Imagem de Dia Mundial do Sono: dormir bem pode ser mais importante que comer no megacurioso

Você sabe o que acontece com a gente quando dormimos pouco ou mal?

Dormir &eacute; de extrema import&acirc;ncia para o bem estar do ser humano. A priva&ccedil;&atilde;o de sono de qualidade tem consequ&ecirc;ncias demasiado nefastas das quais muitas vezes n&atilde;o temos verdadeira no&ccedil;&atilde;o, como o aumento da ansiedade, dificuldade de aprendizagem e memoriza&ccedil;&atilde;o, desequil&iacute;brio hormonal e altera&ccedil;&otilde;es metab&oacute;licas. Dormir &eacute; mais importante do que a alimenta&ccedil;&atilde;o em muitas das situa&ccedil;&otilde;es, &eacute; pior uma noite sem dormir do que um dia sem comer.
Dormir &eacute; um dar "reset" no c&eacute;rebro, &eacute; um momento em que ele se aprimora, fazendo, inclusive, sua limpeza necess&aacute;ria e repondo energia. Mas n&atilde;o pense que ele fica totalmente apagado &mdash; ele est&aacute; ativo, processando as mem&oacute;rias reunidas ao longo do dia. Quando dormimos, h&aacute; reparos celulares com oxig&ecirc;nio, glicose e limpeza de dejetos. Quando n&atilde;o h&aacute; este processo, as rea&ccedil;&otilde;es dos &oacute;rg&atilde;os a est&iacute;mulos e instru&ccedil;&otilde;es ficam debilitadas. Exemplo da adenosina, envolvida na regula&ccedil;&atilde;o de importantes mecanismos no SNC e no sono, que se acumula e intoxica o sangue, diminuindo o ritmo da pessoa &agrave; propor&ccedil;&atilde;o das horas que ela passa acordada.
<h2>A falta de sono associada a outras doen&ccedil;as</h2>
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O d&eacute;fice de sono tem sido associado com o maior risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, obesidade, doen&ccedil;as cardiovasculares e depress&atilde;o. Manter boas noites de sono acarreta uma s&eacute;rie de benef&iacute;cios tanto f&iacute;sicos, quanto mentais. Uma boa rotina noturna n&atilde;o s&oacute; mantem a boa imunidade, como tamb&eacute;m melhora a concentra&ccedil;&atilde;o, mem&oacute;ria, humor, criatividade, disposi&ccedil;&atilde;o e controle do estresse.
S&atilde;o necess&aacute;rias de 7 a 8 horas e sono, variando de organismo para organismo, o que por sua vez depende da gen&eacute;tica. Priva&ccedil;&atilde;o de sono pode resultar em in&uacute;meras doen&ccedil;as como consequ&ecirc;ncia da disfun&ccedil;&atilde;o dos neurotransmissores, doen&ccedil;as provenientes do sistema imunol&oacute;gico debilitado, ou danos cerebrais. Humor e sono usam os mesmos neurotransmissores, privar o sono causam os mesmos sintomas da depress&atilde;o.
<h2>Uma noite perdida, est&aacute; para sempre perdida?</h2>
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H&aacute; quem pense que compensar o sono resolve. Mas isso n&atilde;o &eacute; verdade, j&aacute; que a noite &eacute; feita para dormir e n&atilde;o o dia, por isso temos a melatonina relativa ao escuro e a serotonina relativa &agrave; luz. Para compensar uma noite mal dormida, devemos dormir diversas outras noites bem dormidas para equilibrar e regular o ciclo circadiano.
Dormir &eacute; um dos pilares para uma sa&uacute;de sustent&aacute;vel, para o bem estar f&iacute;sico e mental. O resultado de noites mal dormidas &eacute; a disfun&ccedil;&atilde;o em nossos neurotransmissores, descontrolando assim todo um processo biol&oacute;gico respons&aacute;vel por nossa sa&uacute;de e bem-estar geral, acarretando doen&ccedil;as em diferentes per&iacute;odos da vida, causando envelhecimento precoce e levando &agrave; morte prematura.
Muitas vezes ouvimos queixas constantes de pessoas que simplesmente n&atilde;o conseguem ter uma boa noite de sono. Por vezes, pequenas mudan&ccedil;as de h&aacute;bitos podem alterar este fator. Dar passeios ao ar livre, caminhar, n&atilde;o usar celulares ou outros dispositivos eletr&ocirc;nicos uma ou duas horas antes de deitar, e escolher ambientes calmos e com pouca luminosidade s&atilde;o sempre uma ajuda para melhorar a qualidade do sono.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; Doutor e Mestre em Psicologia da Sa&uacute;de pela Universit&eacute; Libre des Sciences de l&rsquo;Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de na &aacute;rea de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncia pela Emil Brunner World University; Mestre em psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Tr&ecirc;s P&oacute;s-Gradua&ccedil;&otilde;es em neuroci&ecirc;ncia; cognitiva, infantil, intelig&ecirc;ncia artificial, P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Psicologia Existencial e Antropologia, todas pela Faveni do Brasil; Especializa&ccedil;&atilde;o em Propriedade El&eacute;trica dos Neur&ocirc;nios em Harvard, Neuroci&ecirc;ncia Geral em Harvard; Especialista em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse de Portugal; Idealismo Filos&oacute;fico e Vis&otilde;es do Mundo &ndash; Universidade Aut&ocirc;noma de Madrid, Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; Filosofia da Passagens Escola de Filosofia, Hist&oacute;ria de La &Eacute;tica pela Universidad Carlos III de Madrid, MBA em Psicologia Positiva &ndash; Autorrealiza&ccedil;&atilde;o, Prop&oacute;sito e Sentido de Vida &ndash; PUC RS.

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Dia Mundial do Sono: dormir bem pode ser mais importante que comer

Imagem de Qual a diferença entre o cérebro das mulheres e dos homens? no megacurioso

Quem é mais inteligente entre mulheres e homens já é uma pergunta ultrapassada. Mas em que nossos cérebros diferem, afinal?

A quest&atilde;o de quem &eacute; mais inteligente, se o homem ou a mulher, &eacute; imensamente colocada. Contudo, na minha opini&atilde;o devemos antes perguntar quais as diferen&ccedil;as ao n&iacute;vel cerebral entre um e outro, pois essas s&atilde;o reais.
Come&ccedil;ando pelos padr&otilde;es de conex&otilde;es entre os neur&ocirc;nios, h&aacute; diferen&ccedil;a entre os dois g&ecirc;neros, sendo que os homens t&ecirc;m cerca de 30% mais conex&otilde;es entre os neur&ocirc;nios. Por outro lado, o c&eacute;rebro das mulheres &eacute; menor do que dos homens em cerca de 12%, mas isso n&atilde;o define a intelig&ecirc;ncia como um todo. O fluxo sangu&iacute;neo e a propor&ccedil;&atilde;o de subst&acirc;ncia cinzenta das mulheres s&atilde;o mais avantajados.
Outra diferen&ccedil;a a considerar &eacute; que as mulheres t&ecirc;m maior densidade de neur&ocirc;nios nas regi&otilde;es relacionadas &agrave; linguagem enquanto que nos homens esta maior densidade verifica-se na regi&atilde;o da l&oacute;gica e espacial. Quando a mulher fala, os dois lados do lobo frontal s&atilde;o ativados, j&aacute;&nbsp; no homem apenas o lado esquerdo.
<h2>As diferen&ccedil;as n&atilde;o ficam por aqui</h2>
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Podemos ainda observar que o hipocampo (regi&atilde;o relacionada a mem&oacute;ria) das mulheres &eacute; maior do que dos homens, j&aacute; a am&iacute;gdala (reguladora das emo&ccedil;&otilde;es e mem&oacute;rias relacionadas a emo&ccedil;&atilde;o, comportamentos sociais e excita&ccedil;&atilde;o sexual) &eacute; menor em cerca de 10%. Mas nenhum estudo define que o tamanho da am&iacute;gdala est&aacute; relacionado ao homem ser mais agressivo e impulsivo, estando isso mais relacionado ao horm&ocirc;nio, no caso do homem a testosterona. Na mulher o estr&oacute;geno a faz mais delicada. Mas essas condi&ccedil;&otilde;es comportamentais tamb&eacute;m est&atilde;o relacionadas com quantidade de testosterona recebida no &uacute;tero por parte da mulher.
A principal diferen&ccedil;a entre os dois g&ecirc;neros, no entanto, &eacute; o cromossomo Y, que afeta a anatomia e comportamento.
<h2>Quem &eacute; mais inteligente?</h2>
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Embora essa seja a pergunta que todos fazem, n&atilde;o podemos responder de forma t&atilde;o leviana e pragm&aacute;tica. N&atilde;o h&aacute; o mais inteligente at&eacute; porque QI varia entre cada indiv&iacute;duo &mdash; voc&ecirc; pode ter uma mulher com o QI l&oacute;gico maior que de um homem mesmo quando, normalmente, os homens possuem a regi&atilde;o da l&oacute;gica melhor desenvolvida. As mulheres t&ecirc;m conex&otilde;es mais abundantes entre os dois hemisf&eacute;rios cerebrais, direito e esquerdo, e os homens t&ecirc;m melhores conex&otilde;es dentro de cada hemisf&eacute;rio.
Podemos dizer que o homem tem a regi&atilde;o da l&oacute;gica mais bem desenvolvida e a mulher tem um melhor desenvolvimento cognitivo. Ambos est&atilde;o relacionados &agrave; intelig&ecirc;ncia. Eles t&ecirc;m a percep&ccedil;&atilde;o do todo e elas s&atilde;o melhores em observar os detalhes.
Essa discuss&atilde;o, por&eacute;m, j&aacute; n&atilde;o cabe mais nos dias de hoje.&nbsp; Por mais que a sociedade busque motivos para tentar comparar, seja para uma tentativa real de igualdade ou para um aproveitamento de uma poss&iacute;vel desigualdade como argumento, j&aacute; &eacute; claro que as profiss&otilde;es est&atilde;o de acordo com as facilita&ccedil;&otilde;es intelectuais assim como desenvolvimento e adapta&ccedil;&atilde;o para inclus&atilde;o.
Os horm&ocirc;nios foram respons&aacute;veis por um dom&iacute;nio masculino em quase todo per&iacute;odo evolutivo humano, mas a evolu&ccedil;&atilde;o do horm&ocirc;nio tamb&eacute;m est&aacute; relacionada ao processo evolutivo, assim como nosso c&eacute;rebro. De acordo com a evolu&ccedil;&atilde;o e desenvolvimento intelectual, finalmente estamos chegando a uma nova transforma&ccedil;&atilde;o, onde ambas intelig&ecirc;ncias se integram para uma nova evolu&ccedil;&atilde;o cujo resultado apenas supomos, mas mediante a nossa l&oacute;gica atual, num c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal mais bem desenvolvido, podemos dizer que &eacute; necess&aacute;ria.
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O mais forte se determinou na evolu&ccedil;&atilde;o, mas a defini&ccedil;&atilde;o de forte em m&uacute;sculos n&atilde;o define o forte no emocional, como n&atilde;o define o mantenimento da esp&eacute;cie. Nossa sobreviv&ecirc;ncia &eacute; um resultado desta &ldquo;parceria" homem e mulher e nos &ldquo;encaixes&rdquo; da intelig&ecirc;ncia e personalidade, e assim vamos nos moldando de acordo com essa evolu&ccedil;&atilde;o e seu tempo.
As diferen&ccedil;as nos c&eacute;rebros e na produ&ccedil;&atilde;o de horm&ocirc;nios determinam as distin&ccedil;&otilde;es comportamentais, assim como h&aacute;bitos, personalidades e fun&ccedil;&otilde;es de cada g&ecirc;nero na sociedade. A plasticidade cerebral e as nuances relacionadas &agrave;s varia&ccedil;&otilde;es na condi&ccedil;&atilde;o intelectual e produ&ccedil;&atilde;o hormonal deixam a caracteriza&ccedil;&atilde;o dessas diferen&ccedil;as dos g&ecirc;neros de acordo com o indiv&iacute;duo, diluindo assim a diferen&ccedil;a e determinando-a de forma singular independentemente do g&ecirc;nero.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; Doutor e Mestre em Psicologia da Sa&uacute;de pela Universit&eacute; Libre des Sciences de l&rsquo;Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de na &aacute;rea de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncia pela Emil Brunner World University; Mestre em psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Tr&ecirc;s P&oacute;s-Gradua&ccedil;&otilde;es em neuroci&ecirc;ncia; cognitiva, infantil, intelig&ecirc;ncia artificial, P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Psicologia Existencial e Antropologia, todas pela Faveni do Brasil; Especializa&ccedil;&atilde;o em Propriedade El&eacute;trica dos Neur&ocirc;nios em Harvard, Neuroci&ecirc;ncia Geral em Harvard; Especialista em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse de Portugal; Idealismo Filos&oacute;fico e Vis&otilde;es do Mundo &ndash; Universidade Aut&ocirc;noma de Madrid, Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; Filosofia da Passagens Escola de Filosofia, Hist&oacute;ria de La &Eacute;tica pela Universidad Carlos III de Madrid, MBA em Psicologia Positiva &ndash; Autorrealiza&ccedil;&atilde;o, Prop&oacute;sito e Sentido de Vida &ndash; PUC RS.

thumb-image-2024-02-29T14:05:21.815Z

Qual é a diferença entre o cérebro das mulheres e dos homens?

Imagem de Cansado ou cancelado? Como a neurociência explica a Cultura do Cancelamento no Megacurioso

O egoísmo e a obsessão por si mesmo faz com que as pessoas deixem de aceitar o outro como são e se cansam em tentar moldá-los à sua maneira

A Cultura do Cancelamento tem se tornado um dos assuntos mais comentados dos últimos dias. Até para quem desconhecia o termo, a ideia de “cancelar” uma pessoa pela sua conduta tem se tornado mais aceitável e, em alguns aspectos, moralmente, correto. Porém, o que define quando e quem cancelar? Existe um limite, uma atitude ou uma barreira pela qual a pessoa atravessa que a conceda o castigo de ser socialmente cancelada?



O que hoje chamamos de cancelamento nada mais é do que a desistência do outro. Ou seja, quando há um sentimento triste em relação a alguém, que gera uma falta de perspectiva de que este alguém mude de conduta.



Um caso atual que ilustra essa teoria é o reality show Big Brother Brasil. Na vigésima primeira edição do programa, o cancelamento tem ocorrido dentro e fora da casa. Do lado de dentro, a maioria dos participantes cancelou o jogador Lucas Penteado, enquanto do lado de fora, seus algozes, como Karol Conká, Lumena e Nego Di, entre outros, estão sendo vítimas do cancelamento por parte do público.



<h2>Esgotamento mental</h2>



<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="2000" height="1333" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/602c471e627df.jpg" alt="" class="wp-image-130626" srcset="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/602c471e627df.jpg 2000w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/602c471e627df-768x512.jpg 768w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/602c471e627df-1536x1024.jpg 1536w" sizes="(max-width: 2000px) 100vw, 2000px" /></figure>



Parte dessa desistência acontece devido a um esgotamento mental. Quando há esse cansaço que culmina no esvaziamento das forças e no desaparecimento da vontade, podemos dizer que é quando começa o cancelamento.



Mesmo que de forma inconsciente, a preguiça se instala não pela falta de investimento afetivo ou irresponsabilidade na dinâmica da relação, mas pela desistência das ações que tinham por objetivo inicial a reciprocidade.



Quando chegamos a este estágio de esgotamento, significa que chegamos a um ponto sem retorno, que pode justificar a atitude de algumas pessoas dentro da casa com relação à conduta dos outros participantes.



É um sentimento praticamente irreversível e, por mais que a outra parte demonstre o interesse de mudança, já não há credibilidade nem motivação. Até quando há essa motivação, sempre existirá o receio, a sensação ansiosa e negativa de voltar a ser como era, tudo outra vez.



<h2>Como isso funciona no cérebro?</h2>



<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="2000" height="1546" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/602d06a109321.jpg" alt="" class="wp-image-130640" srcset="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/602d06a109321.jpg 2000w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/602d06a109321-768x594.jpg 768w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/602d06a109321-1536x1187.jpg 1536w" sizes="(max-width: 2000px) 100vw, 2000px" /></figure>



O excesso de liberação de dopamina, hormônio neurotransmissor da recompensa, necessário para a nossa sobrevivência, está sendo utilizado de forma constante e excessiva, diferentemente de como programado em nosso código genético. Isso aumenta a ansiedade, que é uma pendência que exige cada vez mais a produção deste mensageiro químico.



A ansiedade, como mecanismo de defesa, busca no sistema límbico memórias negativas para nos protegermos, mesmo que a condição não seja de perigo de vida, mas que apenas nos tragam sensações ruins. O uso da inteligência emocional para um autoconhecimento promove melhores opções para sabermos lidar com os sentimentos e emoções, manipulando assim nosso organismo para um melhor equilíbrio mental.



Quando desregulados, nossos mensageiros químicos encontram-se em desequilíbrio, resultando assim numa avaria na mensagem enviada, fazendo assim ter perdas cognitivas, resultado de comportamentos narcisistas, egocentristas e da falta da razão, ou razão abstrata.



<h2>Egocentrismo</h2>



Uma das explicações que a neurociência encontra para o esgotamento mental seria o fato de as pessoas estarem concentradas no próprio ego e obsessivas por si mesmas.



Pensam que estão com a razão e acreditam tanto nas próprias certezas que não conseguem reconhecer através da racionalidade a possibilidade de estarem erradas. Boa parte delas usa da manipulação e do ambiente para tentar entender de forma inteligente a outra pessoa ou a situação; tenta se antecipar ao que &#8220;acredita&#8221; que acontecerá; e desiste antes mesmo de começar, ou, frente às suas percepções, &#8220;antes de se machucar&#8221;.



<h2>Sem o autoconhecimento não é possível compreender o outro</h2>



<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="1920" height="1280" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/602c472d8c428.jpg" alt="" class="wp-image-130627" srcset="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/602c472d8c428.jpg 1920w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/602c472d8c428-768x512.jpg 768w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/602c472d8c428-1536x1024.jpg 1536w" sizes="(max-width: 1920px) 100vw, 1920px" /></figure>



“O outro sempre carrega em si aspectos que são meus, pois nossa condição humana nos coloca ora como espelho, ora como reflexo.”



Essa dialética mostra que um dos maiores problemas da sociedade moderna não é somente o egoísmo, o egocentrismo, o “achismo”, a falta de razão e a falta de educação, mas, sim, a falta de capacidade de pensar nas possibilidades.



A grande maioria das pessoas sofre por não saber administrar soluções, por não conseguir avaliar as questões, as informações e seus motivos, e por querer impor julgamentos ao fato, e julgar sem antes ser juíz de si mesmo na própria razão, é imperativo de conflito. Por isso há tantas pessoas cansadas umas das outras, sendo que, na verdade, elas se cansam delas mesmas.



O cansaço vem da indisposição em não saberem lidar com o outro, visto que pensam que os outros é que precisam se moldar a elas. Como justificativa de estarem cansadas de si mesmas, cansam-se das outras quando elas não atendem às suas expectativas egoístas.



Por fim, para que esse “caleidoscópio humano” seja rico, colorido, completo em toda a sua diversidade, é necessário que façamos conexões de forma equilibrada. Que desenvolvamos uma engrenagem relacional que nos confira a capacidade de experimentar o lado bom da vida, o bem do mundo e o melhor de nós.



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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University; Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Três Pós-Graduações em neurociência; cognitiva, infantil, inteligência artificial, Pós-Graduação em Psicologia Existencial e Antropologia, todas pela Faveni do Brasil; Especialização em Propriedade Elétrica dos Neurônios em Harvard, Neurociência Geral em Harvard; Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal; Idealismo Filosófico e Visões do Mundo – Universidade Autônoma de Madrid, Introdução à Filosofia da Passagens Escola de Filosofia, História de La Ética pela Universidad Carlos III de Madrid, MBA em Psicologia Positiva – Autorrealização, Propósito e Sentido de Vida – PUC RS.

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Cansado ou cancelado? Como a neurociência explica a Cultura do Cancelamento

Imagem de Negacionismo: falta de conhecimento ou resposta instintiva ao medo? no Megacurioso

O negacionismo não é uma atitude meramente ignorante e existem razões válidas — e por vezes incontornáveis — para o indivíduo reagir dessa forma

Pensando com embasamento neurocientífico, mais que psicológico, digo que o negacionismo não é uma atitude meramente ignorante e que existem razões válidas — e por vezes incontornáveis — para o indivíduo reagir dessa forma.



Ser negacionista não é apenas ter falta de conhecimento, inclusive existem pessoas com acesso a dados e informações e que, mesmo assim, quase irracionalmente não conseguem fugir deste padrão.



<h2>Negacionismo explicado</h2>



<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="2000" height="1333" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/60230b8184ed9.jpg" alt="" class="wp-image-130215" srcset="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/60230b8184ed9.jpg 2000w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/60230b8184ed9-768x512.jpg 768w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/60230b8184ed9-1536x1024.jpg 1536w" sizes="(max-width: 2000px) 100vw, 2000px" /></figure>



Este é um comportamento que se tornou uma referência no momento atual, em meio a uma pandemia. Estudei e analisei este tipo de respostas comportamentais e avaliei o que seria “coincidência” um comportamento se potencializar justamente mediante ao momento. Como não há coincidências e sim, sempre, uma razão para qualquer estatística, a minha pesquisa tem por objetivo comprovar que o que seria coincidência na realidade é uma resposta instintiva ao medo, seja ele consciente ou inconsciente, como mecanismo de defesa.



Por essa razão, refiro vincadamente que julgamentos contra os negacionistas como pessoas sem conhecimento ou interesse nele, que não procuram a informação em fontes confiáveis pode não ser uma realidade em toda a linha.



O aumento do número de negacionistas não se deu apenas com o avanço da internet e sim, num mecanismo de defesa relacionado com a personalidade. A negação pode ser a ansiedade buscando na não aceitação dos fatos, uma reação instintiva de fuga como mecanismo de sobrevivência. Criando assim uma realidade paralela, com traços adoecidos e irreais, apenas para a satisfação de sua necessidade, como justificativa da sua razão.



<h2>Instinto inconsciente</h2>



<figure class="mt-2 size-large is-resized"><img loading="lazy" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/60230bb78508e.jpg" alt="" class="wp-image-130216" width="580" height="386" srcset="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/60230bb78508e.jpg 2000w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/60230bb78508e-768x512.jpg 768w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2021/02/60230bb78508e-1536x1024.jpg 1536w" sizes="(max-width: 580px) 100vw, 580px" /></figure>



Procuro nos meus estudos comprovar a existência de reações instintivas, tornando o negacionismo não um meio de resposta ofensivo, mas relacionado a um instinto inconsciente que pode comprometer a vida do negacionista. É portanto fundamental trazer à razão os que se incomodam com este comportamento, trazendo o entendimento de que é uma reação natural, não julgando e sim buscando métodos de ajuda para o equilíbrio.



Além disso o panorama atual de ansiedade constante altera o sistema límbico e, mesmo as situações de estresse constantes podem afetar a razão e a nossa cognição mediante a realidade.



Nosso cérebro tem percepções por comparação, usa situações análogas de experiências anteriores, para fazer leitura de cenário atual. O medo, seja ele irracional ou real, faz o cérebro reagir da mesma forma. Nossa mente interpreta o medo como uma ameaça, um perigo iminente, como o ataque de um predador e usa essa mesma leitura e reação diante do risco da perda de emprego, ou do rompimento de uma relação.



<h2>Negacionismo é medo</h2>



Mediante aos fatores citados acima, o negacionismo então é resultado do medo, que mesmo inconsciente, encontra como mecanismo de defesa a negação como fuga, seja numa tentativa de satisfação pela pendência da dopamina, seja para sair da &#8220;atmosfera&#8221; negativa, seja pela perda parcial da razão.



Negar adia a tomada de uma nova decisão com quebra de velhos paradigmas. Mantendo assim o sujeito numa aparição cristalizada e inflexível. Mas confortável para ele, por criar a fantasia que justifique &#8220;sua razão&#8221;. E “ter razão” ou pensar tê-la, faz liberar o hormônio neurotransmissor da satisfação, que é o que se precisa em meio a um ambiente hostil, negativo, sem saída iminente, mesmo que temporário.



Este estudo encontrar-se aprovado pela academia científica e publicado na revista científica Brazilian Journal Research.



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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l&#8217;Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University; Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Três Pós-Graduações em neurociência; cognitiva, infantil, inteligência artificial, Pós-Graduação em Psicologia Existencial e Antropologia, todas pela Faveni do Brasil; Especialização em Propriedade Elétrica dos Neurônios em Harvard, Neurociência Geral em Harvard; Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal;&nbsp;Idealismo Filosófico e Visões do Mundo &#8211; Universidade Autônoma de Madrid, Introdução à Filosofia da Passagens Escola de Filosofia, História de La Ética pela Universidad Carlos III de Madrid, MBA em Psicologia Positiva &#8211; Autorrealização, Propósito e Sentido de Vida &#8211; PUC RS.

Fabiano de Abreu - colunista

Dia Mundial do Sono: dormir bem pode ser mais importante que comer

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