Artefato da época da ocupação romana na Grã-Bretanha foi encontrado em perfeitas condições

<p>Um dodecaedro romano de 1.700 anos foi descoberto em Norton Disney, perto de Lincolnshire, no Reino Unido. O objeto foi encontrado por meio de detectores de metal em uma área onde já foram achados broches e moedas da época da ocupação romana na Grâ-Bretanha.</p><p>Desde o seu descobrimento nos recantos do antigo <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Romano</a>, o dodecaedro tem confundido e fascinado historiadores, arqueólogos e entusiastas da história. Feitos de uma liga de cobre, estanho e chumbo, esses artefatos exibem uma variedade de ornamentações e padrões, sugerindo uma possível diversidade de usos.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128680-arqueologos-descobrem-loja-de-vinhos-do-imperio-romano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Arqueólogos descobrem loja de vinhos do império romano</strong></a></li></ul><p>Os dodecaedros romanos são caracterizados por sua forma poliédrica de doze faces, cada uma perfurada por um buraco. Eles variam em tamanho, com alguns sendo tão pequenos quanto uma bola de golfe e outros alcançando o tamanho de uma laranja.</p><h2>Função do dodecaedro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/30/30153452205244.jpg" alt="(Fonte:Grupo de Historia y Arqueología Norton Disney/Reprodução)"><figcaption>Dodecaedro encontrado recentemente na Inglaterra está em perfeitas condições. (Fonte: Grupo de Historia y Arqueología Norton Disney / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O dodecaedro romano foi encontrado em várias partes da Europa, desde o norte da Grã-Bretanha até o leste da Hungria. Apesar de mais de 100 desses artefatos terem sido descobertos, sua função exata permanece desconhecida.</p><p>Não há menção a eles em textos romanos antigos, nem há imagens que os representem. Sua diversidade de tamanhos, ornamentações e locais de descoberta apenas adiciona à sua aura de mistério.</p><h2>Teorias e especulações</h2><p>Diversas teorias foram propostas ao longo dos anos para explicar o propósito do dodecaedro romano. Alguns sugerem que poderiam ser usados como dispositivos para rituais religiosos ou práticas mágicas, instrumentos de medição para a agricultura ou até mesmo brinquedos infantis. Outra teoria afirma que poderiam ter sido utilizados como ferramentas para tricotar luvas, embora essa ideia careça de evidências concretas.</p><h2>Alta tecnologia</h2><p>Embora possa parecer abstrato, o dodecaedro tem várias aplicações práticas em campos como a engenharia e a ciência. Por exemplo, sua forma pode ser utilizada em design arquitetônico, modelagem de cristais e estruturas moleculares, bem como em aplicações de geometria computacional.</p><p>O dodecaedro, como uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108400-cientistas-descobriram-uma-nova-forma-geometrica-no-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">forma geométrica</a>, tem uma conexão intrínseca com a matemática, especialmente na geometria tridimensional e na teoria dos sólidos platônicos.</p><p>Na química, modelos físicos de dodecaedros podem ser usados para representar arranjos atômicos em estruturas cristalinas ou moléculas complexas, auxiliando na visualização e compreensão desses sistemas.</p><h2>Outros artefatos romanos</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03181353671285.jpg" alt="1920px-2018_Rheinisches_Landesmuseum_Bonn,_Dodekaeder_&amp;_Ikosaeder.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03181353718288.jpg 211w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03181353687287.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03181353687286.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03181353921289.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Dodecaedros romanos. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure><p>A Grã-Bretanha é rica em artefatos romanos, resultado da ocupação de quase 400 anos e a influência do Império Romano na ilha. Milhares de moedas romanas foram descobertas em toda a Grã-Bretanha, fornecendo evidências importantes sobre a economia e o comércio durante o período romano.</p><p>Até os famosos banhos romanos estão preservados na cidade de Bath, no sudoeste da Inglaterra. As muralhas romanas de londrinas construídas no século II d.C., são outro exemplo impressionante da presença romana na Grã-Bretanha. Partes dessas muralhas ainda podem ser vistas na área da Cidade de Londres.</p><p>Milhares de moedas romanas foram descobertas em toda a Grã-Bretanha, fornecendo evidências importantes sobre a economia e o comércio durante o período romano. Utensílios domésticos romanos, como cerâmica, vidro, talheres e ferramentas, são comumente encontrados em sítios arqueológicos.</p><h2>Ocupação romana</h2><p>A ocupação romana começou no ano 43 d.C., quando o imperador romano Cláudio lançou uma invasão bem-sucedida da ilha. As forças romanas, lideradas pelo general Aulo Pláucio, desembarcaram no sudeste da ilha e gradualmente avançaram para o norte e oeste, subjugando as tribos celtas locais ao longo do caminho.</p><p>Após a conquista inicial, os romanos dividiram a Grã-Bretanha em várias províncias, incluindo Britânia Inferior (na área que hoje é o sul da Inglaterra) e Britânia Superior (correspondente à parte norte da Inglaterra e ao sul da Escócia).</p><p>A ocupação chegou ao fim no início do século V, quando o Império Romano começou a enfrentar pressões externas e internas. Os romanos gradualmente se retiraram da ilha para concentrar seus recursos em outras partes do império.</p>

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Dodecaedro romano encontrado no Reino Unido intriga pesquisadores

Ilha canadense inacessível tornou-se santuário animal e desperta interesse de turistas aventureiros.

<p>Na remota e misteriosa <strong>Sable Island, no Canadá</strong>, reside um santuário de mistérios e curiosidades que tem intrigado exploradores e navegadores ao longo dos séculos. <strong>Habitada por 560 cavalos selvagens</strong> e apenas alguns poucos seres humanos corajosos, esta ilha desabitada tem uma história rica e envolvente.</p><p>Sable Island é uma estreita faixa de areia, com 45 km de extensão, que desafia as ondas do oceano e as inclemências do clima. Localizada a 175 km da costa da Nova Escócia, a ilha não possui cais nem pista de pouso, tornando o acesso um desafio para os visitantes.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125536-tristao-da-cunha-a-ilha-habitada-no-lugar-mais-remoto-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Tristão da Cunha: a ilha habitada no lugar mais remoto do mundo</strong></a></li></ul><p>Os cavalos selvagens têm suas origens traçadas até os cavalos abandonados pelos Acadianos no século XIX. Desde então, eles têm sobrevivido e prosperado neste ambiente hostil, tornando-se uma parte essencial do ecossistema da ilha.</p><h2>Vida selvagem</h2><figure class="image image_resized" style="width:75%;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162420042211.png" alt="sable-island-conheca-a-ilha-canadense-habitada-por-cavalos-selvagens-banner.png" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162419901210.png 208w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162420229214.png 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162420120212.png 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162420136213.png 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Cavalos selvagens dominam a Sable Island. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure><p>O clima imprevisível e as condições adversas tornam a navegação ao redor de Sable Island perigosa, contribuindo para sua reputação como um lugar de mistério e perigo.</p><p>A combinação de bancos de areia traiçoeiros, correntes oceânicas e nevoeiro denso fez com que muitos navios fossem tragados pelas águas ao longo dos séculos. O local também é um dos maiores cemitérios do Atlântico, com cerca de 350 <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127122-o-naufragio-que-inspirou-a-historia-de-dracula.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">naufrágios</a> que cercam suas águas.</p><p>Pouco visitada ao longo dos séculos, na ilha prosperou uma diversidade impressionante de vida selvagem, incluindo focas, aves marinhas e até 18 espécies de tubarões.</p><h2>Turismo em Sable Island</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162719462225.jpg" alt="GettyImages-164570955 (1).jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162719540227.jpg 234w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162719477226.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162719571228.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162719712229.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>As belezas da ilha são um paraíso para os turistas, especialmente fotógrafos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure><p>O interesse dos turistas em Sable Island é alimentado pela sua reputação como um lugar único e remoto, repleto de mistério e beleza natural. A ilha é um /paraíso para os fotógrafos, oferecendo cenários deslumbrantes e uma luz única que muda ao longo do dia.</p><p>Recentemente designada como parque nacional do Canadá, a ilha continua a atrair aqueles que buscam explorar suas paisagens selvagens e descobrir suas histórias fascinantes.</p><h3>Como chegar</h3><p>Apesar dos desafios logísticos envolvidos em visitar a ilha, muitos viajantes são atraídos pela oportunidade de explorar um ambiente intocado e selvagem, onde a natureza reina soberana.</p><p>A maneira mais comum de chegar a Sable Island é por meio de voos fretados de aeronaves pequenas. Esses voos partem geralmente de Halifax, na Nova Escócia, e são operados por empresas de aviação charter especializadas em voos para locais remotos.</p><p>Alguns aventureiros optam por chegar a Sable Island por meio de embarcações privadas, como veleiros ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/veiculos/102104-iate-de-mais-de-us-2-milhoes-da-bugatti-tem-lareira-e-jacuzzi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">iates</a>. No entanto, essa opção requer planejamento cuidadoso devido às condições imprevisíveis do mar e à falta de instalações de ancoragem na ilha.</p><h2>Mudanças climáticas</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162847708231.jpg" alt="GettyImages-155442956.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162847645230.jpg 245w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162847770232.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162847802233.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03162847802234.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Os cavalos divertem-se nas dunas da ilha. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure><p>As características únicas da paisagem de Sable Island, incluindo suas dunas em constante movimento, tornam-na um laboratório natural sobre os impactos das mudanças climáticas.</p><p>O aumento do nível do mar e a intensificação de tempestades estão acelerando a erosão costeira em Sable Island. As dunas estão sendo erodidas mais rapidamente, levando à perda de habitat para a fauna e flora nativas da ilha.</p>

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Sable Island: conheça a ilha canadense habitada por cavalos selvagens

Ilha dos Açores tem roupa feminina estranha que protege contra a chuva e olhares indesejados.

<p>O <strong>capote e capelo açoriano</strong> é uma peça de vestuário que transcende o simples ato de se vestir, tornando-se um símbolo complexo e multifacetado da identidade cultural e social das Ilhas dos Açores, pertencente a Portugal.</p><p>O traje em si é uma obra de arte funcional, composta por duas peças essenciais: o capote, que envolve o corpo dos ombros aos pés em um pano durável, e o capelo, um amplo capuz sustentado por um arco de osso de baleia.</p><p>Além de seu propósito prático, o capote e capelo era um símbolo de status e tradição. Passado de geração em geração, integrava o dote das mulheres açorianas e, em alguns casos, era até mesmo usado como traje de casamento.</p><h2>Proteção contra o frio</h2><figure class="image image_resized" style="width:75%;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153516446132.jpg" alt="805391.jpeg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153516461133.jpg 113w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153516508134.jpg 364w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153516711136.jpg 546w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153516539135.jpg 728w," sizes="100vw"><figcaption>Mulheres em Açores. (Fonte: Publico.pt / Reprodução)</figcaption></figure><p>O capote e capelo era confeccionado com materiais robustos e duráveis, como tecido forrado com cânhamo, proporcionando uma barreira física contra as intempéries do clima.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128043-o-que-aconteceu-com-o-ouro-brasileiro-levado-por-portugal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>O que aconteceu com o ouro brasileiro levado por Portugal?</strong></a></li></ul><p>Nas ilhas açorianas, onde as condições meteorológicas podem ser imprevisíveis e muitas vezes adversas, essa proteção contra o vento, a chuva e o frio era essencial para o conforto e o bem-estar das mulheres que precisavam se deslocar ao ar livre.</p><p>Nas condições climáticas frequentemente severas das ilhas, essa proteção era fundamental para evitar doenças relacionadas ao frio e à umidade, bem como para manter uma temperatura corporal adequada.</p><h2>Manto de invisibilidade</h2><figure class="image image_resized" style="width:75%;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153718265142.jpg" alt="805393.jpeg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153718265143.jpg 106w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153718328145.jpg 341w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153718312144.jpg 511w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153718343146.jpg 681w," sizes="100vw"><figcaption>Homem e mulher açorianos. (Fonte: Publico.pt / Reprodução)</figcaption></figure><p>A vestimenta proporcionava às mulheres uma forma de se movimentarem pelas ruas de forma relativamente anônima e discreta, o que poderia ser útil em situações em que desejavam evitar a atenção indesejada, especialmente dos marinheiros que desembarcavam nas ilhas em busca de companhia feminina.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128447-por-que-nao-se-deve-levar-roupas-camufladas-em-um-cruzeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Por que não se deve levar roupas camufladas em um cruzeiro?</strong></a></li></ul><p>O capelo amplo e o capote que envolviam completamente o corpo, juntamente com a possibilidade de puxar o capuz para a frente, permitiam que apenas uma pequena parte do rosto e os pés da mulher fossem visíveis.</p><h2>Cores locais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/30/30140229062179.jpg" alt="Roupa tradicional virou cartão postal nas Ilhas Açores. (Fonte: Virtual Memories/Reprodução)"><figcaption>Roupa tradicional virou cartão postal nas ilhas Açores. (Fonte: Virtual Memories / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O azul-escuro e o preto por conta das cores tradicionalmente obtidas por meio de tinturas naturais, muitas vezes derivadas de plantas ou minerais disponíveis localmente.</p><p>Nas Ilhas dos Açores, por exemplo, o pastel-dos-tintureiros (<i>Isatis tinctoria</i>) era uma planta amplamente cultivada para a produção de corantes azuis. Este corante azul, conhecido como "pastel azul", era extraído das folhas da planta e utilizado para tingir <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117210-artista-cria-retratos-incriveis-utilizando-pedacos-de-tecidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecidos</a>, criando assim uma tonalidade intensa e duradoura.</p><h2>Origem e Fim</h2><p>A origem do traje permanece envolta em mistério, com teorias que vão desde uma possível importação da Flandres até uma adaptação de moda portuguesa dos séculos XVII e XVIII. No entanto, sua importância transcende as origens, tornando-se um símbolo arraigado na vida e na cultura açoriana.</p><p>Com o passar do tempo e a modernização dos costumes, o capote e capelo gradualmente caiu em desuso, transformando-se em uma curiosidade histórica. Hoje, é mantido vivo principalmente através das representações folclóricas e da memória coletiva das ilhas.</p>

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A ilha portuguesa que escondia mulheres em um estranh traje

Nas áreas em que tudo estava destruído e o solo envenenado, França estabeleceu zonas vermelhas onde é proibir morar, cultivar ou criar animais.

<p>Cerca de 900 toneladas de munição são recuperadas por ano durante a “colheita de ferro” em antigos campos de batalha da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122077-5-mitos-a-respeito-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>. Esses locais foram estão cheios de artefatos explosivos não-detonados, estilhaços, projéteis, gases e materiais químicos.</p><p>Após o conflito, o governo da França avaliou o estrago do evento bélico em seus 7% de seu território atingido pelas batalhas, separando em três áreas: as zonas verdes, com danos mínimos; as zonas amarelas, com danos pesados, mas limitado; e as zonas vermelhas, locais completamente destruídos e impossíveis de se recuperar.</p><p>Nestas “zonas rouges”, é estritamente proibido viver, cultivar, criar animais e realizar atividades recreativas, devido à contaminação do solo por produtos químicos tóxicos, como arsênico, chumbo e outros metais pesados. Além disso, são comuns encontrar munições não detonadas.</p><h2>Estrago maior que a área de São Paulo</h2><p>Para se ter uma ideia do tamanho do estrago da Primeira Guerra Mundial na França, quando forma definidas, em 1919, eram 1.800 quilômetros quadrados, uma área maior que o município de São Paulo, que tem 1.500 quilômetros quadrados. Quase uma década depois, a área foi reduzida para 490 quilômetros quadrados.</p><p>Hoje, esta área proibida está toda fragmentada e dividida, mas forma um arquipélago que perpassa do norte ao leste do território francês na fronteira com a Suíça, somando uma área de 100 quilômetros quadrados, do tamanho de Paris.</p><p>Na região aconteceu a <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/99783-sata-o-cachorro-de-guerra-que-salvou-a-vida-de-varios-soldados-franceses.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Batalha de Verdun</a>, em 1916, um dos mais longos combates da 1ª Guerra Mundial, que deixou mais de 1,2 milhão de mortos, feridos, desaparecidos ou capturados.</p><h2>Trabalho de limpeza</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/30/30081346378002.webp" alt="As florestas que cresceram nas áreas da guerra ainda oferecem riscos de explosões e intoxicações. (Fonte: F. Lamiot/Reprodução)"><figcaption>As florestas que cresceram nas áreas da guerra ainda oferecem riscos de explosões e intoxicações. (Fonte: F. Lamiot / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A França chegou até a instituir, em 1945, o “Department du déminage”, órgão do governo responsável por limpar e reconstruir as áreas atingidas pela guerra. Os franceses estimam que demorará 700 anos para acabar a limpeza e retirar os projéteis e granadas deixados pela 1ª Guerra Mundial.</p><p>No entanto, o impacto ambiental será muito mais duradouro. Serão necessários 10 mil anos para eliminar gases, ácidos e outros produtos químicos. Até os vinhos franceses são afetados pelo nível de chumbo transferido da madeira de barris de carvalhos antigos nestas zonas.</p><h2>A guerra para acabar com todas as guerras</h2><p>No contexto da 1ª Guerra Mundial, a frase A guerra para acabar com todas as guerras foi utilizada para descrever a crença de que o conflito global em larga escala que ocorreu entre 1914 e 1918 seria tão devastador e traumático que acabaria por impedir futuras guerras.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128014-conheca-cher-ami-o-heroico-pombo-correio-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Conheça Cher Ami, o heroico pombo-correio da Primeira Guerra Mundial</strong></a></li></ul><p>O conflito representou um grande avanço tecnológico, com experimentos e inovações mortais, como gases venenosos, tanques, aviação militar, técnicas de tratamento de feridos em guerra, telefones de campo e telégrafo sem fio. Mas deixou quase 20 milhões de mortes e outros 20 milhões de feridos.</p><p>Esta visão idealista sustentava que a terrível carnificina e destruição da Primeira Guerra Mundial serviriam como um alerta final para a humanidade, levando os países a buscar soluções pacíficas para resolver conflitos futuros e, assim, garantir a paz duradoura. No entanto, como sabemos agora, essa esperança foi, em grande parte, ilusória.</p>

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1ª Guerra Mundial: "zona vermelha" continua poluída após 100 anos do conflito

A espada, apelidada de “Excalibur” por causa das lendas arturianas e descoberta em 1994, em Valência, foi utilizada durante o período de domínio islâmico sobre a Espanha.

<p>Uma equipe do Serviço de Arqueologia da Câmara Municipal de Valência, na Espanha, descobriu a origem da espada “Excalibur” espanhola. Por 30 anos, este artefato permaneceu como um enigma, desafiando os estudiosos a decifrarem sua origem e propósito.</p><p>A espada de ferro foi descoberta em escavações realizadas em Roc Chabàs durante o ano de 1994, com uma ótima conservação. Por suas semelhanças com a legendária arma do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122817-afinal-o-rei-arthur-existiu-de-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rei Arthur</a>, ganhou o apelido de “Excalibur” pelos arqueólogos.</p><p>Apesar do nome, os sedimentos presentes na espada indicam que o objeto era do século X, quando a Espanha estava sob domínio islâmico em um período conhecido como Al-Andalus. Esta é a primeira espada desta era descoberta no local.</p><h2>Excalibur de Roc Chabàs</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/30/30053344138002.webp" alt="Conservação da espada de quase mil anos surpreende pesquisadores. (Fonte: Serviço de Arqueologia do Ayuntamiento de Valencia SIAM/Divulgação)"><figcaption>Conservação da espada de quase mil anos surpreende pesquisadores. (Fonte: Serviço de Arqueologia do Ayuntamiento de Valencia SIAM / Divulgação)</figcaption></figure></figure><p>A espada Excalibur de Roc Chabàs é uma obra-prima de habilidade artesanal e engenhosidade. &nbsp;A arma tem uma lâmina de aproximadamente 46 centímetros de comprimento, com uma curvatura sutil, o que lembra as espadas visigóticas.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/109601-excalibur-italiana-conheca-a-intrigante-lenda-da-espada-de-sao-galgano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Excalibur italiana? Conheça a intrigante lenda da Espada de São Galgano</strong></a></li></ul><p>A lâmina foi feita de ferro de alta qualidade, enquanto o punho moldado em placa entalhada de bronze. A ausência do protetor de mão indica que a espada era utilizada por um espadachim montado do exército do Califa.</p><p>A pesquisa sobre a origem da espada acontece ao mesmo tempo em que o departamento de Arqueologia da Câmara de Valência comemora 75 anos de aniversário. A Excalibur será a estrela de uma exposição de objetos de metálicos que vão desde a época romana até medieval.</p><h2>Domínio islâmico na Europa</h2><p>O domínio islâmico na Europa, especialmente na Península Ibérica, foi um período de grande importância histórica e cultural. Por aproximadamente 800 anos, desde o início do século VIII até o final do século XV, a presença muçulmana na Espanha transformou profundamente a região em todos os aspectos da vida.</p><p>Sob o domínio muçulmano, a Península Ibérica tornou-se um centro de intercâmbio intelectual, onde estudiosos, artistas e pensadores de diferentes origens étnicas e religiosas se reuniam para compartilhar ideias e conhecimentos.</p><p>A arte e a arquitetura islâmicas floresceram, deixando um legado impressionante de mesquitas, palácios e fortalezas com seus intricados padrões geométricos, jardins exuberantes e fontes ornamentadas.</p><h2>Convivência pacífica</h2><p>Apesar da descoberta da espada, o domínio muçulmano na Espanha foi marcado por uma convivência pacífica e tolerância religiosa, onde muçulmanos, judeus e cristãos coexistiam pacificamente e contribuíam para o florescimento da cultura e da civilização.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115498-navio-naufragado-ha-1-3-mil-anos-tem-simbolos-cristao-e-islamico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Navio naufragado há 1,3 mil anos tem símbolos cristão e islâmico</strong></a></li></ul><p>Escolas e universidades foram fundadas, onde estudiosos das três religiões trabalhavam juntos para traduzir e preservar obras clássicas da antiguidade e desenvolver novas ideias e teorias.</p><p>Essa convivência intercultural e inter-religiosa, embora nem sempre perfeita, deixou um legado de coexistência e diversidade que continua a ser valorizado e celebrado até os dias de hoje.</p>

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Pesquisadores desvendam mistério da espada “Excalibur” espanhola

“Alga assassina” considerada o maior organismo unicelular do mundo se tornou uma dor de cabeça para o meio ambiente

<p>A <i>Caulerpa taxifolia</i> é considerada o maior organismo unicelular do mundo, mas ela não é uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124130-a-fascinante-vida-marinha-microscopica-registrada-em-gotas-d-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécie microscópica</a>. Podendo chegar a incríveis 90 cm de cumprimento, essa alga verde tem características únicas de sobrevivência que acabaram se tornando um problema para o ecossistema marinho.</p><p>A <i>C. taxifolia</i> ganhou o apelido de “alga assassina” por conta das toxinas que libera para garantir a sua sobrevivência. Além disso, a planta tem um crescimento descontrolado fora de seu habitat original e compete por luz e nutrientes com outras espécies, o que acaba reduzindo a biodiversidade local.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127779-algas-marinhas-faziam-parte-da-dieta-de-humanos-8-mil-anos-atras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Algas marinhas faziam parte da dieta de humanos 8 mil anos atrás</strong></a></li></ul><p>Nativa das águas quentes do Caribe, do Golfo da Guiné e do norte do Oceano Índico, uma cepa da espécie foi desenvolvida para viver em águas frias e ser utilizada em aquários. Mas a dor de cabeça começou quando o organismo unicelular foi liberado acidentalmente no mar Mediterrâneo pelo Museu Oceanográfico de Mônaco.</p><h2>Sem paredes celulares</h2><p>O gênero Calerpa, que abrange mais de 70 espécies, foi descoberto há 150 anos, e se diferencia das outras plantas por sua ausência de paredes celulares e tecidos especializados. Todas as suas partes, incluindo raízes, hastes e folhas são, na verdade, uma única célula.</p><p>A sua estrutura celular é formada por diversos núcleos com correntes de citoplasmas ligadas a microtúbulos e bastonetes, que partem da área externa para a área interna da planta.</p><p>O organismo celular possui reprodução assexuada e uma enorme capacidade regenerativa. Apenas um pedaço da planta, é capaz de dar origem a um novo indivíduo. Logo após o corte, a alga fecha a parede celular e gera novas raízes e folhas.</p><h2>Facilidade de propagação</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/28/28060401544002.jpg" alt="Cepa desenvolvida para aquários foi liberada no mar e se tornou um problema ecológico. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)"><figcaption>Cepa desenvolvida para aquários foi liberada no mar e se tornou um problema ecológico. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O que torna a <i>Caulerpa taxifolia</i> preocupante é sua capacidade de colonizar uma ampla variedade de substratos marinhos, incluindo rochas, areia, lama e até mesmo tapetes de ervas marinhas.</p><p>Essa adaptabilidade permite que ela se estabeleça em profundidades que variam de menos de 1 metro a aproximadamente 12 metros, o que amplia significativamente seu potencial de invasão e impacto nos ecossistemas costeiros.</p><p>A propagação dessa alga invasora não se limita apenas às proximidades de suas áreas de origem. A dispersão a longa distância ocorre principalmente através da descarga de água de lastro de navios transoceânicos e do despejo ilegal de plantas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127616-a-razao-pela-qual-os-narvais-nao-sobrevivem-em-nenhum-aquario-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquários</a>, permitindo que o organismo unicelular viaje grandes distâncias pelo oceano.</p><h2>Praga</h2><p>O primeiro lugar onde o maior organismo unicelular do mundo se tornou uma praga, foi na Europa. Na década de 1980, a espécie foi identificada na costa da França e se espalhou por milhares de hectares até chegar ao litoral da Croácia. Nos anos 2000, a espécie também foi encontrada na Austrália e nos Estados Unidos.</p><p>Em um lago de San Diego, na Califórnia, foram gastos mais de 7 milhões de dólares ao longo de seis anos para erradicar a planta. Por isso, o estado americano proíbe a posse, venda e o transporte da <i>Caulerpa taxilofia</i>. Além disso, as leis dos EUA também buscam impedir a venda e o transporte interestadual da cepa de aquário.</p>

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Como o maior organismo unicelular do mundo se tornou uma praga?

Um túnel no Sul do Brasil poderia levar a regiões próximas ao mar chinês

<p>Enquanto muitas pessoas costumam brincar dizendo que cavar um buraco na Terra a partir do Brasil levaria até a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128442-por-que-a-china-usa-pandas-como-ferramenta-diplomatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China</a> — ou o Japão —, na prática, isso não é verdade. As antípodas exatas do Brasil caem principalmente no oceano Pacífico. Mas podemos chegar em território chinês cavando um buraco pela Argentina.</p><p>A China está localizada em uma área geralmente oposta ao Oceano Atlântico. No Brasil, apenas um túnel a partir de Coari, no Amazonas, daria em outra cidade no mundo. No caso, Temon, na Malásia. Mas se cavarmos um buraco na província de Entre Ríos, na Argentina, vamos parar em Xangai, na China.</p><h2>O que são antípodas?</h2><p>Os antípodas são pontos exatamente opostos na superfície da Terra. Em outras palavras, se você traçar uma linha reta através do centro da Terra de um lugar, emergirá no ponto oposto do globo. Esse ponto oposto é conhecido como antípoda. Se você estiver em um lugar onde é dia, sua antípoda estará na escuridão da noite.</p><ul><li><strong>Leia também: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128472-grande-buraco-azul-de-belize-conheca-o-misterioso-abismo-aquatico-que-pode-ser-visto-do-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Grande Buraco Azul de Belize: conheça o misterioso abismo aquático que pode ser visto do espaço</strong></a></li></ul><p>Esses pontos são determinados pelas coordenadas geográficas de latitude e longitude. Por exemplo, se você estiver em um local com uma latitude de 30° norte e uma longitude de 45° leste, sua antípoda será um ponto com uma latitude de 30° sul e uma longitude de 135° oeste.</p><h2>É possível cavar um túnel pelo centro da Terra?</h2><p>Na teoria, é possível cavar um túnel pelo centro da Terra para atravessar os 12.742 quilômetros de seu diâmetro, tomando como base a linha do Equador, mas, na prática, isso é extremamente improvável e perigoso. Existem vários desafios que tornam essa ideia praticamente inviável.</p><p>O maior deles é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128454-nucleo-da-terra-oscila-a-cada-8-anos-e-meio-sugere-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">núcleo da Terra</a>, uma esfera de ferro sólido extremamente quente, com temperaturas similares ao da superfície do sol, de até 6.000 °C. Sem contar a pressão que torna inviável a presença de seres humanos ou máquinas por até hoje inventadas.</p><p>Além das altas temperaturas e pressões, você também encontraria rochas sólidas e densas no manto, que seriam difíceis de perfurar, onde as temperaturas também alcançam milhares de graus Celsius e as pressões são extremamente altas.</p><h2>Qual o buraco mais profundo já cavado no planeta?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/28/28232541068002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia/UltraJohnhy/Reprodução)"><figcaption>O projeto do poço superprofundo de Kola previa 15 quilômetros para chegar até o manto da Terra. (Fonte: Wikimedia Commons / UltraJohnhy / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O buraco mais profundo já cavado na Terra é o Poço Superprofundo de Kola, localizado na península de Kola, nos confins do Círculo Polar Ártico, na Rússia. Este poço atingiu uma profundidade impressionante de 12,2 quilômetros e foi cavado durante quase 20 anos.</p><p>Apesar de sua profundidade extraordinária, o Poço de Kola não alcançou o objetivo original de atingir o manto da Terra. O projeto foi interrompido quando a broca estava a apenas um terço do caminho entre a crosta e o manto.</p><p>O Poço Superprofundo de Kola gerou fascínio e até mesmo lendas entre os moradores locais, que acreditam que podem ouvir os gritos das almas torturadas no inferno devido à profundidade do poço.</p>

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Se cavarmos um túnel no Brasil, é possível chegarmos na China?

Gato-do-mato dos Andes vive nas florestas tropicais e regiões montanhosas entre a Costa Rica e Argentina.

<p>Uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual do Maranhão, descobriram <strong>uma nova espécie de felino selvagem</strong>: o gato-tigre-nublado ou gato-do-mato-dos-andes (<i>Leopardus pardinoides</i>). A pesquisa envolveu mais de 1.400 registros de museus e armadilhas fotográficas, além de um estudo genético.</p><p>O animal possui apenas um par de mamas, uma característica que o diferencia de outras espécies do complexo de gatos-do-mato. Com um peso corporal de 2,3 kg, a nova espécie apresenta uma cauda longa, orelhas arredondadas e uma cabeça que lembra a do gato-maracajá.</p><p>A sua pelagem é densa e macia em tons de vermelho, laranja e amarelo acinzentado. As rosetas são grandes e irregulares, muitas vezes fortemente marcadas, e se destacam contra o fundo da pelagem, conferindo uma beleza única para a nova espécie.</p><h2>Habitat natural</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/25/25071017474002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia/Klaus Rudloff/Reprodução)"><figcaption>equeno e adorável, o gato-do-mato-dos-andes se parece com a jaguatirica. (Fonte: Wikimedia Commons / Klaus Rudloff / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O nome tem uma relação direta com o habitat do felino: as florestas nubladas. Esse ecossistema é encontrado em regiões montanhosas das florestas tropicais, em altitudes que variam de 1,5 mil a 3 mil metros com um clima subtropical/temperado, temperaturas amenas e chuvas abundantes.</p><p>A distribuição geográfica do gato-tigre nublado se estende por 11 ecorregiões montanhosas, desde as florestas andinas venezuelanas até o noroeste da Argentina. No entanto, a área central de sua distribuição fica na Colômbia, se estendendo até o Equador.</p><p>A presença do gato-do-mato dos Andes coincide com áreas onde o número de jaguatiricas é baixo ou ausente, indicando uma possível relação ecológica complexa entre esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124348-gatos-selvagens-podem-ser-pets-especialista-explica-as-normas-nacionais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">felinos selvagens</a>.</p><h2>Outras espécies de gato-do-mato</h2><p>Antes da nova descoberta, apenas duas espécies de gato-tigre eram conhecidas: o gato-do-mato-do-norte, ou oncilla (<i>Leopardo tigrinus)</i>, e o gato-do-mato-do-sul, ou tigrina-do-sul (<i>Leopardo gutullus</i>). Este último é conhecido por ter três subespécies, indicando uma diversificação adicional dentro do complexo.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/5-animais-muito-parecidos-que-sao-frequentemente-confundidos" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>5 animais muito parecidos que são frequentemente confundidos</strong></a></li></ul><p>O gato-do-mato-do-norte vive em regiões de cerrado e savana no Brasil e no Escudo das Guianas. É conhecido por seu corpo esbelto e longas pernas, com uma cauda longa e fina. Possui um padrão de rosetas semelhante ao do gato-tigre-nublado, mas com um fundo de cor que pode variar do amarelo-claro ao amarelo-acinzentado.</p><p>Já o gato-do-mato-do-sul é encontrado nas florestas tropicais e subtropicais do bioma Mata Atlântica, no Brasil. A espécie possui um corpo de tamanho médio a grande e uma pelagem com um tom de vermelho/castanho-amarelado, adornada com grandes e numerosas rosetas arredondadas.</p><h2>Ameaças</h2><p>Todas as três espécies de gato-do-mato estão ameaçadas de extinção. A destruição de habitats naturais devido à expansão da agricultura, pecuária e desenvolvimento urbano é uma das maiores ameaças. A fragmentação do habitat pode levar ao isolamento de populações e a um declínio na biodiversidade.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124898-jagleao-o-animal-hibrido-entre-leao-e-onca-pintada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Jagleão: o animal híbrido entre leão e onça-pintada</strong></a></li></ul><p>A caça ilegal, muitas vezes motivada pela procura de peles ou por superstições locais que consideram os gatos-tigre como ameaças aos animais de criação, é outro fator de risco significativo.</p><p>Além disso, as mudanças climáticas estão afetando as florestas nubladas, os habitats dos gatos-tigre. A alteração dos níveis de nebulosidade e precipitação nestas regiões pode levar a seu desaparecimento.</p>

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Nova espécie de gato-do-mato é descoberta por brasileiro na região dos Andes

Após perder braço em uma carona de trem, garoto entrou para a história da medicina por ter seu braço reimplantado com sucesso.

<p>Na década de 1960, um garoto de 12 anos chamado Everett Woodrow Knowles III, conhecido como Eddy, voltava da escola em Boston pegando carona de trem. No entanto, ele acabou entrando para a história da medicina como a primeira cirurgia de reimplante de membro humano realizada com sucesso.</p><p>Ao agarrar a lateral do trem em movimento, seu braço direito foi arrancado violentamente quando passou por um viaduto, resultando em uma amputação imediata. A estreiteza do espaço entre o trem e o viaduto contribuiu para o acidente, causando danos graves e quase fatais.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127972-1-transplante-de-face-e-olho-inteiro-e-bem-sucedido-em-norte-americano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>1º transplante de face e olho inteiro é bem-sucedido em norte-americano</strong></a></li></ul><p>Graças à rápida intervenção dos transeuntes e ao cuidado especializado da equipe médica do Hospital Geral de Massachusetts, liderados pelo renomado cirurgião Dr. Ronald Malt, o desafio aparentemente impossível de reimplantar o braço de Eddy foi alcançado.</p><h2>Cirurgia inovadora</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/28/28065718277002.jpg" alt="Caso ficou conhecido na época como "><figcaption>aso ficou conhecido na época como "milagre de Boston". (The Somer Villes Times / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O processo cirúrgico foi uma maratona intensa de oito horas. Utilizando técnicas cirúrgicas inovadoras, a equipe conseguiu restaurar a circulação sanguínea e a funcionalidade do membro.</p><p>O primeiro passo foi reconectar artérias e veias para restaurar a circulação sanguínea no braço. Os nervos foram cuidadosamente examinados e reconectados para restaurar a sensibilidade e a função nervosa no braço de Eddy. Isso foi fundamental para sua capacidade de sentir e controlar o movimento no membro reimplantado.</p><p>Os cirurgiões também reconstruíram os tecidos moles ao redor do braço de Eddy, incluindo músculos, ligamentos e pele. Isso ajudou a restaurar a forma e a função do braço e a promover a cicatrização adequada.</p><h2>Processo de recuperação</h2><p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127292-pacientes-se-recuperam-melhor-quando-sao-operados-por-mulheres-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recuperação</a> foi um processo longo e gradual, que se estendeu ao longo de vários anos. Após a cirurgia de reimplantação de seu braço direito, ele passou por uma série de procedimentos médicos adicionais.</p><p>Nos anos seguintes, Eddy passou por extensas sessões de reabilitação física e terapia ocupacional, trabalhando para fortalecer os músculos e recuperar a amplitude de movimento em seu braço reimplantado. Ele também recebeu apoio emocional e psicológico para lidar com os aspectos mentais da sua jornada de recuperação.</p><p>Ele conseguiu se adaptar às suas novas circunstâncias e recuperar uma quantidade significativa de funcionalidade do membro. O braço reimplantou não o impediu de trabalhar como motorista e realizar uma série de ações voluntárias.</p><h2>Avanço da medicina</h2><p>O caso de Eddy, que foi documentado em um artigo na revista médica Popular Science e teve um impacto profundo no avanço da medicina, inspirando pesquisas, desenvolvimentos tecnológicos e melhorias na prática clínica que continuam a beneficiar pacientes em todo o mundo.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125430-5-procedimentos-cirurgicos-ancestrais-que-sao-feitos-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>5 procedimentos cirúrgicos ancestrais que são feitos até hoje</strong></a></li></ul><p>A operação demonstrou a viabilidade e eficácia de técnicas de microcirurgia, que são essenciais não apenas para a reimplantação de membros, mas também para outros procedimentos reconstrutivos complexos.</p><p>O sucesso incentivou o desenvolvimento de instrumentos cirúrgicos de precisão, microscópios cirúrgicos e técnicas de imagem avançadas. Essas tecnologias permitem aos cirurgiões realizar procedimentos de reimplantação com maior precisão e eficácia.</p>

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A incrível história do 1º reimplante de um membro humano que deu certo

Competição teve origem em tradição do povo Rapa Nui, da ilha de Páscoa, para decidir quem seria o rei.

<p>Na remota e deslumbrante ilha de Páscoa, no Chile, um cenário de beleza natural deslumbrante serve como palco para uma das competições mais emblemáticas e desafiadoras do mundo: o Triatlo Tau'a Rapa Nui.</p><p>A competição, que evoluiu das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118985-dutrou-bornier-o-colono-que-destruiu-a-historia-da-ilha-de-pascoa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antigas tradições da ilha</a>, é uma celebração profunda das raízes culturais e da resiliência do povo Rapa Nui, bem como uma oportunidade para os participantes testarem suas habilidades físicas em um cenário deslumbrante e desafiador.</p><h2>Quem é o rei?</h2><p>A competição teve suas raízes na antiga tradição da corrida histórica conhecida como Birdman, que era realizada na Ilha de Páscoa até 1866. No evento, os competidores desciam os penhascos da ilha, enfrentavam as águas infestadas de tubarões e escalavam rochas em busca do primeiro ovo posto pela andorinha-do-mar migratória.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124940-conheca-o-mel-mais-puro-do-mundo-feito-na-ilha-de-pascoa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Conheça o mel mais puro do mundo, feito na Ilha de Páscoa</strong></a></li></ul><p>Este ovo, uma vez recuperado intacto e trazido de volta ao topo da ilha, garantia ao líder tribal o direito de se tornar rei no ano seguinte. No entanto, com a chegada da incursão estrangeira, doenças importadas e conflitos internos, o Birdman chegou ao fim em 1866.</p><p>O desejo dos ilhéus de preservar suas tradições e honrar suas raízes culturais permaneceu vivo. Assim, em 1995, durante as celebrações do Tapati, os habitantes locais decidiram recriar uma versão moderna e menos perigosa do Birdman, dando origem ao Triatlo Tau'a Rapa Nui.</p><h2>Remando nas águas do vulcão Rano Raraku</h2><figure class="image image_resized" style="width:75%;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/04/29/29163428421042.jpg" alt="273365098_901711300493933_4154491995904023283_n.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/04/29/29163428421043.jpg 156w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/29/29163428483044.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/29/29163428483045.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/29/29163428561046.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Competição relembra tradições do povo Rapa Nui na Ilha de Páscoa. (Fonte: Haretavana / Divulgação)</figcaption></figure><p>Os competidores iniciam sua jornada adentrando as águas calmas e azul-turquesa da cratera do vulcão adormecido Rano Raraku. O local é sagrado para o povo Rapa Nui, pois está cercado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/126789-a-verdade-por-tras-das-misteriosas-estatuas-da-ilha-de-pascoa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estátuas de pedra Moai</a> que adornam as margens, testemunhas silenciosas de séculos de história e tradição.</p><p>Em suas canoas de junco habilmente construídas, eles enfrentam os desafios da navegação enquanto remam para completar os 400 metros da primeira etapa do triatlo. Os competidores devem enfrentar as correntes e os ventos que podem surgir repentinamente, exigindo ajustes constantes em suas técnicas de remo.</p><p>A competição não se trata apenas de força física, mas também de habilidade e resistência, enquanto os remadores enfrentam as águas tranquilas e as brisas suaves que sopram pela cratera vulcânica.</p><h2>Correndo descalço com cachos de bananas</h2><p>Após a intensa sessão de remo nas águas sagradas do vulcão Rano Raraku, os competidores desembarcam de suas canoas de junco e se preparam para enfrentar uma corrida descalços pela costa acidentada da Ilha de Páscoa.</p><p>Com cachos de bananas em seus ombros, eles iniciam os 1.500 metros de trajeto, sendo os últimos 1.000 metros realizados com um peso adicional de aproximadamente 20 quilos de bananas.</p><h2>Nadando entre boias artesanais</h2><p>A terceira e última etapa do Triatlo Tau'a Rapa Nui mergulha os competidores de volta às águas, mas desta vez para uma corrida de natação entre boias artesanais para percorrer os 400 metros finais da competição.</p><p>À medida que os nadadores cruzam a linha de chegada, eles são recebidos com celebração e aclamação, não apenas por sua conquista pessoal, mas também por sua dedicação em honrar as tradições e o espírito do povo Rapa Nui.</p>

Aléxis Cerqueira Góis