Imagem de Conheça a Síndrome de Paris, o transtorno desencadeado em pessoas desapontadas com a "cidade luz" no megacurioso

O choque entre a idealização de Paris e a percepção da sua realidade tem levado alguns visitantes japoneses a desenvolver sintomas preocupantes

<p>Qualquer cidade do mundo tem o seu lado vulgar, seu bairro bizarro e aspectos que todos tentam esconder. No caso de Paris, "le probl&egrave;me" &eacute; um tanto surreal: a imagem que fazem da metr&oacute;pole na cabe&ccedil;a das pessoas do resto do mundo &eacute; super idealizada, como se <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126933-como-paris-conseguiu-despoluir-o-rio-sena.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a capital francesa fosse apenas radiante, amig&aacute;vel, iluminada e rom&acirc;ntica</a>, da mesma forma que nos filmes.&nbsp;</p>
<p>Quando os turistas desembarcam no aeroporto Charles de Gaulle e percebem que, al&eacute;m dos atributos esperados, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127661-e-possivel-que-no-futuro-a-humanidade-more-em-cidades-subterraneas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a cidade tamb&eacute;m &eacute; agitada, barulhenta, ca&oacute;tica e suja</a>, muitos visitantes sofrem um choque com a situa&ccedil;&atilde;o. Como consequ&ecirc;ncia, acabam <strong>desenvolvendo um transtorno que passou a ser conhecido com S&iacute;ndrome de Paris.</strong></p>
<p>Diagnosticado pela primeira vez em 1986, pelo psiquiatra Hiroaki Ota, esse conjunto de sintomas, prevalente em turistas japoneses, inclui <strong>"del&iacute;rios agudos, alucina&ccedil;&otilde;es, tonturas, suores e sentimentos de persegui&ccedil;&atilde;o"</strong>, segundo o estudo realizado pelo m&eacute;dico japon&ecirc;s radicado na Fran&ccedil;a.</p>
<p><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126969-7-sindromes-com-nomes-de-cidades-e-suas-principais-causas.htm" target="_blank" rel="sponsored"><span>7 s&iacute;ndromes com nomes de cidades e suas principais causas</span></a></strong></p>
<h2>Por que turistas japoneses desenvolvem sintomas em Paris?</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/19142834319279.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" /><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p>
<p>Embora descrita como uma esp&eacute;cie de transtorno psiqui&aacute;trico de viagem, <strong>a s&iacute;ndrome de Paris n&atilde;o &eacute; reconhecida oficialmente como uma doen&ccedil;a mental</strong>, sendo considerada um choque cultural que leva a um estresse.&nbsp;</p>
<p>O estranhamento come&ccedil;a quando os visitantes percebem que a cidade n&atilde;o tem nada a ver com suas expectativas, e <strong>culmina com a certeza de que os parisienses s&atilde;o indiferentes &agrave; sua presen&ccedil;a ali.</strong></p>
<p>Como qualquer condi&ccedil;&atilde;o psicol&oacute;gica, a s&iacute;ndrome pode ser desencadeada por diversos fatores, como o clima, o idioma, a comida, a arquitetura, o tr&acirc;nsito ou mesmo a atitude dos locais, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/126892-10-visoes-estereotipadas-que-os-paises-tem-uns-dos-outros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">muitas vezes considerada arrogante</a>. Esses gatilhos podem ser agravados por problemas pessoais: solid&atilde;o, dificuldades financeiras, quest&otilde;es sentimentais ou apenas saudade de casa.&nbsp;</p>
<h2>Existe tratamento para a S&iacute;ndrome de Paris?</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24162029527304.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" /><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p>
<p>Por n&atilde;o ser oficialmente uma doen&ccedil;a, n&atilde;o h&aacute; um tratamento espec&iacute;fico para a S&iacute;ndrome de Paris. Isso n&atilde;o quer dizer, no entanto, que se trata de um simples chilique de turistas ricos. Pelo contr&aacute;rio, <strong>tanto os sintomas quanto suas consequ&ecirc;ncias s&atilde;o reais, e geram, sim, sofrimento e dor.</strong> Quem passou pela experi&ecirc;ncia afirma ter ficado com traumas e medo de viajar de novo.&nbsp;</p>
<p>H&aacute; registros de casos em que o paciente teve que ser transportado de volta para o seu pa&iacute;s, sob supervis&atilde;o e cuidados m&eacute;dicos. Mas, em geral, boas noites de sono e hidrata&ccedil;&atilde;o s&atilde;o suficientes para superar o problema em alguns dias. <strong>Na d&uacute;vida, a embaixada japonesa em Paris mant&eacute;m uma linha 24 horas &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o dos turistas que manifestam sintomas.&nbsp;</strong></p>
<p>Mesmo sendo espec&iacute;fica para turistas japoneses que viajam a Paris pela primeira vez, o transtorno <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126969-7-sindromes-com-nomes-de-cidades-e-suas-principais-causas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pode ser visto em um contexto maior de uma s&iacute;ndrome de viajante</a>, um sentimento de decep&ccedil;&atilde;o que pode acontecer a qualquer turista que se frustra <strong>ao perceber que a cidade dos seus sonhos n&atilde;o corresponde &agrave;s expectativas</strong>.</p>

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Conheça a Síndrome de Paris, o transtorno desencadeado em pessoas desapontadas com a 'cidade luz'

Imagem de Jovem de 14 anos inventa sabonete para tratamento de câncer de pele no megacurioso

A invenção de Heman Bekele é um sabonete que ativa proteínas do sistema imunológico responsáveis pela estimulação das células de defesa

<head></head><body><p>Um estudante norte-americano de 14 anos, chamado Heman Bekele conquistou recentemente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111785-jovem-cientista-chileno-descobre-bacteria-capaz-de-comer-pneus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o Desafio Jovem Cientista 3M 2023</a>, pela sua solução original para um sério problema de saúde: <strong>uma barra de sabonete desenvolvida para tratar o melanoma, a forma mais comum de câncer nos EUA</strong>.</p><p>De acordo com o site da 3M, Heman cursa atualmente o 9º ano na WT Woodson High School em Annandale, no estado da Virgínia, nos EUA. O Desafio Jovem Cientista 3M é a principal competição de ciências do ensino médio do país, e confere ao vencedor o título de "Melhor Jovem Cientista da América" <strong>além de um prêmio em dinheiro no valor de US$ 25 mil, o equivalente a R$ 125 mil</strong>.&nbsp;</p><p>A competição propõe que cada participante crie uma solução inédita para um problema do dia a dia que impacte diretamente a sua vida pessoal, de suas famílias, suas comunidades e/ou a população em geral. Para desenvolver seus protótipos, antes de serem julgados em uma série de desafios (que incluem uma apresentação em vídeo), os jovens são acompanhados por mentores cientistas.&nbsp;</p><h2>Como foi o Desafio Jovem Cientista 3M 2023?</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;3M Young Scientist Lab&nbsp;" data-fonte-url="https://youngscientistlab.com/static/95fcf80eb9b4ddaed370326c5a37ad7b/b09a5/image-video-competition.webp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26213013917353.jpg" alt="(Fonte: 3M Young Scientist Lab)"><span class="desc">(Fonte: 3M Young Scientist Lab)</span></span></p><p>Para conquistar o tão cobiçado prêmio de Melhor Jovem Cientista da América, Bekele teve que suplantar duas concorrentes de peso. Sarah Wang de Andover, de Massachusetts, <strong>ficou em terceiro lugar com a invenção Luva Spring para Detecção de Epilepsia</strong>.&nbsp;</p><p>A segunda colocada no certame, Shripriya Kalbhavi, de San Jose, criou <strong>o EasyBZ, um adesivo de microagulhas de baixo custo</strong> que permite <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127530-cientistas-criam-alternativa-para-injecao-inspirada-nos-polvos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a administração de medicamentos de forma autoautomatizada</a>.</p><p>A invenção de Bekele,<strong>&nbsp;o Sabonete para Tratamento de Melanoma (MTS na sigla em inglês),</strong> foi feito, segundo seu criador, "fundindo sabonete medicinal comum com uma proporção de 50/30/20 de ácido salicílico, ácido glicólico e tretinoína, que são todos agentes ceratolíticos que reativam lentamente as células dendríticas".</p><h2>O futuro do sabonete para tratamento de câncer</h2><p style="text-align: center;"><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/5AEMhrbG8gc" title="3MYSC Submission - Heman Bekele" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></p><p>Em sua apresentação no YouTube, Bekele explica que, assim que o MTS é usado, ele libera na pele <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118774-o-que-e-o-sistema-imunologico-e-como-ele-funciona.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma classe de proteínas do sistema imunológico natural</a> chamada receptores Toll. "Esses receptores se prendem às células dendríticas que os reativam. Após reativados, eles se unem às células TN io12 [imunes] <strong>para combater as células infectadas pelo HPV</strong>", conclui.</p><p>Após receber seu prêmio de US$ 25 mil, Bekele diz que irá aperfeiçoar sua invenção nos próximos cinco anos. Seus planos incluem a criação de uma organização sem fins lucrativos para distribuir o sabonete de baixo para as pessoas mais necessitadas.&nbsp;</p><p>O sabonete MTS pode ser aplicado a cada dois dias após a prescrição. <strong>Seu preço de custo é de apenas US$ 0,50 (R$ 2,50),</strong> o que representa, na prática, um grande impacto no mundo, uma vez que um tratamento médico regular contra o câncer de pele custa nos EUA mais de US$ 40 mil (quase R$ 200 mil).</p></body>

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Jovem de 14 anos inventa sabonete para tratamento de câncer de pele

Imagem de Tassili n'Ajjer: as pinturas misteriosas das cavernas do Saara no megacurioso

O planalto do Tassili n'Ajjer na Argélia Saariana abriga uma das mais importantes coleções de arte rupestre pré-histórica do planeta

<head></head><body><p><strong>Tassili n'Ajjer,</strong> nome que significa “planalto entre rios” no idioma berbere, está paradoxalmente entre as regiões mais secas do mundo, em pleno deserto do Saara. O local é hoje um parque nacional da Argélia, localizado no sudeste do país, na fronteira com a Líbia, o Níger e o Mali, e abriga uma das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127770-seca-historica-em-manaus-revela-gravuras-rupestres-de-ate-2-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais ricas coleções de arte rupestre&nbsp;</a>pré-histórica do mundo.</p><p>Com visitas limitadas, <strong>o sítio arqueológico apresenta mais de 15 mil pinturas e gravuras primitivas</strong> no que pode ser chamado de maior museu ao ar livre do mundo. Através das imagens registradas nas paredes de cavernas, os visitantes testemunham as alterações do clima, da fauna, e a evolução das comunidades humanas que habitaram o Saara desde 6000 a.C.</p><p>Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1982 e Reserva da Biosfera em 1986, o Tassili n'Ajjer transcende os limites da arqueologia e do turismo <strong>e envereda por uma literal viagem no tempo através da arte.</strong> O traço rústico traz imagens do dia a dia, crenças e rituais petrificados e uma coleção de signos e símbolos ainda a espera de serem decifrados e compreendidos. &nbsp;</p><h2>A vida representada nas paredes do Tassili n'Ajjer</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Gruban/UNESCO&nbsp;" data-fonte-url="https://whc.unesco.org/uploads/thumbs/site_0179_0001-1000-665-20090910111123.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26090909025496.jpg" alt="(Fonte: Gruban/UNESCO)"><span class="desc">(Fonte: Gruban/UNESCO)</span></span></p><p><strong>Os traços, feitos com tintas de materiais naturais como ocre, hematita e manganês, são coloridos e mostram detalhes de cenas do dia a dia</strong>: &nbsp;pessoas ocupadas com trabalhos agrícolas, cuidando de animais e expedições de caça. Mas há também momentos especiais, nos quais a participação da comunidade em danças e celebrações revela tradições e ritos.&nbsp;</p><p>As figuras antropomorfas apresentam grande riqueza de detalhes, sugerindo pistas das vestimentas, adereços e utensílios usados nas diferentes épocas retratadas. As roupas e acessórios reproduzidos nas paredes das cavernas mostram notáveis semelhanças com o vestuário tradicional de povos contemporâneos da África, permitindo deduzir sua continuidade cultural através dos tempos.</p><p>Já <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127580-desenho-rupestre-de-camelo-em-tamanho-real-e-misterio-para-pesquisadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os zoomorfos aparecem em contextos domésticos e de caça</a>, em uma fauna diversa que mistura cabras e vacas com antílopes e girafas.&nbsp;</p><h2>Deuses e astronautas nas paredes do Tassili</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mohammed Beddiaf/UNESCO&nbsp;" data-fonte-url="https://whc.unesco.org/uploads/thumbs/site_0179_0003-1000-750-20120821144315.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/26/26093434521509.jpg" alt="(Fonte: Mohammed Beddiaf/UNESCO)"><span class="desc">(Fonte: Mohammed Beddiaf/UNESCO)</span></span></p><p>Quando o etnógrafo Henri Lothe se aventurou em uma expedição com os tuaregues no Tassili, em 1956, ele descobriu um impressionante maciço chamado “Jabbaren”, ou “Gigantes” na língua local. <strong>Maravilhado com a representação de um ser com mais de seis metros de altura, o explorador o chamou de “O Grande Deus Marciano”</strong>, abrindo especulações para uma suposta colonização alienígena.&nbsp;</p><p>Mais tarde, chegou ao local outro suposto arqueólogo chamado Erich Von Däniken, que defendia <strong>a teoria de que as pinturas rupestres do Tassili eram um testemunho do contato de seres humanos com criaturas de cabeça redonda de outros planetas</strong>.&nbsp;</p><p>Embora as teses do suíço tenham sido rechaçadas pelos cientistas e acadêmicos como pseudoarqueologia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/109971-6-lugares-que-muita-gente-acha-que-foram-construidos-por-alienigenas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o seu livro <em>Eram os deuses astronautas?</em></a>, transformado em um documentário em 1970, ajudou a popularizar mundialmente as imagens impressionantes do Tassili n'Ajjer.</p></body>

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Tassili n'Ajjer: as pinturas misteriosas das cavernas do Saara

Imagem de Corte de boleta: por que os argentinos têm preguiça de votar? no megacurioso

O voto em papel nas eleições argentina é feito através de grandes encartes com os nomes dos candidatos que devem ser recortados se forem de coligações diferentes

<p>No domingo (22), enquanto as imagens das eleições argentinas eram divulgadas nas mídias sociais, um fato chamou a atenção dos brasileiros: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119603-voto-impresso-ou-eletronico-vantagens-e-desvantagens-de-cada-um.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as cédulas de votação</a>. <strong>Em forma de encartes de papel dobráveis, as listas são encabeçadas pelo candidato a presidente,</strong> mas estampam também os nomes dos postulantes a outros cargos em disputa, que fazem parte da mesma aliança.</p><p>Mas isso não significa que o voto seja vinculado. Se o eleitor preferir votar em candidatos de outras coalizões,<strong>&nbsp;ele tem que usar uma tesoura para recortar os nomes desejados em outras pilhas de células, colocar tudo em um envelope e inserir na urna</strong>. No caso de voto apenas nos candidatos de uma única aliança, basta dobrar o encarte e colocar na urna.</p><p>Nas "elecciones generales" de domingo, os argentinos votaram para eleger, além do presidente, também deputados, senadores, governadores (nas províncias de Buenos Aires e Entre Rios) e prefeito (em Buenos Aires). A forma de votar faz com que, além do DNI, emitido pelo Registro Nacional de las Personas, o eleitor leve também uma tesoura às mesas de votación.&nbsp;</p><h2>Como funciona o "corte de boleta"?</h2><blockquote class="twitter-tweet"><p dir="ltr" lang="pt">. <a href="https://twitter.com/arielpalacios?ref_src=twsrc%5Etfw">@arielpalacios</a> mostra como são as cédulas de papel para a votação nas eleições na Argentina.<br><br>? Assista na <a href="https://twitter.com/hashtag/GloboNews?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#GloboNews</a>: <a href="https://t.co/bFwcwLpLU9">https://t.co/bFwcwLpLU9</a> <a href="https://t.co/jtrAgSVZZv">pic.twitter.com/jtrAgSVZZv</a></p>— GloboNews (@GloboNews) <a href="https://twitter.com/GloboNews/status/1716203413946380477?ref_src=twsrc%5Etfw">October 22, 2023</a></blockquote><p>Em uma postagem na rede social X com mais de 3,2 milhões de visualizações, o colunista da <em>GloboNews,</em> Ariel Palacios, explica <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123977-por-que-o-mickey-mouse-aparece-nas-cedulas-de-votacao-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como se vota em nosso país vizinho</a>: "Tem que levar uma tesoura, <strong>cortar de uma forma muito bem-cortada, senão podem anular seu voto</strong>. [Em seguida] Vai na outra pilha, pega [a outra cédula], corta na linha pontilhada... Isso se chama corte de boleta (a cédula eleitoral)".</p><p>O sistema, que pode ser considerado arcaico <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127074-por-que-a-argentina-usa-6-tipos-de-dolares-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quando comparado à nossa urna eletrônica</a>, tem um impacto direto no resultado das eleições. Como as pessoas não têm, segundo Palácios, muita paciência para ficar recortando cédulas, <strong>elas preferem pegar o encarte inteiro, dobrar e enfiar na urna,</strong> o que implica em uma maioria parlamentar para o presidente eleito.&nbsp;</p><p>Desta vez, no entanto, a situação se inverteu. O candidato Sergio Massa foi o mais votado no primeiro turno das eleições presidenciais, mas seu partido, o Unión por la Patria, perdeu dez assentos na Câmara dos Deputados. Já o segundo mais votado na eleição presidencial, Javier Milei, viu seu partido, La Libertad Avanza conquistar 34 novas cadeiras na câmara e oito no senado. <strong>"Isso complica mais o esquema político do próximo governo",</strong> como previu Palácios.</p>

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Corte de boleta: por que os argentinos têm preguiça de votar?

Imagem de Corpo de 'sereia misteriosa' aparece em praia de Papua-Nova Guiné no megacurioso

O cadáver do animal marinho que chegou à praia de uma ilha remota daePapua-Nova Guiné gerou um acirrado debate entre os especialistas

<head></head><body><p>Moradores de ilha Simberi, em Papua-Nova Guiné, <strong>encontraram no mês passado os restos mortais de uma criatura em forma de peixe que causou surpresa e acabou se transformando em uma polêmica nacional.</strong> Sem conseguir obter uma explicação, as pessoas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125137-se-fossem-reais-as-sereias-provavelmente-seriam-pretas-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">têm chamado o cadáver de sereia “globster”</a>, palavra usada em inglês para qualquer tipo de massa orgânica misteriosa.</p><p>Considerada por enquanto como um suposto mamífero marinho, a criatura ainda não teve um diagnóstico de consenso entre os especialistas entrevistados pelo portal científico <em>WordsSideKick.com</em>.&nbsp;</p><p><strong>“Estranha criatura marinha morta em forma de sereia apareceu na costa da Ilha Simberi esta manhã. Alguém com explicação para identificá-la?”</strong>, provoca uma postagem no perfil New Irelanders Only (NIO) do Facebook. A ilha vulcânica Simberi, no mar de Bismark, faz parte da província da Nova Irlanda, em Papua-Nova Guiné. Sua população não excede 1 mil habitantes.</p><h2>O que dizem os especialistas sobre a "sereia globster"?</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/23/23142900525270.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>De acordo com Erich Hoyt, pesquisador da ONG britânica Whale and Dolphin Conservation (WDC), <strong>“isto parece um dugongo morto há muito tempo”,</strong> disse ele ao <em>Daily Mail</em>. “Primo” do nosso peixe-boi, o dugongo (<em>Dugong dugon</em>) é um mamífero marinho herbívoro conhecido popularmente como vaca-marinha. Entrevistado pela <em>WordsSideKick.com,&nbsp;</em>o cientista-chefe da Pacific Whale Foundation no Havaí, concorda com a hipótese de o globster ser um dugongo.</p><p>Já a cientista ambiental Helene Marsh, da Universidade James Cook, na Austrália, não quis arriscar e disse à plataforma que<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121601-sereias-existem-entenda-como-o-misterioso-mito-se-tornou-tao-popular.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;a sereia globster é um mamífero marinho</a> não especificado. Outra especialista em mamíferos marinhos, Sascha Hooker, da Universidade de St Andrews, na Escócia, defendeu que os restos mortais são provavelmente de um "<strong>cetáceo muito decomposto"</strong>.&nbsp;</p><p>Um dos especialistas chegou até a sugerir a possibilidade de a sereia globster ser um falecido tubarão, mas a maioria dos estudiosos do assunto refutaram a teoria, dizendo que o formato da cauda, as nadadeiras e a coluna da criatura não são parecidas com as de um tubarão.</p><h2>Afinal, o que é na realidade a sereia globster?</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;New Irelanders Only/Facebook&nbsp;" data-fonte-url="https://scontent.fjdf2-2.fna.fbcdn.net/v/t39.30808-6/379941935_880578496959170_740689505331626746_n.jpg?_nc_cat=105&amp;ccb=1-7&amp;_nc_sid=5f2048&amp;_nc_eui2=AeHstnmLDoRjOOLKoAL5E3gmsFrC3Jut5hSwWsLcm63mFHq0Ee02lBIRXMwMggj9Da4N19DXN28uNINkwSro0TOC&amp;_nc_ohc=Hn4gviPK7g0AX-Bm6ay&amp;_nc_ht=scontent.fjdf2-2.fna&amp;oh=00_AfD3YFShTR-Vo1qw2KTpYf9qh586UQC6z1ZRAWbob7P-Ow&amp;oe=653BC5F1"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/23/23141103743256.jpg" alt="(Fonte: New Irelanders Only/Facebook)"><span class="desc">(Fonte: New Irelanders Only/Facebook)</span></span></p><p>Sem informações precisas sobre o tamanho e o peso dos restos do animal marinho, <strong>porque os moradores não fizeram qualquer tipo de medição</strong>, fica difícil para os especialistas, à distância, fazerem qualquer tipo de suposição fundamentada.&nbsp;</p><p>Além disso, nenhum morador teve condições, ou equipamento, para coletar amostras de DNA, tornando praticamente impossível a identificação do corpo. Agora, decorrido um mês da descoberta, qualquer tipo de pesquisa fica ainda mais difícil, <strong>porque os residentes de Simberi optaram por enterrar os restos do animal.&nbsp;</strong></p><p><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127138-conheca-a-origem-de-4-criaturas-mitologicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dugongo, baleia, golfinho ou tubarão</a>, a verdade é que provavelmente jamais teremos certeza da verdadeira identidade da sereia globster da ilha de Simberi. Na falta de uma explicação plausível, fica um comentário do Facebook: "Deve ter sido uma velha sereia que veio na época do seu falecimento, e então morreu".&nbsp;</p></body>

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Corpo de 'sereia misteriosa' aparece em praia de Papua-Nova Guiné

Imagem de Sotaquiz: site te desafia a diferenciar os sotaques do Brasil no megacurioso

O SotaQuiz é um experimento de comunicologia que busca mostrar a diversidade de variações linguísticas existentes em regiões, cidades e até bairros

<head></head><body><p>Lançado recentemente, o site SotaQuiz é um questionário interativo para avaliar o conhecimento dos usuários <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123241-sotaques-do-brasil-conheca-a-origem-desses-5-modos-de-falar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sobre os diferentes sotaques brasileiros</a>. O desafio é apresentado na forma de 27 áudios falados por pessoas nativas de cada estado do Brasil. Após ouvir uma frase padrão, <strong>você tem que assinalar em um quadro de onde é a pessoa que está falando</strong>.</p><p>Mas, para não facilitar muito a tarefa, não há nas falas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125266-sextou-e-a-giria-mais-falada-pelos-brasileiros-veja-o-top-10.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nenhum tipo de gíria ou expressões locais</a>. A frase é única para todos os falantes, e as pistas estão apenas na pronúncia de algumas letras, na entonação e na velocidade da fala, o que supostamente dá uma pequena vantagem àqueles que entendem de fonética.&nbsp;</p><p>"Você conseguiria reconhecer esses vários sotaques brasileiros?", diz o narrador do vídeo da BlaBlaLab, responsável pelo experimento de comunicologia nas redes sociais. A frase lida em todas as gravações é: <strong>"Consegue acertar de que Estado eu sou? Aqui tem carro, pilha, isqueiro, panela, sabão, tinta, porta e campainha"</strong>.</p><h2>Qual é o objetivo do projeto SotaQuiz?</h2><blockquote class="instagram-media" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/CyjxGc_tUgZ/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style=" background:#FFF; border:0; border-radius:3px; box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width:540px; min-width:326px; padding:0; width:99.375%; width:-webkit-calc(100% - 2px); width:calc(100% - 2px);"><div style="padding:16px;"><a href="https://www.instagram.com/reel/CyjxGc_tUgZ/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" background:#FFFFFF; line-height:0; padding:0 0; text-align:center; text-decoration:none; width:100%;" target="_blank"><div style=" display: flex; flex-direction: row; align-items: center;"><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 40px; margin-right: 14px; width: 40px;"><br></div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 100px;"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 60px;"><br></div></div></div><div style="padding: 19% 0;"><br></div><div style="display:block; height:50px; margin:0 auto 12px; width:50px;"><br></div><div style="padding-top: 8px;"><div style=" color:#3897f0; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:550; line-height:18px;">Ver essa foto no Instagram</div></div><div style="padding: 12.5% 0;"><br></div><div style="display: flex; flex-direction: row; margin-bottom: 14px; align-items: center;"><div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(0px) translateY(7px);"><br></div><div style="background-color: #F4F4F4; height: 12.5px; transform: rotate(-45deg) translateX(3px) translateY(1px); width: 12.5px; flex-grow: 0; margin-right: 14px; margin-left: 2px;"><br></div><div style="background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; height: 12.5px; width: 12.5px; transform: translateX(9px) translateY(-18px);"><br></div></div><div style="margin-left: 8px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 20px; width: 20px;"><br></div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 2px solid transparent; border-left: 6px solid #f4f4f4; border-bottom: 2px solid transparent; transform: translateX(16px) translateY(-4px) rotate(30deg);"><br></div></div><div style="margin-left: auto;"><div style=" width: 0px; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-right: 8px solid transparent; transform: translateY(16px);"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; flex-grow: 0; height: 12px; width: 16px; transform: translateY(-4px);"><br></div><div style=" width: 0; height: 0; border-top: 8px solid #F4F4F4; border-left: 8px solid transparent; transform: translateY(-4px) translateX(8px);"><br></div></div></div><div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center; margin-bottom: 24px;"><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 224px;"><br></div><div style=" background-color: #F4F4F4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 144px;"><br></div></div></a><p style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; line-height:17px; margin-bottom:0; margin-top:8px; overflow:hidden; padding:8px 0 7px; text-align:center; text-overflow:ellipsis; white-space:nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/reel/CyjxGc_tUgZ/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:normal; line-height:17px; text-decoration:none;" target="_blank">Uma publicação compartilhada por BlaBlaLab™ (@blablalab.wtf)</a></p></div></blockquote><p>A princípio, o SotaQuiz existe, porque "<strong>O Brasil é bem maior que um eixo, estado ou sotaque</strong>. Ele apresenta diversas variações linguísticas a depender da região, cidade e, às vezes, até do bairro", diz uma descrição no site.&nbsp;</p><p>Além de um desafio sobre o conhecimento da nossa língua, o projeto da BlaBlaLab é também um convite a <strong>abraçar todos os "nossos jeitos, bagulhos, trens de todo o nosso Brasil"</strong>. Embora esteja constantemente se transformando e variando de acordo com o meio em que está inserida, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127525-e-possivel-desaprender-uma-lingua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a língua "é viva", diz o site</a>.</p><p>Nesse sentido, o conhecimento desses sotaques regionais é um importante elemento de ligação entre a língua primordial e os estados de evolução linguística. <strong>Embora já exista uma tentativa de criar um sotaque neutro</strong>, isso não passa de uma tentativa de criar uma linguagem televisiva para jornais e novelas, diz o vídeo da BlaBlaLab nas redes sociais.</p><h2>O português brasileiro e seus múltiplos sotaques</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/20/20150949137287.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Como uma tentativa de resistir à submissão do português brasileiro à forma falada no sudeste do país, o vídeo de apresentação do SotaQuiz destaca a importância do <em><strong>Projeto Atlas Linguístico Brasileiro (ALiB)</strong></em> que respeita o caráter multidialetal da nossa língua e prevê que a pluralidade de seu uso seja levada para as salas de aula, como uma forma de formação da cidadania e respeito à diversidade. &nbsp;</p><p>Nesse sentido, <strong>a Dialetologia, estudo das variações linguísticas regionais</strong> e base para a criação do quiz, tem um papel fundamental, pois não se limita às variações geográficas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121792-qual-e-a-diferenca-entre-sotaque-e-dialeto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dos múltiplos sotaques, como se fossem dialetos regionais</a>, mas foca principalmente nas variações sociais, contribuindo para a diminuição dos estigmas e preconceitos linguísticos.&nbsp;</p><p>Para encarar esse desafio, <a href="https://www.sotaquiz.com/home" rel="noopener noreferrer" target="_blank">basta entrar no site do SotaQuiz</a>, e clicar em <strong>"Começar".</strong> Boa expedição linguística!</p></body>

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Sotaquiz: site te desafia a diferenciar os sotaques do Brasil

Imagem de Cobras venenosas descritas em papiro egípcio são identificadas no megacurioso

Para identificar as serpentes descritas no papiro do Antigo Egito, os pesquisadores combinaram dados do clima antigo com habitats modernos

<head></head><body><p>Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade de Bangor, no Reino Unido, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127704-papiro-destruido-na-erupcao-do-vesuvio-e-decifrado-com-ajuda-de-ia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fez uma releitura do chamado Papiro do Brooklyn</a>, um tratado médico do Antigo Egito sobre tratamento de picadas de cobra datado entre 660 a.C. e 330 a.C. <strong>A pesquisa conseguiu identificar dez espécies entre as 34 citadas no documento.</strong></p><p>A descoberta põe fim a controvérsias entre os especialistas que vinham tentando determinar essas espécies com base nas descrições dos sacerdotes da época. Trabalhando sob orientação da antropóloga Isabelle Winder e do ecologista de venenos Wolfgang Wüster, a mestranda em Zoologia, Elysha McBride, <strong>utilizou uma técnica chamada modelagem de nicho</strong>.</p><p>Esse tipo de abordagem, que estuda o nicho ecológico de uma espécie animal dentro do seu habitat, considera as condições ambientais onde determinada espécie vive nos dias de hoje e depois agrega informações climáticas de outros lugares para determinar outros possíveis lares adequados.&nbsp;</p><h2>Como foram descobertos os antigos habitats das cobras egípcias?</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/22/22100042561018.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Muito usado por conservacionistas para implantar medidas de proteção para espécies ameaçadas, <strong>o método de modelagem de nicho foi usado por McBride em sentido contrário,</strong> para voltar no tempo e descobrir onde certas cobras poderiam ter provavelmente vivido no passado, através da incorporação de dados climáticos antigos.</p><p>O estudo revelou que, por serem bem mais úmidos no passado, <strong>os climas do Egito poderiam ter sustentados muitas serpentes que atualmente não vivem mais lá</strong>. A pesquisa se concentrou particularmente em dez espécies características dos trópicos africanos hoje, entre as quais <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127216-e-possivel-sugar-o-veneno-de-uma-picada-de-cobra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algumas das mais venenosas do mundo</a>, como a mamba negra, a víbora e a boomslang.</p><p>A "aposta" se mostrou acertada, pois, das dez espécies testadas, <strong>nove provavelmente poderiam ter vivido no sul e sudeste do antigo Egito sob as condições climáticas daquela época.</strong> Outras linhagens podem ter existido no Kemet, a fértil planície aluvial do rio Nilo.</p><h2>Quais cobras foram identificadas no Papiro do Brooklyn?</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Museu do Brooklyn&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f8/Roll%2C_664_-_332_B.C.E._Brooklyn_Papyrus_47.218.48a-f.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/22/22084606643015.jpg" alt="(Fonte: (Museu do Brooklyn)"><span class="desc">(Fonte: (Museu do Brooklyn)</span></span></p><p>As cobras descritas no manuscrito do Museu do Brooklyn totalizam 34 espécies, das quais 13 caracterizações foram perdidas. <strong>A mais famosa delas — a grande cobra de Apófis (deus do caos) — tinha quatro presas.</strong> Essa característica incomum pode muitas vezes ser encontrada na atual boomslang (<em>Disopholidus typus</em>) das savanas da África Subsaariana, encontrada nos dias atuais a 650 quilômetros ao sul do Egito.&nbsp;</p><p>De acordo com o estudo, as paleodistribuições mostraram quatro espécies dentro do Egito moderno (<em>Bitis arietans , Dolichophis jugularis , Macrovipera lebetina&nbsp;</em>e<em>&nbsp;Daboia mauritanica</em>). A <em>Daboia palaestinae</em> ocuparia um habitat no Egito moderno, mas separada da área central da espécie. Já a décima espécie, <em>Causus rhombeatus</em>&nbsp; teria estado em tradicionais reinos parceiros dos antigos egípcios.</p><p>A conclusão foi que "todas as dez espécies modeladas neste estudo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125678-kevin-budden-o-cientista-morto-criando-antidotos-para-picada-de-cobra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poderiam ter mordido pessoas do Antigo Egito</a>". Além disso, <strong>o estudo mostrou que a modelagem de nicho "reversa" foi eficaz para identificar um ecossistema ancestral</strong>.</p></body>

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Cobras venenosas descritas em papiro egípcio são identificadas

Imagem de Por que sentimos arrepios na espinha? no megacurioso

Os arrepios são uma reação corporal natural e automática de resquícios ancestrais

<head></head><body><p>Assistindo a um filme assustador à meia-noite, <strong>quem nunca sentiu um arrepio na espinha?</strong> O fenômeno também é comum quando saímos em uma manhã um pouco fria, para caminhar. Ou quando ficamos em casa, deitados, e recebemos um “cheiro” no pescoço da pessoa ao nosso lado. Os arrepios, que igualmente acontecem nos pelos dos braços, ocorrem até mesmo quando você ouve aquela música sofrência no fone de ouvido.</p><p>Arrepios na espinha, dizem os especialistas, <strong>são reações involuntárias do nosso corpo frente a qualquer tipo de situação que possa causar sentimentos como medo, emoção, frio ou prazer.</strong> Eles acontecem quando os músculos eretores dos pelos se contraem e eles ficam de pé, ao mesmo tempo em que a pele também se eriça.</p><h2>Por que os arrepios acontecem?</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/19074950054000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Estimulada pelo nosso sistema nervoso simpático, <strong>que prepara o organismo para enfrentar ou fugir de uma possível ameaça</strong>, essa contração é natural em muitos animais. <strong>A ideia é tentar parecer maior do que o nosso agressor,</strong> fazendo com que a pele e o cabelo se expandam para magnificar esse efeito.</p><p>Controlada pelo hipotálamo no cérebro, esse tipo de reação assume a forme de calafrio quando nossa temperatura corporal cai abaixo de 37&nbsp;°C, combinando os arrepios com tremores. De acordo com o blog da Universidade McGill, no Canadá, “tremor é a maneira que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118802-por-que-trememos-e-batemos-os-dentes-ao-sentir-frio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nosso corpo usa para aumentar sua temperatura central</a> para trazê-lo de volta a um estado de homeostase”.</p><p>O tremor involuntário faz com que nossos músculos se contraiam e relaxem rapidamente em seguida. O movimento, que causa abalos nos membros e bateção de dentes, <strong>gera energia para aquecer o corpo.</strong> Da mesma forma que a respiração, o batimento cardíaco e a digestão, o tremor é uma função automática e totalmente involuntária.</p><h2>E por que ficamos arrepiados quando não está frio?</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/19/19085612014017.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Finalmente, existem aqueles momentos em que nossos arrepios não se destinam a “crescer” na frente de inimigos ou criar isolamento térmico. Nesses casos, os arrepios, também chamados de "cutis anserina", que <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/40086-orgasmo-cerebral-o-que-e-e-como-ter.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ocorrem se sentimos amor, medo ou tristeza</a>. <strong>É quando o hipotálamo envia ao corpo sinais para produzir adrenalina no sangue.</strong></p><p>Esses sinais, que também fazem os músculos eretores contraírem, são causados pela emoção e chamados pelos franceses de frisson. Sem ser seletiva, aqui a carga de adrenalina também provoca suor na palma das mãos, lágrimas e aumento da pressão arterial. <strong>É o famoso “haja coração”, clinicamente conhecido como arrepios psicogênicos.</strong></p><p>Seja qual for o motivo, arrepios indicam: primeiramente que estamos vivos, e também vivendo fortes emoções.</p></body>

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Por que sentimos arrepios na espinha?

Imagem de Rãs fêmeas se fingem de mortas para não fazer sexo, diz novo estudo no megacurioso

A pesquisa provou que as fêmeas das rãs-comuns podem adotar comportamentos evasivos durante as sessões de acasalamento

<head></head><body><p>Em um estudo recente publicado na revista Royal Society Open Science, dois pesquisadores do Museu de História Natural de Berlim, na Alemanha, mostram que, ao contrário do que se pensava anteriormente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127219-ras-amazonicas-emitem-luz-e-cientistas-querem-entender-o-porque.htm#:~:text=N%C3%BAmero%20de%20esp%C3%A9cies%20de%20r%C3%A3s%20fluorescentes%20j%C3%A1%20chega%20a%20151&amp;text=A%20hip%C3%B3tese%20dos%20pesquisadores%20%C3%A9,que%20seriam%20t%C3%B3xicos%20se%20comidos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">as fêmeas de rãs-comuns europeias</a> (<em>Rana temporaria</em>) <strong>não se entregam passivamente ao assédio sexual de machos violentos.</strong></p><p>Em vez disso, a pesquisa registra <strong>"três comportamentos de evitação femininos, nomeados 'rotação', 'soltar chamada(s)' e 'imobilidade tônica' [fingir-se de morta]"</strong>. &nbsp;Essas reações buscam evitar o risco de mortalidade de fêmeas durante as sessões de reprodução explosiva, nas quais determinadas populações de anfíbios saem juntas no mesmo lugar, juntando milhares de machos e fêmeas para a reprodução.</p><p>Durante esses eventos naturais de acasalamento, não é incomum que vários machos agarrem uma mesma fêmea, que nem sempre consegue se livrar dessas abordagens indesejadas (assédio, cópula forçada, intimidação) <strong>e tenha sua sobrevivência ameaçada</strong>.&nbsp;</p><h2>Comportamentos das rãs para evitar o sexo</h2><p style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" width="698" height="573" scrolling="no" id="molvideoplayer" title="MailOnline Embed Player" src="https://www.dailymail.co.uk/embed/video/3035505.html"></iframe></p><p>Para desenvolver sua pesquisa, os cientistas recolheram machos e fêmeas de rãs-comuns europeias de um lago <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124890-especie-de-perereca-que-coloca-ovos-em-arvores-e-descoberta-em-nova-guine.htm#:~:text=Os%20anf%C3%ADbios%20apresentam%20caracter%C3%ADsticas%20%C3%BAnicas,girinos%20de%20predadores%20na%20%C3%A1gua." rel="noopener noreferrer" target="_blank">durante a época do acasalamento</a>. Em seguida, dividiram os anuros em tanques de água, de forma a deixar em cada um deles duas fêmeas e um macho. O comportamento deles foi filmadao durante uma hora. &nbsp;</p><p>Das 54 fêmeas seguradas por um macho que tentava acasalar, <strong>83% usaram a técnica de rotação</strong>, definida no estudo como "uma fêmea começando a girar em torno do eixo de seu próprio corpo quando amplexada [abraçada] por um macho, enquanto este tenta neutralizar a rotação com as patas traseiras". <strong>Foram feitos dois chamados</strong>, imitando "chamados de soltura" feitos por machos para evitar serem montados por rãs do mesmo sexo.&nbsp;</p><p>Finalmente, <strong>33% das rãs-comuns fêmeas adotaram a imobilidade tônica, ou tanatose</strong>, uma estratégia de simulação de morte muito adotada por algumas presas para enganar seus predadores. Para a primeira autora do artigo, Carolin Dittrich, “parece que a fêmea está se fingindo de morta, embora não possamos provar que é um comportamento consciente”.</p><h2>Estratégias para a conservação das rãs-comuns</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/12/12100326115014.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)"><span class="desc">(Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Concluído o experimento, o que se observou foi que <strong>rãs fêmeas de menor tamanho, geralmente mais jovens, são mais predispostas a usar todas as técnicas de dissuasão</strong>, ao passo que as fêmeas mais velhas, com uma estrutura física mais desenvolvida, eram menos propensas a se fazerem de mortas. Com isso, as rãs menores tiveram mais sucesso em escapar dos riscos da reprodução explosiva.</p><p>É possível, dizem os autores, que por terem vivido menos episódios reprodutivos, as fêmeas jovens se estressam mais ao serem montadas por machos, deflagrando seus comportamentos evasivos. <strong>Na pesquisa, 46% de fêmeas montadas por um único macho conseguiram escapar com sucesso.</strong>&nbsp;</p><p>A compreensão desses comportamentos de acasalamento é importante, segundo Dittrich, para desenvolver <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123126-ras-de-chernobyl-evoluiram-para-suportar-radiacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trabalhos de conservação no futuro</a>. Apesar de mais abundante do que a maioria das espécies, "<strong>tem havido uma diminuição constante no número da população nos últimos 17 anos</strong> devido à falta de chuvas e às secas", afirma a pesquisadora. &nbsp;</p></body>

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Rãs fêmeas se fingem de mortas para não fazer sexo, diz novo estudo

Imagem de Reinado do Terror: a história real da tribo Osage que inspirou o filme "Assassinos da Lua das Flores" no megacurioso

O filme de Martin Scorcese reexamina os assassinatos dos membros da tribo Osage que ficaram milionários após a descoberta de petróleo em suas terras

<head></head><body><p><strong>Nesta quinta-feira (19), estreou nos cinemas brasileiros o filme <em>Assassinos da Lua das Flores</em>,</strong> a obra mais recente do icônico diretor Martins Scorcese. O lançamento ocorre exatamente 100 anos após um episódio que ficou conhecido na história da nação Osage como o "Reinado do Terror", uma série de assassinatos misteriosos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124911-fisa-fbi-faz-uso-criminoso-de-inteligencia-para-vigiar-a-populacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">investigados por um embrionário FBI</a>, nos anos 1920.</p><p>Diferente do filme, que começa com uma cerimônia fúnebre, o livro homônimo, escrito pelo jornalista David Grann,<strong>&nbsp;se concentra na família de Mollie Burkhart</strong>, uma mulher osage (vivida no filme pela atriz indígena Lily Gladstone) que era esposa de Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio no filme).</p><p>No dia 9 de março de 1923, Mollie iria passar a noite na casa de sua irmã, Rita, mas desistiu porque James “Cowboy”, seu filho de dois anos, teve que ser levado ao médico para tratar uma dor de ouvido crônica. Às 3h da manhã do dia seguinte, <strong>a explosão de uma bomba na casa de destino matou a irmã de Mollie, uma empregada e, quatro dias depois, seu marido Bill Smith</strong>.</p><h2>O Reinado do Terror e suas origens</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1b/Osage-Indian-Murders-Cartoon.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18194400771560.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"><span class="desc">(Fonte: Wikimedia Commons)</span></span></p><p>Esses assassinatos, <strong>que provavelmente tinham Mollie como alvo,</strong> haviam começado alguns anos antes, quando sua irmã Nina morreu de uma misteriosa doença debilitante em 1918. Em maio de 1921 (mês da Lua das Flores), Anna Brown, a irmã mais velha, foi encontrada morta em um campo. E, alguns meses depois, a mãe delas, Lizzie, morreu supostamente envenenada.</p><p>Essa trama macabra teve início quando <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127624-explorando-raizes-descubra-os-povos-originarios-de-sua-regiao-no-mundo-todo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os osages foram expulsos de suas terras ancestrais</a> pelo governo dos EUA e compraram 600 mil hectares de terra para estabelecer seu novo lar, em uma região seca e pedregosa no nordeste de Oklahoma, em 1872. Anos depois, <strong>a descoberta de petróleo no local transformou os 2.229 membros da tribo em milionários.</strong></p><p>Originalmente, o filme de Scorcese seria baseado na investigação federal, conduzida por Tom White, <strong>que seria interpretado por DiCaprio</strong>. No entanto, após visitar a nação Osage, o diretor optou por colocar o relacionamento de Mollie e Ernest como centro da narrativa.</p><h2>Quem eram os assassinos da Lua das Flores na vida real?</h2><p style="text-align: center;"><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/wmsS1lKG7qg" title="Assassinos da Lua das Flores | Trailer Oficial | LEG | Paramount Pictures Brasil" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></p><p><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124474-europeus-recompensavam-quem-entregasse-escalpos-de-indigenas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quando começou pesquisar os assassinatos</a> em 2012 para o seu livro, o jornalista Grann teve um prenúncio de quem seria o grande culpado ao verificar um recorte em uma foto de 1924, no Musem Nacional Osage.&nbsp;</p><p>Quando procurou a diretora do museu, ela lhe mostrou o fragmento faltante e disse: <strong>“O diabo estava bem ali, olhando friamente para a câmera”</strong>. Era William Hale (Robert De Niro), chefe político do condado e tio de Ernest Burkhart, marido de Mollie desde 1917.</p><p>Indicado para conduzir as investigações em 1925 pelo histórico diretor do FBI, J. Edgar Hoover, o agente White (Jesse Plemons) indiciou Hale e Ernest como os principais suspeitos pelos assassinatos. <strong>Presos em janeiro do ano seguinte, eles foram condenados à prisão perpétua.</strong></p></body>

Jorge Marin