Imagem de Maior reserva de lítio do mundo está em vulcão nos EUA no megacurioso

Com a descoberta da reserva de lítio na Caldeira McDermitt, os EUA deveram se tornar um dos líderes no controle mundial de lítio

<head></head><body><p>Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Columbia e da Lithium Americas Corporation pode ter descoberto um verdadeiro tesouro nos Estados Unidos: a maior reserva de lítio de todo o mundo.</p><p>O lítio é um mineral amplamente usado na indústria. Seus compostos são utilizados desde na fabricação de borrachas até <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122441-como-o-litio-revolucionou-o-tratamento-para-transtornos-mentais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicamentos</a>. Contudo, é na produção de baterias elétricas que o metal está se destacando.</p><p>Isso porque vários setores da economia mundial estão buscando formas de emitir menos poluentes relacionados às mudanças climáticas. Dessa forma, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108606-mito-ou-realidade-conheca-7-fatos-sobre-baterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uso de baterias</a> elétricas por máquinas e veículos tem demandado lítio. Em outubro de 2022, o preço por tonelada desse metal bateu recordes: US$ 74.475, mais de R$ 360 mil no câmbio atual.</p><p>Até então, a maior reserva desse minério estava localizada na América do Sul. Era no chamado “Triângulo do Lítio”, que compreende Argentina, Chile e Bolívia, onde se encontrava 60% de todo o lítio conhecido no mundo. Ainda assim, o maior produtor desse minério está na Oceania — a Austrália produz quase a metade de todo o lítio usado no mundo (46%), seguida pelo Chile (32%), China (10%) e Argentina (8%).</p><p>Mas esses dados parecem refletir o passado, já que a descoberta publicada na revista <em>Science</em> deve colocar os Estados Unidos como um dos maiores produtores e exportadores do minério.</p><h2>EUA teriam o dobro do lítio que a Bolívia</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/20/20123630268173.jpg" alt="Salar de Uyuni concentra uma das maiores reservas de lítio do mundo. (Fonte: Getty Images)"><span class="desc">Salar de Uyuni concentra uma das maiores reservas de lítio do mundo. (Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>A reserva de lítio boliviana, localizada no Salar de Uyuni, era considerada a maior do mundo, com 23 milhões de toneladas métricas do metal. Já a reserva localizada na Caldeira McDermitt, nos EUA, pode ter até 40 milhões de toneladas métricas.</p><p>A Caldeira McDermitt é uma formação geológica de origem vulcânica. Todo esse lítio recém-descoberto está localizado em uma gigantesca cratera de vulcão e surgiu devido às suas atividades, que ocorreram há cerca de 16 milhões de anos.</p><h2>Descoberta deve impactar a geopolítica</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: (Benson et al. (2023))&nbsp;" data-fonte-url="https://www.popsci.com/uploads/2023/08/30/mcdermitt-caldera-lithium-map.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/20/20123751172175.jpg" alt="Mapa mostrando a extensão da reserva encontrada nos EUA. (Fonte: Reprodução / Benson et al. 2023)"><span class="desc">Mapa mostrando a extensão da reserva encontrada nos EUA. (Fonte: Reprodução / Benson et al. 2023)</span></span></p><p>Atualmente, os EUA dependem do lítio importado, principalmente do material vindo da China. Mais do que isso, a maior fabricante de baterias elétricas para carros do mundo está na China (CATL) — que lidera esse setor. Sendo assim, havia um temor nos EUA de que a dependência por lítio fizesse com que o país ficasse para trás economicamente.</p><p>Além disso, os olhos voltados à América do Sul renderam polêmicas. Elon Musk, dono da fabricante de carros elétricos Tesla, disse em uma rede social que daria um golpe de Estado na Bolívia para ter acesso ao lítio, caso fosse preciso.</p><p>Ao mesmo tempo, Argentina, Chile e Bolívia acreditavam que a exploração do metal poderia dar grande destaque à região nos próximos anos. Todo esse cenário deve mudar agora. &nbsp;</p><h2>Poluição ambiental pode ser entrave para a exploração</h2><p>A exploração de lítio na reserva da Caldeira McDermitt não promete ser tranquila. Além de minério, a região concentra reservas de água subterrâneas que poderiam ser contaminadas pela mineração. Ademais, a Caldeira McDermitt é considerada sagrada por grupos indígenas que já demonstraram serem contrários à mineração, devido ao impacto no solo e na vida dos animais.</p></body>

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Maior reserva de lítio do mundo está em vulcão nos EUA

Imagem de Quem foi Artusi, autor do livro que "inventou a culinária italiana"? no megacurioso

Pellegrino Artusi foi o autor da obra La Scienza in Cucina e L’Arte di Mangiar Bene, considerada fundamental na Itália

<head></head><body><p>A culinária italiana é uma das mais famosas do mundo — e muita dessa fama se deve a um único livro: <em>La Scienza in Cucina e L’Arte di Mangiar Bene</em> (A Ciência na Cozinha e a Arte de Comer Bem), publicado pela primeira vez em 1891 e escrito por Pellegrino Artusi.</p><p>Essa obra conseguiu organizar aquilo que no futuro entenderíamos como cozinha italiana, pois no seu ano de lançamento a própria <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/45473-proxima-parada-italia-um-dos-mais-proeminentes-bercos-culturais-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Itália</a> não conseguia definir o que era a sua culinária, uma vez que o país havia se unificado há cerca de apenas 20 anos.</p><p>Sendo assim, esse livro de receitas se tornou relevante para a formação da identidade do povo italiano, por meio de algo que eles gostavam (e ainda gostam): comer bem!</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: RUELLERUELLE / ALAMY&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/4P7G7mxV0rZ152hVgtJr97wIp767bjAQGh23Q8ymjgw/rs:fill:12000:12000/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy9hN2U1YjRmYTM3/YWY2YTY0OTFfMlBN/MERCVC5qcGc.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/13/13153818155266.jpg" alt="(Fonte: Reprodução: RUELLERUELLE / ALAMY)"><span class="desc">(Fonte: Reprodução: RUELLERUELLE / ALAMY)</span></span></p><h2>Quem foi Pellegrino Artusi?</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Fonte: Reprodução: A COLEÇÃO DE ARTE FOTOGRÁFICA / ALAMY &amp; EPISGRAFISTA / DOMÍNIO PÚBLICO&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/IwVZ2X89jcxKR_ymbJjCazMQu8-xaH-HrY6GZ0EcX7I/rs:fill:12000:12000/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy9lOTU5NDNjNy01/MDg0LTQ0MjYtYmI0/ZS0xMGIyYzZmMzVm/YjEzMzRmMTQzMmM3/YmQ5ZTIxNjdfaW1h/Z2UgKDIpLmpwZw.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/13/13153956504267.jpg" alt="(Fonte: Reprodução: A COLEÇÃO DE ARTE FOTOGRÁFICA / ALAMY &amp; EPISGRAFISTA / DOMÍNIO PÚBLICO)"><span class="desc">(Fonte: Reprodução: A COLEÇÃO DE ARTE FOTOGRÁFICA / ALAMY &amp; EPISGRAFISTA / DOMÍNIO PÚBLICO)</span></span></p><p>O autor do mais importante livro de receitas italiano não era um cozinheiro. Artusi era um homem rico que fez fortuna como comerciante de tecidos. Ao se aposentar, ele decidiu se dedicar às atividades que lhe traziam prazer, como a leitura e o estudo. Um de seus passatempos prediletos era assistir a palestras nas universidades, o outro era pesquisar receitas.</p><p>A coleção era tão grande que seus amigos o incentivaram a organizá-las em um livro. Artusi fez isso aos 71 anos, mas nenhuma editora se interessou pelo projeto. Ainda assim, ele acreditava que a obra tinha que ser publicada e bancou inteiramente a primeira edição. O livro foi um sucesso de vendas, tornando-se um símbolo da gastronomia da Itália.</p><h2>O que explica a popularidade dessa obra?</h2><p>São muitos os elementos que fazem do livro <em>La scienza in cucina e l’arte di mangiar bene</em> um sucesso. O primeiro deles é o momento <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110707-5-lugares-para-fugir-dos-turistas-na-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">histórico da Itália</a>. Na ocasião da publicação dessa obra, a Itália era um país com apenas 20 anos. Antes disso, aquela região era formada por estados independentes, cada um deles com uma cultura e dialetos próprios.</p><p>Artusi escreveu em italiano, língua que era ensinada nas escolas como idioma do país desde a unificação e que, anteriormente, era apenas o dialeto da região da cidade de Siena. Além disso, as receitas tinham origens variadas, o que fazia com que os leitores se sentissem representados, ao mesmo tempo que descobriam novos sabores do país.</p><p>A unificação da Itália ajudou as pessoas a vencerem a pobreza. A classe média cresceu, mais pessoas sabiam ler e queriam comer bem. Essa mudança socioeconômica também favoreceu a obra. E para ajudar, o livro não era para chefes de cozinha, sem ser técnico, nem mesmo científico, como o título sugeria. A linguagem acessível também foi importante para popularizá-lo.</p><p>“Quem frequenta restaurantes poderá formar uma ideia da grande variedade dos gostos das pessoas. Com exceção dos devoradores, que tal como lobos não são capazes de distinguir entre, por exemplo, um bolo de marzipã e um prato de espinafres, você ouvirá às vezes um prato ser endeusado por alguns, por outros será tido como medíocre, e por algumas pessoas ainda, será até mesmo considerado péssimo, rejeitado”, opina Artusi em seu livro.</p><h2>Um livro que abraçou o mundo</h2><p>Artusi era um homem curioso, que valorizava as outras culturas. Em seu livro, há uma receita de cuscuz, cuja origem é o Oriente Médio. Ele também agradece a amigos judeus por terem lhe apresentado aos sabores da berinjela e da erva-doce, hoje amplamente considerados ingredientes cruciais na culinária italiana.</p><p>Tudo isso levanta um debate que pode irritar os italianos: o de que a sua culinária tem origem, ou pelo menos inspiração, em diversas receitas e ingredientes estrangeiros. Artusi morreu em 1911. Nesse ano, seu livro já havia sido atualizado, contando com mais de 900 receitas.</p></body>

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Quem foi Artusi, autor do livro que 'inventou a culinária italiana'?

Imagem de Fazer sexo no espaço está mais perto do que pensamos no megacurioso

Cientistas debatem as consequências físicas e até jurídicas da prática sexual no espaço. NASA não proíbe o sexo entre astronautas, mas não o incentiva

<head></head><body><p>Quando falamos em turismo espacial, é possível que imaginemos apenas a experiência contemplativa de ver o Universo por um ângulo totalmente novo. A indústria aeroespacial está se desenvolvendo rapidamente e é provável que um dia possamos tirar férias fora da Terra.</p><p>Talvez até mesmo a sua viagem de lua-de-mel poderá ser feita na própria Lua ou em Marte. Você já pensou sobre isso? Isso levanta uma questão: será possível transar no espaço? Responder essa pergunta ainda não é tão simples.</p><h2>Sexo no espaço pode ser muito desgastante</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/06/06113701096184.jpg" alt="Fonte: Getty Images"><span class="desc">Fonte: Getty Images</span></span></p><p>Vamos começar pelo básico: nosso corpo evoluiu para que pudéssemos transar aqui na Terra com as condições que o planeta oferece. De modo geral, nosso corpo tende a sofrer muito só de estar no espaço, sem que nenhum exercício físico adicional seja necessário para isso.</p><p>Perda de massa muscular, ganho de estatura, perda de massa óssea e mudanças no sistema circulatório são algumas das consequências já conhecidas de se viajar ao espaço. Tudo isso não ocorre do dia para noite, mas com o passar de semanas.</p><p>Ao mesmo tempo, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122879-dia-do-sexo-como-funciona-nosso-cerebro-durante-a-relacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sexo é uma atividade física</a> que exige muito do nosso organismo. Logo, as mudanças que o corpo sofre com essa viagem poderiam inviabilizar as atividades sexuais no médio ou longo prazo.</p><p>Além disso, o sexo sem gravidade seria um pouco complicado. Como você já sabe, os astronautas ficam flutuando em suas estações de trabalho — e transar assim pode não ser fácil. Logo, seria preciso criar mecanismo para estabilizar os movimentos e permitir que o ato aconteça.</p><h2>Gravidez espacial ainda é uma incógnita</h2><p>Outro ponto relacionado às atividades sexuais no espaço seria a possibilidade de uma gestação humana saudável existir. Até agora, os cientistas pouco sabem se um embrião humano seria capaz de se desenvolver adequadamente em condições tão diferentes das encontradas neste planeta — e descobrir isso é importante para a colonização espacial.</p><p>Um estudo feito com camundongos mostrou que a gestação das ratas foi comprometida nesse tipo de ambiente. “Anteriormente, ratas grávidas foram enviadas ao espaço para explorar se a ausência de peso afetava o desenvolvimento embrionário e o parto de mamíferos. Embora a exposição à órbita baixa da Terra durante o meio ao final da gestação não cause danos observáveis no desenvolvimento fetal, os ratos durante o início da gestação não conseguem produzir descendentes”, explica o estudo publicado na revista <em>NSR</em>.</p><h2>Lacuna jurídica já é um desafio</h2><p>Além das questões biológicas, há também as questões jurídicas. O sexo no espaço deve ser incentivado? Caso ele cause problemas na saúde dos participantes, a agência espacial poderia ser processada por negligência?</p><p>Essas perguntas já foram feitas pelos advogados das principais agências espaciais, como a NASA, e até existem orientações sobre o tema. A agência americana proíbe casais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120776-6-astronautas-mais-jovens-a-desbravar-o-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">astronautas</a> de viajarem juntos e pede a eles para que eles mantenham “padrões profissionais de comportamento”, ainda que não proíba explicitamente o sexo.</p><p>Pesquisadores canadenses argumentaram que se a espécie humana pretende ter colônias fora do planeta, seria importante incentivar a prática, para entender todas as dinâmicas envolvidas, já que não há estudos sobre o sexo sem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118119-o-que-e-a-gravidade-e-qual-sua-importancia-para-nos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gravidade</a> e desenvolvimento de vida humana fora da Terra.</p></body>

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Fazer sexo no espaço está mais perto do que pensamos

Imagem de Cientistas desenvolvem rins com 60% de células humanas em porcos no megacurioso

Pesquisadores chineses conseguiram fazer com que embriões suínos geneticamente modificados dessem origem a rins humanos

<head></head><body><p>No início do mês de setembro, pesquisadores chineses realizaram um avanço científico inovador. Pela primeira vez na história, órgãos humanos conseguiram ser cultivados em outros animais. No caso dessa pesquisa, os cientistas conseguiram "cultivar" rins humanos em embriões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123210-por-que-nao-bebemos-leite-de-porco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">porcos.</a></p><p>Esses embriões foram geneticamente modificados para que não produzissem rins suínos. Além disso, células-tronco humanas foram inseridas nos embriões, incentivando-os a produzir rins humanos. Depois, os embriões eram introduzidos em mães porcas substitutas, com o objetivo de levar o desenvolvimento dos embriões a diante e gerar os novos órgãos.</p><p>Os porcos foram escolhidos porque seus órgãos têm semelhança com os órgãos humanos. A gestação foi interrompida com cerca de um mês. Os pesquisadores notaram que alguns embriões haviam conseguido produzir rins com os tamanhos e características esperados para aquele momento da gestação. Eles continham cerca de 50% a 60% de células humanas.</p><p>O estudo é considerado promissor e inovador, pois esse tipo de resultado nunca havia sido testemunhado antes. “Órgãos de ratos foram produzidos em camundongos e órgãos de camundongos foram produzidos em ratos, mas tentativas anteriores de cultivar órgãos humanos em porcos não tiveram sucesso”, disse Liangxue Lai, autor sênior do estudo desenvolvido pela Academia Chinesa de Ciências e da Universidade Wuyi.</p><h2>Descoberta resolve o problema de falta de órgãos para transplante?</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: J. Wang et al/Cell Stem Cell 2023&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/gGnLY7eXdqNPFdJ7pP5TSB-1024-80.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/23/23180920639008.jpg" alt="Fonte: Reprodução: J. Wang et al/Cell Stem Cell 2023"><span class="desc">Fonte: Reprodução: J. Wang et al/Cell Stem Cell 2023</span></span></p><p>A descoberta chinesa é um grande passo para o desenvolvimento de órgãos saudáveis em laboratório, mas a humanidade ainda está distante do dia em que bastará solicitar um órgão a um laboratório e esperar ele ser produzido dessa maneira — então, cuide dos seus rins, reduzindo o consumo de sal e bebendo água.</p><p>Um dos grandes desafios que ainda precisarão ser vencidos é lidar com a rejeição que o corpo humano desenvolverá ao receber um rim criado em laboratório.</p><p>Os cientistas ainda afirmaram que as células humanas não parecem ter interferido no desenvolvimento dos embriões de porcos para além da produção dos rins, o que era o esperado.</p><p>“Vimos poucas células neurais humanas no cérebro e na medula espinhal dos embriões e nenhuma célula humana na crista genital, indicando que as células-tronco pluripotentes humanas não se diferenciaram em células germinativas”, dizem os investigadores.</p><h2>Cientistas já haviam tentado manter homem vivo usando coração de um porco</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Fonte: University of Maryland School of Medicine/Shutterstock&nbsp;" data-fonte-url="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14090836155047.jpg?ims=610x"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/23/23181515238010.jpg" alt="Fonte: Reprodução: Fonte: University of Maryland School of Medicine/Shutterstock"><span class="desc">Fonte: Reprodução: Fonte: University of Maryland School of Medicine/Shutterstock</span></span></p><p>Os estudos envolvendo os órgãos suínos não são uma novidade. No ano passado, um homem com morte cerebral foi mantido vivo para que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121360-morre-paciente-que-recebeu-1-transplante-de-coracao-de-porco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pudesse receber um novo coração vindo de um porco.</a></p><p>A cirurgia foi feita no Centro Médico da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. O homem se chamava David Bennett Sr. e tinha 57 anos. Ele tinha uma grave doença cardíaca e recebeu um coração de um porco geneticamente modificado. Dois meses após o procedimento, David veio a óbito.</p><p>Ainda assim, os pesquisadores classificaram a cirurgia como inovadora e importante. “Como acontece com qualquer cirurgia de transplante pioneira no mundo, esta levou a <em>insights&nbsp;</em>valiosos que, esperançosamente, informarão os cirurgiões de transplante para melhorar os resultados e potencialmente fornecer benefícios que salvem vidas de futuros pacientes”, disse a equipe de pesquisa em comunicado.</p></body>

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Cientistas desenvolvem rins com 60% de células humanas em porcos

Imagem de Elefantes podem usar nomes para se referirem uns aos outros no megacurioso

Pesquisa sugere que os elefantes emitem sons específicos para chamarem cada indivíduo do bando, como se dessem nomes aos membros da manada

<head></head><body><p>Você já parou para pensar no quão fascinante é a ideia de ter um nome? Quando dito em voz alta, trata-se de um som que as pessoas emitem para se referir a você. Chamar alguém pelo seu nome dá a essa pessoa identidade e contribui para a criação de laços sociais. É algo extremamente complexo, que só vemos na espécie humana.</p><p>Contudo, pesquisadores da Universidade Estadual do Colorado, nos Estados Unidos, afirmam que outra espécie de animal também teria a capacidade de chamar seus colegas de grupo por nomes individualizados: os elefantes africanos.</p><p>A hipótese sugere que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125195-humanos-e-elefantes-sao-muito-mais-similares-do-que-voce-imagina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elefantes&nbsp;</a>emitem um som específico para chamarem outros elefantes, de forma semelhante à nossa espécie. &nbsp;O estudo analisou o comportamento de animais em duas regiões do Quênia, o ecossistema Samburo, ao norte do país, e o Parque Nacional Amboseli, ao sul.</p><p>Os pesquisadores identificaram 625 ocorrências desses chamados. A maioria dessas ocorrências (597) ocorreu entre animais do mesmo grupo familiar. Foram identificados 114 chamadores únicos, ou seja, animais que usaram o mesmo som para chamar outro elefante, e 119 receptores únicos, animais que foram chamados por outros animais.</p><p>Isso significa que 114 elefantes usaram sons únicos para chamarem outros 119 animais. “Até onde sabemos, este estudo apresenta a primeira evidência de endereçamento vocal de membros da mesma espécie sem imitação dos chamados do receptor em animais não humanos”, afirma o artigo.</p><h2>Pesquisadores gravaram os sons para chamar os elefantes</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/18/18151350744201.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Os cientistas decidiram verificar se os elefantes respondiam ao som de seus chamados quando eles eram reproduzidos por uma máquina, como um alto-falante. 17 animais foram submetidos a esse teste e, de fato, eles se aproximavam dos pesquisadores rapidamente quando eles reproduziam o som correspondente ao seu chamado, que fora emitido por outro elefante e gravado pelos cientistas. Cada animal respondia ao seu chamado individual, reforçando a ideia de que esse som funcionaria como um tipo nome próprio.</p><p>“Devido à sua dinâmica social, os elefantes estão muitas vezes fora da vista dos seus parceiros sociais estreitamente ligados e produzem ruídos de contato para se comunicarem a longas distâncias”, explicam os autores.</p><p>Dessa forma, essa capacidade ajudaria os bandos a se organizarem melhor, orientando-os a respeito da localização do grupo e protegendo a unidade da manada contra perigos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127348-predadores-estao-longe-de-serem-os-viloes-da-natureza-defende-pesquisador.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como os predadores</a>. Sendo assim, os laços sociais entre os animais seriam fortalecidos.</p><p>É importante esclarecer que essa característica dos elefantes africanos não é idêntica à capacidade humana de linguagem. Não é como se esses animais usassem estruturas vocais complexas, como frases, para se comunicarem entre si. Mesmo assim, não deixa de ser fascinante a hipótese de os elefantes entenderem que são animais únicos na manada e desenvolverem um método para se comunicarem, respeitando essa individualidade.</p><h2>População de elefantes africanos passou de 26 milhões para apenas 400 mil</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/18/18151456786203.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Cientistas estimam que antes dos europeus pisarem no continente africano, a população de elefantes africanos era de até 26 milhões de animais. Com o passar dos séculos, esse número caiu drasticamente, chegando à estimativa atual de 400 mil animais. A principal ameaça aos elefantes segue sendo a caça, quando não se tornam vítimas de caçadores, esses animais podem viver até os 70 anos.</p></body>

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Elefantes podem usar nomes para se referirem uns aos outros

Imagem de Ai-Khanoum: a cidade grega soterrada no Afeganistão  no megacurioso

Cidade perdida Ai-Khanoum foi completamente saqueada e agora está ameaçada pelo talibãt

<head></head><body><p>Uma cidade planejada no meio de um local seco, quente e sem nada. Não, este texto não é sobre a construção de Brasília. Muito antes da nossa capital, os gregos decidiram criar uma metrópole longe de sua casa, uma cidade moderna que ficou onde hoje é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103317-15-imagens-que-mostram-o-afeganistao-antes-do-regime-do-taliba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Afeganistão</a>. Trata-se de Ai-Khanoum.</p><p>A existência dessa cidade ficou desconhecida por milênios. Isso porque ela foi completamente encoberta por toneladas e toneladas de areia e terra. Reza a lenda que sua descoberta foi fruto do acaso. O rei afegão Mohammad Zacher Chach caçava no deserto quando teria avistado um vestígio de torre.</p><p>Sem uma equipe de especialistas em seu país, ele teria pedido para que um time de arqueólogos franceses investigasse o fato. Foi assim que a cidade perdida grega foi descoberta, no ano de 1961.</p><h2>Cidade teria sido construída no Império Selêucida</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Musée Guimet&nbsp;" data-fonte-url="https://www.messynessychic.com/wp-content/uploads/2023/06/4.-Screenshot-2023-06-21-at-17.36.45-2.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/13/13130438853174.jpg" alt="Fotos da expedição que investigou a cidade: Reprodução: Musée Guimet"><span class="desc">Fotos da expedição que investigou a cidade: Reprodução: Musée Guimet</span></span></p><p>O Império Selêucida teria sido criado por um ex-general de Alexandre, o Grande, chamado Seleuco I Nicator. Esse império teria durado cerca de 200 anos (312 a.C. a 63 a.C.).</p><p>A ideia de Seleuco era continuar o projeto de Alexandre, criando um império enorme, que unisse o Norte da África, o Leste da Europa e o Oeste da Ásia sob um único governo, mas sem desrespeitar as culturas e religiões locais.</p><p>O projeto foi bem-sucedido por séculos, mas com o tempo, controlar tantas regiões diferentes, que desejavam independência, tornou-se impossível — situação que se repetiria com o Império Romano, séculos depois.</p><p>A decadência do Império Selêucida poderia ser uma das explicações sobre a falência da cidade, que não foi reconstruída após sua destruição.</p><h2>Como era viver em Ai-Khanoum?</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Musée Guimet&nbsp;" data-fonte-url="https://www.messynessychic.com/wp-content/uploads/2023/06/6.-Screenshot-2023-06-21-at-17.38.35-2-930x617.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/13/13130619196175.jpg" alt="Reprodução: Musée Guimet"><span class="desc">Reprodução: Musée Guimet</span></span></p><p>A cidade ficava sob os pés das montanhas. Sua acrópole ficava sobre um penhasco nas redondezas. A acrópole tinha muitas funções na civilização grega: era local de culto a Zeus, mas também servia como abrigo para os moradores, no caso de invasões.</p><p>As ruas da cidade eram planejadas para se adaptarem ao terreno seco do deserto. A cidade contava com teatros e templos cuja capacidade era de cerca de 5 mil pessoas.</p><p>O palácio da cidade contava com 118 colunas coríntias gregas, algumas delas com quase seis metros de altura. Ao sul dessa construção, havia uma gigantesca praça aberta de 27 mil m<sup>2</sup>. O palácio ainda tinha 21 salas criadas apenas para guardarem itens valiosos. As paredes dos palácios, templos e teatros ainda eram ornamentadas com estátuas e pinturas altamente refinadas.</p><h2>Ruínas de Ai-Khanoum podem desaparecer</h2><p>Desde a descoberta, na década de 1960, a cidade perdida de Ai-Khanoum tem enfrentado duras batalhas. Nos anos de 1980 e 1990, ela foi totalmente saqueada. Alguns itens arqueológicos foram recuperados, mas muita coisa ainda está desaparecida.</p><p>Ao mesmo tempo, as guerras também destruíram a região — e foram muitas desde então. Agora, a nova ameaça às ruínas de Ai-Khanoum é a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119658-6-fatos-para-entender-retorno-do-taliba-ao-poder-no-afeganistao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ascensão do Talibã</a>. O grupo tem como objetivo limpar quaisquer resquícios de um passado afegão não islâmico. Em 2001, estátuas gigantescas de Buda foram destruídas, por exemplo.</p></body>

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Ai-Khanoum: a cidade grega soterrada no Afeganistão 

Imagem de Suco de toranja, leite e alguns chás podem ser muito perigosos se misturados com remédios, diz estudo no megacurioso

Algumas bebidas, como o leite, podem ter efeitos catastróficos quando consumidas com medicamentos

<p>As frutas s&atilde;o alimentos importantes para uma dieta saud&aacute;vel, pois s&atilde;o ricas em fibras, vitaminas e sais minerais. Contudo, algumas delas n&atilde;o devem ser consumidas ao mesmo tempo em que se toma um medicamento, pois podem mudar completamente a forma como o corpo lida com aquela droga. <strong>O caso mais comum &eacute; o da toranja, uma fruta popular nos EUA, cujo consumo pode, em casos extremos, levar a pessoa a &oacute;bito</strong>.</p>
<p>Para entender a din&acirc;mica dos alimentos e dos medicamentos em nosso organismo, precisamos nos lembrar das aulas de Qu&iacute;mica e Biologia. A toranja &eacute; rica em uma classe de compostos qu&iacute;micos chamados furanocumarinas, que sozinhos n&atilde;o fazem mal &agrave; sa&uacute;de. Contudo, esses compostos estimulam nosso corpo a produzir algumas enzimas em menor quantidade.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/21/21134221707119.jpg" alt="Modelo em 3D da enzima CYP3A4. (Fonte: Getty Images)" /><span class="desc">Modelo em 3D da enzima CYP3A4. (Fonte: Getty Images)</span></span></p>
<p>As duas furanocumarinas presentes na toranja s&atilde;o a bergamotina e a dihidroxibergamotina. Esses compostos qu&iacute;micos fazem com que o f&iacute;gado e o intestino delgado reduzam a produ&ccedil;&atilde;o de uma enzima chamada Citocromo P450 3A4 (ou CYP3A4). Essa enzima &eacute; fundamental para a absor&ccedil;&atilde;o de muitos medicamentos, pois ajuda o corpo a quebrar as drogas ingeridas e possibilita a sua elimina&ccedil;&atilde;o.</p>
<p>Ent&atilde;o, os laborat&oacute;rios criam seus medicamentos contando com a a&ccedil;&atilde;o da CYP3A4. Sem ela, o paciente pode ter efeitos adversos, como uma superdosagem &mdash; algo que, em casos raros, poderia lev&aacute;-lo a uma overdose.</p>
<p><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127080-por-que-a-dipirona-e-proibida-nos-eua-japao-e-parte-da-europa.htm" target="_blank" rel="sponsored"><span>Por que a dipirona &eacute; proibida nos EUA, Jap&atilde;o e parte da Europa?</span></a></strong></p>
<h2>Sem a enzima CYP3A4, o medicamento pode n&atilde;o fazer efeito</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/21/21134557747125.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" /><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p>
<p>A combina&ccedil;&atilde;o "toranja + medicamento" ter&aacute; efeito diferente para cada tipo de droga ingerida. No caso de antial&eacute;rgicos, o consumo do suco da fruta pode reduzir a efic&aacute;cia do rem&eacute;dio. Em outros casos, o paciente pode lidar com sintomas desagrad&aacute;veis, como batimentos card&iacute;acos irregulares ou falta de ar.</p>
<p>Os efeitos relatados s&atilde;o mais comuns em quem toma o suco de toranja, pois a bebida tem uma concentra&ccedil;&atilde;o maior de furanocumarinas. Consumir a fruta em natura traria menos riscos.</p>
<p>A toranja n&atilde;o &eacute; uma fruta comum no Brasil, mas outras frutas c&iacute;tricas cont&ecirc;m furanocumarinas em menor quantidade do que a toranja, mas cont&ecirc;m. Por isso, leia sempre a bula do seu rem&eacute;dio e converse com o seu m&eacute;dico e farmac&ecirc;utico antes de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124045-por-que-nao-devemos-misturar-alcool-e-remedios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">misturar rem&eacute;dios com bebidas</a>, incluindo sucos.</p>
<h2>Outros alimentos interferem na absor&ccedil;&atilde;o de rem&eacute;dios</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/21/21134344382120.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" /><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p>
<p>A toranja foi usada de exemplo para ilustrar as intera&ccedil;&otilde;es complexas entre os compostos qu&iacute;micos dos alimentos, dos f&aacute;rmacos e das enzimas do organismo. Isso n&atilde;o quer dizer que apenas as frutas c&iacute;tricas interferem na din&acirc;mica dos rem&eacute;dios.</p>
<p>Ch&aacute;s a base de <em>Hypericum perforatum&nbsp;</em>(Erva de S&atilde;o-Jo&atilde;o), por exemplo, diminuem a efici&ecirc;ncia dos anticoncepcionais e podem contribuir para a gravidez indesejada. J&aacute; o leite pode reduzir a efici&ecirc;ncia de antibi&oacute;ticos a base de tetraciclina.</p>
<p>O ch&aacute; de Ginkgo biloba pode causar hemorragias quando consumido com o anticoagulante a base de varfarina. Por outro lado, os suplementos de ferro s&atilde;o melhor absorvidos quando tomados com sucos c&iacute;tricos, como a laranja. Novamente, &eacute; recomendado ler a bula do medicamento, conversar com o farmac&ecirc;utico e com o m&eacute;dico sobre esse tema.</p>

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Suco de toranja, leite e alguns chás podem ser muito perigosos se misturados com remédios, diz estudo

Imagem de Ceratopigmentação: conheça a técnica que permite mudar a cor dos olhos no megacurioso

A ceratopigmentação é considerada uma técnica segura, mas seu uso é mais comum entre pacientes cegos que querem melhorar a estética dos olhos

<head></head><body><p>No começo deste ano, uma influenciadora americana chamada Mary Magdalene se submeteu a um procedimento estético para mudar a cor dos seus olhos. Mary é famosa pelas cirurgias plásticas e já teria gastado US$ 100 mil em suas operações.</p><p>Muita gente ficou surpresa ao descobrir que é possível alterar a cor dos olhos sem recorrer às já conhecidas lentes de contatos. Um dos processos mais usados para esse tipo de alteração se chama <strong>ceratopigmentação</strong>.</p><p>A ceratopigmentação é um procedimento estético, muito realizado nos olhos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118239-como-sao-os-sonhos-das-pessoas-cegas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pessoas cegas</a> com o objetivo reduzir a coloração branca da córnea. Esse procedimento também é indicado quando o paciente sente desconforto com as lentes de contato ou quando não deseja implantar uma prótese ocular. É como se o médico tatuasse o olho do paciente.</p><h2>Pintura nos olhos ocorre há pelo menos 2 mil anos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/13/13180209842352.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Os primeiros registros de pinturas na córnea datam de mais de dois mil anos atrás e teriam sido feitos por Galeno, filósofo e médico da antiguidade. Ele cauterizava a córnea e depois a tingia com tinta a base de ferro ou casca de romã.</p><p>Mais tarde, no século XIX, o médico Louis de Wecker desenvolveu um método de pintura mais eficiente, que influenciou os subsequentes. Ele usava tinta importada da China e pintava a córnea por meio de micropulsões.</p><p>Atualmente, os médicos recorrem a uma das três técnicas mais utilizadas de ceratopigmentação: micropunção estromal, dupla bolsa lamelar e femtosecond-assisted keratopigmentation (FAK). A FAK se destaca pelos bons resultados, porém seu custo ainda é considerado alto.</p><h2>Estudo brasileiro concluiu que o procedimento é seguro</h2><p style="text-align: center;"><br></p><blockquote class="instagram-media" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/p/CrQrBIis3MS/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style=" background:#FFF; border:0; border-radius:3px; box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width:540px; min-width:326px; padding:0; width:99.375%; width:-webkit-calc(100% - 2px); width:calc(100% - 2px);"><div style="padding:16px;"><a href="https://www.instagram.com/p/CrQrBIis3MS/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" background:#FFFFFF; line-height:0; padding:0 0; text-align:center; text-decoration:none; width:100%;" target="_blank"><div style=" display: flex; flex-direction: row; align-items: center;"><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 40px; margin-right: 14px; width: 40px;"><br></div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 100px;"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 60px;"><br></div></div></div><div style="padding: 19% 0;"><br></div><div style="display:block; height:50px; margin:0 auto 12px; width:50px;"><br></div><div style="padding-top: 8px;"><div style=" color:#3897f0; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:550; line-height:18px;">Ver essa foto no Instagram</div></div><div style="padding: 12.5% 0;"><br></div><div style="display: flex; flex-direction: row; margin-bottom: 14px; align-items: center;"><div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(0px) translateY(7px);"><br></div><div style="background-color: #F4F4F4; height: 12.5px; transform: rotate(-45deg) translateX(3px) translateY(1px); width: 12.5px; flex-grow: 0; margin-right: 14px; margin-left: 2px;"><br></div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(9px) translateY(-18px);"><br></div></div><div style="margin-left: 8px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 20px; width: 20px;"><br></div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 2px solid transparent; border-left: 6px solid #f4f4f4; border-bottom: 2px solid transparent; transform: translateX(16px) translateY(-4px) rotate(30deg);"><br></div></div><div style="margin-left: auto;"><div style=" width: 0px; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-right: 8px solid transparent; transform: translateY(16px);"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; flex-grow: 0; height: 12px; width: 16px; transform: translateY(-4px);"><br></div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-left: 8px solid transparent; transform: translateY(-4px) translateX(8px);"><br></div></div></div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center; margin-bottom: 24px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 224px;"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 144px;"><br></div></div></a><p style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; line-height:17px; margin-bottom:0; margin-top:8px; overflow:hidden; padding:8px 0 7px; text-align:center; text-overflow:ellipsis; white-space:nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/p/CrQrBIis3MS/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:normal; line-height:17px; text-decoration:none;" target="_blank">Uma publicação compartilhada por Kerato NYC (@kerato_nyc)</a></p></div></blockquote><p>Os estudos relacionados a essas técnicas ainda são recentes. No Brasil, os pesquisadores focam em pesquisas de ceratopigmentação voltadas a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126859-adolescente-cego-volta-a-enxergar-apos-usar-colirio-inovador.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pacientes cegos</a>, ignorando o uso estético por pessoas que enxergam e querem apenas mudar a cor dos olhos.</p><p>Isso porque a cirurgia pode trazer complicações aos pacientes. O estudo brasileiro, publicado em 2022, analisou 204 pacientes submetidos a ceratopigmentação. Nele, 12,82% tiveram alguma complicação após a cirurgia, sendo a sensibilidade à luz a mais comum (49%).</p><p>Ainda assim, os pesquisadores concluíram que esse procedimento é seguro. “Nesta série de casos, a ceratopigmentação corneana mostrou-se uma abordagem segura, pouco dolorosa e com resultados satisfatórios e duradouros”, conclui o estudo desenvolvido pelo Instituto Paulista de Ensino e Pesquisa em Oftalmologia (IPEPO).</p><p>É importante esclarecer que nem toda tatuagem no olho é segura como a ceratopigmentação, mas algumas pessoas ainda decidem tatuar a parte branca da esfera do olho. Uma reportagem do jornal Estado de Minas mostrou que o custo para esse procedimento, que não é feito por médicos, é de cerca de R$ 1.000. Trata-se de uma tatuagem definitiva que pode danificar a visão do indivíduo.</p><p>Apesar de desaconselhado pelos oftalmologistas, esse tipo de tatuagem não é proibida e nem considerada um procedimento médico, ao contrário da ceratopigmentação, que só pode ser feita por médicos especialistas.</p></body>

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Ceratopigmentação: conheça a técnica que permite mudar a cor dos olhos

Imagem de Extinção em massa matou 98,7% dos nossos antepassados, diz estudo no megacurioso

Estudo mostra que por muito pouco as espécies que deram origem à nossa não foram completamente extintas 

<head></head><body><p>Sempre que falamos no fim da espécie humana, pensamos no futuro, como se nossa espécie e seus ancestrais nunca tivessem lidado com o risco da extinção. Mas isso não é bem verdade.&nbsp;</p><p>Recentemente, pesquisadores chineses publicaram uma descoberta importante sobre esse tema na revista científica Science. Há cerca de um milhão de anos, os antepassados do <strong>homem moderno viram sua população ser reduzida em 98,7%.&nbsp;</strong>Quase levando esses indivíduos à extinção, os cientistas estimam que <strong>a população de 100 mil caiu para apenas 1.280 espécimes reprodutoras</strong>.</p><p>Se a redução tivesse sido maior, impedindo esses indivíduos de se reproduzirem, é possível que nós não estivéssemos aqui, uma vez que esses seres deram origem à nossa espécie. Esse declínio populacional <strong>durou aproximadamente 117 mil anos.&nbsp;</strong>Ademais, o estudo ainda explicaria o motivo pelo qual existe uma lacuna de fósseis africanos e euro-asiáticos, que seriam importantes para que pudéssemos entender o passado.</p><h2>Análise genética</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/11/11170254149347.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Para traçar os resultados desse estudo, os pesquisadores fizeram uma ampla análise genética com 3.154 voluntários de diferentes etnias pelo mundo. Participaram 10 populações africanas e 40 populações de outros continentes.</p><p>A análise contribuiu para a hipótese dessa diminuição significativa no número de antepassados, uma vez que em determinado momento, as análises pararam de divergir e passaram a convergir. <strong>Estima-se que 65,85% da variedade genética tenha sido perdida nesse período. &nbsp;</strong></p><p>Não é possível cravar quais foram as causas dessa redução populacional. Os cientistas levantam hipóteses sobre isso, com base naquilo que já sabem sobre o passado. No mesmo período em que o número de indivíduos diminuiu, <strong>o planeta lidava com grandes mudanças climáticas</strong>, mais especificamente com a glaciação, que fez com que as espécies do passado lidassem com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120156-5-fatos-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-a-era-do-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">temperaturas absurdamente geladas</a>.</p><p>Esse clima teve impacto na vegetação e consequentemente na oferta de água e comida. Isso pode ter contribuído para a queda populacional, pois os animais, incluindo nossos antepassados, levaram anos para se adequarem à nova realidade. Os pesquisadores ainda acreditam que essas populações só voltariam a crescer de forma acelerada após o domínio do fogo.</p><h2>Extinção em massa pode ter sido responsável pela evolução do nosso cérebro</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/11/11170350196348.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>A queda da variedade genética dos nossos antepassados pode ter contribuído para uma aceleração da evolução da nossa mente.</p><p>“A descoberta abre um novo campo na evolução humana porque evoca muitas questões, tais como os locais onde estes indivíduos viveram, como superaram as mudanças climáticas catastróficas e se a seleção natural durante o gargalo acelerou a evolução do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro humano</a>”, diz o autor sênior Yi-Hsuan Pan, especialista em genômica evolutiva e funcional da East China Normal University (ECNU), em comunicado à imprensa.</p></body>

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Extinção em massa matou 98,7% dos nossos antepassados, diz estudo

Imagem de Predadores estão longe de serem os vilões da natureza, defende pesquisador no megacurioso

Estudo publicado por pesquisador canadense explica que sem os animais predadores, fungos e plantas seriam seriamente prejudicados 

<head></head><body><p>Se você já assistiu algum documentário sobre a vida animal, pode ter ficado bravo ao ver algum predador atacar um lindo animalzinho indefeso. Mas o fato é que animais carnívoros, como leões, lobos e onças, não devem ser vistos como os vilões.</p><p>Na verdade, diversos estudos sugerem que sem eles, o delicado equilíbrio do ecossistema estaria seriamente ameaçado — e isso não só porque existiria uma superpopulação de espécies de presas, mas porque muitos outros seres vivos perderiam acesso a nutrientes essenciais.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/13/13135125304197.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>O pesquisador Sean John-Bice, da Universidade de Manitoba, no Canadá, escreveu um estudo sobre o tema. Ele explica que, sem os predadores, uma série de outros animais, como os carniceiros, ficariam sem comida.</p><p>Abutres e corvos, por exemplo, não teriam como existir, uma vez muitos desses bichos não caçam, mas esperam suas presas morrerem. Sem os animais caçadores, como essas espécies se alimentariam? Esperariam os outros animais morrerem de velhice?</p><p>Além desses bichos, as plantas também teriam dificuldade para se nutrir. "Os nutrientes restantes dessas carcaças podem ser absorvidos por plantas e fungos próximos, aumentando, em última análise, o seu percentual de nutrientes. Quando predadores, como raposas e águias, estão criando filhotes, eles trazem comida de volta para seus descendentes e esses nutrientes se acumulam dentro e ao redor de suas casas para o benefício das plantas próximas", explicou John-Bice ao site<em>&nbsp;IFL Science</em>.</p><h2>Predadores não podem ser substituídos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/06/06094810467114.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Um erro de interpretação comum é acreditar que o ser humano teria como substituir o papel dos predadores na natureza, caçando determinada espécie para controlar a sua população, por exemplo. Isso ocorre em muitos países, como o Brasil, para eliminar o impacto de bichos, como o javali, nas plantações.</p><p>Ainda que a caça possa atender aos interesses humanos, ela não atende aos interesses ecológicos, pois mesmo com o abatimento de presas, os benefícios em cadeia não ocorrem da mesma forma como ocorreriam se aquele animal tivesse sido caçado por um predador, como uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123630-8-curiosidades-incriveis-sobre-a-onca-pintada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">onça-pintada</a>.</p><p>“Como seres humanos, não podemos replicar facilmente quando as carcaças das presas são geradas dentro de um ecossistema — os predadores têm uma impressão digital única nesses padrões espaciais e temporais. Também não podemos replicar a importância de uma toca ou ninho de predador para outras espécies”, explica John-Bice.</p><p>A população de predadores está seriamente ameaçada em todo o mundo. As mudanças climáticas, o avanço de cidades sobre o seu território e a redução de presas podem extinguir diversas espécies em breve — além de causar conflitos entre os animais predadores e os humanos. No Canadá, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127293-cidade-canadense-esta-sendo-invadida-por-ursos-polares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma cidade está sendo tomada por ursos polares</a>, por exemplo.</p></body>

Everton Lima