Imagem de Por que é difícil doar para universidades no Brasil? no megacurioso

Ao contrário dos EUA, a cultura de doações às vezes até a atrapalha o orçamentos das universidades do Brasil

Doar para <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127524-como-era-a-vida-dos-estudantes-nas-primeiras-universidades-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">universidades</a> brasileiras t&ecirc;m sido uma pr&aacute;tica desafiadora, apesar do potencial de impacto positivo que isso pode ter na educa&ccedil;&atilde;o superior do pa&iacute;s. V&aacute;rias raz&otilde;es contribuem para essa dificuldade, sejam entraves legais, a falta de uma cultura de doa&ccedil;&atilde;o e, at&eacute; mesmo, uma discuss&atilde;o sobre a moral e a raz&atilde;o das doa&ccedil;&otilde;es.
<h2>Barreiras legais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18143722259366.jpg" alt="Atualmente &eacute; mais f&aacute;cil fazer doa&ccedil;&atilde;o de bens m&oacute;veis ou im&oacute;veis, do que de dinheiro para universidades brasileiras. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Atualmente &eacute; mais f&aacute;cil fazer doa&ccedil;&atilde;o de bens m&oacute;veis ou im&oacute;veis, do que de dinheiro para universidades brasileiras. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Uma das principais dificuldades de doar para <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118766-6-mitos-sobre-a-universidade-publica-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">universidades p&uacute;blicas no Brasil</a> &eacute; entender a legisla&ccedil;&atilde;o sobre o tema &mdash; ou a falta dela. Como a maioria das universidades s&atilde;o federais ou estaduais, elas ficam sujeitas &agrave;s normas do Governo Federal. Uma regra que afetou as institui&ccedil;&otilde;es foi a Emenda Constitucional 241/95. Instaurada em 2016, ela imp&ocirc;s um teto dos gastos p&uacute;blicos, ou seja, o crescimento dos gastos do governo ficou limitado &agrave; varia&ccedil;&atilde;o da infla&ccedil;&atilde;o. Na pr&aacute;tica, isso impede que as universidades federais e estaduais possam aceitar algumas doa&ccedil;&otilde;es, j&aacute; que a verba passa a incorporar o or&ccedil;amento da institui&ccedil;&atilde;o, que agora tem limites.
Em 2019, a Lei 13.490/2017 foi promulgada para tentar facilitar as doa&ccedil;&otilde;es. Com ela foi permitido que as doa&ccedil;&otilde;es fossem direcionadas a setores ou projetos espec&iacute;ficos das institui&ccedil;&otilde;es benefici&aacute;rias. Essa lei modificou a Lei de Diretrizes e Bases da Educa&ccedil;&atilde;o Nacional (LDB) de 1996, que impedia a aloca&ccedil;&atilde;o direta de recursos de doa&ccedil;&otilde;es para &aacute;reas espec&iacute;ficas das universidades.
Esta medida, por&eacute;m, tamb&eacute;m gera algumas cr&iacute;ticas, j&aacute; que a destina&ccedil;&atilde;o da verba n&atilde;o seria feita pela Universidade. Na pr&aacute;tica, os doadores privados poderiam investir apenas em projetos que lhe interessassem, at&eacute; em termos de conseguir retorno financeiro futuro. Isso p&otilde;e em cheque a raz&atilde;o de uma educa&ccedil;&atilde;o para todos.
Outra barreira para a doa&ccedil;&atilde;o nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/113172-politicas-de-inclusao-em-universidades-brasileiras-funcionam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">universidades brasileiras</a> &eacute; a complexidade dos processos. Muitas vezes, os interessados em contribuir enfrentam burocracia e dificuldades ao tentar fazer doa&ccedil;&otilde;es. Simplificar e agilizar os procedimentos para doa&ccedil;&otilde;es poderia ser uma maneira eficaz de encorajar as pessoas a contribuir.
Atualmente, as universidades lutam para conseguir que a legisla&ccedil;&atilde;o avance no sentido de permitir as doa&ccedil;&otilde;es, mas tamb&eacute;m para conseguir um controle maior sobre a verba. Isso garantiria que &aacute;reas do saber de menor interesse financeiro n&atilde;o ficassem sem recursos.
<h2>Outras op&ccedil;&otilde;es de doa&ccedil;&otilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/31/a-31184214913470.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No momento, as doa&ccedil;&otilde;es de bens m&oacute;veis, im&oacute;veis e de consumo s&atilde;o mais comuns e menos complicadas. Com isso, muitos filantropos chegam a doar at&eacute; mesmo im&oacute;veis que podem ser incorporados ao patrim&ocirc;nio das Universidades.&nbsp;
Outro modo de doa&ccedil;&atilde;o que tem ganhado apoiadores e tentativas de instaura&ccedil;&atilde;o no Brasil s&atilde;o os endowments. Nessa modalidade, o dinheiro doado seria investido no mercado financeiro e apenas os rendimentos gerados seriam utilizados para apoiar iniciativas da universidade. Isso garantiria que o fundo fosse perene e que seu lucro fosse usado por longo per&iacute;odo na institui&ccedil;&atilde;o.
<h2>Quando as doa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o o problema</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/31/a-31184227020471.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A quest&atilde;o das doa&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m reca&iacute; sobre um problema ideol&oacute;gico. Parte da popula&ccedil;&atilde;o t&ecirc;m a percep&ccedil;&atilde;o de que a educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica &eacute; um dever somente do Estado e, portanto, n&atilde;o veem a necessidade de contribuir com institui&ccedil;&otilde;es de ensino. Isso contrasta com pa&iacute;ses onde as universidades dependem muito mais de doa&ccedil;&otilde;es e t&ecirc;m uma cultura forte de contribui&ccedil;&otilde;es, e at&eacute; de incentivos fiscais para quem doa.
Muitas das cr&iacute;ticas dirigidas &agrave; dificuldade de fazer doa&ccedil;&otilde;es no Brasil apontam para os&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127697-quem-financia-os-projetos-da-nasa.htm" target="_blank" title="Quem financia os projetos da NASA?">Estados Unidos</a> como um sistema a ser copiado. Por outro lado, esta cultura de doa&ccedil;&otilde;es pode ser bastante problem&aacute;tica.&nbsp;
Uma das quest&otilde;es &eacute; que por l&aacute; as doa&ccedil;&otilde;es, muitas vezes, geram corrup&ccedil;&atilde;o. Em 2019, um grande esquema de facilita&ccedil;&atilde;o de entrada de alunos nas mais renomadas universidades foi revelado. Celebridades do cinema, grandes empres&aacute;rios e qualquer um com muito dinheiro conseguia colocar seus filhos na universidade que quisesse, mediante, &eacute; claro, a grandes doa&ccedil;&otilde;es. Isto tamb&eacute;m coloca em xeque o processo de admiss&atilde;o das universidades dos EUA, que deveria procurar os &ldquo;melhores candidatos&rdquo;.
Al&eacute;m disso, a entrada na universidade &eacute; bem diferente. As principais universidades s&atilde;o mantidas, majoritariamente, com fundos privados, muitas vezes abastecidos por doa&ccedil;&otilde;es. Al&eacute;m disso, as taxas de admiss&atilde;o (tuition) s&atilde;o exorbitantes, afastando a maioria das pessoas ou, pelo menos, fazendo-as contrair grandes d&iacute;vidas para terminarem o Ensino Superior. Segundo a Forbes, no final de 2022, 43 milh&otilde;es de americanos ainda detinham d&iacute;vidas estudantis totalizando US$ 1,7 trilh&otilde;es.
Manter um sistema de educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica com a qualidade que as universidades brasileiras t&ecirc;m &eacute; um trabalho herc&uacute;leo. Por&eacute;m, olhar para novas maneiras de financiar as institui&ccedil;&otilde;es pode impedir que elas fiquem paradas no tempo.

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Por que é difícil doar para universidades no Brasil?

Imagem de Tribos isoladas confrontam escavadeira para proteger suas terras na Indonésia no megacurioso

Imagens inéditas mostram membros da tribo isolada Hongana Manyawa indignados com a ação de mineiros em Halmahera, na Indonésia

<head></head><body>Uma série de novas imagens mostram membros da tribo isolada Hongana Manyawa, da Indonésia, observando de perto enquanto um escavador destrói ruidosamente a floresta ao seu redor. O vídeo impressionante fornece um retrato do que alguns ativistas chamam de maus-tratos "genocidas" a esta terra e aos povos indígenas que ali vivem.Nos últimos tempos, as operações madeireiras e de mineração na ilha indonésia de Halmahera têm penetrado a floresta tropical do povo Honagana Manyawa. Como é possível ver na filmagem, dois indígenas aproximaram-se cautelosamente da escavação agitando suas armas — numa clara demonstração de descontentamento com a ação dos homens.<h2>Conflito entre mineradores e indígenas</h2><iframe src="https://player.vimeo.com/video/879389461?h=5199b980ee&amp;color=B33D26" width="640" height="1138" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Como dito anteriormente, o vídeo que está viralizando nas redes sociais mostra dois homens indígenas protestando contra a ação dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124191-o-legado-da-mineracao-ainda-destroi-a-africa-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mineradores</a> em suas terras. Em resposta, os motoristas das escavadeiras aceleraram os motores, fazendo com que os homens fugissem do local.&nbsp;Os Hongana Manyawa são uma tribo isolada cujo nome significa "Povo da Floresta" na sua língua. Estima-se que existam algo entre 300 e 500 membros dessa tribo espalhados pela região, bem como 3 mil pessoas Hongana Manyawa que foram contactadas na década de 1980 e mantêm algum tipo de contato com o resto do mundo.Este povo vive em Halmahera, uma ilha indonésia que por acaso abriga uma das maiores reservas de níquel no mundo. Nos últimos anos, a procura por níquel disparou devido à sua utilização em baterias de automóveis elétricos — transformando uma ilha tranquila em um lugar de muita atenção para as empresas mineiras internacionais.A Weda Bay Nickel, empresa que iniciou suas operações de mineração na ilha em 2019, tem planos significativos para intensificar seus esforços nas próximas décadas. Em comunicado oficial, a companhia argumentou que as suas concessões mineiras não estão nem perto das terras habitadas por <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106417-5-das-tribos-mais-isoladas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tribos isoladas</a>.<h2>Dificuldades legais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/01/01171158851496.jpg" alt="(Fonte: Survival International/Divulgação)">(Fonte: Survival International/Divulgação)Embora a fala da Weda Bay Nickel diga uma coisa, a Survival International — ONG que trabalha na proteção de tribos indígenas isoladas — afirma ter vazado documentos internos mostrando que a empresa contratou antropólogos que alertaram sobre a presença de pessoas isoladas Hongana Manyawa dentro e ao redor da nova área de exploração.A tribo, além de ter um relacionamento profundo com a floresta, também depende dela para sobreviver. Quando um bebê Hongana Manyawa nasce, seu cordão umbilical é plantado no solo junto com sementes. A árvore resultante torna-se enraizada na vida dessa pessoa, agindo como uma personificação física da sua alma na natureza.&nbsp;No entanto, mesmo que essas árvores sagradas sejam especiais para este povo, elas não estão protegidas contra a exploração madeireira. São inúmeros relatos de pessoas que tiveram suas "árvores da vida" arrancadas pela exploração crescente da Weda Bay Nickel.&nbsp;O isolamento da tribo também significa que sua população têm pouca ou nenhuma imunidade às doenças comuns nas sociedades modernas. Logo, além da destruição do meio ambiente, eles também correm o risco de serem rapidamente dizimados por uma infecção.&nbsp;Para resistir a esta ameaça, a Survival International está tentando pressionar todas as empresas de eletrônicos para que se comprometam a não comprar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123913-cientistas-descobrem-a-liga-metalica-mais-resistente-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">níquel</a> vindo de Halmahera. Outra estratégia também inclui pressionar o governo da Indonésia a implementar novas medidas protetivas necessárias para garantir a segurança da ilha e do povo Hongana Manyawa.&nbsp;</body>

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Tribos isoladas confrontam escavadeira para proteger suas terras na Indonésia

Imagem de Fera de Macabu: um dos maiores erros judiciais do Brasil no megacurioso

Antes de ser proibida no país, a pena de morte concedida a Manuel da Mota Coqueiro se tornou um dos casos mais controversos da história brasileira

<head></head><body>Em 2022, a Anistia Internacional registrou pelo menos 2.016 sentenças de morte entre 52 países. Entre elas, ocorreram 883 execuções em 20 países, um aumento de 53% em relação a 2021, marcando o maior pico desde 2017. Essa porcentagem, no entanto, não inclui os dados de países onde a execução é considerado segredo de Estado, como China, Coreia do Norte, Vietnã, Síria e Afeganistão.A <a href="https://www.megacurioso.com.br/historias-macabras/72897-pena-de-morte-quando-a-execucao-da-errado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pena de morte</a> continua sendo um tópico muito debatido, sobretudo no Brasil, onde as opiniões são muito pautadas nos índices de criminalidade do país, na fraca aplicação da lei, nas sentenças consideradas brandas e nos meandros do sistema que parece poupar aqueles que merecem ser punidos de acordo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18151343965398.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em setembro de 2022, um levantamento feito pelo Ipec/TV Globo revelou que 42% dos entrevistados disseram ser a favor de pena de morte como punição para criminosos, enquanto 49% se posicionaram contrários à medida. A porcentagem diminuiu desde 2018, quando uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgou que 57% dos brasileiros eram a favor desse tipo de punição. Por sua vez, esse estudo havia demonstrado um aumento chocante com relação ao levantamento anterior, feito em 2008, e que mostrou um percentual de 48%.O Brasil possui uma relação complicada com a medida, proibida desde a Proclamação da República, em 1889, um pouco depois do que é considerado&nbsp;um dos maiores erros judiciais do Brasil envolvendo a pena de morte, o caso da Fera de Macabu.<h2>Noite sangrenta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18151616884405.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Na época do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125275-ultimo-baile-do-imperio-a-desesperada-festa-da-monarquia-no-rio-de-janeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Brasil Império</a>, os Campos dos Goytacazes, atualmente um município do estado do Rio de Janeiro, eram uma das regiões mais economicamente prósperas e relevantes da capital do império devido à produção de açúcar e café, além de desempenhar um papel político importante na vida do país.Apenas pessoas relevantes e ricas moravam na região, como era o caso de Manuel da Mota Coqueiro, um influente dono de terras casado com Úrsula das Virgens, que era proprietária de cinco fazendas onde atualmente é o município de Macaé.Manuel sempre esteve muito longe de ser ingênuo — não é para menos que fez vários inimigos ao longo de sua vida devido às suas atitudes, a começar pelo seu primo Julião Batista Coqueiro, que o detestava por ter se casado, durante a juventude, com sua então noiva enquanto ele estudava em uma cidade longe de Macaé.&nbsp;Mas Manuel não parou por aí, em 1852 ele conseguiu ser mais sórdido ao se envolver, mesmo já casado com Úrsula, com a jovem Francisca, filha mais velha de Francisco Benedito da Silva, cuja família havia sido acolhida nas terras de Manuel em troca de mão de obra.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18170411962467.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Só que ele não imaginava que o caso extraconjugal lhe renderia tantos problemas com a quantidade de exigências que Francisco começou a fazer ao descobrir tudo. Quando a situação atingiu o seu limite, Manuel decidiu expulsar de sua propriedade toda a família do homem, inclusive a filha. Ele achou que, dessa forma, não só se livraria deles como também conseguiria preservar sua relação com Úrsula.A família de Francisco conseguiu se alojar em uma casa a cerca de dois quilômetros das terras de Manuel, mas não por muito tempo. Em uma noite chuvosa de 12 de setembro de 1852, Francisco e a família foram brutalmente assassinados a golpes de fação. Ironicamente ou não, a única que conseguiu escapar da chacina foi sua filha. Descalça, coberta em sangue e com as roupas rasgadas, a jovem vagou por dois dias pela mata até encontrar um fazendeiro disposto a ajudar.<h2>A fera</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18151450014401.jpg" alt="(Fonte: Facetubes/Reprodução)">(Fonte: Facetubes/Reprodução)A Chacina da Fazenda Conceição de Macabu, como podemos chamar o episódio, se tornou um circo no momento em que as autoridades ouviram a sobrevivente. Foi criada uma rede de acusações que, em sua maioria, estava mais baseada em achismos do que fatos.Julião, irmão de Manuel, foi o primeiro a apontá-lo como responsável pelo crime. As investigações chegaram a diversos escravos e trabalhadores livres das terras de Manuel, como Florentino da Silva e Faustino Pereira, mas o Código de Processo Criminal de 1832, revisado em 1841, deixava claro que um escravo não poderia testemunhar contra seu senhor, portanto, muitas testemunhas foram desconsideradas.O problema é que muitas pessoas que testemunharam contra o acusado já tinham tido desavenças pessoais com ele. Portanto, suas falas estavam contaminadas por rancor e influenciadas por boatos. Para piorar, os empresários que negociavam com Manuel no dia do crime não foram contatados para prestar depoimento.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18155343542424.jpg" alt="Manuel da Mota Coqueiro. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)">Manuel da Mota Coqueiro. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)Quando é dito que a investigação foi conduzida de maneira duvidosa, é porque as autoridades não foram atrás de suspeitos em potencial, como Úrsula, que poderia ter mandado executar a família ao descobrir sobre a amante do marido, pensando em incriminá-lo como punição. Ou até mesmo que Herculano, namorado da moça, pudesse ter procurado vingança por ser preterido pela família dela. Sem falar em Julião, que possuía um longo histórico de desavenças com o irmão.Nada disso foi considerado, mas Manuel foi culpado por ter "fugido" após o crime, sendo que estava fora da cidade em uma viagem de trabalho quando tudo aconteceu.Como resultado, em 6 de março de 1855, em meio a uma comoção de populares, Manuel da Mota Coqueiro, localmente conhecido como “Fera de Macabu”, foi enforcado provavelmente de maneira injusta na Praça da Luz, onde hoje se encontra a Escola Estadual Luiz Reid, no Centro do Rio de Janeiro.</body>

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Fera de Macabu: um dos maiores erros judiciais do Brasil

Imagem de Tradição viking bizarra ressurge misteriosamente na Islândia no megacurioso

Segundo relatos de autoridades, postes com cabeças de animais empaladas têm aparecido no país

No ano passado, uma comunidade New Age que se estabeleceu nos arredores de Reykjavik, capital da <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/45056-proxima-parada-islandia-veja-as-paisagens-incriveis-dessa-ilha-nordica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Isl&acirc;ndia</a>, se viu chocada quando encontrou o s&iacute;mbolo de uma antiga maldi&ccedil;&atilde;o viking na entrada de onde vivem. Pouca gente n&atilde;o se assustaria com&nbsp;a cabe&ccedil;a de um cavalo empalada em um poste. Para piorar, misteriosos dizeres escritos com runas estavam na madeira.
A comunidade n&atilde;o &eacute; bem-vista pelos vizinhos devido aos c&acirc;nticos acompanhados por batuques, festas com alucin&oacute;genos e outros costumes mais liberais. Apesar disso, mais tarde foi esclarecido que o poste com a cabe&ccedil;a de cavalo empalada n&atilde;o era direcionado &agrave; comunidade como um todo &mdash; na verdade, a maldi&ccedil;&atilde;o era dirigida a um membro do grupo, acusado de praticar viol&ecirc;ncia sexual e psicol&oacute;gica contra um ex-membro.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/27/27102406774093.jpg" alt="Representa&ccedil;&atilde;o do nithing pole nas sagas islandesas. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Representa&ccedil;&atilde;o do nithing pole nas sagas islandesas. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Origem e significado da pr&aacute;tica de nithing pole</h2>
Anna Bj&ouml;rg, CEO do Museu de Bruxaria e Magia da Isl&acirc;ndia, afirmou em entrevista para o site Atlas Obscura, que o costume <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/247705-vikings-5-fatos-historicamente-precisos-serie.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viking</a> tem voltado a ocorrer na Isl&acirc;ndia nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas. Segundo ela, a pr&aacute;tica, chamada de nithing pole ou scorn pole (o termo n&atilde;o tem uma vers&atilde;o "oficial" em portugu&ecirc;s, mas poderia ser traduzido como "poste do covarde" ou "poste de desprezo"), &eacute; uma maldi&ccedil;&atilde;o que pode ser encarada de duas formas: quando &eacute; realizada contra uma institui&ccedil;&atilde;o tem um car&aacute;ter de protesto; j&aacute; quando &eacute; voltada para uma pessoa, pode at&eacute; soar como uma amea&ccedil;a de morte.
Em 2006, um grupo de ambientalistas usou esta t&eacute;cnica para mostrar indigna&ccedil;&atilde;o contra pol&iacute;ticos que votaram a favor da constru&ccedil;&atilde;o de uma Usina Hidrel&eacute;trica que causaria efeitos ambientais. Na &eacute;poca eles colocaram o poste junto &agrave; est&aacute;tua do her&oacute;i da independ&ecirc;ncia da Isl&acirc;ndia, que fica voltada para o Congresso. Depois disso, outros grupos j&aacute; utilizaram esta forma de protesto.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/31/a-31114922789142.jpg" alt="a" />O l&iacute;der &Oslash;ystein Meier Johannesen usou um nithing pole para se manifestar contra os elevados pre&ccedil;os da eletricidade na Isl&acirc;ndia. (Fonte: Dagbladet / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O primeiro relato sobre essa maldi&ccedil;&atilde;o remonta ao s&eacute;culo XIII e est&aacute; descrito nas sagas islandesas, uma s&eacute;rie de textos em prosa que mistura a hist&oacute;ria local com mitologia e religi&atilde;o. Na hist&oacute;ria, Egil Skallagr&iacute;msson finca um tronco de &aacute;rvore no ch&atilde;o e empala a cabe&ccedil;a rec&eacute;m-cortada de um cavalo nela, apontando para o lugar onde estava quem queria amaldi&ccedil;oar. Depois, ele talha o poste com runas que descreviam um poema com a maldi&ccedil;&atilde;o completa, que foi dirigida ao ent&atilde;o rei Eric e &agrave; rainha Gunnhilda.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/27/27102458959094.jpg" alt="Representa&ccedil;&atilde;o de Egil Skallagrimsson em vers&atilde;o do s&eacute;culo XVII das sagas islandesas. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Representa&ccedil;&atilde;o de Egil Skallagrimsson em vers&atilde;o do s&eacute;culo XVII das sagas islandesas. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Ressurgimento de antigas cren&ccedil;as</h2>
O retorno da pr&aacute;tica pode estar relacionado a um ressurgimento do interesse pelo paganismo na Isl&acirc;ndia. Em 1972, fundou-se o grupo pag&atilde;o &Aacute;satr&uacute;arf&eacute;lagi&eth;, abreviado para &Aacute;satr&uacute; &mdash; no ano seguinte eles se tornaram uma religi&atilde;o oficial no pa&iacute;s. Em 45 anos, eles se tornaram a religi&atilde;o que mais cresce no pa&iacute;s, segundo dados do National Bureau of Statistics. Em 2017, j&aacute; eram cerca de 5 mil membros, o que pode parecer pouco, mas representa 1% da popula&ccedil;&atilde;o nacional.
O &Aacute;satr&uacute; &eacute; a religi&atilde;o com mais seguidores na Isl&acirc;ndia depois do Cristianismo. Para eles, as sagas islandesas n&atilde;o s&atilde;o meros relatos hist&oacute;ricos, mas as escrituras sagradas. O grupo est&aacute; concluindo as obras do primeiro templo pag&atilde;o constru&iacute;do em mais de mil anos e pretende popularizar as tradi&ccedil;&otilde;es <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/98894-6-presentes-para-a-humanidade-deixados-pelos-vikings.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vikings</a> no pa&iacute;s.

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Tradição viking bizarra ressurge misteriosamente na Islândia

Imagem de 3 histórias fantasmagóricas contadas por historiadores no megacurioso

Conheça mais sobre o mundo sobrenatural pela ótica de alguns pesquisadores famosos ao longo dos anos

<head></head><body>No mundo, existem três tipos de pessoas: os fascinados por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120766-6-razoes-cientificas-que-explicam-por-que-vemos-fantasmas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fantasmas</a>, os que morrem de medo de encontrar uma aparição fantasmagórica e os que simplesmente não acreditam no sobrenatural. De todo modo, é inegável que essas "criaturas do submundo" são uma parte importante das lendas urbanas que moldaram culturas ao redor do planeta.Pensando nisso, nós separamos uma lista com quatro contos fantasmagóricos contados por historiadores, trazendo consigo uma gama de evidências curiosas. Veja só!<h2>1. Retrato de freiras — Francis Young</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20102654155081.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em outubro de 1807, um criado carregava uma bandeja de bebidas por Coldham Hall, uma casa elisabetana construída para a família católica Rookwood, quando se deparou com uma visão assustadora na escada para o grande salão. Na outra ponta do cômodo, estava o retrato de duas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125432-por-que-as-freiras-cobrem-a-cabeca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">freiras</a>, mas que agora pareciam andar em direção ao criado.O coronel Hammond, que alugava a casa, atribuiu o incidente à embriaguez do funcionário e uma tentativa desesperada de se desculpar pelos vidros que quebrou ao derrubar a bandeja no chão. No entanto, a estranha reputação do retrato das feiras foi transmitido para outras gerações. Em 1897, Coldham Hall foi vendido e seu conteúdo distribuído para vários cantos — mas o retrato das freiras lá permaneceu.Na década de 1970, o novo proprietário relatou que os retratos eram de fato amaldiçoados e trariam azar para a casa se fossem retirados. Então, em 2002, quando Claudia Schiffer e Matthew Vaughn compraram o salão e mudaram os quadros de lugar, atividades paranormais supostamente passaram a pipocar pelos cantos. O caso é tão intrigante que inspirou Francis Young a escrever um livro inteiro sobre as respostas dos católicos ingleses aos fenômenos sobrenaturais.<h2>2. Estrondos ecoando — Laura Sangha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20102720399083.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A casa de John Fawcet, em Yorkshire, sofria uma "grande perturbação" em março de 1707. Todas as noites, durante três semanas, um forte som de batidas ecoava pela casa, perturbando o sono de todos os presentes. Não havia uma explicação natural para o ruído, que muitas vezes até mesmo emanava pelo teto. Após uma sessão espiritual, os Fawcets descobriram que se tratava do fantasma da avó de John, Madame Savage.Assim como outras histórias de espíritos contemporâneos, Madame Savage foi um membro da família que teria voltado com um propósito: cobrar os itens que não foram repassados para suas netas em seu testamento. John levou a notícia a sério e rapidamente viajou para recuperar a propriedade perdida. Na visão da historiadora Laura Sangha, professora da Exeter University, a dinâmica de gênero da história é muito perceptível e é possível que a assombração tenha sido criada pelas mulheres para intervir numa disputa de propriedade.<h2>3. Cemitério Irlandês — Clodagh Tait</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20102747924086.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Próximo da cidade de Kilnaleck, na Irlanda, fica o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121753-os-6-cemiterios-mais-deslumbrantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cemitério</a> de Kill. Há muitos anos, uma coisa muito estranha aconteceu no local. Um homem chamado Harry O'Connel quebrou sua bicicleta em frente ao local enquanto tentava realizar uma viagem para Purty Clare. Então, ele decidiu deixá-la em uma escada e atravessar os campos do recinto para encurtar sua viagem.Após realizar suas tarefas e retornar ao cemitério, O'Connel notou que sua bicicleta havia sumido. Primeiramente, ele imaginou que ela pudesse ter sido roubada e então foi cortar um pedaço de pau para usar como apoio até chegar em casa. Porém, ele se lembrou que era considerado azar cortar um graveto em um cemitério.&nbsp;Ao tentar retornar o galho, o homem quase foi atropelado por sua própria bicicleta, que estava sendo dirigida por uma senhora enquanto outro velhinho a empurrava. O grito de susto de Harry fez com que os "ladrões" fossem derrubados no chão e fugissem na calada da noite. Segundo a historiadora Clodagh Tait, essa é uma história que emana os perigos de viajar à noite e o misticismo dos cemitérios.</body>

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3 histórias fantasmagóricas contadas por historiadores

Imagem de 6 demônios femininos com histórias famosas pelo mundo no megacurioso

Embora a palavra 'demônio' seja normalmente associada a uma figura masculina, essas histórias provam que eles também podem se mostrar na figura de uma mulher

<head></head><body>Quando lemos a palavra "demônio" por aí, provavelmente imaginamos algum ser masculino com chifres, olhos escuros e uma voz assustadora, não é mesmo? Afinal, grande parte dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-no-youtube/75286-7-demonios-malignos-pelos-quais-voce-nao-gostaria-de-ser-possuido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demônios</a> do folclore antigo apresentam figuras diabólicas e violentas.Porém, a verdade é que existem milhares de demônios femininos provenientes de mitos, folclores e lendas transmitidas ao longo da história — e em todas as partes do mundo. Pensando nisso, nós separamos uma lista com seis seres assustadores do sexo feminino que supostamente vagavam pelo mundo antigo!<h2>1. Hannya</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/27/27171039848355.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Na tradição japonesa, Hannya não é apenas um demônio feminino, mas sim vários. Segundo a lenda local, esse é o nome dado para mulheres humanas que foram transformadas em demônios no final de suas vidas ao serem consumidas pelo ciúme e pela raiva.Esses demônios aparecem em três graus básicos, sendo o primeiro mais semelhante a uma mulher humana e o último, já tomado pelo ódio, completamente entregue à agressividade e às trevas.&nbsp;<h2>2. Jahi</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/27/27171216376356.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Também muitas vezes chamada de Jeh, Jahi era um demônio feminino comum dos antigos textos persas e da fé do zoroastrismo. Acredita-se que ela era a personificação demoníaca da luxúria. Dizia-se que essa criatura era capaz de persuadir os homens com seus poderes e depois levá-los à morte.Jahi possuía um olhar tão penetrante que poderia controlar seus alvos através dele. No zoroastrismo, esse demônio também está intimamente ligando à crença na origem da menstruação nas mulheres humanas.<h2>3. Jorogumo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/27/27171307746357.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)No folclore japonês, os jorogumo são demônios semelhantes a aranhas que possuem habilidades de mudança de forma. Logo, eles se aproveitam desse poder para se transformarem em mulheres bonitas, que trabalham para atrair e seduzir homens desavisados. Quando o alvo se mostra interessado, o demônio retorna ao seu estado de aranha e o mata.Felizmente, existia uma forma de derrotar um jorogumo: o trabalho dos monges budistas. Segundo a lenda local, esses monges eram capazes de afastar esses demônios por meio de suas rezas obedientes.<h2>4. Ammit</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/27/27171335080359.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um demônio bastante conhecido no Egito Antigo era Ammit, que dizia ter cabeça de crocodilo, corpo de leão e traseira de hipopótamo. Esses animais foram escolhidos por serem três dos maiores devoradores de homens conhecidos pelos antigos egípcios.&nbsp;Embora Ammit fosse um demônio feminino muito temido historicamente, ela não era necessariamente vista como uma encarnação do mal. Em vez disso, seu papel era aplicar a justiça divina — consumindo o coração daqueles que não passassem pelo julgamento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122871-os-6-mais-importantes-deuses-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Anúbis</a>.<h2>5. Empusa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/27/27171428156360.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Empusa era um demônio da mitologia grega focada na bruxaria. Seu papel no mundo era servir a Hécate, a deusa da bruxaria. De acordo com os gregos, ela tinha habilidades de mudança de forma, o que confundia tanto homens quanto animais.&nbsp;Porém, havia uma forma de desmascará-la: independente da nova forma que assumisse, Empusa sempre mantinha uma única perna de cobre.&nbsp;<h2>6. Lilith</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/27/27171638003363.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O demônio feminino mais conhecido de todos os tempos certamente é <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123366-6-mulheres-poderosas-demonizadas-pela-mitologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lilith</a>, que surgiu na teologia judaico-cristã. Ela foi mencionada pela primeira vez no Livro de Isaías e depois aparece em vários lugares da mitologia judaica. De acordo com a lenda, Lilith teria sido a primeira mulher que Deus criou — surgindo do mesmo solo que Adão.&nbsp;Porém, depois de sua criação, ela teria se recusado a submeter-se ao seu par masculino e, em vez disso, exigiu seguir seu próprio caminho. Irritado por ela ter tentado se desfazer da vontade divina, Deus a baniu do Jardim do Éden.&nbsp;</body>

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6 demônios femininos com histórias famosas pelo mundo

Imagem de 5 autores de terror contemporâneo que você deveria ler no megacurioso

Se você é do tipo de pessoa aficionada por obras de terror, aqui está uma lista de escritores para você conhecer

<head></head><body>Quando pensamos em livros de ficção de terror contemporânea, o primeiro nome que costuma surgir na mente das pessoas é o de Stephen King. Conhecido por suas inúmeras obras dentro do gênero, algumas das quais se tornaram grandes sucessos nas telonas dos cinemas, King marcou toda uma geração com seu modo de escrita.Porém, a gama de escritores impressionantes que também atua nesse campo se estende muito além de seu trabalho. Se procurarmos direito, encontraremos diversos outros escritores impressionantes que estão traçando suas carreiras no segmento. Pensando nisso, nós separamos uma lista com cinco autores de terror contemporâneo que você precisa conhecer em 2023!<h2>1. Agustina Bazterrica</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Tender_Is_the_Flesh#/media/File:Cover_of_the_novel_Tender_is_the_Flesh_by_Augustina_Bazterrica.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/23/23195402574000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A virada na vida de escritora da argentina Agustina Bazterrica parece ter acontecido quando ela decidiu parar de comer carne. Segundo a autora, ver animais pendurados na vitrine de um açougue estimulou parcialmente a ideia de seu romance Cadáver exquisito (2020), que fala sobre um mundo distópico onde o canibalismo é permitido porque a carne de animais foi contaminada por um vírus.De acordo com Bazterrica, o livro não é apenas uma crítica clara à indústria da carne, mas também é um romance que fala sobre como a sociedade capitalista e consumista forçaria as pessoas "a se devorarem".<h2>2. Mariana Enriquez</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/23/23195457956001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Outro ícone feminino no gênero do terror é a também argentina Mariana Enriquez, recentemente conhecida pelo seu romance Nuestra parte de noche (2019). A obra se passa durante a década de 1980, numa época em que a Argentina estava sob <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124781-como-operacao-condor-ensinou-a-tortura-ao-brasil-da-ditadura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ditadura militar</a>, e conta a história de um médium e seu filho.A família faz parte de um culto conhecido como "A Ordem", que adora uma entidade chamada "As Trevas", a qual os protagonistas esperam que lhes conceda a imortalidade.<h2>3. Stephen Graham Jones</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/23/23195625839002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Antes de seu grande sucesso de terror em 2020, o escritor nativo americano Stephen Graham Jones já havia escrito mais de 20 livros. Porém, foi a obra The Only Good&nbsp;Indians&nbsp;que gerou grande apelo popular.&nbsp;Na história, um grupo de homens Blackfoot caça em uma área restrita reservada aos mais velhos de sua tribo, quando acabam tendo um confronto arrepiante com o sobrenatural. O livro ganhou uma sequência em My Heart is a Chainshaw (2021) e é motivo de orgulho de Jones pelo fato dos protagonistas serem <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120493-o-dia-em-que-a-ku-klux-klan-foi-derrotada-por-nativos-americanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nativos americanos</a>.<h2>4. Alma Katsu</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/23/23195803344003.jpg" alt="(Fonte: Internet/Reprodução)">(Fonte: Internet/Reprodução)Eventos históricos da vida real serviram de base para vários romances da autora Alma Katsu, como o livro The Deep (2020), que aborda os naufrágios do RMS Titanic e o HMHS Britannic. Porém, foram as raízes japonesas de sua mãe que impactaram seu novo romance The Fervor (2022).A obra se passa durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> e funde o folclore japonês com as experiências dos japoneses e nipo-americanos presos em campos de encarceramento. O romance de Katsu começa com a detonação de um balão de fogo em 1945, que resultou na morte de seis pessoas — tanto na ficção quanto na vida real.&nbsp;<h2>5. Paul Tremblay</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/23/23195921836005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Após Stephen King descrever o seu trabalho como "profundamente assustador", Paul Tremblay ficou bastante conhecido por sua obra A Head Full of Ghosts (2015), que fala sobre uma história de possessão.Depois disso, o autor ainda publicou livros como Uma cabana no fim do mundo (2018), sobre uma invasão de domicílio e a ameaça de um apocalipse iminente. O livro ficou tão famoso que foi adaptado para o filme Batem à porta (2023), do diretor M. Night Shyamalan.&nbsp;</body>

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5 autores de terror contemporâneo que você deveria ler

Imagem de Conheça 6 locações de filmes de terror que assombraram os cinemas no megacurioso

As décadas de 1970 e 1980 foram um período de ouro para o cinema de terror, repletas de filmes icônicos que continuam a assombrar os espectadores até hoje

<head></head><body>O cinema de terror das décadas de 1970 e 1980 deixou um legado duradouro, com filmes que desafiaram convenções e assustaram audiências de todo o mundo. Por trás das atuações e efeitos especiais, muitas vezes encontramos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122762-5-locais-no-brasil-que-foram-cenarios-para-filmes-de-hollywood.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cenários reais</a> que desempenharam um papel crucial na criação da atmosfera de medo e suspense. Confira 6 locações que se tornaram parte inseparável do legado do terror cinematográfico.<h2>1. O Hotel Stanley (Estes Park, Colorado, EUA)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17230226689019.jpg" alt="Hotel Stanley serviu de inspiração para a obra de Stephen King. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Hotel Stanley serviu de inspiração para a obra de Stephen King. (Fonte: Getty Images/Reprodução)O Hotel Stanley ficou famoso como a inspiração para o Overlook Hotel em O Iluminado (1980). A majestosa arquitetura do local e sua localização isolada nas Montanhas Rochosas contribuíram para o terror psicológico do filme.<h2>2. A Casa de Leatherface (Kingsland, Texas, EUA)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17231325437020.jpg" alt="Casa do filme &quot;Massacre da Serra Elétrica&quot;. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Casa do filme "Massacre da Serra Elétrica". (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)A casa do filme O Massacre da Serra Elétrica (1974) é um local de terror lendário. Seu aspecto decrépito e assustador contribuiu para o horror visceral do filme. A casa usada no filme fica em uma fazenda, anteriormente localizada em Quick Hill Road. Em 1998, a casa foi transferida para Kingsland, onde atualmente funciona um restaurante.<h2>3. O Acampamento Crystal Lake (Hardwick, Nova Jersey, EUA)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17232445614024.jpg" alt="No-Be-Bo-Sco é o nome real do Acampamento Crystal Lake. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">No-Be-Bo-Sco é o nome real do Acampamento Crystal Lake. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)O cenário de Sexta-Feira 13 (1980) e suas sequências é um lugar onde o horror se desenrola. A isolada floresta e o lago sinistro tornaram-se sinônimos de Jason Voorhees e suas mortais travessuras. O local real é o acampamento para escoteiros chamado No-Be-Bo-Sco, normalmente abreviado para “No-Be”, em Hardwick, Nova Jersey.<h2>4. O Hotel Timberline Lodge (Mount Hood, Oregon, EUA)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17234100614025.jpg" alt="Hotel Timberline Lodge. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Hotel Timberline Lodge. (Fonte: Getty Images/Reprodução)Usado como cenário externo em O Iluminado (1980), o Hotel Timberline Lodge proporciona uma atmosfera sombria e misteriosa. As paisagens montanhosas aumentam a sensação de isolamento e medo.<h2>5. A escadaria do Exorcista (Georgetown, Washington, D.C., EUA)</h2>A escadaria usada no filme O Exorcista (1973) está localizada em Georgetown, Washington, D.C., nos Estados Unidos. Ela é conhecida como "Exorcist Steps" (Escadaria do Exorcista) e fica entre Prospect Street NW e 36th Street NW, não muito longe do Canal de C&amp;O.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17234746982027.jpeg" alt="A escadaria de &quot;O Exorcista&quot;. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">A escadaria de "O Exorcista". (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)A escadaria desempenha um papel significativo no filme, especialmente na famosa cena em que o Padre Merrin chega à casa da personagem Regan para realizar o exorcismo. Ela se tornou um local icônico para os fãs do filme e é frequentemente visitada por turistas e entusiastas do cinema de terror.<h2>6. A escola de Carrie (Pacific Palisades, Los Angeles, EUA)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17235930910028.jpg" alt="Palisades Charter High School. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Palisades Charter High School. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)O filme Carrie, a Estranha (Carrie), de 1976, foi filmado em várias locações na área de Los Angeles, Califórnia, nos Estados Unidos. Entre as principais está o Palisades Charter High School. Muitas das cenas da escola frequentada pela personagem Carrie White foram filmadas nesta escola secundária em Pacific Palisades, Los Angeles.Os cenários são uma parte fundamental na criação da atmosfera dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123794-os-6-melhores-filmes-de-todos-os-tempos-segundo-1600-criticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filmes</a> de terror. Cada uma das 6 locações mencionadas neste artigo tornou-se parte integral do legado do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122480-sera-que-desaprendemos-a-ir-ao-cinema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cinema</a> de terror, contribuindo para a sensação de medo e suspense que continua a cativar os espectadores.Estes locais são, agora, tão assombrados por suas associações com o horror quanto pelos fantasmas ficcionais que os habitam nas telas. Eles são testemunhas silenciosas da nossa paixão duradoura pelo gênero do terror no cinema.</body>

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Conheça 6 locações de filmes de terror que assombraram os cinemas

Imagem de Halloween: quando a festa era feita para unir casais no megacurioso

Nos séculos anteriores, a data era recebida como uma oportunidade para que as pessoas encontrassem seu grande amor

<head></head><body>Ao final de outubro, para marcar o início do inverno, os celtas, que viveram na Europa durante a Idade do Ferro, acendiam grandes fogueiras, faziam ofertas aos espíritos, colocavam máscaras, vestiam fantasias e faziam a colheita dos alimentos. Esse era o Samhain (pronuncia-se “sau-en”), festa cuja maior característica era a caracterização das pessoas, pois os celtas acreditavam que o véu entre o mundo dos vivos e o dos mortos ficava mais vulnerável durante a data, permitindo que os espíritos transitem livremente entre eles. Para se protegerem contra as más intenções de alguns, muitas pessoas se disfarçavam com máscaras e roupas assustadoras.Essa festa foi feita até que a conquista romana e outros fatores históricos diluíssem a existência do povo celta na Europa, que não desapareceu sem deixar um legado imenso de influências que se estendem até hoje.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20125941591225.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A cristianização da Europa manteve muitas festas pagãs consideradas tradicionais e culturais, como o Samhain, e a Igreja teve a tarefa de assimilá-las. Assim, surgiu a data comemorativa de All Hallows, conhecida em português como o Dia de Todos os Santos, comemorado todo 1º de novembro e feito para honrar os santos e orar pelos mortos, enfatizando a vida após a morte e a ressurreição. A véspera desse dia passou a se chamar All Hallows’ Eve, ou seja, a véspera de All Hallows. Com o tempo, o termo foi abreviado para Hallowe’em e depois para Halloween.Foi essa forma de escrita do nome da celebração que chegou nos Estados Unidos na bagagem dos imigrantes irlandeses e escoceses durante as ondas migratórias no início do século XIX.Para muitos não é mistério que o Halloween é uma festa de origem celta. Poucos sabem, no entanto, que uma tradição significativa dessa data não sobreviveu com o tempo: o Halloween já foi feito para unir casais.<h2>Pedindo ao destino e às estrelas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20130115229226.jpg" alt="(Fonte: Pelicano/Reprodução)">(Fonte: Pelicano/Reprodução)Esqueça as doçuras ou travessuras, abóboras esculpidas, as fantasias e máscaras. Na Irlanda do século XVIII, uma das maiores tradições do Halloween era a união de casais, ou melhor, o incentivo a ela.Cartões comemorativos que sobreviveram ao tempo indicam várias superstições comuns na data, a começar pelo método de esconder um anel em um colcannon, prato típico irlandês composto por purê de batatas e couve-de-folhas. Aquele que encontrasse o anel primeiro significava que estava prestes a se casar.Olhar para um espelho segurando uma vela, supostamente, garantia que a pessoa veria como era o rosto do seu amor verdadeiro em uma rápida aparição acima do seu ombro esquerdo. Essa versão foi tão difundida que acabou absorvida pela cultura popular, descrita no romance A noite das bruxas (1969), de Agatha Christie.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20130200629228.jpg" alt="(Fonte: Atomic Redhead/Reprodução)">(Fonte: Atomic Redhead/Reprodução)A maioria dos métodos tinha como base a adivinhação, porque essa prática desempenhou um papel significativo na sociedade celta, sendo usada para tomar decisões, compreender o futuro e obter orientação espiritual. Eles acreditavam que o mundo estava repleto de forças espirituais e que a adivinhação era a maneira de se comunicar e obter vislumbres sobre eventos futuros, questões importantes e até cotidianas.A tradição casamenteira foi solidificada no final do século XIX e início do século XX. Em um artigo de 31 de outubro de 1914 do jornal The Evening Ledger foi descrito que, para encontrar o amor verdadeiro, a pessoa precisava andar para trás sob a luz do luar enquanto olhava para um espelho e recitava o verso: “Rodando e rodando, ó estrelas tão belas! Vocês viajam e procuram em todos os lugares, rogo-lhes, doces estrelas, me mostrem agora quem será meu futuro marido (ou esposa)!”.<h2>Deixando para trás</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20130326456229.jpeg" alt="(Fonte: Irish Myths/Reprodução)">(Fonte: Irish Myths/Reprodução)Antes de a abóbora se tornar o símbolo do Halloween, o repolho era o personagem principal. Em um tempo em que a festa se concentrava em mais travessuras e pretendentes do que gostosuras, o vegetal apodrecido era usado com frequência para ser jogado nas pessoas pelas ruas, e também foi usado para fazer fogueira e servir como instrumento de adivinhação. A ideia era roubar um repolho de algum lugar e posicioná-lo sobre a porta para que caísse na cabeça da primeira pessoa que passasse. Segundo o destino, essa seria seu futuro par.Embora pareça meio agressivo, o método estava muito longe de ser o mais perigoso. Os jovens costumavam se empenhar em um jogo em que metade de um litro de conhaque era despejado em um prato e era ateado fogo. Depois, frutas cristalizadas e amêndoas açucaradas eram espalhadas pelo prato para que os participantes tentassem pegar o máximo possível delas. Quem conseguisse pegar mais estaria destinado a encontrar seu futuro cônjuge em menos de um ano.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20131113528236.jpg" alt="(Fonte: LIHerald/Reprodução)">(Fonte: LIHerald/Reprodução)Os doces recheados com oleaginosas, como amêndoas e avelãs, surgiram exatamente dessa tradição. Na Escócia do século XIX, as mulheres costumavam fazer doces antes de dormir e colocá-los ao lado da cama para poder sonhar com seu futuro cônjuge.&nbsp;As frutas, principalmente maçãs, foram muito usadas em jogos, sobretudo por ter uma conotação de algo proibido, remetendo ao fruto da Bíblia. No jogo Snap the Apple, o participante deveria cravar os dentes no fruto preso no teto por um barbante — o primeiro que o fizesse se casaria em breve. Hoje, é muito comum nos EUA o jogo Apple Bobbing, que consiste em pegar com a boca maçãs boiando em um tacho com água. O jogo se tornou mais comum em festas universitárias do que no Halloween.Acredita-se que essas tradições supersticiosas envolvendo o romance no Halloween começaram a cair em desuso na virada do século XX, quando iniciaram as discussões sobre a “nova mulher”. O avanço das ideias e oportunidades para o poderio feminino tornou os jogos para encontrar um cônjuge algo cada vez mais machista e ultrapassado.</body>

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Halloween: quando a festa era feita para unir casais

Imagem de História em quadrinhos de cão que usa a internet quebra recorde em leilão no megacurioso

A icônica imagem de um cão usando a internet feita por Peter Steiner, em 1993, acaba de se tornar a história em quadrinhos de painel único mais valiosa da história

<head></head><body>Em 1993, a revista The New Yorker publicou uma ilustração mostrando dois cachorros sentados em frente a um computador. Com a pata apoiada no teclado, um deles diz para seu colega: "Na internet ninguém sabe que você é um cachorro".Recentemente, o desenho original quebrou um novo recorde ao ser vendido em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121758-6-das-coisas-mais-caras-ja-vendidas-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leilão</a> por US$ 175 mil — o valor mais alto já pago por um desenho animado de painel único. Vale ressaltar que esse também é o cartoon nova-iorquino mais reimpresso na história da revista.&nbsp;<h2>Recorde de venda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30111934750142.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com o site do Heritage Auctions, o comprador anônimo que levou a peça já tentava comprá-la desde sua publicação, há 30 anos. "A maioria das pessoas nunca nem tinha usado a internet em 1993. Eu, por exemplo, não tinha conexão", disse o ex-editor de cartoons da The New Yorker, Thomas Germain, à Gizmodo.&nbsp;Na visão de Germain, parte do sucesso da ilustração é justamente que basicamente todas as pessoas no mundo já vivenciaram o que o desenho prenunciava. O cartoon comprimiu a ideia de que as pessoas podem assumir uma "personalidade anônima" nas redes sociais de uma maneira simples e antes mesmo disso se tornar uma realidade universal.O cartunista responsável pela obra recém-vendida, Peter Steiner, ainda está pasmo com o sucesso do seu painel. Inicialmente, ele o enviou para a revista como parte de um lote maior de desenhos animados e jamais esperou que ele fosse vendido. Contudo, o sucesso acabou vindo e Steiner se torno um nome bastante conhecido dentro da redação da The New Yorker.&nbsp;<h2>Caminho do sucesso</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Peter Steiner/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/8Hfaf_rBZ_ocIuCS2lM_chQwaP4=/1000x750/filters:no_upscale():focal(1500x1307:1501x1308)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/f9/32/f932268c-e4c2-4ef4-b56c-7b0d28311540/steiner_new_yorker_dog.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30111955658143.jpg" alt="(Fonte: Peter Steiner/Reprodução)">(Fonte: Peter Steiner/Reprodução)Quando foram publicados pela primeira vez, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122162-codigo-dos-quadrinhos-quando-as-historias-quase-foram-proibidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quadrinhos</a> de Steiner não ganharam muita força. Porém, é inegável dizer que sua popularidade cresceu significantemente com o tempo. Mesmo com a evolução da tecnologia na década de 1990, muitos pensavam que sua ilustração capturava perfeitamente o espírito da "Era da Internet".A imagem acabou sendo reimpressa em inúmeras camisetas, canecas e outras peças de mercadoria — até mesmo inspirando outras ilustrações nos anos seguintes. Contudo, imaginar que tal imagem poderia ser vendida por US$ 175 mil parecia ser loucura. Em 1995, o bilionário <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118223-como-bill-gates-pretende-diminuir-a-luz-do-sol.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bill Gates</a> pagou apenas US$ 200 para usá-la em seu livro The Road Ahead.&nbsp;Apesar do apelo universal dos quadrinhos, esse painel parece ter um significado mais pessoal para Steiner. Durante o leilão, o autor disse ter percebido que "o cartoon é autobiográfico e que trata de ser um impostor ou de se sentir um impostor. Não era nada sobre a internet. Foi sobre a minha sensação de que estou fugindo de alguma coisa."Steiner disse ter tido várias carreiras duvidosas em sua vida e, em todas elas, sentiu-se uma fraude. Embora a relação do cartunista com seu trabalho tenha evoluído, ele admitiu ter ficado impressionado com o poder de permanência dos quadrinhos. "Se isso ainda faz você rir depois de 30 anos, isso é um bom sinal", disse ele a respeito de seu icônico trabalho.&nbsp;</body>

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