Parecida com uma carroça, a geringonça de bambu dividiu opiniões de arqueólogos e usuários das redes sociais. 

<p>Com o aquecimento global, arqueólogos e demais pessoas que praticam caminhadas ou trilhas nos Alpes suíços têm se surpreendido muito. É que o derretimento das geleiras está expondo muitos objetos que estavam presos no gelo. Já foram recuperados: artefatos da Primeira Guerra Mundial, flechas de 1,3 mil anos e até restos mortais de alguns alpinistas perdidos.</p><p>Recentemente, um desses caminhantes encontrou um objeto de bambu parecido com uma carroça, que acabou se tornando um enigma para os arqueólogos de plantão. Alguns deles propuseram que “o objeto de duas rodas é feito de bambu e parece ser do século 20”, o que, vamos combinar, nem gastaria uma formação acadêmica.</p><ul><li><strong>Descubra:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/derretimento-das-geleiras-esta-desacelerando-a-rotacao-da-terra" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como o derretimento das geleiras está desacelerando a rotação da Terra</a></li></ul><p>Mais inspirados, os comentaristas nas redes sociais já afirmaram que o objeto é um trenó, ou uma carroça mesmo, com algumas pessoas apostando que a estrutura é o que sobrou de um avião antigo. Mas o que ninguém conseguiu responder foi: <strong>o que essa gambiarra estaria fazendo no alto de uma montanha nos Alpes suíços?</strong></p><h2>A descoberta do objeto de bambu</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15234327634000.jpg" alt="x. (Fonte: Sergio Veri, Riva San Vitale/Facebook/Reprodução)"><figcaption>Um alpinista encontrou o objeto quando passava pelo local. (Fonte: Sergio Veri, Riva San Vitale/Facebook/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na página do Cantão de Graubünden (unidade administrativa suíça), a descoberta do objeto desconhecido é atribuída a um alpinista suíço chamado Sergio Veri, no dia 2 de novembro de 2024. De acordo com a postagem, o achado ocorreu enquanto ele caminhava pelo passo de Splügen, uma passagem mais baixa próxima à fronteira da Suíça com a Itália.</p><p>"A construção em forma de carroça, equipada com duas rodas e feita de varas e cadarços de bambu, é, de acordo com a estimativa inicial, relativamente jovem, provavelmente do século 20", detalha a postagem no Facebook.</p><p>Embora pareça facilmente identificável, o objeto intrigou os arqueólogos. Por exemplo, ele é de bambu, uma planta que não é nativa da Suíça (embora tenha sido introduzida na Europa nos séculos 17 e 18). Além disso, é pouco provável que um veículo desse tipo <strong>pudesse ter alguma utilidade naquela região</strong>.</p><h2>A revelação do segredo da "carroça" de bambu</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15235153598001.jpg" alt="x. (Fonte: Cantão de Graubünden/Facebook7Divulgação)"><figcaption>A real natureza do objeto de bambu misterioso foi uma completa surpresa para todos. (Fonte: Cantão de Graubünden/Facebook7Divulgação)</figcaption></figure></figure><p>Após muitas análises, relatórios, postagens e pitacos, a verdadeira natureza do objeto de bambu da geleira Schwarzhora foi finalmente revelada no dia 15 de novembro, por meio de uma “carta anônima de confissão” recebida pelo Serviço Arqueológico de Graubünden.&nbsp;</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128826-virus-de-15-mil-anos-e-descongelado-de-geleiras-no-tibete.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vírus de 15 mil anos é descongelado de geleiras no Tibete</a></li></ul><p>Na correspondência, algumas fotos mostravam que a "carroça" misteriosa é na verdade um objeto de arte que, em setembro de 2023, foi fotografada em uma geleira próxima, chamada Ghiacciaio del Cavagnöö no cantão do Ticino. Na época, a instalação artística foi colocada também no outono, pelo mesmo designer.&nbsp;</p><p>Ao final, o remetente da confissão se despede, dizendo: <strong>"Muito obrigado pelas muitas ideias e sugestões criativas!"</strong>.</p>

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Segredo de objeto de bambu encontrado em geleira dos Alpes é revelado

O estudo apresenta uma espécie de água-viva que, após a maturidade sexual, começa a rejuvenescer e volta ao seu estágio larval anterior.

<p>Sonho de dez entre dez seres humanos, a capacidade de se regenerar e voltar a ser jovem de novo foi encontrada em um tipo de ctenóforo, uma espécie de água-viva com cílios, conhecida popularmente como água-viva-de-pente.&nbsp;</p><p>Segundo o estudo, publicado recentemente na revista <i>Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)</i>, quando esses animais aquáticos transparentes percebem que estão passando por algum estresse, como falta de alimento ou lesões físicas, conseguem regredir da sua forma adulta para um estágio anterior, de larva.&nbsp;</p><ul><li><strong>Descubra:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127125-urinar-em-queimaduras-de-agua-viva-realmente-ajuda-a-diminuir-a-dor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Urinar em queimaduras de água-viva realmente ajuda a diminuir a dor?<strong>&nbsp;</strong></a></li></ul><p>Para o primeiro autor do artigo, Joan J. Soto-Angel, pesquisador pós-doutorando da Universidade de Bergen, na Noruega: “Testemunhar como elas fazem lentamente a transição para uma típica larva cidípide [microscópica], <strong>como se estivessem voltando no tempo</strong>, foi simplesmente fascinante”, afirmou em um comunicado de imprensa.</p><h2>Porque a água-viva-de-pente rejuvenesce?</h2><p style="text-align:center;"><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/NCfTVUHlcK4" title="The ctenophore Mnemiopsis leidyi (sea walnut) in our laboratory in Bergen, Norway." frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></p><p>Fenômeno raríssimo (só outros dois animais têm essa capacidade), esse mecanismo parece ser uma estratégia de sobrevivência, segundo os autores. Quando as condições melhoram e o alimento volta a ficar disponível, esse Benjamin Button gelatinoso volta a crescer de novo e se torna uma <i>Mnemiopsis leidyi</i> adulta sexualmente ativa.</p><p>Essa capacidade de sobreviver em condições adversas faz da <i>M. leidyi</i> uma espécie invasora muito bem-sucedida. Quando oprimida, ferida ou faminta, ela simplesmente <strong>rejuvenesce e "espera" por dias melhores</strong>, diferente da maioria dos animais, que morre quando está em condições extremas.&nbsp;</p><p>Presentes no planeta há milhões de anos, os ctenóforos estão entre os grupos animais mais antigos ainda existentes, talvez anteriores mesmo á divisão entre vertebrados e invertebrados. Agora, os pesquisadores pretendem investigar qual mecanismo molecular "impulsiona o desenvolvimento reverso e o que acontece com a rede nervosa do animal durante esse processo”, comenta o coautor Pawel Burkhardt.</p><h2>Qual a relevância da descoberta da água-viva que rejuvenesce?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06221217204401.jpg" alt="Ciclo de vida e principais mudanças morfológicas da Mnemiopsis leidyi.. (Fonte: Joan J. Soto-Angel et al., PNAS, 2024/Divulgação)"><figcaption>Ciclo de vida e principais mudanças morfológicas da <i>Mnemiopsis leidyi</i>. (Fonte: Joan J. Soto-Angel et al., PNAS, 2024/Divulgação)</figcaption></figure></figure><p>Para os autores, um correto entendimento da <i>M. leidyi&nbsp;</i>pode lançar novas luzes sobre o desenvolvimento, ecologia e evolução desse filo, tornado-o "um sistema modelo único para estudar o desenvolvimento reverso e o rejuvenescimento" também em outras espécies.&nbsp;</p><p>Essa capacidade de reverter para um estágio larval mostra que os programas de desenvolvimento, ou seja, as sequências biológicas e genéticas que orientam o crescimento e a maturação de um organismo, podem ser na verdade mais adaptáveis do que se pensava. Afinal, <strong>esse recurso de "máquina do tempo"</strong> pode estar disseminada na "árvore da vida animal", diz Soto-Angel.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122649-4-fascinantes-animais-imortais-que-intrigam-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quatro fascinantes animais 'imortais' que intrigam a ciência</a></li></ul><p>Embora pensar nesse tema como uma possível terapia para reverter o envelhecimento em seres humanos pareça completamente descabida neste momento, compreender o processo em organismos mais básicos pode abrir novos campos em pesquisas médicas futuras.&nbsp;</p>

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Água-viva rejuvenesce com o passar o tempo em vez de envelhecer

O artista holandês Henk Hofstra trouxe seus ovos gigantes a Curitiba para inserir a população na questão ambiental. 

<p>De uma hora para outra, os curitibanos que passavam pela Praça do Paço tomaram um susto: pelo chão, ovos fritos gigantes atrapalhavam sua caminhada. A impressionantes "fritada" é na verdade uma instalação artística surpreendente e provocadora do artista holandês Henk Hofstra, que faz parte da Virada Sustentável.</p><p>Hofstra, que chegou a pintar uma rua inteira de azul brilhante na cidade de Drachten, na Holanda, em 2007, traz a Curitiba “Eggcident”, seu trabalho mais recente, onde interfere na cena urbana de forma surreal e bem-humorada, convidando o público a interagir com o cenário de maneira lúdica e divertida.&nbsp;</p><ul><li><strong>Saiba mais:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107145-7-intervencoes-urbanas-que-sao-a-maior-gracinha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 intervenções urbanas que são a maior gracinha</a></li></ul><p>Como a maioria de suas criações, os ovos gigante com cascas quebradas trazem uma mensagem de apelo social, que aqui é <strong>um alerta sobre os riscos do aumento das temperaturas globais</strong>. A ideia é que a vida começa com um ovo, e o descaso por ela pode resultar em um fim catastrófico.</p><h2>Os ovos de Hofstra: nós é que estaremos fritos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/13/13222628720002.jpg" alt="x. (Fonte: Virada Sustentável/Divulgação)"><figcaption>O mundo terminará como um grande ovo quebrado? (Fonte: Virada Sustentável/Divulgação)</figcaption></figure></figure><p>Seguindo a linha de Banksy, Christo e Jeanne-Claude, e dos nossos Gêmeos e Eduardo Kobra, a arte de Hofstra busca transformar espaços comunitários em cenários de reflexão. No caso da rua pintada de azul, ele fazia alusão a um rio desaparecido.&nbsp;</p><p>Com "Eggcident" em sua praça mais tradicional, os curitibanos estarão, literalmente, "pisando em ovos", ao se deparar com questões como o aquecimento global e as diversas ações que podemos fazer para reverter essa ameaça, não só no nível coletivo, como também no campo das nossas escolhas diárias.&nbsp;</p><p>Em seu manifesto, o artista é taxativo: "Quando não tivermos respeito pela vida, <strong>o mundo terminará como um grande ovo quebrado, estalado e pronto para ser frito</strong>”. A obra ficará exposta durante toda a programação da Virada Sustentável, até o dia 17 de novembro.</p><h2>A Virada na cidade mais sustentável da América do Sul</h2><blockquote class="instagram-media" style="background-color:#FFF;border-radius:3px;border-width:0;box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15);margin:1px;max-width:540px;min-width:326px;padding:0;width:calc(100% - 2px);" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/DB_cfBox9c-/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14"><div style="padding:16px;"><div style="align-items:center;display:flex;flex-direction:row;"><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:50%;flex-grow:0;height:40px;margin-right:14px;width:40px;">&nbsp;</div><div style="display:flex;flex-direction:column;flex-grow:1;justify-content:center;"><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:4px;flex-grow:0;height:14px;margin-bottom:6px;width:100px;">&nbsp;</div><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:4px;flex-grow:0;height:14px;width:60px;">&nbsp;</div></div></div><div style="padding:19% 0;">&nbsp;</div><div style="display:block;height:50px;margin:0 auto 12px;width:50px;">&nbsp;</div><div style="padding-top:8px;"><div style="color:#3897f0;font-family:Arial,sans-serif;font-size:14px;font-style:normal;font-weight:550;line-height:18px;"><a style="background-color:#FFFFFF;line-height:0;padding:0;text-align:center;text-decoration:none;width:100%;" href="https://www.instagram.com/reel/DB_cfBox9c-/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank">View this post on Instagram</a></div></div><div style="padding:12.5% 0;">&nbsp;</div><div style="align-items:center;display:flex;flex-direction:row;margin-bottom:14px;"><div><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:50%;height:12.5px;transform:translateX(0px) translateY(7px);width:12.5px;">&nbsp;</div><div style="background-color:#F4F4F4;flex-grow:0;height:12.5px;margin-left:2px;margin-right:14px;transform:rotate(-45deg) translateX(3px) translateY(1px);width:12.5px;">&nbsp;</div><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:50%;height:12.5px;transform:translateX(9px) translateY(-18px);width:12.5px;">&nbsp;</div></div><div style="margin-left:8px;"><div style="background-color:#F4F4F4;border-radius:50%;flex-grow:0;height:20px;width:20px;">&nbsp;</div><div style="border-bottom:2px solid transparent;border-left:6px solid #f4f4f4;border-top:2px solid transparent;height:0;transform:translateX(16px) translateY(-4px) rotate(30deg);width:0;">&nbsp;</div></div><div style="margin-left:auto;"><div style="border-right:8px solid transparent;border-top:8px solid #F4F4F4;transform:translateY(16px);width:0px;">&nbsp;</div><div style="background-color:#F4F4F4;flex-grow:0;height:12px;transform:translateY(-4px);width:16px;">&nbsp;</div><div style="border-left:8px solid transparent;border-top:8px solid #F4F4F4;height:0;transform:translateY(-4px) translateX(8px);width:0;">&nbsp;</div></div></div><div style="display:flex;flex-direction:column;flex-grow:1;justify-content:center;margin-bottom:24px;"><div style="background-color:rgb(244, 244, 244);border-radius:4px;flex-grow:0;height:14px;margin-bottom:6px;text-align:center;width:224px;">&nbsp;</div><div style="background-color:rgb(244, 244, 244);border-radius:4px;flex-grow:0;height:14px;text-align:center;width:144px;">&nbsp;</div></div><p style="color:#c9c8cd;font-family:Arial,sans-serif;font-size:14px;line-height:17px;margin-bottom:0;margin-top:8px;overflow:hidden;padding:8px 0 7px;text-align:center;text-overflow:ellipsis;white-space:nowrap;"><a style="color:#c9c8cd;font-family:Arial,sans-serif;font-size:14px;font-style:normal;font-weight:normal;line-height:17px;text-decoration:none;" href="https://www.instagram.com/reel/DB_cfBox9c-/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank">A post shared by Virada Sustentável Curitiba (@viradasustentavelcuritiba)</a></p></div></blockquote><p>De 14 a 17 de novembro, Curitiba sediará, pela primeira vez, a Virada Sustentável, evento que é realizado anualmente em diversas cidades brasileiras. A iniciativa tem como objetivo promover a sustentabilidade, e conscientizar a população sobre a importância das práticas de conservação ambiental.</p><p>Durante esses quatro dias, a Cidade Sorriso será palco de mais de 100 atrações gratuitas que ocuparão diversos espaços da cidade, com uma programação multicultural dividida em três eixos principais: cultura, ação e conhecimento.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/mais-de-30-das-arvores-do-mundo-estao-em-risco-de-desaparecer-como-isso-afeta-todos-nos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mais de 30% das árvores do mundo estão em risco de desaparecer! Como isso afeta todos nós?</a></li></ul><p>De acordo com o site do evento, além das intervenções visuais, serão realizadas performances, apresentações circenses, peças teatrais, oficinas e palestras, <strong>culminando com o show de Mariana Aydar,</strong> ganhadora do Grammy Latino, que se apresentará ao lado do sanfoneiro Mestrinho, dia 16 de novembro, no Palco Virada (estacionamento do Tribunal de Contas do Paraná). &nbsp;</p>

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Por que Curitiba está com ovos fritos gigantes espalhados pela cidade?

Por trás da brancura dos vasos sanitários, há motivos históricos, práticos e psicológicos.

<p>Muitas vezes o banheiro se tornar o lugar da casa onde mais temos chance de refletir sobre as grandes questões da existência, isto quando não levamos o celular. E um dos grandes mistérios da nossa vida privada está logo ali, diante dos nossos olhos, ou nem tanto: por que o vaso sanitário é quase sempre branco?</p><p>Claro, houve uma época na era moderna, durante as décadas de 1970 e 1980, que esses “tronos” vinham em diversas cores, como verde-abacate, rosa-antigo, azul-piscina e marrom, mas quem já se deparou com algum desses em algum prédio antigo sabe que eles são um exemplo de design que não envelheceu bem, embora algumas cores tenham surgido ultimamente, principalmente o preto, cores neutras e metalizados.</p><ul><li><strong>Saiba mais:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121407-a-surpreendentemente-complicada-historia-do-inventor-do-vaso-sanitario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A surpreendentemente complicada história do inventor do vaso sanitário</a></li></ul><p>Mas, em sua maioria esmagadora, <strong>mais de 90% dos banheiros são equipados com vasos brancos</strong>, mesmo ao lado de azulejos coloridos ou em projetos arquitetônicos ousados. Para confirmar isso, basta ir a um showroom das principais fabricante como Deca, Celite e Roca.</p><h2>Razões históricas para a brancura dos vasos sanitários</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03093958746000.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A porcelana vitrificada é uma material denso e não poroso. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O vaso sanitário branco que conhecemos hoje surgiu somente no século 19, quando a porcelana vitrificada (inventada na China entre 618 e 907 d.C.) começou a ser produzida em escala industrial e logo se estabeleceu como o material ideal para esse tipo de louça.&nbsp;</p><p><strong>O próprio processo de fabricação resulta em um material de cor branca</strong>, devido à queima de matérias-primas claras em altas temperaturas. A época da Revolução Industrial, que coincide com as descobertas de doenças e germes, impôs uma obsessão por higiene e limpeza, simbolizada na cor branca, que continuamos a ver hoje em hospitais como um ideal de pureza, limpeza e esterilidade.</p><p>Há também uma questão psicológica envolvida na escolha da cor branca para vasos sanitários. O branco transmite uma sensação de pureza e asseio, dando a ideia de um local bem cuidado e livre de contaminações. Embora apenas de forma ideal, isso nos faz sentir mais seguros e confortáveis no banheiro.</p><h2>Por que os vasos sanitários brancos são mais práticos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03110243106000.jpg" alt="Gerações Z e Y querem a volta dos banheiros dos anos 1970. (Fonte: Getty IOmages/Reprodução)"><figcaption>Gerações Z e Y querem a volta dos banheiros dos anos 1970. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Do ponto de vista prático, um vaso sanitário branco oferece várias vantagens. Em primeiro lugar, permite identificar sujeiras e manchas, o que facilita sua higienização. Outro motivo é que, por refletir a luz, esses tronos fazem aqueles cubículos que chamamos de cômodos parecerem maiores. Além disso, combinam com qualquer estilo de decoração.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119705-banheiros-de-luxo-as-5-privadas-mais-caras-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Banheiros de luxo, conheça as cinco privadas mais caras do mundo</a></li></ul><p>Resumindo: vasos sanitários brancos são mais baratos de fabricar, mais fáceis para limpar e dão a ilusão de que seu banheiro é maior do que realmente é.&nbsp;</p><p>Mas não se apegue à ideia, diz o <i>The Guardian</i>, porque os representantes das gerações Z e Y estão <strong>demandando a volta dos banheiros dos anos 1970</strong>, em cores como sálvia selvagem, limão, pêssego, sorvete, hortelã e abacate. Pense nisso, mas não se esqueça de acionar a descarga!</p>

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Por que os vasos sanitários são brancos?

As aves do terror foram um dos grupos de predadores que ocuparam os nichos ecológicos dos dinossauros após sua extinção em massa no Cretáceo.

<p>Para quem gosta de observar aves, um estudo recente, publicado na revista <i>Paleontology</i>, pode soar ameaçador. Nele, uma equipe internacional de cientistas relata a análise de uma ave gigante carnívora já extinta. Pertencentes à família <i>Phorusrhacidae</i>, as aves do terror eram predadoras ferozes <strong>e chegavam a atingir três metros de altura</strong></p><p>Parentes distantes dos dinossauros comedores de carne, que já estavam extintos quando eles nasceram, esses pássaros gigantes e inaptos para voar tinham pernas poderosas e grandes bicos afiados que dilaceravam a carne de suas presas.&nbsp;</p><ul><li><strong>Saiba mais:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122824-as-aves-do-terror-que-dominaram-a-terra-depois-dos-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As "aves do terror" que dominaram a Terra depois dos dinossauros</a></li></ul><p>Um osso da perna desse grande predador foi descoberto no deserto de Tatacoa, na Colômbia. Percebendo que se tratava do maior membro conhecido da espécie, os pesquisadores acorreram ao local, pois representava também o registro mais ao norte de aves do terror na América do Sul.</p><h2>Os ossos da ave do terro que deram origem ao estudo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/09/09154041785002.jpg" alt="Os ossos do tibiotarso esquerco da ave terrorista encontrados na Colômgia. (Foto: Degrande et all, Paleobiology, 2024.)"><figcaption>Os ossos do tibiotarso esquerdo da ave terrorista encontrados na Colômgia. (Foto: Degrande et all, Paleobiology, 2024.)</figcaption></figure></figure><p>O osso da perna do pássaro que deu origem ao estudo havia sido encontrado por Cesar Augusto Perdomo, curador do Museo La Tormenta, há quase 20 anos, mas até hoje não tinha sido reconhecido como uma ave do terror.&nbsp;</p><p>Somente em janeiro de 2024, os detentores do fóssil <strong>conseguiram criar um modelo 3D do espécime</strong>, usando um scanner portátil da Johns Hopkins Medicine.&nbsp;</p><p>Eles enviaram as imagens para o dr. Federico Degrange, paleontólogo da agência científica argentina CONICET, e autoridade mundial em aves do terror, que se tornou o primeiro autor do estudo atual. Nesse osso do museu municipal de Villavieja, havia buracos profundos, provavelmente feitos por dentes de um jacaré também já extinto, o Purussaurus, que chegava a nove metros de comprimento.&nbsp;</p><h2>Implicações da descoberta dos <i>Phorusrhacidae</i></h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/10/10080352567000.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Os <i>Phorusrhacidae</i> eram predadores de grande porte. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>A descoberta do fóssil de <i>Phorusrhacidae</i> na Colômbia chamou a atenção dos paleontólogos, uma vez que a maioria dos fósseis de aves do terror foi encontrada nas regiões mais ao sul da América do Sul, como na Argentina e no Uruguai. Esse exemplar detectado mostra que as aves podem ter sido parte importante da vida selvagem predatória da região.&nbsp;</p><p>A presença de predadores de grande porte permite também que os pesquisadores entendam melhor a fauna que vivia na região há 13 milhões de anos. O atual deserto pode ter sido, no passado, <strong>uma área verdejante cortada por rios sinuosos.&nbsp;</strong></p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128892-especie-de-ave-perdida-ha-20-anos-e-fotografada-pela-primeira-vez-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Espécie de ave perdida há 20 anos é fotografada pela primeira vez na história</a></li></ul><p>Praticamente no topo da cadeia alimentar, as aves <i>Phorusrhacidae</i> dominavam uma fauna constituída por primatas, mamíferos com cascos, preguiças gigantes e gliptodontes, ancestrais dos tatus do tamanho de um fusca. Hoje, as únicas herdeiras das aves do terror são as seriemas, nativas da América do Sul, também predadoras, mas com apenas 90 cm de altura&nbsp;</p>

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Aves carnívoras de 3 m de altura viviam na Colômbia há 13 milhões de anos

Com o derretimento de uma geleira que o represa, o lago Cachet II simplesmente vaza 200 milhões de litros de água de uma vez.

<p>No extremo sul da América Sul, uma região se destaca por abrigar os mais belos lagos glaciais do mundo. Compartilhada entre a Argentina e o Chile, a Patagônia tem uma área total de aproximadamente 1.043.000 km<sup>2</sup>. &nbsp;</p><p>Com águas cristalinas de cor turquesa ou azul profundo, seus lagos, além de belos, têm valor turístico, e um importante papel ecológico como fontes de água doce, um bem que representa <strong>só 2,5% de toda a água do planeta</strong>.</p><ul><li><strong>Conheça: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119529-lagoa-argentina-ganha-coloracao-rosa-apos-receber-dejetos-quimicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Lagoa argentina ganha coloração rosa após receber dejetos químicos</strong></a></li></ul><p>Mas, se você for conhecer um desses lagos, como o Cachet II, por exemplo, ligue antes para saber se ele está lá. Isso porque esse lago em especial costuma simplesmente desaparecer da noite para o dia. O fenômeno, que vem sendo observado desde 2008, ocorre por causa de um fenômeno chamado GLOF (inundação por rompimento de lago glacial, em português).</p><h2>Por que o lago Cachet II desaparece?</h2><p style="text-align:center;"><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/2ZMt23vNadU" title="Melting Beauty: The Icefields of Patagonia" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></p><p>Em 2008, o Cachet II desapareceu nos dias 6 e 7 de abril, 7 e 8 de outubro, e 21 e 22 de dezembro. Isso tem acontecido periodicamente porque o aumento das temperaturas enfraquece a geleira Colônia, que funciona como uma espécie de barreira natural de contenção do lago.</p><p>O esvaziamento repentino do lago ocorre quando a pressão da água acumulada consegue fazer um túnel na grossa parede de gelo ou alargar canais subglaciais. Quando isso acontece, <strong>pelo menos 200 milhões de metros cúbicos de água doce vazam</strong>, elevando o nível de água dos rios em torno até a foz do rio Baker, e impactando violentamente os ecossistemas.</p><p>Após ser esvaziado em menos de 24 horas, o Cachet II volta a se encher novamente, o que pode levar até um ano, dependendo da taxa de derretimento da geleira Colônia, que o alimenta, além das condições climáticas da região, como temperaturas e chuvas.</p><h2>Derretimento das geleiras e perda da água doce</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30195729906193.jpg" alt="Quando a geleira Colônia enfraquece, o lago Cachet 2 vaza. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Quando a geleira Colônia enfraquece, o lago Cachet II vaza. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Depois que o lago Cachet II começou sua rotina de desaparecimentos, os moradores locais estão transformando a retirada rápida em uma ciência. &nbsp;Normalmente, o sistema de alarme que monitora o nível do lago dá uma janela de oito horas para que as pessoas fujam para áreas mais altas com os seus rebanhos.</p><ul><li><strong>Leia também: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/derretimento-das-geleiras-esta-desacelerando-a-rotacao-da-terra" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Derretimento das geleiras está desacelerando a rotação da Terra</strong></a></li></ul><p>E a situação está longe de se reverter. Um relatório recente das Nações Unidas afirma que as geleiras da Patagônia estão "perdendo massa mais rápido e por mais tempo do que as geleiras em outras partes do mundo".&nbsp;</p><p>Embora o derretimento isolado de uma geleira não diminua os níveis de água doce no planeta, um processo contínuo e irreversível <strong>como o provocado atualmente pelo aquecimento global</strong> pode comprometer as reservas naturais de gelo que abastecem o mundo.&nbsp;</p>

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Cachet II: o lago da Patagônia que desaparece várias vezes ao ano

O concurso de beleza de morcegos desmistifica alguns de nossos medos e preconceitos em relação a esses úteis (e bonitinhos) mamíferos.

<p>Terminado o Halloween, e também a Semana do Morcego (comemorada entre 24 e 31 de outubro), chegou a hora de conhecer os vencedores do "Batconcurso de Beleza 2024", promovido anualmente pela Agência de Administração de Terras dos EUA (BLM). A competição envolve escolher o morcego mais fofo do ano, em fotos tiradas por técnicos de vida selvagem.</p><p>Entre os oito finalistas deste ano, o vencedor absoluto foi o morcego-de-pelo-escuro-do-oregon chamado <strong>Hoary Potter and the Guano of Fire</strong>, uma brincadeira com o filme de <i>Harry Potter e o cálice de fogo</i> (aqui substituído por “cocô de morcego de fogo”). Em seu site, a Bat Conservation International chama o morcego cinzento (Hoary) de “o George Clooney do mundo dos morcegos”.</p><ul><li><strong>Saiba mais:</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128022-13-fatos-curiosos-sobre-os-morcegos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>&nbsp;13 fatos curiosos sobre os morcegos</strong></a></li></ul><p>Para ganhar o prêmio máximo, Hoary teve que derrotar um morcego-de-patas-pequenas-do-oeste-do-idaho chamado Lestat, em homenagem a um personagem do filme <i>Entrevista com o vampiro</i>, além de outros pesos-pesados como Robert Battinson, Batt Damon e Batlor Swift.</p><h2>Esses adoráveis morcegos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03130513783001.jpg" alt="Morcego myotis-de-orelhas-longas chamada Honey Bunches of MyOtis. (Fonte: Emma Busk/BLM Oregon/Divulgação)"><figcaption>Morcego myotis-de-orelhas-longas chamada Honey Bunches of MyOtis. (Fonte: Emma Busk/BLM Oregon/Divulgação)</figcaption></figure></figure><p>Poucos sabem que os morcegos, com 1,4 mil espécies já identificadas, são uma das ordens mais diversas entre os mamíferos, representando aproximadamente 20% delas, nós incluídos. Sua impressionante capacidade de adaptação permitiu que esses quirópteros conseguissem colonizar praticamente todos os ambientes da Terra.&nbsp;</p><p>De desertos a regiões polares, esses bichos são grandes aliados do equilíbrio ecológico. Com uma dieta incrivelmente eclética, eles comem principalmente insetos <strong>(conseguem comer o equivalente ao seu peso em uma só noite)</strong>, além de frutas e até sangue. Na verdade, são apenas três espécies hematófagas, sendo que duas delas só chupam sangue de aves. &nbsp;</p><p>Os demais morcegos se alimentam de pólen e néctar, o que os coloca como <strong>excelentes polinizares e dispersores de sementes na natureza</strong>.&nbsp;</p><h2>Superando preconceitos e medo de morcego</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03131606174002.jpg" alt="x"><figcaption>Será que esse Lestat se chama Bat Pitt? (Fonte: Bat Beauty Context/Divulgação)</figcaption></figure></figure><p>Para a técnica de vida selvagem da BLM, Emma Busk, sempre houve muitos medos e equívocos envolvidos em nossa percepção dos morcegos, geralmente apontados como bodes expiatórios de doenças, como a covid-19.&nbsp;</p><p>No entanto, "Menos de 1% de todas as populações de morcegos realmente carregam raiva, e a transmissão da doença de morcego para humano é, na verdade, muito baixa", explica Busk à <i>AP</i>.</p><ul><li><strong>Leia também: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128099-morcegos-de-penis-gigantes-fazem-sexo-por-ate-12-horas-sem-parar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Morcegos de pênis gigantes fazem sexo por até 12 horas sem parar</strong></a></li></ul><p>Esses preconceitos, na maioria das vezes infundados, acabam <strong>escondendo alguns sérios perrengues que esses mamíferos voadores têm enfrentado</strong>, desde a crescente perda de seus habitats e caça, até as consequências das alterações climáticas. Com o certo nojinho que temos, acabamos sabendo muito menos sobre esses odiados peludos do que sobre o resto das populações de mamíferos e pássaros do planeta.&nbsp;</p>

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"Batconcurso" de beleza premia morcego mais fofo

O templo mais sagrado dos zapotecas foi destruído pelos espanhóis para construir uma igreja cristã que ficou sobre a entrada do mundo dos mortos.

<p>Uma iniciativa arqueológica mexicana, o Projeto ARX, em parceria com o Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH), está perto de comprovar a existência de uma rede de túneis subterrâneos na antiga cidade de Mitla, no México. Para o povo zapoteca, que habitava a região, <strong>o local é uma passagem para o mundo dos mortos</strong>.</p><p>De acordo com os resultados da investigação publicados em seu site, o Projeto ARX usou "radar de penetração no solo, tomografia elétrica e sísmica" para confirmar "a existência de uma rede de câmaras e passagens subterrâneas não descobertas anteriormente". Esses achados complementam o grande vazio sob a Igreja de San Pablo Apostol, identificado em pesquisas anteriores.</p><ul><li><strong>Conheça: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122627-camazotz-o-deus-morcego-da-mitologia-maia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Camazotz, o deus morcego da mitologia maia</strong></a></li></ul><p>Segundo o fundador do projeto ARX, Marco Vigato, as irregularidades subterrâneas detectadas sob a igreja correspondem aos relatos coloniais e tradições orais sobre a entrada perdida do labirinto subterrâneo de Mitla, explicou o pesquisador e escritor ao site <i>All That’s Interesting</i>. Outras áreas do sítio (Adobe, Arroyo e Sul) foram incorporadas à pesquisa atual.</p><h2>Os zapotecas e o "lugar dos mortos"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06211846111376.jpg" alt="Varredura sísmica de Mitla. (Fonte: Marco M. Vigato/Projeto ARX)"><figcaption>Varredura sísmica de Mitla. (Fonte: Marco M. Vigato/Projeto ARX)</figcaption></figure></figure><p>Os zapotecas se consolidaram como uma civilização há cerca de 2,5 mil anos quando se estabeleceram em Mitla, por volta do ano 900 d.C. Mitla era conhecida como “o lugar dos mortos”, e os povos mesoamericanos acreditavam que as passagens subterrâneas e cavernas sob a cidade tinham conexões com o submundo, chamado de Lyobaa.</p><p>No século 16, <strong>os invasores espanhóis destruíram o templo mais sagrado dos zapotecas</strong> e, sobre as ruínas construíram a Igreja de San Pablo Apostol. Cem anos mais tarde, o padre Francisco de Burgoa documentou a existência do labirinto subterrâneo, descrevendo câmaras usadas como criptas para líderes religiosos e reis, e também uma câmara profunda usada supostamente para sacrifícios humanos.</p><p>Conforme o religioso, os espanhóis tentaram explorar os túneis com tochas, mas tiveram que recuar devido ao forte odor, umidade e presença de criaturas venenosas, &nbsp;e então decidiram selar a entrada.</p><h2>O que os pesquisadores procuram nos túneis de Mitla?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06212438325377.jpg" alt="Arqueólogos procuram o "><figcaption>Arqueólogos procuram o "submundo" em Mitla com técnicas não invasivas. (Fonte: Projeto ARX/Divulgação)</figcaption></figure></figure><p>A equipe do Projeto ARX planeja agora realizar escavações minimamente destrutivas (fazendo pequenos furos para inserir câmeras), para confirmar alguns dados dos subterrâneos de Mitla, como natureza, tamanho, profundidade e orientação das anomalias geofísicas identificadas.</p><ul><li><strong>Leia também: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/valeriana-cidade-maia-escondida-no-mexico-e-revelada-em-novo-estudo" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Valeriana, cidade maia escondida no México é revelada em novo estudo</strong></a></li></ul><p>Conforme Vigato, mesmo tendo sido saqueadas pelos europeus, as tumbas "ainda podem conter evidências importantes das práticas funerárias zapotecas e crenças sobre o submundo".&nbsp;</p><p>Além disso, se os antigos habitantes de Mitla alteraram suas cavernas naturais, eles podem ter deixado um rastro dessa ocupação humana e seus rituais a serem explorados.</p>

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Entrada do submundo zapoteca é achada em igreja mexicana do século 16

O corpo de uma jovem enterrada há 400 anos como vampira em um cemitério polonês foi analisado, e a equipe fez uma reconstrução 3D de seu rosto.

<p>Enquanto fazia escavações em um cemitério polonês do século 17, na vila de Pien, uma equipe de arqueólogos da Universidade Nicolau Copérnico, de Torun, encontrou uma autêntica sepultura de vampiro, no caso uma vampira.&nbsp;</p><p>Os restos mortais da jovem entre 17 e 21 anos da sepultura n.º 75 tinha <strong>uma foice de ferro perto do pescoço e um cadeado no dedão do pé esquerdo</strong>. Os pesquisadores perceberam logo que se tratava de um vampiro, pois esse tipo de aparato era muito utilizado naquela época, para evitar que esses mortos-vivos saíssem das sepulturas.&nbsp;</p><ul><li><strong>Saiba mais: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127012-arqueologos-encontram-restos-mortais-de-crianca-vampira-na-polonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Arqueólogos encontram restos mortais de 'criança vampira' na Polônia</strong></a></li><li><a rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Aproveite: </strong></a><a rel="noopener noreferrer" target="_blank" href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402699-cupom-amazon-com-ate-80-off.htm?ab=true&amp;"><strong>e-Books com desconto aplicando o cupom Amazon!</strong></a><a rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>&nbsp;</strong></a></li></ul><p>Segundo o folclore eslavo, os vampiros surgiam de pessoas que haviam vivido uma vida pecaminosa ou tinham morrido de forma violenta. A habitante do túmulo, batizada pelos arqueólogos como Zosia pode ter sido por algum motivo considerada uma dessas criaturas ameaçadoras, que não eram chiques como os vampiros do cinema, mas tinham o mau hábito de sugar a energia vital das pessoas.</p><h2>Por que pessoas eram enterradas como vampiros?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06164458949269.jpg" alt="Uma lâmina foi colocada no pescoço da vampira, para ela não sair do túmulo. (Fonte: PBS Polônia/Divulgação)"><figcaption>Uma lâmina foi colocada no pescoço da vampira, para ela não sair do túmulo. (Fonte: PBS Polônia/Divulgação)</figcaption></figure></figure><p>Embora vários enterros de vampiros poloneses já tenham sido descobertos antes, também com esses gadgets antifuga, o de Zosia é o primeiro descoberto na Polônia a conter a foice e um cadeado. Estranhamente, a jovem vampira mostrou sinais de ter vindo de uma família abastada, pois foram encontrados em sua sepultura: um travesseiro, fios de seda e joias.</p><p>Essas características destoam das descrições de vampiros feitas nos registros históricos, que eram geralmente indivíduos que iam contra os padrões sociais da época. Essas infrações envolviam, por exemplo, ser estrangeiro, ter características físicas incomuns ou ter filhos fora do casamento, o que poderia gerar uma invasão zumbi, se fosse nos dias de hoje.</p><p>O líder da escavação, professor Dariusz Polinski, afirma no site <i>The Past</i> que Zosia não foi assassinada em rituais <strong>e nem condenada por bruxaria</strong>. "É possível que em sua vida a mulher tenha passado por uma tragédia e tenha sido prejudicada. Por outro lado, sua aparência ou comportamento pode ter provocado os moradores contemporâneos a ter medo dela", explica.</p><h2>Trazendo a vampira Zosia à vida</h2><p style="text-align:center;"><iframe width="315" height="560" src="https://www.youtube.com/embed/pLniecOLQbI" title="Arqueólogos Encontram ‘Vampira Real’ na Polônia? Detalhes Chocantes! | LINHAGEM DO MEDO" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></p><p style="text-align:left;">Sem saber o motivo real pelo qual Zosia foi enterrada como vampira, a equipe trabalhou em parceria com especialistas médicos e forenses para criar uma renderização 3D do rosto da jovem. Os pesquisadores também coletaram amostras de DNA do corpo, que revelaram uma ascendência escandinava.</p><ul><li><strong>Leia também: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123202-cientistas-reconstituem-o-rosto-de-tres-escoceses-da-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Cientistas reconstituem o rosto de três escoceses da Idade Média</strong></a></li></ul><p style="text-align:left;">Durante esse processo, a equipe de pesquisa descobriu que <strong>a jovem sofria de hemangioma,</strong> um tumor no esterno. Isso provavelmente teria causado desconforto a Zosia e se manifestado em uma deformidade torácica visível. Essa doença pode ter sido o motivo de sua caracterização como vampira, pois, além da alteração física, pode causar problemas de saúde mental.</p><p style="text-align:left;">Em entrevista à <i>NBC News</i>, o arqueólogo Nilsson, comentou sobre a ironia dessa reconstrução: "Essas pessoas a enterraram, fizeram tudo o que podiam para evitar que ela voltasse dos mortos... e nós fizemos tudo o que podíamos para trazê-la de volta à vida".</p>

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Cientistas reconstroem rosto de "vampira" enterrada com lâmina no pescoço

Autores do estudo substituíram população extinta de caramujos em recife por outra diferente e previram sua evolução no novo habitat por 30 anos.

<p>Uma pequena tragédia ocorrida em 1988, a extinção da população inteira de uma espécie de caramujo marinho em um recife das ilhas Koster, na Suécia, acabou se transformando em um dos experimentos evolutivos mais fascinantes da história. Trata-se da evolução assistida do caramujo-das-rochas (<i>Littorina saxatilis</i>), de 1992 até os dias atuais.</p><p>Quatro anos após o evento mortal, a ecóloga marinha Kerstin Johannesson, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, reintroduziu no recife 700 caramujos novos, <strong>porém de um ecótipo (subpopulação) diferente</strong>, moldado por outro habitat. O objetivo era ver se esses bichinhos poderiam evoluir aos poucos as características originais da antiga população do <i>skerry</i> (ilhota rochosa).</p><ul><li><strong>Entenda: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/veneno-de-caramujo-marinho-mortal-pode-normalizar-glicose-em-diabeticos" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Veneno mortal de caramujo marinho pode ajudar diabéticos</strong></a></li></ul><p>Publicado recentemente na revista <i>Science</i>, o estudo foi realizado ao longo de mais de 30 anos e permitiu a colaboração de pesquisadores de vários países. Após dezenas de gerações, os novos colonos evoluíram por uma via incrivelmente parecida com a dos seus antecessores, igualmente moldados pelo mesmo habitat. &nbsp;</p><h2>Repopulando uma ilhota no mar</h2><blockquote class="twitter-tweet"><p dir="ltr" lang="en">In 1992, marine snails were reintroduced to a tiny rocky islet in Sweden after toxic algae wiped their population out in 1988. This started an experiment that would have far-reaching implications more than 30 years later. <a href="https://t.co/hCHhRjlx5j">pic.twitter.com/hCHhRjlx5j</a></p><p>— ISTAustria (@ISTAustria) <a href="https://twitter.com/ISTAustria/status/1844802668709159253?ref_src=twsrc%5Etfw">October 11, 2024</a></p></blockquote><p>O <i>L. saxatilis</i> é uma espécie de caramujo muito comum em diversos cenários marinhos do Atlântico Norte. No entanto, conforme o ambiente, a espécie desenvolve características adaptadas, o que pode incluir tamanho, formato da concha, cor da concha e comportamento.&nbsp;</p><p>Na região das ilhas Koster, o caramujo assume diferentes tipos de ecócitos de acordo com as pressões ambientais enfrentadas pela população. O ecócito "caranguejo", por exemplo, que recebeu esse nome por causa do crustáceo que é seu predador, é normalmente mais cauteloso, desenvolveu conchas maiores e mais grossas com uma entrada pequena.&nbsp;</p><p>O outro ecótipo, chamado "onda", tem um tamanho menor, apresenta uma concha fina, com cores e padrões definidos, uma abertura grande e arredondada e comportamento ousado. <strong>Era essa subpopulação que vivia na ilhota rochosa</strong>, de apenas três metros, antes da infestação de algas tóxicas.&nbsp;</p><h2>Assistindo à evolução de uma população</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/31/31192923546006.jpg" alt="x. (Fonte da imagem: Diego Garcia Castillo et al., Science, 2024)"><figcaption>Colocados no lugar do ecócito "onda", os "caranguejos" mudaram suas formas. (Fonte da imagem: Diego Garcia Castillo <i>et al.</i>, Science, 2024)</figcaption></figure></figure><p>As ilhas Koster tem sido o habitat dos dois tipos de caramujos com características diferentes, às vezes vizinhos na mesma ilha, e em outras separados por algumas centenas de metros de água do mar. Foi essa proximidade histórica que inspirou Johannesson a reintroduzir a população exterminada no recife, porém do tipo "caranguejo".</p><p>Com uma a duas gerações anuais, a expectativa de Johannesson e seus colegas era que os caramujos do tipo "caranguejo" se adaptassem ao novo habitat, bem diante dos seus olhos.&nbsp;</p><ul><li><strong>Leia também: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/trompeteaustraliano-maior-caramujo-do-mundo-tem-quase-1-m-de-comprimento" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Trompete-australiano, maior caramujo do mundo, tem quase 1 m de comprimento</strong></a></li></ul><p>Logo nas primeiras gerações, os pesquisadores já testemunharam uma “plasticidade fenotípica”, ou seja, <strong>os caramujos alteraram sua forma para se ajustar ao novo ambiente</strong>. Em seguida, a população também evoluiu geneticamente de forma rápida. Os pesquisadores foram capazes não só de prever, mas também acompanhar a trajetória das mudanças.</p>

Jorge Marin