Ciência
06/05/2024 às 14:00•2 min de leituraAtualizado em 06/05/2024 às 14:00
Um dodecaedro romano de 1.700 anos foi descoberto em Norton Disney, perto de Lincolnshire, no Reino Unido. O objeto foi encontrado por meio de detectores de metal em uma área onde já foram achados broches e moedas da época da ocupação romana na Grâ-Bretanha.
Desde o seu descobrimento nos recantos do antigo Império Romano, o dodecaedro tem confundido e fascinado historiadores, arqueólogos e entusiastas da história. Feitos de uma liga de cobre, estanho e chumbo, esses artefatos exibem uma variedade de ornamentações e padrões, sugerindo uma possível diversidade de usos.
Os dodecaedros romanos são caracterizados por sua forma poliédrica de doze faces, cada uma perfurada por um buraco. Eles variam em tamanho, com alguns sendo tão pequenos quanto uma bola de golfe e outros alcançando o tamanho de uma laranja.
O dodecaedro romano foi encontrado em várias partes da Europa, desde o norte da Grã-Bretanha até o leste da Hungria. Apesar de mais de 100 desses artefatos terem sido descobertos, sua função exata permanece desconhecida.
Não há menção a eles em textos romanos antigos, nem há imagens que os representem. Sua diversidade de tamanhos, ornamentações e locais de descoberta apenas adiciona à sua aura de mistério.
Diversas teorias foram propostas ao longo dos anos para explicar o propósito do dodecaedro romano. Alguns sugerem que poderiam ser usados como dispositivos para rituais religiosos ou práticas mágicas, instrumentos de medição para a agricultura ou até mesmo brinquedos infantis. Outra teoria afirma que poderiam ter sido utilizados como ferramentas para tricotar luvas, embora essa ideia careça de evidências concretas.
Embora possa parecer abstrato, o dodecaedro tem várias aplicações práticas em campos como a engenharia e a ciência. Por exemplo, sua forma pode ser utilizada em design arquitetônico, modelagem de cristais e estruturas moleculares, bem como em aplicações de geometria computacional.
O dodecaedro, como uma forma geométrica, tem uma conexão intrínseca com a matemática, especialmente na geometria tridimensional e na teoria dos sólidos platônicos.
Na química, modelos físicos de dodecaedros podem ser usados para representar arranjos atômicos em estruturas cristalinas ou moléculas complexas, auxiliando na visualização e compreensão desses sistemas.
A Grã-Bretanha é rica em artefatos romanos, resultado da ocupação de quase 400 anos e a influência do Império Romano na ilha. Milhares de moedas romanas foram descobertas em toda a Grã-Bretanha, fornecendo evidências importantes sobre a economia e o comércio durante o período romano.
Até os famosos banhos romanos estão preservados na cidade de Bath, no sudoeste da Inglaterra. As muralhas romanas de londrinas construídas no século II d.C., são outro exemplo impressionante da presença romana na Grã-Bretanha. Partes dessas muralhas ainda podem ser vistas na área da Cidade de Londres.
Milhares de moedas romanas foram descobertas em toda a Grã-Bretanha, fornecendo evidências importantes sobre a economia e o comércio durante o período romano. Utensílios domésticos romanos, como cerâmica, vidro, talheres e ferramentas, são comumente encontrados em sítios arqueológicos.
A ocupação romana começou no ano 43 d.C., quando o imperador romano Cláudio lançou uma invasão bem-sucedida da ilha. As forças romanas, lideradas pelo general Aulo Pláucio, desembarcaram no sudeste da ilha e gradualmente avançaram para o norte e oeste, subjugando as tribos celtas locais ao longo do caminho.
Após a conquista inicial, os romanos dividiram a Grã-Bretanha em várias províncias, incluindo Britânia Inferior (na área que hoje é o sul da Inglaterra) e Britânia Superior (correspondente à parte norte da Inglaterra e ao sul da Escócia).
A ocupação chegou ao fim no início do século V, quando o Império Romano começou a enfrentar pressões externas e internas. Os romanos gradualmente se retiraram da ilha para concentrar seus recursos em outras partes do império.