Ciência
23/09/2015 às 10:15•2 min de leitura
Na noite desta terça-feira (22), por volta das 19h30, um clarão no céu seguido de um forte estrondo assustou os moradores do oeste do Paraná. Houve relatos de uma bola de fogo cruzando a atmosfera em cidades como Palotina, Assis Chateaubriand, Arapongas, Altônia e muitas outras.
Apesar de o Brasil não ter nenhum órgão oficial para o monitoramento da queda de meteoros, o doutor em astronomia Dietmar Foryta, da Universidade Federal do Paraná, disse que se trata desse acontecimento. “O fenômeno é chamado de fireball e deve ocorrer perto de 500 mil vezes ao ano, sendo que somente umas 3,5 mil são reportadas no mundo”, disse Foryta em entrevista ao site G1.
Nas redes sociais, inúmeras imagens da queima desse meteoro foram compartilhadas. Porém, muitas delas são de outros fenômenos semelhantes e não necessariamente do que atingiu o Paraná nesta terça-feira. Alguns sortudos, entretanto, conseguiram registrar o evento. Foi o caso de Marinalva Munaretto, moradora de Cascavel que filmava seu vizinho andando de patins quando flagrou a bola de fogo. Confira o vídeo:
Assim que viu o meteoro, chamado popularmente de estrela cadente, Marinalva fez um pedido para ganhar na Mega Sena. Mas você sabe de onde vem essa tradição? Reza a lenda que ela começou na Grécia por volta do ano 150 a.C.
O astrônomo Ptolomeu disse, certa vez, que quando os deuses estavam entediados eles ficavam espiando a Terra. Seria nesse momento, então, que algumas estrelas se desprendiam do céu e cruzavam nosso espaço. Por isso, fazer um pedido nessa hora teria uma garantia a mais de ele ser atendido, já que os deuses estariam olhando para nós naquele exato instante.
Essa tradição já dura mais de 2 mil anos e tem variações ao redor do mundo. No Chile, por exemplo, você precisa pegar uma pedra enquanto faz o pedido. Já nas Filipinas, é necessário dar um nó em um lenço para seu desejo ser atendido. Legal, né?
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Você presenciou o fenômeno no Paraná, caro leitor? Compartilhe conosco sua experiência. Mas se você fez um pedido, não nos conte qual foi; afinal, se contar, ele não se realiza, não é mesmo?