século XX e XXI.</p><h2>5. Não se portavam como animais à mesa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/26/26105305793097.jpg" alt="Na Europa medieval, existiam talheres e modos de se comportar à mesa. (Fonte: HBO / Wiki of Westeros / Reprodução)"><figcaption>Na Europa medieval, existiam talheres e modos de se comportar à mesa. (Fonte: HBO / Wiki of Westeros / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Também é um mito acreditar que as pessoas da Idade Média se comportavam de modo torpe e sem modos à mesa, tampouco se alimentavam de qualquer coisa. Certas questões sanitárias não eram desenvolvidas à época, como vasos sanitários, por exemplo, mas já havia talheres e etiqueta para se portar durante uma refeição, que resultaram em um gênero literário conhecido como "livros de cortesia".</p><p>Estes livros ensinavam como beber, mastigar e se portar durante refeições. Os garfos só foram se popularizar a partir do século XVII, mas colheres e facas eram bastante comuns nas mais variadas sociedades medievais. Outro detalhe: em algumas regiões, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127905-conheca-o-livro-de-receitas-inspirado-na-serie-game-of-thrones.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">era comum a presença de profissionais especializados no preparo de molhos e de cardápios realmente sofisticados</a>.</p>

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5 coisas sobre a era medieval que Game of Thrones ensinou errado

Estudo revela os idiomas mais desejados pelos estudantes ao redor do mundo.

<p>Uma pesquisa recente realizada pelo site de idiomas <i>Wordtips</i>, utilizando dados de mais de 280 mil perfis da plataforma <i>Conversation Exchange</i>, revelou quais línguas são mais desejadas pelos estudantes ao redor do mundo.</p><p>A pesquisa analisou os perfis de usuários em capitais globais, fornecendo uma visão única sobre as preferências de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127883-e-possivel-aprender-mais-de-um-idioma-ao-mesmo-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aprendizado de línguas</a> em diferentes regiões. Os resultados mostram tendências fascinantes e permitem que você compare suas próprias preferências com as de outras pessoas em sua cidade ou país.</p><h2>Idiomas mais procurados no mundo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24160249827195.jpg" alt="Mapa com a língua que cada capital quer aprender. (Fonte: Word Tips/Reprodução)"><figcaption>Mapa com a língua que cada capital quer aprender. (Fonte: Wordtips/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O inglês é a língua mais global do mundo, sendo o idioma mais aprendido em 52 capitais, incluindo Brasília, Lima, Bogotá, Cidade do México, Lisboa, Cairo e Tóquio, devido à sua importância como língua franca no comércio internacional, tecnologia, ciência e turismo. Mesmo em países de língua inglesa, como Estados Unidos e Reino Unido, o inglês continua a ser popular entre estudantes que buscam aprimoramento e fluência, visando oportunidades profissionais e acadêmicas.</p><p>O espanhol é o segundo idioma mais popular para aprender, escolhido em 10 capitais globais, como Washington DC, Londres e Dublin, devido à sua posição como segunda <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127963-quais-sao-as-10-linguas-mais-faladas-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">língua mais falada</a> mundialmente e sua utilidade prática. Nas cidades do norte da Europa, como Amsterdã, Oslo, Estocolmo e Copenhague, o espanhol é valorizado como uma conexão com a cultura latino-americana e uma vantagem no mercado de trabalho.</p><p>O francês é o terceiro idioma mais popular, especialmente em cidades como Ottawa, Canadá, devido a laços culturais e sua oficialidade no país, além de ser útil na Europa e África para comunicação e oportunidades profissionais. Já o japonês, em quarto lugar, se destaca em lugares como Canberra, na Austrália, e Singapura, impulsionado pela influência da cultura japonesa, como anime e J-Pop, e pela importância econômica do Japão para negócios na Ásia.</p><h2>Tendências geracionais no aprendizado de idiomas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24160729133202.jpg" alt="As línguas mais procuradas por cada geração. (Fonte: Word Tips/Reprodução)"><figcaption>As línguas mais procuradas por cada geração. (Fonte: Wordtips/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em outra abordagem, utilizando dados da plataforma de aprendizado <i>Duolingo</i>, foi revelado um panorama interessante sobre as preferências linguísticas por diferentes gerações nos Estados Unidos. O estudo destacou que o espanhol e o francês são as línguas mais populares entre todas as gerações.</p><p>Notavelmente, os Boomers e a Geração X mostram uma inclinação maior pelo italiano, enquanto a Geração Z e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106572-o-que-e-a-geracao-millennial-e-porque-essas-distincoes-existem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Geração Y</a> estão mais interessadas em aprender coreano e japonês, influenciadas pela cultura pop como K-Pop e anime.</p><p>Essas preferências refletem não apenas mudanças nas necessidades e interesses ao longo do tempo, mas também a busca por conexões com tendências globais e novas oportunidades profissionais entre os mais jovens. Enquanto as gerações mais antigas podem ser motivadas por tradições culturais, os jovens estão mais voltados para o dinamismo cultural contemporâneo e as perspectivas econômicas emergentes.</p>

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Quais línguas são as mais procuradas por estudantes nas capitais do mundo todo?

A voz das ruas foi muitas vezes capaz de realizar mudanças no país.

<p>Nas últimas semanas, a articulação do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/ha-mais-de-80-anos-o-brasil-descriminalizava-o-aborto-em-caso-de-estupro" rel="noopener noreferrer" target="_blank">projeto que visa criminalizar mulheres que realizarem aborto</a> após as 22 semanas de gestação gerou uma repercussão tão negativa nas redes sociais e nas ruas do país que os parlamentares envolvidos nesta proposta voltaram atrás. O deputado Sóstenes Cavalcante, autor do projeto, admitiu que a análise do plenário pode ser deixada para o fim do ano.</p><p>Essa não é a primeira vez que uma manifestação popular realizada pelos brasileiros motivou mudanças na história do país, provando que a pressão coletiva é capaz de alterar a política.</p><h2>1. Passeata dos Cem Mil</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19183848494340.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Em 1968, artistas e intelectuais se uniram para pedir o fim da ditadura. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 1968, foi organizada uma gigantesca manifestação popular de protesto contra a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118211-ditadura-militar-como-e-por-que-aconteceu-o-golpe-de-1964.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ditadura militar</a>, com a participação de artistas, intelectuais e membros da Igreja Católica. Embora a passeata tenha envolvido um clima festivo, o protesto se dava contra os abusos do regime, como as agressões, as prisões e o desaparecimento de estudantes e militantes políticos.</p><p>O evento aconteceu em 26 de junho de 1968, no Rio de Janeiro, e rapidamente juntou mais de cem mil pessoas. Ao passar em frente à igreja da Candelária, a marcha parou para ouvir o discurso inflamado do líder estudantil Vladimir Palmeira, que mencionou a morte do estudante Edson Luís e cobrou pelo fim da ditadura militar. A manifestação se encerrou três horas depois em frente à Assembleia Legislativa, sem conflitos com o aparato policial que a acompanhava.</p><h2>2. Comícios das Diretas Já</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19183307099335.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Em 1984, os brasileiros ocuparam as ruas para pedir para votar para presidente. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 1984, aproximava-se o fim da ditadura militar que tomou o Brasil por quase quarenta anos. Entre janeiro e abril deste ano, grandes comícios começaram a ocorrer em vários locais do país pedindo por eleições diretas para presidente – o que não ocorria desde 1964.</p><p>Os principais comícios das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/ebrahim-raisi-e-outros-6-politicos-que-morreram-em-acidentes-aereos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Diretas Já</a> aconteceram na Candelária, no Rio de Janeiro (com cerca de 1 milhão de pessoas) e no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, (com público estimado de 1,5 milhão de pessoas). A campanha havia sido iniciada em 1983, com a Proposta de Emenda Constitucional número 5, escrita pelo deputado federal Dante de Oliveira. Os protestos uniram políticos de campos opostos, tendo como grande nome de liderança o deputado <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/45272-relembre-outras-tragedias-aereas-que-marcaram-a-politica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ulysses Guimarães.</a></p><h2>3. Protesto dos Caras Pintadas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19183412433336.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Em 1992, grupos de estudantes foram às ruas para pedir o <i>impeachment</i> de Fernando Collor. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 1989, houve finalmente o pleito pela presidência da República, e o alagoano Fernando Collor foi eleito. Contudo, poucos anos depois, em 1992, vários escândalos passaram a cercá-lo a partir das denúncias de corrupção feitas por seu irmão mais novo, Pedro Collor.</p><p>O governo já andava muito impopular por conta de medidas econômicas desastrosas. Por conta das denúncias, o povo começou a realizar passeatas para exigir o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114265-o-que-e-o-impeachment-e-o-que-acontece-se-o-presidente-cair.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>impeachment</i></a> de Collor. Os jovens, em especial, começaram a pintar o rosto nesses eventos, fazendo com que o movimento fosse chamado de Caras Pintadas.</p><h2>4. Jornadas de junho de 2013</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19183558069339.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Em 2013, uma série de protestos agrupou reivindicações por vezes contraditórias. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 2013, o clima político do Brasil também começou a se acirrar, o que ocasionou o levante de quatro grandes protestos em São Paulo durante o mês de junho. O motivo, inicialmente, era protestar contra o aumento das passagens, que seria de 20 centavos.</p><p>A cada manifestação, o número de participantes subia, e houve vários relatos de pessoas presas e agredidas pela polícia. Os protestos foram se espalhando por várias cidades do país e reunindo reivindicações difusas e até contraditórias entre si.</p><p>Até hoje se estuda este fenômeno e quais foram as consequências desses atos. Mas sabe-se que um deles foi a instalação de uma crise política articulada por parlamentares que acabou levando (para muitos, de forma injusta) ao <i>impeachment</i> da presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/memes-e-virais/88093-10-memes-da-carta-de-michel-temer-a-presidente-dilma-rousseff.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dilma Rousseff</a>.</p>

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4 manifestações populares que mudaram o rumo do Brasil

O intuito de Mohammed bin Rashid Al Maktoum era construir um arquipélago no formato do mapa-múndi.

<p>Em fevereiro de 2023, o governo de Riad, capital da Arábia Saudita, anunciou seu plano de construir uma cidade completa dentro de outra em um formato de cubo. Chamada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124640-mukaab-governo-saudita-vai-construir-uma-cidade-em-um-cubo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mukaab</a>, a estrutura será o suficiente para abrigar cerca de 350 mil pessoas sob uma infraestrutura extremamente tecnológica. Com isso, o empreendimento vai entrar para a lista dos <strong>projetos arquitetônicos mais megalomaníacos do Oriente Médio.</strong></p><p>Lendo esse tipo de notícia, é normal que as pessoas se perguntem: por que os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita são países que investem em projetos ambiciosos de luxo que ganham manchetes pelo mundo todo? A maioria se equivoca ao acreditar que se trata apenas de ostentação – apesar de ter um pouco, sim –, mas, na verdade, são alternativas que os Estados do Golfo encontraram de diversificar sua riqueza, uma vez que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124795-os-problemas-destrutivos-e-mortais-da-perfuracao-por-petroleo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">petróleo</a> se tornou um produto cada vez mais difícil de colher devido às questões naturais.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24154200090175.jpg" alt="(Fonte Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Burj Khalifa, o maior prédio do mundo possui 826 metros de altura e fica em Dubai. (Fonte Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Portanto, esses países facilitam zonas francas, os benefícios fiscais e as iniciativas de vistos dourados/residência para pessoas e empresas se mudarem para lá, como uma forma de diversificação da economia para investimento estrangeiro direto que vão os colocar na frente global. Com os megaprojetos, a estratégia dos Emirados Árabes Unidos (EAU), por exemplo, é aumentar a contribuição do turismo no PIB para quase US$ 300 milhões até 2031.</p><p>Mas os projetos megalomaníacos dos EAU nem sempre acertam, um exemplo disso é que <strong>Dubai gastou R$ 63 bilhões em ilhas artificiais luxuosas que se tornaram "o projeto mais inútil do mundo".</strong></p><h2>A ambição de Al Maktoum</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24154237290177.jpg" alt="Mohamed bin Rashid Al Maktoum. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>À direita, o xeque Mohammed bin Rashid Al Maktoum. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em meados de 2003, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos, teve a ideia de desenvolver um arquipélago composto por quase 300 ilhas artificiais que recriariam a forma dos continentes do mapa-múndi. Dessa forma, permitiria que os compradores escolhessem uma ilha em forma de país ou região e, em seguida, construíssem suas propriedades de alto padrão.</p><p>Al Maktoum contratou a Creative Kingdom Dubai, líder em design arquitetônico, para desenvolver o projeto nomeado "O Mundo", cujo investimento inicial foi de US$ 12 bilhões, aproximadamente US$ 63 bilhões. Foram usados 321 milhões de metros cúbicos de areia e 386 milhões de toneladas de rocha para a confecção do arquipélago, que possui cerca de 8 quilômetros de área, com cada ilha a 100 metros de distância entre si. Aproximadamente 232 quilômetros de costa artificial foi criada.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24154310210178.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Arquipélago artificial foi considerado o "projeto mais inútil do mundo" pelo portal <i>Top Luxury</i>. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A dragagem começou quatro meses depois que o xeque anunciou o empreendimento que esperava que o setor imobiliário fosse substituir, naquela época, a dependência econômica dos EAU do petróleo. Em janeiro de 2008, 60% das ilhas já haviam sido vendidas, 20 das quais foram compradas nos primeiros quatro meses de 2007.</p><p>Então veio a crise financeira de 2007-2008, em que os títulos lastreados em hipotecas vinculadas ao setor imobiliário americano, bem como uma vasta rede de derivativos, desabaram no mercado global. Apesar da rapidez que "O Mundo" foi desenvolvido, quando a recessão aconteceu, a última pedra havia acabado de ser colocada no quebra-mar do arquipélago, porém nenhuma ilha havia sido construída.</p><h2>Futuro incerto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24154336794179.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O arquipélago "O Mundo" já foi tomado por sinais de erosão. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O portal <i>Top Luxury</i> foi categórico em declarar "O Mundo" como o megaprojeto mais inútil do planeta. Afinal, 21 anos após o início das obras, apenas algumas ilhas foram completamente construídas, e o arquipélago parece apenas pontos desertos e abandonados, muito diferente da intenção inicial.</p><p>"Nenhum dos planos traçados foi realizado ainda", descreveu o portal.</p><p>A Nakheel Properties, atual responsável pelo projeto, alegou que os planos permanecem em vigor, embora o progresso seja praticamente inexistente e as ilhas estejam entrando em colapso, visto que algumas já apresentam sinais de grave erosão. A empresa também admitiu que o projeto causou sérios danos aos ecossistemas marinhos, assim como a organização Greenpeace declarou que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127935-o-planeta-ja-perdeu-metade-dos-seus-recifes-de-coral-desde-1950.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recifes de coral</a> locais foram seriamente afetados. Em defesa, a Nakheel disse que contratou biólogos marinhos para tentar mitigar os impactos e restaurar os recifes danificados.</p><p>Outros empreendimentos em Dubai continuam a atrair investimentos e turistas. Apesar de o futuro de "O Mundo" permanecer incerto, Dubai não recua – e faz sentido.</p><p>“Se há uma coisa que caracteriza Dubai é correr riscos”, disse o escritor Alastair Bonnet, em seu artigo ao <i>City Monitor</i>.</p>

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Ilhas artificiais em Dubai resultaram em um fracasso de R$ 63 bilhões

Se uma pessoa tem parentes ou familiares de outra nacionalidade, além daquela em que nasceu, é mais fácil aprender o idioma?

<p>Se uma pessoa tem parentes ou familiares de outra nacionalidade, além daquela em que nasceu, é mais fácil aprender o idioma? A resposta mais direta é não, mas existem muitos fatores envolvidos nisso!</p><p>Nossos cérebros são, em sua maioria, folhas em branco. Seu DNA, etnia e herança familiar não tornam o idioma de sua família mais fácil de aprender. No caso da linguagem, significa que nossos cérebros foram construídos para aprender uma linguagem, mas qual é ela depende totalmente do nosso ambiente. Se um bebê ouvir muito coreano, ele começará a aprender coreano, e se ouvir muito norueguês, começará a aprender norueguês.</p><p>No entanto, se formos mais a fundo, sendo mais específicos e categóricos, na verdade, aprendemos traços de idioma antes de nascermos. Não por causa do nosso DNA, mas porque alguns sons chegam do mundo exterior ao bebê durante a gravidez. Você provavelmente já viu pessoas colocando músicas perto da barriga da mãe para acalmar o bebê, ou pais que conversam com eles ainda na barriga. E realmente faz sentido!</p><p>Isso começa a acontecer no final do terceiro trimestre da gravidez e inclui tipos de sons mais “gerais”, como ritmos e vozes diferentes, mas não detalhes como vogais, consoantes ou palavras específicas. Como as línguas podem ter ritmos muito diferentes, os bebês recém-nascidos conseguem distinguir os idiomas com o ritmo que ouviram durante o final da gravidez das línguas com um ritmo realmente diferente.</p><p>É claro que muita coisa pode acontecer depois que um bebê nasce – eles podem ouvir múltiplas línguas, passar de um ambiente linguístico para outro, atingir a idade adulta e aprender uma segunda língua, ou mesmo esquecer a primeira língua que conheciam. Portanto, se você ouviu uma língua pouco antes de nascer ou quando era bebê, seu cérebro aprendeu parte dela – o que pode facilitar a reaprendizagem – mas não é por causa da genética.</p><p>Além disso, a motivação também é muito importante. Aprender um idioma com um alto nível de proficiência leva tempo – não importa a pessoa ou o idioma. Como você precisará persistir, a motivação é muito importante, e estudar um idioma no qual investe pessoalmente pode realmente ajudá-lo a se manter estimulado. Se está aprendendo um idioma para se comunicar com parentes ou porque ele o conecta à história de sua família, seu senso de propósito pode ajudá-lo a superar os inevitáveis desafios.</p><p>Outra coisa importante é a aprendizagem implícita: se está aprendendo um idioma usado por seus parentes ou em sua comunidade, talvez saiba mais sobre o idioma do que imagina. Nós aprendemos muito idiomas de forma implícita, sem nem mesmo tentar ou estudá-los com intenção clara, então se o idioma que deseja aprender é um que já conhece, já deve conhecer algum vocabulário e frases (como saudações ou ditados comuns). Seu cérebro também pode ter aprendido muito sobre os sons da língua, mesmo que não se lembre conscientemente dela em si!</p><p>Esta situação é muito comum para alguns tipos de bilíngues, como os bilíngues receptivos, que entendem parte da língua de sua família, mas não se sentem confortáveis em falá-la. Outra possível vantagem de estudar a língua familiar são mais oportunidades de praticá-la. Dependendo do idioma, pode ser difícil encontrar parceiros de conversa. Se você tem familiares que falam o idioma que está aprendendo, eles podem te ajudar a praticar! Compreender a linguagem natural e coloquial pode ser realmente desafiador, então seja paciente consigo mesmo (e com seu parente).</p><p>Existem muitos motivos para estudar um idioma, e família e cultura são escolhas muito comuns. Sua jornada de aprendizado terá muitos estágios e assumirá muitas formas, portanto, encontrar um motivo pessoal para persistir é uma ótima maneira de atingir seus objetivos linguísticos. No Duolingo, você também pode aperfeiçoar e treinar diversos idiomas - seja o da sua família, ou algum outro que se interessar! Que tal começar?</p>

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É mais fácil aprender o idioma da nacionalidade da sua família?

Gold está entre as séries mais premiadas de Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro que registrou a exploração das camadas mais miseráveis.

<p>Em 1986, o fotógrafo brasileiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111236-sebastiao-salgado-e-esposa-restauram-600-hectares-de-mata-atlantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sebastião Salgado</a> fez uma série que se tornaria uma de suas principais produções e uma das obras do fotojornalismo mais premiadas de todos os tempos. <i>Gold - Mina de Ouro Serra Pelada</i> reúne 56 fotografias tiradas pelo mineiro e levou ao mundo o registro de um formigueiro humano que se acumulava na Amazônia brasileira.</p><p>O trabalho se tornou tão célebre que uma das fotos da série foi elencada em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/5-fotos-iconicas-que-mudaram-o-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma lista do <i>The New York Times</i></a><i>&nbsp;</i>com as 25 fotografias que tiveram o poder de mudar o curso da história. As imagens em preto e branco carregaram para vários lugares a visão de um lugar em que milhares de homens arriscavam as suas vidas em busca do sonho de se tornarem ricos, caso encontrassem ouro.</p><h2>A história da série da Serra Pelada</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/16/16121613886002.jpeg" alt="(Fonte: Sebastião Salgado / Reprodução)"><figcaption>Nas imagens de <i>Gold</i>, milhares de pessoa se amontoam e dão a sensação de formigueiro humano. (Fonte: Sebastião Salgado / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na época, Sebastião Salgado tocava um projeto ambicioso chamado <i>Workers</i>, que consistia em fotografar 42 histórias diferentes sobre o trabalho manual em diversos ângulos. Dentre eles, entrava o registro da maior mina a céu aberto no mundo, localizada no Pará.</p><p>Salgado foi até lá e passou 33 dias no local com a sua câmera, optando por fotografar com filme preto e branco, o que trouxe um ar mais dramático às cenas registradas. Em palavras veiculadas em uma das exposições da série, o fotógrafo mineiro pontuou uma síntese do que viu: “o que dizer desse metal amarelo e opaco que leva homens a abandonar seus lares, vender seus pertences e cruzar um continente a fim de arriscar suas vidas, seus corpos e sua sanidade por causa de um sonho?”.</p><p>As imagens logo chegaram até a Europa e carregaram para o mundo uma visão sobre uma tragédia humana: a de que o emprego manual, que definia o conceito de <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/43169-sera-que-karl-marx-odiava-mesmo-o-capitalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">proletariado</a> (ou seja, a capacidade de vender o seu trabalho) estava prestes a ser substituído pela mecanização e pela informatização.&nbsp;</p><p>Os 50 mil homens que estavam no local logo seriam substituídos por técnicas de mineração mecânica. "Olhando agora para trás, poderíamos ter prestado mais atenção quando vimos as incertezas sociopolíticas emergentes daquilo que chamávamos levianamente de 'comunidades pós-industriais'", afirma Neil Burgess, um famoso agente que atuou na venda da série de Salgado para galerias internacionais.</p><h2>A importância do trabalho de Sebastião Salgado</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/16/16121828626003.jpeg" alt="(Fonte: Sebastião Salgado / Reprodução)"><figcaption>A obra de Sebastião Salgado levou ao mundo cenas da exploração de trabalhadores miseráveis. (Fonte: Sebastião Salgado / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A obra de Sebastião Salgado não foi a única de destaque de sua carreira, mas ajudou a mostrar a todos os cantos do mundo a potência do trabalho deste fotógrafo brasileiro, que é constantemente equiparado a nomes como Edward Weston, George Brassaï e Robert Capa. Entre outros temas, ele já registrou as consequências do declínio do trabalho manual e industrial, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128565-antigas-cidades-de-2-500-anos-sao-encontradas-na-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazônia</a> e as grandes migrações em massa.</p><p>Com <i>Gold</i>, ele não se tornou o primeiro fotógrafo a registrar o garimpo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/98777-estas-15-fotos-epicas-contam-um-pouco-da-historia-do-brasil-e-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Serra Pelada</a> (o pioneirismo foi do fotojornalista português naturalizado brasileiro Juca Martins), mas deu a cara definitiva para esse fenômeno, explicitando a situação miserável daquelas pessoas e esclarecendo como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112625-monopoly-e-o-lado-sombrio-do-capitalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">capitalismo</a> explora vorazmente a força de trabalho do proletariado.</p><p>Nem sempre seu olhar foi avesso a críticas. Alguns pensadores, como Susan Sontag, o acusaram de estetizar a pobreza, ou seja, de retratar cenas terríveis de uma forma que é até agradável aos olhos. Mas há outras análises que já apontaram detalhes nem sempre visíveis a todo mundo, como o fato que o fotógrafo se coloca em um ângulo abaixo dos trabalhadores quando os documenta, empoderando-os.</p><p>Independente das opiniões divergentes, o fato é que <i>Gold</i> se configurou como um grande clássico do fotojornalismo e guarda o posto de obra determinante ao olhar que o mundo todo tem dos trabalhadores nas regiões mais pobres do planeta.</p>

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Conheça a história de "Gold", as fotos de Sebastião Salgado sobre Serra Pelada

Alguns registros fotográficos têm o poder de mudar a forma como vemos as coisas.

<p>Se você acha que uma fotografia é só uma imagem, pense de novo. Há fotos icônicas que acabaram se tornando símbolos das mudanças que se prenunciavam na sociedade, alterando a forma pelas quais enxergamos o mundo. São registros feitos por profissionais sensíveis que, com seu talento, trouxeram permanência a eventos marcantes da era moderna.</p><h2>1. "Department Store, Mobile, Alabama", de Gordon Sparks (1956)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/11/11140007251162.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>“Department Store, Mobile, Alabama”, de Gordon Sparks. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Esta foto, feita por Gordon Parks, está entre as mais importantes da história. Em 1956, o fotojornalista, que era negro, foi enviado para documentar os efeitos das leis de segregação das Leis <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107183-5-referencias-ao-racismo-no-clipe-this-is-america-de-childish-gambino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jim Crow</a> no sul dos Estados Unidos. Ao chegar em Mobile, no Alabama, ele registrou cenas do cotidiano de uma família que expressavam bem essa discriminação.</p><p>Nas fotos, ele capturava intencionalmente os cartazes em que se lia frases como “Somente brancos” ou “Para pessoas de cor”. A foto “Department Store, Mobile, Alabama” (1956) só foi divulgada em 2012, e tornou-se um ícone tardio daquela época. Ela mostra Joanne Thornton Wilson, então com 27 anos, com sua sobrinha, Shirley Anne Kirksey. Ambas estão paradas sob uma placa de neon cujo texto pode ser traduzido livremente como "Entrada para pessoas de cor". Ainda assim, a moça carrega um certo ar desafiador. Em 2013, Joanne deu uma entrevista sobre a foto e disse: “Vestir-se bem me fez sentir de primeira classe”.</p><h2>2. "Guerrillero Heroico (Che Guevara)", de Alberto Korda (1960)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/11/11135842456161.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>"Guerrillero Heroico (Che Guevara)", de Alberto Korda. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Poucas fotografias são mais icônicas do que esta, feita por Alberto Korda, o fotógrafo favorito de Fidel Castro. Ele capturou o retrato definitivo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/fotografia/97994-conheca-a-historia-por-tras-de-uma-das-imagens-mais-iconicas-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Che Guevara</a> aos 31 anos durante um funeral em Havana em 1960, enquanto Fidel fazia um discurso. Sua expressão é repleta de sentidos: ele parece carregar uma raiva contida, ao mesmo tempo em que guarda ares de visionário ao mirar o horizonte.</p><p>Cinco anos mais tarde, Che Guevara se demitiria do gabinete de Fidel Castro para se juntar a causas revolucionárias no Congo e na Bolívia, onde liderou guerrilhas. Contudo, esta foto de Alberto Korda só foi amplamente conhecida depois que Guevara foi morto soldados bolivianos em 1967. Ela passou então a figurar em milhares de camisetas e cartazes.</p><h2>3. "The Self-Immolation of the Buddhist Monk Thích Quang Ðuc in Saigon", de Malcolm Browne (1963)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/11/11135552682160.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>"The Self-Immolation of the Buddhist Monk Thích Quang Ðuc in Saigon", de Malcolm Browne. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Esta imagem foi feita pelo repórter fotográfico Malcolm Browne, que estava entre os únicos fotojornalistas em Saigon quando o monge Thích Quang Ðuc ateou fogo a si mesmo em 1963. Ele executava naquele momento um ato de protesto contra a perseguição do governo sul-vietnamita à população budista.&nbsp;</p><p>Como se pode ver na foto, no momento de sua morte, ele estava cercado de monges. A foto foi enviada para os escritórios da Associated Press e ganhou o mundo. Quando o presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120407-17-imagens-raras-e-chocantes-do-dia-do-assassinato-de-john-kennedy.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">John F. Kennedy</a> a viu, ele teria exclamado “Jesus Cristo!” e ordenado uma revisão da política que seu governo mantinha para o Vietnã. Foi uma imagem tão poderosa que realmente mudou o estado das coisas.</p><h2>4. "Mina de Ouro de Serra Pelada, Estado do Pará, Brasil", de Sebastião Salgado (1986)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/11/11135439168159.jpg" alt="(Fonte: Robert Klein Gallery / Reprodução)"><figcaption>"Mina de Ouro de Serra Pelada, Estado do Pará, Brasil", de Sebastião Salgado. (Fonte: Robert Klein Gallery / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O brasileiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111236-sebastiao-salgado-e-esposa-restauram-600-hectares-de-mata-atlantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sebastião Salgado</a> colocou seu nome entre os grandes fotógrafos de todos os tempos. E uma de suas imagens mais famosas é esta que mostra a Serra Pelada, no Pará, em que mineiros buscavam o sonho de encontrar ouro.</p><p>Na foto, vemos os corpos curvados e frágeis desses homens que se enfiam em um grande buraco na terra. Para fazer essa série, Salgado passou 35 dias na Serra Pelada convivendo com esses mineiros, para por fim gerar imagens que se tornariam um testemunho vivo das condições terríveis que estas pessoas enfrentavam para tentar fugir da miséria.</p><h2>5. “I Am a Man: Sanitation Workers Strike, Memphis, Tennessee,” de Ernest C. Withers (1968)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/11/11140125767163.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>O fotojornalista Ernest C. Withers fez o último registro de uma ação de Martin Luther King. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><div data-testid="lazy-image"><div data-testid="lazyimage-container">Em um de suas últimas semanas de vida, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120958-como-henry-d-thoreau-influenciou-martin-luther-king-jr.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Martin Luther King Jr</a>. participou de um protesto de trabalhadores negros que estavam em greve por condições mais seguras e salários melhores em Mênfis, nos Estados Unidos. No seu discurso, King ressaltou a ligação entre a luta pelos direitos civis dos americanos e as de pessoas pobres e sem direitos em todo o mundo.</div><p>Os trabalhadores ao seu redor seguravam placas que traziam a frase "Eu sou um homem". Tratava-se de um protesto que reivindicava o respeito aos direitos mais básicos daqueles cidadãos. A foto que marcou esse momento foi tirada pelo fotojornalista negro Ernest C. Withers, que era nascido em Mênfis. A imagem acabou se tornando o registro oficial da última grande ação de direitos civis de Martin Luther King.</p></div>

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