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Pesquisas têm mostrado que medicamentos psicodélicos reduzem os sintomas de depressão e ansiedade associados aos distúrbios alimentares

<head></head><body>Um artigo recente publicado na Smithsonian Magazine acompanha a experiência de uma professora chamada Sarah Kelley que sofreu, desde os 14 anos, com transtornos alimentares. Já na faculdade, ela passou sete meses <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125654-mukbang-a-historia-perturbadora-e-criminosa-por-tras-da-pratica-alimentar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em um programa de internação para anoréxicos</a>, onde ficou praticamente por dez anos até que, em 2019, teve uma séria recaída, passando a correr obsessivamente, sem se alimentar e murmurando de forma incompreensível.Na época, seu terapeuta Reid Robison, pesquisador da Universidade de Utah, nos EUA, a convidou para participar de um estudo sobre psicoterapia assistida por cetamina, um anestésico com propriedades psicodélicas, para tratamento residencial de pacientes com transtornos alimentares associados à depressão e ansiedade.Atualmente com 34 anos, Kelley reconhece: “Cheguei a um ponto em que fiz psicoterapia, fiz tratamento. Eu não sabia mais o que fazer”. Apesar de um alegado medo de usar alucinógenos, mesmo sob supervisão médica, ela aceitou participar.&nbsp;<h2>Como os psicodélicos se transformaram em remédios?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21160052192281.jpg" alt="(Fonte: Getty images)">(Fonte: Getty images)Usados há séculos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125011-cabelos-de-3-mil-anos-revelam-uso-de-alucinogenos-na-idade-do-bronze.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em rituais religiosos de várias culturas,</a> os alucinógenos começaram a ter seu potencial terapêutico explorado no início da década de 1950 pelo psiquiatra Ronald A. Sandison, que pesquisou o uso do LSD no tratamento de transtornos mentais.&nbsp;Após um hiato de muitos anos, causado principalmente por falta de regulamentação, preconceitos e pressões políticas, o assunto voltou à tona em 2000, quando pesquisadores da Johns Hopkins Medicine, nos EUA, receberam a primeira aprovação regulatória para voltar a pesquisar psicodélicos naquele país.&nbsp;Mas embora comorbidades como ansiedade, trauma e depressão já sejam tratadas com a psilocibina, a terapia assistida por psicodélicos para transtornos alimentares é um campo ainda novo, que clama por soluções urgentes. Essa grave doença é responsável hoje pela segunda maior taxa de mortalidade entre os transtornos de saúde mental.<h2>Como foi o tratamento de Kelley com as drogas psicodélicas?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21155303790274.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Como participante do estudo de Robison e sua equipe, Kelley recebeu três ciclos de injeções de cetamina, reforçados com sessões de psicoterapia no dia seguinte a cada tratamento. Relaxada em uma poltrona reclinável, ela recebeu a droga em dois intervalos, e conta: “Você simplesmente se sente engraçado — <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126868-projecao-da-consciencia-como-a-ciencia-explica-as-experiencias-fora-do-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">de certa forma dissociativo, deixando seu corpo ou flutuando</a>. Para mim isso foi muito assustador. No início, fiquei em pânico”.Como o distúrbio alimentar de Kelley surgiu de uma necessidade de controlar o corpo, explica Robison, a cetamina a tirou completamente de si. Depois de ver duas formas escuras, ela as interpretou como seu próprio medo e pânico. Mesmo apavorada, ela percebeu, amparada pelo psicoterapeuta, que aquilo não iria durar para sempre e sobreveio o alívio.Sentindo que poderia, finalmente, se reconectar com seu corpo, Kelley estava pronta para novos comportamentos de recuperação. “Não creio que a cetamina tenha sido a cura”, afirmou a jovem, mas o tratamento aumentou sua capacidade de interagir com os tratamentos psicológicos que recebia.&nbsp;Ela usou o psicodélico algumas vezes em 2020 e 2021, e continua fazendo psicoterapia.</body>

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Psicodélicos podem ser a solução para os distúrbios alimentares?

Imagem de O que seria do mundo se a Pangeia nunca tivesse se separado? no megacurioso

Se a Pangeia não tivesse se fragmentado, Brasil e África Ocidental seriam um grande deserto distante dos ventos oceânicos

<head></head><body>A Pangeia <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127553-novo-supercontinente-pode-eliminar-alguns-mamiferos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi um imenso continente</a> que se formou na Terra há cerca de 200 milhões de anos, no final da era paleozoica. Naquela época, o planeta testemunhou várias extinções em massa que eliminaram uma enorme quantidade de espécies. A gigantesca massa continental abrangia os atuais territórios das Américas, Europa, África, Oceania, Ásia e Antártida, todos grudados, em uma massa contínua de terra.Apesar dessa unidade global, tanto o supercontinente como o seu oceano único, chamado de Panthalassa ficavam assentados, como ocorre hoje, na litosfera, que é uma casca fina e rígida da Terra. Essa crosta planetária flutua sobre uma camada de rocha derretida e parcialmente derretida, a astenosfera, no que é chamado de teoria da tectônica de placas.&nbsp;Ao longo de centenas de milhões de anos, a separação gradual e os movimentos das placas tectônicas despedaçaram a Pangeia, fragmentando-a em continentes individuais. À medida que as placas se afastaram, novos oceanos se formaram, e a colisão de continentes resultou na formação de cadeias de montanhas.&nbsp;<h2>Mas, e se Pangeia não tivesse se separado?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08234053530472.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Se essa subducção (movimento das placas tectônicas) não tivesse ocorrido, provavelmente a Pangeia estaria unida até hoje, e teríamos um mundo bem diferente do que temos. O efeito mais instantâneo seria uma menor diversidade de espécies vegetais e animais, inclusive com menos dinossauros na face da Terra.&nbsp;“O isolamento geográfico aumenta a diversidade biológica”, explica o paleontólogo Reinaldo Bertini, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro, em entrevista à Superinteressante. Mas, se Pangeia continuasse unida, teríamos menos habitats e nichos ecológicos para as espécies se adaptarem.&nbsp;Com uma biodiversidade menor, a vida na Terra ficaria mais vulnerável. Não podemos esquecer que, há 65 milhões de anos, o choque com um asteroide levantou uma grande nuvem de poeira que bloqueou o Sol e eliminou grande parte das plantas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124615-mapa-interativo-mostra-onde-dinossauros-viveram-ha-240-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o que foi suficiente para matar os dinossauros</a>. Imaginem então o tamanho da tragédia se Pangeia estivesse unida na ocasião.&nbsp;<h2>Clima e humanidade em uma Pangeia unida</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08235507601475.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em uma Pangeia unificada, o clima seria certamente mais extremo e seco. Com vários continentes nos dias atuais, os ventos úmidos que sopram do litoral conseguem levar a chuva ao interior dos países. Mas, em um supercontinente, haveria uma faixa de terra tão extensa, que o centro nunca receberia ventos oceânicos.&nbsp;Certamente, essa Pangeia fictícia abrigaria um maior número de desertos, e eles seriam mais extensos e inóspitos do que o Saara e o Atacama. <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123046-desglobalizacao-como-o-controverso-movimento-afeta-o-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nesse cenário, o Brasil seria tão árido</a> quanto países como a Arábia Saudita, o Sudão e a Líbia. A Amazônia não existiria e a concentração de espécies ocorreria no litoral.&nbsp;A história, como acontece hoje, seria ambígua. Uma maior proximidade geográfica entre as civilizações aumentaria as chances de contato e comércio, mas também o número de conflitos e guerras por territórios e recursos materiais.</body>

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O que seria do mundo se a Pangeia nunca tivesse se separado?

Imagem de Novo estudo tenta explicar a coulrofobia, o medo irracional de palhaços no megacurioso

O medo de palhaços, também chamado de bozofobia, é mais antigo do que se pensa e está relacionado com a aparência e a imprevisibilidade desses personagens

Desde que palha&ccedil;os deixaram de ser os &ldquo;amigos da garotada&rdquo; nos circos e teatros, passando tamb&eacute;m a serem retratados nas m&iacute;dias como assassinos em s&eacute;rie perversos e assustadores, um novo tipo de fobia surgiu: a coulrofobia, chamada popularmente de bozofobia, ou medo de palha&ccedil;os.
Mas, de onde vem esse medo que angustia tanta gente? Em um estudo recente, publicado na revista Frontiers in Psychology, pesquisadores da Universidade de Gales do Sul, no Reino Unido, prop&otilde;em que, al&eacute;m de representa&ccedil;&otilde;es de palha&ccedil;os assustadores na m&iacute;dia, esse medo intenso e irracional pode vir tamb&eacute;m da sua apar&ecirc;ncia f&iacute;sica esquisita ou do seu comportamento imprevis&iacute;vel. Isso sem contar uma eventual experi&ecirc;ncia pessoal traum&aacute;tica.
<h2>Em busca da origem da coulrofobia</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/09/09121501505121.jpg" alt="(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)" />(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)
O estudo partiu do princ&iacute;pio que, embora muito prevalente na popula&ccedil;&atilde;o em geral, a coulrofobia ainda &eacute; um fen&ocirc;meno pouco compreendido. Essa desconfian&ccedil;a frente ao comportamento "malandro" dos artistas que desempenham <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112664-bobos-da-corte-a-tolice-como-tecnica-de-inteligencia.htm#:~:text=Os%20bobos%20da%20corte%20tinham,grandes%20companheiros%20de%20seus%20l%C3%ADderes." rel="noopener noreferrer" target="_blank">esse papel de tolo, bobo da corte ou curinga</a>, remetem &agrave; &eacute;poca dos antigos deuses mitol&oacute;gicos &ndash; dos quais Loki representa um exemplo cl&aacute;ssico.
Embora a figura do palha&ccedil;o-assassino j&aacute; esteja presente na arte pelo menos desde 1892 &mdash; na &oacute;pera "Pagliacci" de Leoncavallo &mdash;, h&aacute; poucas refer&ecirc;ncias sobre o medo que esse personagem pode ter gerado nas pessoas, al&eacute;m de alguns de seus sucessores, como o Coringa e o Pennywise.&nbsp;
Para avaliar suas hip&oacute;teses, os autores realizaram uma revis&atilde;o liter&aacute;ria e aplicaram um novo question&aacute;rio em uma amostra de 528 participantes que relataram essa fobia.
<h2>Teorias sobre as causas do medo de palha&ccedil;os</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/09/09121541481122.jpg" alt="(Fonte: Mike Moore/Evening Standard/Getty Images)" />(Fonte: Mike Moore/Evening Standard/Getty Images)
A primeira das tr&ecirc;s teorias etiol&oacute;gicas para o medo de palha&ccedil;os &eacute; o desconforto causado pela sua apar&ecirc;ncia f&iacute;sica, relatado no estudo como uncanny valley. Essa express&atilde;o, mais usada na rob&oacute;tica, diz respeito &agrave; inquietude que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124040-por-que-temos-medo-de-bonecas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os seres humanos sentem em intera&ccedil;&otilde;es com humanoides</a>. &ldquo;H&aacute; algo em n&atilde;o ser capaz de ler express&otilde;es faciais&rdquo;, explicou o professor Philip John Tyson, principal autor do estudo, ao The&nbsp;Washington Post;
"Portanto, a qualidade de ser 'quase humano' &eacute; o elemento-chave que causa desconforto", afirma o estudo. Nesse sentido, a maquiagem do rosto, geralmente branca, com uma boca vermelha, &eacute; muitas vezes interpretada como um sinal de palidez e doen&ccedil;a, como se o palha&ccedil;o tivesse uma doen&ccedil;a contagiosa, gerando um sentimento de nojo.&nbsp;
Finalmente, um dos motivos apontados pelos participantes da pesquisa para temer palha&ccedil;os &eacute; a sua imprevisibilidade: eles fazem qualquer coisa por uma gargalhada. &ldquo;Sinto-me desconfort&aacute;vel porque n&atilde;o consigo prever como ele ou ela se comportar&aacute;&rdquo; foi uma das afirma&ccedil;&otilde;es mais marcadas no question&aacute;rio, ainda que sorrir e ser perigoso n&atilde;o seja uma atitude apenas dos palha&ccedil;os.

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Novo estudo tenta explicar a coulrofobia, o medo irracional de palhaços

Imagem de O Velho Testamento é historicamente confiável? Escavação arqueológica confere no megacurioso

Descobertas arqueológicas acidentais no Vale de Timna, na península do Sinai, mostraram que o local pode estar ligado ao rei Salomão 

<head></head><body>A chamada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124445-arqueologia-biblica-5-importantes-descobertas.htm#:~:text=2.,Manuscritos%20do%20Mar%20Morto&amp;text=Por%20muito%20tempo%2C%20considerou%2Dse,costa%20noroeste%20do%20Mar%20Morto." rel="noopener noreferrer" target="_blank">arqueologia bíblica</a> busca evidências materiais que possam esclarecer os eventos e as pessoas mencionadas no Antigo Testamento, usando os livros considerados sagrados por três das maiores religiões do mundo como um guia para compreensão da história antiga da região onde os fatos relatados supostamente ocorreram.Nesse árduo trabalho de desenterrar a história com as mãos, os próprios arqueólogos divergem entre si. Enquanto "conservadores" da Universidade Hebraica de Jerusalém afirmam ter identificado grandes estruturas que apoiam a narrativa bíblica, pesquisadores da Universidade de Tel Aviv (TAU) são céticos quanto à exatidão histórica da Bíblica e questionam a existência de edifícios que pudessem comprovar o reino israelita.&nbsp;Em meio a esse "fogo cruzado", o professor Erez Ben-Yosef da TAU, chefe da Expedição Arqueológica do Vale de Timna desde 2009, concedeu recentemente uma entrevista ao The Times of Israel, na qual propõe uma terceira via: o início da monarquia unida chefiada pelo rei Davi, como descrito na Bíblica, poderia ter sido um reino nômade, apesar de complexo.&nbsp;<h2>As minas de cobre de Timna (do rei Salomão?)</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/09/09164633227344.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Quando Ben-Yosef chegou a Timna, em 2009, aos 30 anos, o sítio ainda não fazia parte da lista arqueológica de Israel, e era um lugar sem importância, tanto que foi confiado a um pesquisador com credenciais recentes e sem experiência em escavações. Ele veio pesquisar paleomagnetismo, mas acabou entrando por acaso no campo da arqueologia bíblica. &nbsp;Embora o local já tivesse sido datado conclusivamente por uma expedição anterior como um antigo tempo egípcio, a equipe de Ben-Yosef decidiu cavar e coletou 11 itens de material orgânico, posteriormente enviados para datação por carbono-14 na Universidade de Oxford. Para surpresa de todos, os objetos mostraram que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126751-descoberta-arqueologica-questiona-historia-do-rei-davi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o local esteve ativo durante o tempo do rei Salomão</a>, como descrito na Bíblia.Nesses materiais orgânicos, conservados pela aridez do clima, os arqueólogos descobriram três fragmentos de tecidos coloridos com o corante púrpura, o roxo real associado ao sacerdócio e à realeza na Bíblia Hebraica. Era a prova que faltava de que ali viveu uma sociedade heterogênea que incluía uma elite.<h2>Grande Reino Unificado de Israel seria em tendas?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/09/09165156628348.jpg" alt="(Fonte: Erez Ben-Yosef)">(Fonte: Erez Ben-Yosef)Embora os materiais encontrados tenham sido impressionantes, o que mais impressionou foi o que não encontraram: uma cidade, palácio, cemitério ou mesmo uma casa.&nbsp;Ben-Yosef conclui que, se nada foi achado pelos arqueólogos, é porque nada havia para se achar. Sua hipótese é que, embora avançada, a sociedade edomita descoberta por ele era nômade, sem estruturas permanentes, "invisível para a arqueologia". Isso o levou a questionar se <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123147-4-evidencias-historicas-que-comprovam-passagens-da-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">essa itinerância poderia também se aplicar à monarquia unida de Israel</a>.De acordo com o pesquisador, "reinos inteiros poderiam existir debaixo dos nossos narizes" sem que os arqueólogos sequer os notassem. Assim, Timna foi uma anomalia que destacou os limites do que a ciência pode conhecer.</body>

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O Velho Testamento é historicamente confiável? Escavação arqueológica confere

Imagem de Lewis Latimer: o inventor da atual lâmpada elétrica no megacurioso

Lewis Latimer desempenhou um papel crucial na invenção dos modernos telefones e lâmpadas elétricas

<head></head><body>Em setembro de 2020, uma declaração do então candidato Joe Biden viralizou no YouTube. Nela, o atual presidente dos EUA dirigiu-se aos participantes de uma reunião comunitária em Kenosha, e afirmou; "Um homem negro inventou a lâmpada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113446-thomas-edison-afinal-foi-ele-mesmo-quem-inventou-a-lampada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e não um cara branco chamado Edison</a>".<div data-google-query-id="CMnO67aIs4IDFVaSlQIdq0MI6Q">Embora não totalmente correta, a frase de efeito do democrata trouxe à tona um personagem esquecido pela história: Lewis Howard Latimer, um desenhista autodidata que, graças aos seus profundos conhecimentos sobre patentes, teve um papel fundamental no desenvolvimento de invenções modernas, como o telefone e a citada lâmpada elétrica.&nbsp;</div>Nascido em uma família de pessoas escravizadas e posteriormente autoemancipadas, Latimer começou sua carreira como office boy em um escritório de advocacia de Boston, onde aprendeu sozinho o desenho mecânico e logo se tornou desenhista especialista em patentes, conseguindo um aumento de salário, de US$ 3 para US$ 20 por semana.<h2>As parcerias com Graham Bell e Thomas Edison</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08020815807001.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em sua nova função, Latimer foi contratado por Alexander Graham Bell, na década de 1870, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119644-como-dom-pedro-ii-salvou-o-telefone-de-graham-bell.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para desenhar sua mais nova invenção, o telefone</a>. Na corrida para registrar o seu pedido de patente, o escocês jamais teria conseguido se tornar o "pai do telefone" se não fosse a disposição do jovem desenhista em fazer longos serões para concluir o trabalho.&nbsp;Já a controversa parceria com Thomas Edison aconteceu na década seguinte, quando Latimer trabalhava para a US Electric Lighting Company no Brooklyn. Enquanto desenvolvia projetos de lâmpadas e luminárias, o desenhista teve uma ideia para aprimorar o filamento de bambu da lâmpada original de Edison, substituindo-o por outro de carbono e papelão, que era bem mais durável.Em setembro de 1881, Latimer patenteou sua invenção, que representou um avanço significativo na produção da lâmpada incandescente e a disseminação da luz elétrica no mundo. Além disso, as lâmpadas elétricas logo se popularizaram nas residências. Em seguida, o inventor patenteou o primeiro banheiro para vagões ferroviários e uma versão inaugural de um aparelho de ar condicionado.<h2>Os últimos anos (produtivos) de Lewis Latimer</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/08/08005501449025.jpg" alt="(Fonte: Acervo da família Latimer-Norman)">(Fonte: Acervo da família Latimer-Norman)Em 1918, Latimer se tornou o único membro negro dos Edison Pioneers, um grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105546-genio-vs-genio-1-a-rivalidade-eletrica-entre-thomas-edison-e-nikola-tesla.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesquisadores que trabalharam diretamente com Thomas Edison</a>. Ele continuou atuando na convergência entre invenções, patentes e desenho, até se aposentar em 1922.&nbsp;Tendo mais tempo para se dedicar a si mesmo, à esposa Mary Wilson e às duas filhas, o ex-inventor decidiu abraçar outra de suas vocações: a arte. Além de escrever peças e poemas, tocou violino e flauta.&nbsp;Pouco antes de sua morte, em dezembro de 1928, suas filhas publicaram um livro com as poesias dele.&nbsp;Embora muitos de seus feitos como consultor de patentes, autor, engenheiro, desenhista e marinheiro possam ter se perdido através dos tempos, o brilho de Lewis Howard Latimer continua presente nos filamentos de cada lâmpada elétrica que se acende no mundo.&nbsp;</body>

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Lewis Latimer: o inventor da atual lâmpada elétrica

Imagem de Queijo norueguês é escolhido como o melhor do mundo em 2023 no megacurioso

O queijo campeão Nidelven Blå é feito por um processo de fermentação com fungos e leite pasteurizado 

<head></head><body>O primeiro prêmio do concurso World Cheese Awards, considerado o “Oscar dos Queijos”, foi conquistado neste ano <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127240-cabrales-conheca-o-pedaco-de-queijo-mais-caro-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">por um queijo azul norueguês</a>, o Nidelven Blå, fabricado pela fazenda Gangstadt Gårdsysteri&nbsp;, uma pequena propriedade rural localizada a cerca de duas horas de Trondheim na Noruega, onde a competição foi realizada em 2023.Organizado pela britânica Guild of Fine Food (Confraria de Alimentos Finos em português), o World Cheese Awards é o maior evento global de queijos do planeta. Chegando à sua 35ª edição, o concurso estabeleceu um recorde de participantes, com 4.502 queijos.&nbsp;De acordo com um comunicado à imprensa divulgado pela gerente geral. da Gangstadt Gårdsysteri, Maren Gangstadt, “Somos uma pequena fazenda leiteira localizada a apenas duas horas daqui, então isso acontecer em nosso quintal significa muito, e ter toda a equipe da leiteria aqui acrescenta um brilho extra a ela”.&nbsp;<h2>Como o queijo azul norueguês foi escolhido campeão?</h2><iframe width="620" height="350" src="https://www.youtube.com/embed/dJq3xC61pS4" title="World Cheese Awards 2023 Highlights | Trondheim, Norway" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127004-o-que-e-o-paradoxo-do-queijo-que-colocaria-vegetarianos-em-contradicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Com queijos de mais de 40 países</a> na competição, é natural que ela tenha sido acirrada. Os procedimentos iniciais começaram pela manhã, quando um amplo painel de jurados, composto por 264 especialistas em queijos, passou a avaliar entre 40 a 50 queijos em cerca de 100 mesas, trabalhando em equipes de dois ou três.&nbsp;O diretor administrativo do World Cheese Awards, John Farrand explicou o processo à CNN Travel: “O que pedimos a eles, simplesmente, foi avaliar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127773-voce-sabia-que-os-furinhos-dos-queijos-podem-indicar-coliformes-fecais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os aspectos visuais do queijo</a> e depois o aroma". Isso confere um peso maior à próxima etapa: sabor e sensação do queijo na boca. Nessa fase, os queijos recebem o status de ouro, prata ou bronze, mas cada mesa elege um "superouro". &nbsp;Na etapa final, os campeões superouro são reduzidos a 16 finalistas, que são julgados por um Superjúri, composto por 16 especialistas, que escolhem o queijo vencedor, após um acalorado debate transmitido ao vivo para os espectadores.<h2>Por que o queijo azul Nidelven Blå venceu a competição?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Guild of Fine Food&nbsp;" data-fonte-url="https://media.cnn.com/api/v1/images/stellar/prod/world-cheese-awards-credit-guild-of-fine-food-berre-haakon-borgen-028.jpg?c=16x9&amp;q=h_540,w_960,c_fill/f_webp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/06/06160725139226.jpg" alt="(Fonte: Guild of Fine Food)">(Fonte: Guild of Fine Food)Como todo queijo azul, o Nidelven Blå tem esse nome porque apresenta veias azuis feitas por fungos, como o Penicillium, em sua massa. É esse processo que dá ao produto o seu sabor diferenciado, aroma e textura. Queijos azuis, como o gorgonzola e o roquefort, são normalmente picantes e têm texturas quebradiças e cremosas.&nbsp;Conforme a CNN Travel, os jurados disseram que o Nidelven Blå, um queijo semissólido de mofo azul, feito com leite de vaca pasteurizado, “tem esse tipo de cremosidade curta, como uma cobertura realmente densa”. Outro juiz destacou suas “tonalidades frutadas, talvez algumas características de vinho da qual realmente falam. É uma linguagem muito única”.Na competição, o Brasil recebeu 11 status bronze, 8 prata e 3 ouro. Somente um queijo nacional obteve a menção superouro: o Morro Azul, da empresa Pomerode Alimentos, sediada na cidade de mesmo nome, no estado de Santa Catarina.</body>

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Queijo norueguês é escolhido como o melhor do mundo em 2023

Imagem de Quilonova: a explosão capaz de destruir a vida na Terra no megacurioso

A radiação produzida pela colisão de duas estrelas de nêutrons poderia emitir uma radiação capaz de destruir a camada de ozônio da Terra

<head></head><body>Cientistas da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (UIUC), nos EUA, exploraram os possíveis efeitos da ocorrência de uma quilonova perto da Terra. Raríssimo, o fenômeno <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127825-2-maior-explosao-da-historia-do-universo-foi-registrada-este-ano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resulta da colisão de duas estrelas de nêutrons</a>, e poderia em tese produzir uma explosão de raios-gama capaz de eliminar a vida em nosso planeta.De acordo com a líder da equipe e cientista da UIUC, Haille Perkins, "Descobrimos que, se uma fusão de estrelas de nêutrons ocorresse a cerca de 36 anos-luz da Terra, a radiação resultante poderia causar um evento de nível de extinção", explicou ela ao Space.com. Isso porque os raios cósmicos espalhados pela quilonova, deixariam o nosso planeta vulnerável aos raios UV por milhares de anos.Esse tipo de fusão é um dos fenômenos astronômicos mais espetaculares do universo, visto que as duas estrelas de nêutrons que entram em rota de colisão são os remanescentes densos e altamente compactados de estrelas massivas que explodiram em supernovas. O resultado é uma única estrela de nêutrons maior, que libera uma quantidade gigantesca de energia, em forma de ondas gravitacionais, raios gama e explosões de luz.<h2>Qual quilonova foi observada pelos pesquisadores?</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/8mSDyujlFOA" title="Gamma-ray burst from kilonova explosion detected" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Para confirmar suas hipóteses nesta pesquisa, a equipe observou uma fusão de estrelas de nêutrons real, registrada através do sinal de onda gravitacional GW 170817, captado pelo Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO) em 2017, como resultado da explosão de raios gama GRB 170817A, semelhante à mostrada acima.Essa quilonova, a única até agora observada na radiação eletromagnética e ouvida em ondas gravitacionais, ocorreu a cerca de 130 milhões de anos-luz de distância da Terra, o que a tornou uma candidata natural para esse tipo de evento extremo.O aspecto mais ameaçador observado pelos pesquisadores foi o processo chamado ionização, pelo qual os raios gama da fusão retiram os elétrons dos átomos, potencialmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127084-qual-e-o-estado-atual-da-camada-de-ozonio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"matando" a camada de ozônio da Terra</a>.<h2>Riscos de extinção de vida na Terra por uma quilonova</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/02/02105915263004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Avaliando a ameaça geral aos planetas semelhantes à Terra, o estudo concluiu que "eles têm uma distância de morte semelhante às supernovas", mas nem tudo está perdido, pois as quilonovas são muito menos comuns.&nbsp;Entrevistada pelo Space.com, Darach Watson, cientista do Centro de Aurora Cósmica do Instituto Niels Bohr, que não participou desta pesquisa, ponderou que, "no geral, é provável que isso seja mais uma ameaça para planetas em galáxias antigas onde a formação estelar terminou, e não tanto para a Via Láctea".Para a autora do estudo, o fato de existir apenas uma única detecção de potencial quilonova entre as 100 bilhões de estrelas da Via Láctea faz com que observações multimensageiras (de diversas fontes) sejam necessárias para esclarecer <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127720-laminas-de-plasma-seriam-capazes-de-cortar-estrelas-inteiras-ao-meio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os reais perigos representados pelos eventos analisados</a>.Ainda não revisada por pares, a pesquisa “Uma quilonova poderia matar: uma avaliação de ameaça” está hospedada no repositório de preprints arXiv.</body>

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Quilonova: a explosão capaz de destruir a vida na Terra

Imagem de Manteiga de amendoim e Wi-Fi? Saiba o que é ajuda humanitária no megacurioso

A ajuda humanitária é crucial para mitigar os efeitos de uma tragédia como a de Gaza, mas o tipo de auxílio depende das particularidades da crise

<head></head><body>Os constantes ataques israelenses em áreas densamente povoadas da faixa de Gaza, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127603-palestina-e-israel-5-palavras-chave-para-entender-o-conflito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em busca de militantes do grupo Hamas</a>, têm representado um grande desafio para as agências internacionais e organizações sem fins lucrativos especializadas na prestação de ajuda humanitária a populações em situação de emergência.Primeiramente porque a guerra provocou o deslocamento de cerca de 1,4 milhão de palestinos de suas casas em Gaza. Em segundo lugar, porque a recusa de ambos os lados em estabelecer um cessar-fogo temporário faz com que os comboios de ajuda humanitária fiquem estacionados na fronteira do Egito.&nbsp;De acordo com o diretor-executivo do Laboratório de Pesquisa Humanitária da Escola de Saúde Pública de Yale, Nathaniel Raymond, uma das maiores causas de morte na guerra não são balas e bombas, mas as mortes que ocorrem por desnutrição. Falando à Popular Science, o ativista afirma que só uma entrega rápida de suprimentos pode evitar que a crise se torne ainda mais mortal.<h2>Manteiga de amendoim é ajuda humanitária?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/01/01192845018564.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os pressupostos básicos de qualquer tipo de ajuda humanitária envolvem o acesso à água potável, alimentos e medicamentos que possam ajudar os feridos, que já chegam à casa dos 30 mil na região do conflito no Oriente Médio. No entanto, embora as necessidades humanas básicas sejam as mesmas em qualquer lugar do mundo, existem algumas regras criadas pelos especialistas para simplificar a assistência emergencial. &nbsp;No contexto de calorias fáceis, o item preferido das agências humanitárias é <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124717-alimentar-manteiga-de-amendoim-a-bebes-reduz-risco-de-alergias-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o tradicional recheio de manteiga de amendoim e geleia de frutas</a> que compõem os sanduíches PBJ, uma maneira rápida de saciar a fome na falta de outros alimentos. Pelo seu alto teor calórico, proteínas e nutrientes, a manteiga de amendoim tem sido um dos suprimentos econômicos e estáveis que estão ajudando a reduzir a fome no mundo, principalmente entre crianças.Para a diretora-geral do Gabinete de Assistência Humanitária da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Danielle Mutone-Smith, "nós podemos resgatar a maioria das crianças em situação de insegurança alimentar do ponto de inanição", o que levou a OMS a recomendar atualmente um único produto alimentício para jovens gravemente desnutridos.<h2>Importância do Wi-Fi e do dinheiro na ajuda humanitária</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/01/01205247463000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Quando conflitos armados provocam blecaute nas comunicações de um país, como ocorreu na Faixa de Gaza, o acesso à internet se torna um dos principais itens da agenda de ajuda humanitária.&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/238034-starlink-tem-150-mil-usuarios-diarios-ucrania-diz-governo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Esses sinais de banda larga tornam-se necessários</a> não só no compartilhamento de notícias, mas também para pessoas encontrarem seus entes queridos desabrigados, e as próprias organizações humanitárias sistematizarem suas estratégias de emergência.Finalmente, os especialistas consideram o velho dinheiro como o “rei” em qualquer emergência. O recurso permite que as pessoas possam escolher e diversificar suas refeições, respeitando "a dignidade das populações, dando-lhes o poder de escolha”, destaca Raymond.&nbsp;</body>

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Manteiga de amendoim e Wi-Fi? Saiba o que é ajuda humanitária

Imagem de A 'câmara assombrada': uma experiência científica para ver fantasmas no megacurioso

Uma câmara assombrada criada para causar experiências paranormais passou a assombrar as pessoas mesmo desligada

<head></head><body>Londres parece ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123367-os-castelos-assombrados-e-seus-fantasmas-mais-conhecidos-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a capital mundial das casas mal-assombradas</a>. Por isso, é natural que existam mais estudos de fenômenos paranormais na capital inglesa. Um deles, realizado no início dos anos 2000 por dois cientistas, levava seus participantes a sentir uma presença sobrenatural, sensações de tontura e de terror repulsivo.O experimento foi inspirado por várias tentativas de encontrar explicações científicas para casos de fantasmas. Muitas dessas teorias mostraram-se esclarecedoras. Como um artigo publicado na revista American Journal of Ophtalmology em 1921, no qual duas vítimas de delírios e alucinações foram diagnosticadas com envenenamento por monóxido de carbono, causado por um vazamento de gás.<div data-google-query-id="CI_5wMyumoIDFR6flQIdSPgLgg">Em outro caso famoso, ocorrido na década de 1980, o engenheiro e cientista da computação Vic Tandy percebeu que as aparições fantasmagóricas que via em seu laboratório eram, na verdade, causadas por ondas sonoras de baixa frequência, vindas de um ventilador instalado na vizinhança.</div><h2>A câmara assombrada</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;French et al.&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/ifST8muDxOJ7fTYsZPdSaTF6bjVpCgKvDFbnFFAEcfc/rt:fill/w:1200/el:1/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy83NDE2MmYwMTQ0/ZTgwMGJlNTVfSGF1/bnRlZF9DaGFtYmVy/X1NjaGVtYXRpYy5w/bmc.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30090452166024.jpg" alt="(Fonte: French et al.)">(Fonte: French et al.)No início da década de 2000, dois britânicos decidiram testar a hipótese de que aparições de fantasmas eram causadas por infrassons <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125451-os-varios-misterios-das-bilenares-esferas-de-klerksdorp.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ou influência do campo magnético da Terra no cérebro das pessoas</a>. Para isso, o então professor de psicologia da Universidade de Goldsmith, Chris French, e seu amigo Usman Haque, artista e arquiteto, construíram uma “câmara assombrada”.&nbsp;Era uma sala branca vazia na casa da mãe de Haque, no norte de Londres. Ela continha equipamentos ocultos para produzir campos eletromagnéticos e infrassom. Para testar suas hipóteses, a dupla recrutou 79 voluntários para visitar a sala, alertando-os que poderiam sentir algumas “experiências anômalas”.A princípio, a “câmara assombrada” funcionou, até que um fato assustador aconteceu no experimento: os participantes estavam sentindo experiências de terror e medo, mesmo com os dispositivos desligados. Ou seja, embora os pesquisadores torcessem para que a sala explicasse fisicamente as assombrações, parece que, se você disser a algumas pessoas que poderão ter experiências estranhas no local, as mais sugestionáveis terão, explicou French.&nbsp;<h2>Nem todos os casos de assombrações podem ser explicados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30093236148038.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Apesar de continuar tentando explicar experiências paranormais por meio de fenômenos concretos, French diz não acreditar que se possa colocar tudo na conta do mofo, do infrassom, do monóxido de carbono e flutuações eletromagnéticas.Para ele, as influências externas são na verdade responsáveis por um número bem menor de casos fantasmagóricos, se é que existem de fato. Para o especialista em psicologia das crenças, as explicações mais prováveis são alguns distúrbios e transtornos, como paralisia do sono, falsas memórias e até mesmos alucinações que “são muito mais comuns entre a população não clínica do que geralmente se considera”, alerta French. &nbsp;Ainda assim, fatores ambientais como os testados na "câmara assombrada" e hipóteses baseadas em psicologia e neurociências nem sempre conseguem fornecer explicações satisfatórias para fenômenos paranormais. "Precisamos ser humildes o suficiente para admitir que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124722-mike-marcum-o-homem-que-desapareceu-apos-criar-uma-maquina-do-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não damos conta de explicar todos os casos</a>", conclui French.&nbsp;</body>

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A 'câmara assombrada': uma experiência científica para ver fantasmas

Imagem de Você sabia que os furinhos dos queijos podem indicar coliformes fecais? no megacurioso

Há queijos originalmente fabricados com furinhos e outros em que essa característica pode ser sinal de contaminação

De tempos em tempos, as redes sociais trazem alguns alertas sobre os &ldquo;furinhos&rdquo; que aparecem nos queijos, geralmente dizendo que os furos do queijo indicam que ele estaria contaminado por coliformes fecais.
Exageros &agrave; parte, &eacute; compreens&iacute;vel que as pessoas se preocupem com a contamina&ccedil;&atilde;o de alimentos, principalmente se sua fabrica&ccedil;&atilde;o for feita de forma artesanal. No entanto, essa correla&ccedil;&atilde;o entre furos no queijo e ele estar contaminado n&atilde;o &eacute; regra.
Primeiramente, &eacute; preciso deixar claro que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127004-o-que-e-o-paradoxo-do-queijo-que-colocaria-vegetarianos-em-contradicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a fabrica&ccedil;&atilde;o de qualquer queijo</a> envolve a manipula&ccedil;&atilde;o de bact&eacute;rias, como Lactobacillus, Streptococcus e Lactococcus. Esses microrganismos desempenham um papel fundamental n&atilde;o s&oacute; na acidifica&ccedil;&atilde;o do leite, como tamb&eacute;m contribuem para o sabor e a textura final do produto.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127240-cabrales-conheca-o-pedaco-de-queijo-mais-caro-do-mundo.htm" target="_blank" rel="sponsored">Cabrales: conhe&ccedil;a o peda&ccedil;o de queijo mais caro do mundo</a>
<h2>Os furinhos normais e anormais do queijo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/25/25173317669341.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127240-cabrales-conheca-o-pedaco-de-queijo-mais-caro-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">H&aacute; queijos que s&atilde;o naturalmente fabricados com furinhos</a>. &Eacute; o caso dos tipos gruyere e emmental, feitos com bact&eacute;rias chamadas propi&ocirc;nicas normalmente encontradas na natureza. Elas fermentam o &aacute;cido l&aacute;tico e o &aacute;cido propi&ocirc;nico, produzindo como subprodutos o &aacute;cido ac&eacute;tico e o di&oacute;xido de carbono, que s&atilde;o os respons&aacute;veis pela forma&ccedil;&atilde;o dos buraquinhos caracter&iacute;sticos desse tipo de queijo.
J&aacute; em queijos frescos, como o queijo minas frescal, furos em excesso podem ser sim um sinal de contamina&ccedil;&atilde;o por bact&eacute;rias coliformes ou por estafilococos patog&ecirc;nicos. Os dois grupos s&atilde;o capazes de fermentar a lactose e produzir gases, que causam os furos encontrados no queijo fabricado sob condi&ccedil;&otilde;es inadequadas de higiene.
<blockquote class="twitter-tweet">
O queijo que meu pai comprou ?????? <a href="https://t.co/qqbrdl2Oku">pic.twitter.com/qqbrdl2Oku</a>
&mdash; Pedro Henrique Tunes (@PedroHTunes) <a href="https://twitter.com/PedroHTunes/status/1630281522103066625?ref_src=twsrc%5Etfw">February 27, 2023</a></blockquote>
Dessa forma, a simples exist&ecirc;ncia de furos no queijo n&atilde;o &eacute; motivo para supor que se trata de uma contamina&ccedil;&atilde;o. Eles s&oacute; se tornam motivo de preocupa&ccedil;&atilde;o se estiverem muito pr&oacute;ximos &agrave; superf&iacute;cie, e forem buracos grandes e irregulares, sem um formato definido &ndash; como o exemplo acima.
<h2>Como evitar o consumo de queijos contaminados?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24230415703003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Embora a coloca&ccedil;&atilde;o do problema em termos de ter ou n&atilde;o "furinhos" no queijo seja simplista, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127556-como-ocorre-a-contaminacao-alimentar.htm#:~:text=A%20contamina%C3%A7%C3%A3o%20qu%C3%ADmica%20pode%20ser,elementos%20qu%C3%ADmicos%20estranhos%20na%20comida." rel="noopener noreferrer" target="_blank">a contamina&ccedil;&atilde;o microbiana &eacute; um assunto s&eacute;rio</a> que pode afetar tanto ind&uacute;strias como produtores rurais, mas tamb&eacute;m acaba se tornando um risco para a sa&uacute;de p&uacute;blica por conta do risco de causar doen&ccedil;as na popula&ccedil;&atilde;o.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126851-voce-sabia-que-os-pontinhos-brancos-dos-morangos-nao-sao-sementes.htm" target="_blank" rel="sponsored">Voc&ecirc; sabia que os pontinhos brancos dos morangos n&atilde;o s&atilde;o sementes?</a>
Por isso, as boas pr&aacute;ticas de higiene t&ecirc;m que ser rigorosamente revisadas, para prevenir a ocorr&ecirc;ncia de contamina&ccedil;&otilde;es ou recontamina&ccedil;&otilde;es dos produtos.
O consumidor, por sua vez, deve ficar atento se o queijo comprado tem certificado de origem, como o do Servi&ccedil;o de Inspe&ccedil;&atilde;o Federal (SIF), e o certificado de registro no Minist&eacute;rio da Agricultura, Pecu&aacute;ria e Abastecimento (Mapa). Se for um queijo artesanal, confira a origem, o selo de qualidade e, nesse caso, fique de olho nos furinhos. Se forem grandes ou irregulares, podem ser um sinal de riscos de contamina&ccedil;&atilde;o.

Jorge Marin