Imagem de Dois embriões separam o rinoceronte-branco-do-norte da extinção no megacurioso

Subespécie pode ressurgir através da fertilização 'in vitro'; técnica ajudaria a salvar também outros animais em risco, como o rinoceronte de Sumatra

O nascimento de Edward no &uacute;ltimo dia 29 de julho no Zoo de San Diego&nbsp;foi recebido com alegria e esperan&ccedil;a tanto por cientistas de pelo menos dez institutos de pesquisa espalhados pelo mundo quanto por um grupo especial de 32 soldados do ex&eacute;rcito do Qu&ecirc;nia. Pesando cerca de 67 quilos, o pequeno rinoceronte-branco-do-sul representa a &uacute;ltima chance de salvar uma esp&eacute;cie praticamente extinta: o rinoceronte-branco-do-norte, que agora se resume a duas f&ecirc;meas&nbsp;e dois embri&otilde;es congelados.

Edward foi gerado gra&ccedil;as &agrave; insemina&ccedil;&atilde;o artificial de sua m&atilde;e, Victoria. A&nbsp;t&eacute;cnica j&aacute; foi aplicada anteriormente nesta esp&eacute;cie, sem muito &ecirc;xito; este &eacute; o primeiro nascimento da Am&eacute;rica do Norte, e representa&nbsp;mais uma etapa no longo trabalho&nbsp;para recuperar geneticamente o rinoceronte-branco-do-norte. As duas f&ecirc;meas remanescentes foram as doadoras dos &oacute;vulos agora fertilizados;&nbsp;a&nbsp;reprodu&ccedil;&atilde;o assistida &eacute;&nbsp;a &uacute;nica esperan&ccedil;a de sobreviv&ecirc;ncia da esp&eacute;cie.

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/17/17225646147168.jpg" width="960" />
<figcaption>O nascimento de Edward foi um passo decisivo na luta pela revitaliza&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie de rinoceronte-branco-do-norte. (Fonte: San Diego Zoo Global/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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<h2 style="margin-bottom: 13px;">Longo caminho at&eacute; a fertiliza&ccedil;&atilde;o in vitro</h2>

Do outro lado do mundo, Najin e sua filha Fatu&nbsp;pastam na reserva Ol&nbsp;Pejeta&nbsp;guardadas por soldados&nbsp;24 horas por dia. H&aacute; dez anos, havia dois casais&nbsp;em um zool&oacute;gico na Rep&uacute;blica Tcheca. Em 2009, foi inaugurada a reserva com o objetivo de reproduzi-los, sem sucesso. Em 2014, Suni morreu; em mar&ccedil;o de 2018,&nbsp;foi a vez de Sudan, sacrificado por conta de problemas de sa&uacute;de ligados &agrave; idade (ele tinha 45 anos).&nbsp; 

A esp&eacute;cie est&aacute; funcionalmente extinta, depois de ser dizimada entre os anos 1970 e 1980 pela ca&ccedil;a ilegal. Seu destino parece selado: as duas f&ecirc;meas s&atilde;o&nbsp;filha e neta de Sudan;&nbsp;Najin tem&nbsp;30 anos (o que equivale, em tempo humano, a 60 anos), e Fatu, 18. Al&eacute;m disso, o s&ecirc;men dispon&iacute;vel para a fertiliza&ccedil;&atilde;o in&nbsp;vitro&nbsp;prov&eacute;m de apenas quatro machos. 

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/17/17225945853171.jpg" width="960" />
<figcaption>Os &oacute;vulos de Fatu foram coletados por pesquisadores do Instituto Leibniz-IZW em um procedimento arriscado. (Fonte: Ol Pejeta Conservancy/Ami Vitale)</figcaption>
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Depois de conseguir produzir em laborat&oacute;rio embri&otilde;es com &oacute;vulos&nbsp;da subesp&eacute;cie do sul e esperma da subesp&eacute;cie&nbsp;do norte, o&nbsp;passo seguinte foi extrair &oacute;vulos das f&ecirc;meas sobreviventes: Najin doou quatro e Fatu, tr&ecirc;s. Os &oacute;vulos ent&atilde;o foram levados para a It&aacute;lia (onde est&aacute; o Avantea, laborat&oacute;rio de ponta para reprodu&ccedil;&atilde;o animal&nbsp;in vitro)&nbsp;para serem fertilizados com esperma dos machos mortos. Como resultado, dois embri&otilde;es surgiram, mas n&atilde;o poder&atilde;o ser implantados nas&nbsp;doadoras: Fatu tem uma doen&ccedil;a degenerativa do &uacute;tero e Najin sofre de fraqueza nos membros inferiores.

<h2 style="margin-bottom: 13px;">C&eacute;lulas-tronco para amenizar pouca diversidade gen&eacute;tica</h2>

A pouca diversidade gen&eacute;tica n&atilde;o ser&aacute; suficiente&nbsp;para criar uma popula&ccedil;&atilde;o autossustent&aacute;vel, e por isso os cientistas est&atilde;o trabalhando com c&eacute;lulas-tronco: congeladas,&nbsp;ainda existem c&eacute;lulas cut&acirc;neas&nbsp;de 13 rinoceronte-branco-do-norte.&nbsp;Por enquanto, os &oacute;vulos fertilizados ser&atilde;o mantidos em nitrog&ecirc;nio l&iacute;quido para, posteriormente, serem transferidos para um rinoceronte-branco-do-sul, que servir&aacute; como m&atilde;e de aluguel.&nbsp;Se tudo correr bem, espera-se que o primeiro rinoceronte-branco-do-norte nas&ccedil;a em tr&ecirc;s anos. 

<a href="https://www.youtube.com/watch?time_continue=95&amp;v=ER0CdyZjkhs">https://www.youtube.com/watch?time_continue=95&amp;v=ER0CdyZjkhs</a>

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Dois embriões separam o rinoceronte-branco-do-norte da extinção

Imagem de App encontra qualquer pessoa no mundo com apenas 3 palavras no megacurioso

What3words transforma palavras simples de decorar e falar em coordenadas extremamente precisas

Se voc&ecirc; j&aacute; tentou encontrar algu&eacute;m no meio de um show, como no&nbsp;Rock&rsquo;n Rio, sabe que isso &eacute; quase virtualmente imposs&iacute;vel. Em um tempo de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/google-maps/" target="_blank" title="Google Maps">Google Maps</a> e tantos outros aplicativos de geolocaliza&ccedil;&atilde;o, seria poss&iacute;vel achar algu&eacute;m no meio do nada?
Sim. Tr&ecirc;s palavras escolhidas aleatoriamente marcam a localiza&ccedil;&atilde;o exata de 53 trilh&otilde;es de quadrados, medindo 3mx 3m, em qualquer ponto do planeta. A ideia, de uma simplicidade &iacute;mpar, surgiu&nbsp;da inf&acirc;ncia do fundador da empresa What3Words, Chris Sheldrick, que cresceu na zona rural de Hertfordshire, Inglaterra.
&ldquo;Nosso c&oacute;digo postal n&atilde;o apontava diretamente para a nossa casa. Acabamos nos acostumando a receber cartas de outras pessoas, ou ter que ficar na estrada acenando para o carteiro", lembra ele. Depois de dez anos na&nbsp;ind&uacute;stria da m&uacute;sica lidando com bandas perdidas em est&aacute;dios, ele teve a ideia de comprimir a numera&ccedil;&atilde;o de longitude e latitude (16 d&iacute;gitos) em algo simples at&eacute; para uma crian&ccedil;a ler. Junto com um matem&aacute;tico,&nbsp;descobriu que 40 mil palavras seriam suficientes para nomear cada lugar&nbsp;do mundo.&nbsp;
<figure class="image"><img alt=" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/18/18122028939398.jpg" width="960" /> <figcaption>Qualquer lugar do mundo pode ser achado atrav&eacute;s de tr&ecirc;s palavras - inclusive uma duna no meio do Deserto de Gobi, na Mong&oacute;lia. (Fonte: what3words/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O uso &eacute; f&aacute;cil: basta digitar o localizador de tr&ecirc;s palavras e o app leva o usu&aacute;rio at&eacute; o lugar desejado. Para fazer o caminho inverso, inserir o nome do lugar onde se quer ir e&nbsp;achar as tr&ecirc;s palavras &eacute; suficiente. O aplicativo &eacute; gratuito (a empresa fatura licenciando o c&oacute;digo que transforma o localizador em coordenadas geogr&aacute;ficas lidas por navegadores de carros).
<div class="_bxk-widget_" data-app-url="https://www.baixaki.com.br/android/download/what3words.htm" data-app-force="></div>
O What3Words j&aacute; &eacute; usado para&nbsp;orientar&nbsp;drones&nbsp;da <a href="https://www.tecmundo.com.br/amazon" target="_blank">Amazon</a>&nbsp;a deixar encomendas na varanda de tr&aacute;s e n&atilde;o&nbsp;na escada da frente de casa. For&ccedil;as policiais e servi&ccedil;os de emerg&ecirc;ncia do Reino Unido tamb&eacute;m come&ccedil;aram a usar o aplicativo em salvamentos. Nas Filipinas, a Cruz Vermelha &eacute; usu&aacute;ria do servi&ccedil;o.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/JTy7C47I8w0?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<a href="https://www.tecmundo.com.br/software/146051-app-encontra-qualquer-pessoa-mundo-3-palavras.htm">App encontra qualquer pessoa no mundo com apenas 3 palavras</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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App encontra qualquer pessoa no mundo com apenas 3 palavras

Imagem de Estudantes criam elevador espacial que pode ser construído hoje no megacurioso

Dupla de alunos da pós-graduação em Astronomia de Cambridge propõem esticar um cabo da Lua até a órbita da Terra, usando o ponto Lagrange como base 

"Me choca o qu&atilde;o barato pode ser", disse o estudante de p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o de astronomia da Universidade de Cambridge Zephyr Penoyre. O valor a que ele se refere &eacute; o quanto custaria o objeto sobre o qual ele e sua colega de curso Emily Sandford escreveram um projeto: um elevador at&eacute; a Lua.
A ideia de um bilh&atilde;o de d&oacute;lares (literalmente) parece biruta, mas n&atilde;o &eacute;. Publicado&nbsp;em agosto, o estudo aponta como t&eacute;cnica e financeiramente &eacute; poss&iacute;vel construir nos dias de hoje, com materiais j&aacute; conhecidos, um "elevador espacial lunar".&nbsp;
Chamado de Spaceline, ele teria como pe&ccedil;a central um cabo ancorado na Lua, estendendo-se at&eacute; um ponto acima da superf&iacute;cie da Terra &ndash; algo em torno de 320 mil quil&ocirc;metros. Esse cabo-mestre teria a espessura de um l&aacute;pis, pesaria em torno de 40 toneladas e seria feito de Kevlar ou outro material igualmente resistente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/18/a-18201120227010.gif" alt="" />
A ideia&nbsp;&eacute; de uma simplicidade extasiante: em vez de ancorar&nbsp;o cabo na Terra (onde ele teria que ter uma massa consider&aacute;vel e ser forte o suficiente para suportar for&ccedil;as tremendas),&nbsp;Penoyre e Sandford o prenderam na Lua, deixando-o pendurado na dire&ccedil;&atilde;o da Terra. Enquanto um elevador terrestre&nbsp;daria uma volta completa todos os dias, uma linha vinda da Lua faria isso&nbsp;apenas uma vez por m&ecirc;s &ndash; uma taxa muito mais lenta e com for&ccedil;as menores.&nbsp;
Para usar a Spaceline, bastaria alcan&ccedil;ar a ponta retida na &oacute;rbita da Terra&nbsp;e, ent&atilde;o, fazer a transfer&ecirc;ncia para um ve&iacute;culo preso &agrave; linha, seguindo viagem at&eacute; a superf&iacute;cie da Lua. A energia utilizada poderia ser a solar.
A economia do sistema j&aacute; foi inclusive calculada: ele se pagaria depois de 53 viagens trazendo materiais da Lua, como h&eacute;lio-3 para&nbsp;reatores de fus&atilde;o,&nbsp;neod&iacute;mio e gadol&iacute;nio (metais usados na fabrica&ccedil;&atilde;o de celulares e outros dispositivos de alta tecnologia).
<h2 style="margin-bottom: 13px;">Cada um puxa de um lado</h2>
O proverbial pulo do gato est&aacute; no meio do caminho entre planeta e sat&eacute;lite, onde a gravidade terrestre e lunar se anulam: o ponto Lagrange. Mais perto da Terra, a gravidade puxa o cabo em dire&ccedil;&atilde;o ao planeta;&nbsp;mais perto da Lua, a gravidade puxa o cabo em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; superf&iacute;cie lunar. 
<figure class="image"><img alt="" height="960" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/18/18020104892212.jpg" width="640" /> <figcaption>Um esbo&ccedil;o do elevador espacial partindo da Lua. (Fonte: Cambridge University/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
No ponto Lagrange, as for&ccedil;as gravitacionais das massas cancelam a acelera&ccedil;&atilde;o centr&iacute;peta. "Se voc&ecirc; soltar uma ferramenta no exterior da Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional, ela vai acelerar rapidamente para longe de voc&ecirc;. No&nbsp;ponto Lagrange,&nbsp;a ferramenta ficar&aacute; &agrave; m&atilde;o por um per&iacute;odo muito maior&rdquo;, diz a dupla no estudo.
Outra vantagem &eacute; a aus&ecirc;ncia de detritos. Segundo eles, "a regi&atilde;o ficou praticamente intocado pelas miss&otilde;es espaciais.&nbsp;Uma base ali permitiria a constru&ccedil;&atilde;o e a manuten&ccedil;&atilde;o de uma nova gera&ccedil;&atilde;o de experimentos e dispositivos,&nbsp;como telesc&oacute;pios, aceleradores de part&iacute;culas, detectores de ondas gravitacionais, viveiros, geradores&nbsp;de energia, sendo&nbsp;ponto&nbsp;de lan&ccedil;amento de miss&otilde;es para o resto do sistema solar."

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Estudantes criam elevador espacial que pode ser construído hoje

Imagem de Os 'Amantes de Modena', enterrados de mãos dadas, eram homens no megacurioso

Gênero biológico dos esqueletos foi determinado, uma década depois de serem encontrados, pela análise do esmalte dos dentes

Esqueletos&nbsp;abra&ccedil;ados sempre geram como&ccedil;&atilde;o por sugerirem a vontade de duas pessoas de permanecerem juntas pela eternidade. N&atilde;o foi diferente quando uma equipe de arque&oacute;logos descobriu, em uma sepultura de 1.700 anos, um casal de m&atilde;os dadas. Chamados de Amantes de Modena&nbsp;(a cidade italiana onde foram achados), a hist&oacute;ria sofreu um plot twist com a descoberta de que o par &eacute; composto de dois homens &mdash;&nbsp;uma pr&aacute;tica de enterro nunca antes observada.

O casal foi descoberto em 2009 mas, por conta da deteriora&ccedil;&atilde;o&nbsp;dos ossos, n&atilde;o foi poss&iacute;vel fazer a correta identifica&ccedil;&atilde;o do g&ecirc;nero dos esqueletos. Os pesquisadores, ent&atilde;o, se basearam nas&nbsp;pr&aacute;ticas funer&aacute;rias t&iacute;picas entre os s&eacute;culos IV e VI e conclu&iacute;ram serem&nbsp;um homem e uma mulher.

Com o desenvolvimento da tecnologia,&nbsp;em 2018 uma equipe da Universidade de Bolonha usou a espectrometria de massa para determinar o sexo biol&oacute;gico dos esqueletos&nbsp;atrav&eacute;s de&nbsp;prote&iacute;nas&nbsp;no esmalte dos dentes.&nbsp;Todo ser humano tem&nbsp;a prote&iacute;na amelogenina-X; a amelogenina-Y, somente homens. Os pesquisadores, ent&atilde;o, compararam as an&aacute;lises feitas nos esqueletos com as de 14 indiv&iacute;duos conhecidos e, assim, descobriram que os dois eram homens.

<figure class="image"><img alt="" height="960" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/15/15202658448154.jpg" width="640" />
<figcaption>Por causa da deteriora&ccedil;&atilde;o dos ossos, o g&ecirc;nero dos dois esqueletos s&oacute; foi determinado agora. (Fonte: ArcheoModena/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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&quot;N&atilde;o h&aacute; registro de nenhuma outra sepultura desse tipo. No passado, foram achados casais de&nbsp;m&atilde;os dadas &ndash;um homem e uma mulher. Qual seria o elo entre os&nbsp;indiv&iacute;duos achados em Modena permanece um mist&eacute;rio&rdquo;, disse um dos autores do estudo, Federico Lugli. 

<h2 style="margin-bottom: 13px;">Sociedade n&atilde;o aprovava o homossexualismo</h2>

Segundo ele, existe a possibilidade de haver, at&eacute; mesmo entre os esqueletos encontrados em posi&ccedil;&atilde;o semelhante (abra&ccedil;ados ou de m&atilde;os dadas), mais pares de homens.&nbsp;&ldquo;Certamente n&atilde;o era uma pr&aacute;tica comum no fim da era antiga. Acreditamos que simbolize um relacionamento particular entre os indiv&iacute;duos, mas n&atilde;o sabemos qual ele seria&rdquo;, explicou.

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/15/15203150913156.jpg" width="960" />
<figcaption>No cemit&eacute;rio havia, al&eacute;m dos dois esqueletos (segunda sepultura &agrave; direita, no alto), mais 11 corpos, sendo quatro com s&eacute;rios traumatismos. (Fonte: ArcheoModena/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

Para o pesquisador, a&nbsp;no&ccedil;&atilde;o de que os dois s&atilde;o um casal rom&acirc;ntico parece equivocada &ndash; a sociedade crist&atilde; da &eacute;poca&nbsp;n&atilde;o teria aprovado um amor homossexual.&nbsp;Lugli acredita que &ldquo;o jeito como os dois foram enterrados representa uma express&atilde;o&nbsp;de compromisso entre dois indiv&iacute;duos. Eles podem ter sido irm&atilde;os ou primos intimamente relacionados, ou talvez at&eacute; mesmo soldados que morreram juntos na guerra&rdquo;.&nbsp;

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Os 'Amantes de Modena', enterrados de mãos dadas, eram homens

Imagem de Ásia é palco da moderna corrida pela conquista do espaço no megacurioso

Índia e China disputam a supremacia na região, atingindo feitos que outras agências, como a NASA, ainda não conseguiram alcançar

Enquanto na Am&eacute;rica a NASA abre a Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional (ISS) para os neg&oacute;cios, como uma maneira de pass&aacute;-la adiante e gastar seu or&ccedil;amento na explora&ccedil;&atilde;o lunar, a &Aacute;sia &eacute; palco da corrida para ver quem primeiro reconquista a Lua, com China e &Iacute;ndia &agrave; frente &ndash; a primeira vencendo, at&eacute; agora, com larga margem. 

Foi da China o m&eacute;rito de pousar na Lua em&nbsp;2013: a sonda Chang&rsquo;e 3 tocou o solo 38 anos depois da sonda sovi&eacute;tica Luna-24. A sonda&nbsp;Chang&rsquo;e&nbsp;4,&nbsp;em janeiro de 2019, pousou no&nbsp;lado escuro da&nbsp;Lua. Al&eacute;m de enviar imagens,&nbsp;descobriu&nbsp;uma subst&acirc;ncia semelhante a um gel.&nbsp;

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/16/16103545447023.jpg" width="960" />
<figcaption>A sonda chinesa Chang&#39;e 4 no in&iacute;cio de sua explora&ccedil;&atilde;o do lado oculto da Lua. (Fonte:&nbsp;Xinhua News/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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A pr&oacute;xima fase deve acontecer at&eacute; 2020, com&nbsp;a alunissagem da sonda Chang&#39;e 5 para a coleta de solo lunar,&nbsp;retornando&nbsp;&agrave; Terra com dois quilos de amostras. Se bem-sucedida, a miss&atilde;o dar&aacute; impulso para o envio de uma nave tripulada entre 2025 e 2030.

<h2 style="margin-bottom: 13px;">Guerra Fria na &Aacute;sia</h2>

Ainda durante a Guerra Fria, a &Iacute;ndia come&ccedil;ou a estruturar seu programa espacial (sua ag&ecirc;ncia espacial data de 1969), depois de quase duas d&eacute;cadas concentrando esfor&ccedil;os em seu programa nuclear.&nbsp;O mundo come&ccedil;ou a prestar aten&ccedil;&atilde;o &agrave; Organiza&ccedil;&atilde;o de Pesquisa Espacial da &Iacute;ndia (ISRO, sua ag&ecirc;ncia espacial) em 2008, quando sua primeira miss&atilde;o lunar, a Chandrayaan-1, contribuiu para a descoberta de &aacute;gua na Lua. Em 2014, a Miss&atilde;o Mars Orbiter fez da &Iacute;ndia o quarto pa&iacute;s a enviar uma miss&atilde;o ao planeta vermelho, al&eacute;m de EUA,&nbsp;R&uacute;ssia e&nbsp;Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia.&nbsp;Este ano, a miss&atilde;o Chandrayann-2 pousaria&nbsp;um m&oacute;dulo com um rover no polo sul da Lua. A 335 metros da superf&iacute;cie, a ISRO perdeu contato com ele.

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/16/16104121709025.jpg" width="960" />
<figcaption>A miss&atilde;o Chandrayan, apesar da aparente perda do Vikran, pode ser considerada bem-sucedida, j&aacute; que o m&oacute;dulo 1 ainda est&aacute; em &oacute;rbita. Fonte: (ISRO/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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Os olhos est&atilde;o voltados para o espa&ccedil;o mas as duas crescentes pot&ecirc;ncias econ&ocirc;micas&nbsp;lutam pela proemin&ecirc;ncia da &Aacute;sia. Os testes nucleares chineses em 1964 impulsionaram o programa nuclear indiano; quando a China expandiu seu&nbsp;programa espacial, a &Iacute;ndia fez o mesmo.

O espa&ccedil;o sobre a &Aacute;sia, por&eacute;m, n&atilde;o &eacute; um lugar pac&iacute;fico. Ap&oacute;s o teste antissat&eacute;lite da China em 2008, a &Iacute;ndia passou a desenvolver suas pr&oacute;prias armas espaciais: em mar&ccedil;o deste ano, um m&iacute;ssil lan&ccedil;ado do solo destruiu um de seus pr&oacute;prios sat&eacute;lites em baixa &oacute;rbita terrestre, numa mensagem clara ao vizinho e a quem mais quisesse ouvir: &ldquo;Protegemos nossos sat&eacute;lites e destru&iacute;mos os que nos amea&ccedil;am, principalmente os chineses.&rdquo;

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Ásia é palco da moderna corrida pela conquista do espaço

Imagem de Japão e Índia mandarão um rover para procurar água na Lua em 2023 no megacurioso

Parceria acontece após o fracasso da missão indiana Chandrayaan-2, quando o módulo de exploração estava a apenas 335 metros de pousar na superfície lunar 

Apesar do aparente fracasso de sua miss&atilde;o Chandrayaan-2, a Organiza&ccedil;&atilde;o Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, seu acr&ocirc;nimo em ingl&ecirc;s) j&aacute; tem planos de retomar o projeto de explora&ccedil;&atilde;o da Lua, agora&nbsp;tendo como parceira a Ag&ecirc;ncia de Explora&ccedil;&atilde;o Aeroespacial do Jap&atilde;o (JAXA). A informa&ccedil;&atilde;o foi confirmada no &uacute;ltimo dia 9 de setembro, em comunicado da embaixada japonesa em Nova Delhi.
"JAXA e ISRO est&atilde;o planejando uma explora&ccedil;&atilde;o polar lunar conjunta, a ser lan&ccedil;ada no in&iacute;cio dos anos 2020. Estamos confiantes de que a &Iacute;ndia continuar&aacute; a contribuir para a explora&ccedil;&atilde;o lunar, empreitada para a qual o Jap&atilde;o caminha orgulhosamente".
Em mar&ccedil;o deste ano, os dois pa&iacute;ses j&aacute; haviam discutido a parceria&nbsp;durante o primeiro Di&aacute;logo Espacial &Iacute;ndia-Jap&atilde;o na capital indiana. O governo japon&ecirc;s&nbsp;deu sua aprova&ccedil;&atilde;o ao programa que prev&ecirc;, do&nbsp;seu lado, o lan&ccedil;amento do foguete e o desenvolvimento de um ve&iacute;culo espacial lunar. A &Iacute;ndia ficar&aacute; respons&aacute;vel pelo projeto de um m&oacute;dulo de alunissagem&nbsp;para a miss&atilde;o. At&eacute; 2023, um rover ser&aacute; enviado ao P&oacute;lo Sul lunar com o objetivo de realizar a prospec&ccedil;&atilde;o do solo do sat&eacute;lite em busca de &aacute;gua abaixo da superf&iacute;cie.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/12/12231438471316.jpg" width="960" height="640" /> <figcaption>Cpncep&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica do m&oacute;dulo Vikram e do rover Pragyan na superf&iacute;cie lunar. (Fonte: Shutterstock/Raymond Cassel)</figcaption></figure>
<h2>Ainda &agrave; espera de um sinal</h2>
No &uacute;ltimo dia 7 de setembro, a miss&atilde;o Chandrayaan-2 sofreu um rev&eacute;s&nbsp;durante o pouso do m&oacute;dulo de alunissagem Vikram, quando a comunica&ccedil;&atilde;o com o centro espacial foi interrompida a apenas 335 metros do solo lunar. Desde ent&atilde;o, a ISRO tenta restabelecer contato. Segundo imagens captadas pelo m&oacute;dulo orbital, o Vikram est&aacute; inteiro, mas ca&iacute;do de lado.
N&atilde;o apenas a ag&ecirc;ncia espacial indiana est&aacute; tentando contato: a NASA enviou uma mensagem para o m&oacute;dulo na superf&iacute;cie lunar atrav&eacute;s de sua rede de esta&ccedil;&otilde;es terrestres espaciais.&nbsp;Segundo uma fonte da ag&ecirc;ncia espacial americana, &ldquo;a NASA est&aacute; tentando se comunicar com o Vikram atrav&eacute;s da Deep Space Network (DSN), com a permiss&atilde;o da ISRO&rdquo;.
O astronauta Scott Tillay tamb&eacute;m confirmou que a esta&ccedil;&atilde;o DSN na Calif&oacute;rnia&nbsp;enviou sinais de r&aacute;dio para o m&oacute;dulo de alunisssagem.&nbsp;Por&eacute;m, as esperan&ccedil;as est&atilde;o diminuindo. Entre 20 e 21 de setembro, as tentativas de se reconectar com o Vikram cessar&atilde;o.&nbsp;
<blockquote class="twitter-tweet" data-lang="en">
<a href="https://twitter.com/hashtag/DSN?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#DSN</a> 24 at Goldstone starts early just after local Moonrise signally for <a href="https://twitter.com/hashtag/VikramLander?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#VikramLander</a>. <a href="https://t.co/mdv730p6vW">pic.twitter.com/mdv730p6vW</a>
&mdash; Scott Tilley (@coastal8049) <a href="https://twitter.com/coastal8049/status/1171981678358581248?ref_src=twsrc%5Etfw">September 12, 2019</a></blockquote><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145916-japao-india-mandarao-rover-procurar-agua-lua-2023.htm">Japão e Índia mandarão um rover para procurar água na Lua em 2023</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Japão e Índia mandarão um rover para procurar água na Lua em 2023

Imagem de MIT cria tinta que muda de cor pela ação da luz no megacurioso

Sistema, chamado de PhotoChromeleon, pode ser aplicado de carros a capas de celulares, e é reversível

Tatuagens que trocam&nbsp;de cor ou maquiagens que mudam suas paletas em um piscar de olhos: o limite que o metaf&oacute;rico c&eacute;u representa hoje pode ser encontrado na natureza na forma de camale&otilde;es e na tecnologia&nbsp;com&nbsp;o sistema PhotoChromeleon, desenvolvido pela equipe do Laborat&oacute;rio de Ci&ecirc;ncia da Computa&ccedil;&atilde;o e Intelig&ecirc;ncia Artificial do Massachusetts Institute of Technology (CSAIL/MIT).
O PhotoChromeleon se baseia em uma tinta reprogram&aacute;vel que &eacute;, na verdade, uma mistura dos&nbsp;corantes fotocr&ocirc;micos ciano, magenta e amarelo (sistema CMY). Ele &eacute; uma&nbsp;evolu&ccedil;&atilde;o do ColorMod, que usa uma impressora 3D para fabricar itens com a mesma capacidade de mudar de cor. Por&eacute;m, o projeto tinha limita&ccedil;&otilde;es, como paleta de cores pequena e resultados de baixa resolu&ccedil;&atilde;o. A nova tinta, pulveriz&aacute;vel, elimina a necessidade de imprimir os pixels em 3D, individualmente.
Para chegar ao PhotoChromeleon, a equipe usou tr&ecirc;s luzes&nbsp;com diferentes comprimentos de onda para eliminar cada cor prim&aacute;ria separadamente, ou seja, ativando e desativando as fontes de luz correspondentes. No caso da luz azul, por exemplo, ela ser&aacute; absorvida pelo corante amarelo, permanecendo vis&iacute;veis magenta e ciano, resultando no azul. No caso da luz verde, a magenta a absorver&aacute;, enquanto o amarelo e o ciano permanecer&atilde;o, resultando na cor verde.
<figure class="image"><img alt=" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/12/12144329412161.jpg" width="960" height="640" /> <figcaption>A cor da nova tinta &eacute; ativada pela luz natural e apagada pela luz UV. (Fonte:&nbsp;CSAIL/MIT/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O processo &eacute; revers&iacute;vel, ou seja, pode ser repetido infinitamente. Ap&oacute;s a luz ativar as cores, o novo padr&atilde;o aparece. Para apag&aacute;-lo, basta usar a luz UV e come&ccedil;ar tudo de novo. A nova tinta pode ser aplicada&nbsp;a qualquer coisa &ndash; a&nbsp;equipe testou o sistema em um carro, uma capa de celular, um par de sapatos e em um pequeno camale&atilde;o de brinquedo. A&nbsp;depender do objeto testado, a mudan&ccedil;a de cor levou de 15 a 40 minutos. Todos os padr&otilde;es obtidos apresentaram alta resolu&ccedil;&atilde;o e puderam ser apagados.
Apesar de o PhotoChromeleon oferecer uma gama muito maior de cores do que seu antecessor, nem todos os tons foram representados nos corantes fotocr&ocirc;micos. Por exemplo, ainda n&atilde;o se conseguiu uma combina&ccedil;&atilde;o ideal para magenta ou ciano. Foi preciso, ent&atilde;o, usar o corante que mais se aproximava da cor desejada.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/fEdN1VciJx0?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145876-mit-cria-tinta-muda-cor-acao-luz.htm">MIT cria tinta que muda de cor pela ação da luz</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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MIT cria tinta que muda de cor pela ação da luz

Imagem de NASA começa a industrialização do espaço por um fio no megacurioso

Com a fabricação da fibra óptica ZBLAN em órbita, a agência espacial abre a ISS oficialmente para negócios fora da Terra

A startup Made in Space ganhou aten&ccedil;&atilde;o quando recebeu da <a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a>, sua principal cliente e investidora, US$ 74 milh&otilde;es para colocar em &oacute;rbita, em 2022, um sat&eacute;lite-rob&ocirc; que montar&aacute; no espa&ccedil;o sua pr&oacute;pria fonte de energia. Mas foi&nbsp;outra inven&ccedil;&atilde;o que alvoro&ccedil;ou o mercado: o ZBLAN.
O composto de fluoretos de metais pesados em vez da s&iacute;lica usual foi descoberto na d&eacute;cada de 1970 e&nbsp;tem propriedades de absor&ccedil;&atilde;o e dispers&atilde;o que podem torn&aacute;-lo excelente em aplica&ccedil;&otilde;es que v&atilde;o de lasers de ponta a cabos submarinos. O problema &eacute; que, por conta das diferentes&nbsp;densidades dos elementos que o comp&otilde;em, ao ser fabricado o ZBLAN&nbsp;desenvolve&nbsp;microcristais &agrave; medida que esfria, arruinando seu potencial.
Sem outro jeito, os fabricantes at&eacute; agora&nbsp;se conformavam com sua fragilidade. Por&eacute;m, produzir o fio na microgravidade da Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional (ISS) evita que os materiais se separem e aconte&ccedil;a a cristaliza&ccedil;&atilde;o indesejada.
<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/11/11235929523028.jpg" width="960" /> <figcaption>A unidade de produ&ccedil;&atilde;o do ZBLAN tem o tamanho de um forno de micro-ondas. (Fonte: Made in Space/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Unidade de produ&ccedil;&atilde;o sobe e desce da &oacute;rbita terrestre</h2>
A unidade de produ&ccedil;&atilde;o na qual o&nbsp;ZBLAN &eacute; feito tem o tamanho de um forno de micro-ondas e j&aacute; foi enviada ao espa&ccedil;o&nbsp;em lan&ccedil;amentos anteriores da SpaceX, subindo &agrave; ISS carregada com o material necess&aacute;rio. Ao terminar a produ&ccedil;&atilde;o, foi mandada de volta com a fibra acabada dentro.
Por enquanto,&nbsp;apenas pequenas quantidades de fibra s&atilde;o produzidas no espa&ccedil;o por vez. Segundo o CEO da Made in Space, Andrew Rush, o plano &eacute; ter uma unidade de produ&ccedil;&atilde;o maior em &oacute;rbita, ent&atilde;o somente o material (por fazer e pronto) viajaria.
Mesmo com altos custos de lan&ccedil;amento e retorno, a conta fecha com lucro: 1 quilo de mat&eacute;ria-prima&nbsp;resulta em&nbsp;milhares de metros de ZBLAN, e cada metro &eacute; vendido por mais de US$ 100. Rush afirma que a empresa investiu milh&otilde;es no desenvolvimento do fio,&nbsp;e nem 1 tost&atilde;o veio da NASA.
<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/12/12000702256029.jpg" width="960" /> <figcaption>A Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Axioma, uma potencial substituta da ISS a partir de 2025. (Fonte: Axiom Space/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Aberta para&nbsp;neg&oacute;cios lucrativos</h2>
Esse pode ser o momento de ruptura que a ag&ecirc;ncia espacial espera&nbsp;h&aacute; tempos: em junho deste ano, a NASA declarou a ISS aberta para neg&oacute;cios.&nbsp;A ideia &eacute;, no futuro, entregar o laborat&oacute;rio de pesquisa (com custo anual de US$ 3 bilh&otilde;es) a parceiros do setor privado ou mesmo desativ&aacute;-lo.
Em suma, a NASA n&atilde;o quer mais pagar pela ISS, redirecionando sua verba para&nbsp;projetos&nbsp;como colonizar a Lua ou ter sua pr&oacute;pria esta&ccedil;&atilde;o orbital. Para isso, ela precisa provar que h&aacute; dinheiro a ser ganho em &oacute;rbita e clientes al&eacute;m dela mesma.&nbsp;H&aacute; muitos envolvidos na opera&ccedil;&atilde;o a serem convencidos, afinal as tentativas de se fabricar algo no&nbsp;espa&ccedil;o remontam &agrave; Era Reagan. Para a ISS, o&nbsp;rel&oacute;gio est&aacute; correndo: com 21 anos de atividade, ela come&ccedil;a a mostrar sua idade e deve ser aposentada em 2025.
<iframe width="640" height="360" src="https://player.vimeo.com/video/271936927?color=0074bc&amp;title=0&amp;byline=0&amp;portrait=0" frameborder="0" allow="autoplay; fullscreen" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145841-nasa-comeca-industrializacao-espaco-fio.htm">NASA começa a industrialização do espaço por um fio</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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NASA começa a industrialização do espaço por um fio

Imagem de Energia solar: será que ela de fato faz bem para o meio ambiente? no megacurioso

Gastos excessivos de água, grandes emissões de carbono, despejo de resíduos tóxicos no meio ambiente – fabricar painéis solares pode fazer muita sujeira

Em 1877, surgiu&nbsp;o primeiro dispositivo de produ&ccedil;&atilde;o&nbsp;de eletricidade via energia solar, precursor do pain&eacute;is&nbsp;que&nbsp;hoje&nbsp;representam um dos baluartes da chamada energia limpa. Por&eacute;m, uma an&aacute;lise mais profunda come&ccedil;a a revelar que, talvez, nem mesmo ela esteja&nbsp;livre de poluir o meio ambiente. 

A cadeia de produ&ccedil;&atilde;o de&nbsp;c&eacute;lulas para a capta&ccedil;&atilde;o de energia solar come&ccedil;a com seu&nbsp;fabrico a partir do quartzo, a forma mais comum de s&iacute;lica. Ele &eacute; primeiro&nbsp;convertido em sil&iacute;cio de grau metal&uacute;rgico e, depois, refinado e transformado em&nbsp;polissil&iacute;cio, gerando um res&iacute;duo altamente t&oacute;xico: o tetracloreto de sil&iacute;cio que, se exposto &agrave; &aacute;gua, libera &aacute;cido clor&iacute;drico, o que acidifica o solo e emite gases nocivos.

Em meados da d&eacute;cada passada, poucos pa&iacute;ses tinham regulamenta&ccedil;&otilde;es r&iacute;gidas sobre armazenamento e descarte de res&iacute;duos. A China n&atilde;o era uma exce&ccedil;&atilde;o. O pa&iacute;s foi palco de dois grandes vazamentos; em 2008, uma empresa descartava o material&nbsp;em campos vizinhos, deixando-os inutiliz&aacute;veis para cultivo, al&eacute;m de provocar inflama&ccedil;&otilde;es nos olhos e garganta dos moradores.

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/11/11040605950029.jpg" width="960" />
<figcaption>Linha de produ&ccedil;&atilde;o de c&eacute;lulas solares na f&aacute;brica da Jupiter Solar Power Limited (JSPL) em Baddi, &Iacute;ndia. (Fonte: REUTERS / Ajay Verma)</figcaption>
</figure>

O outro caso se deu em 2011. Mesmo com a China exigindo que as empresas reciclassem ao menos 98,5% de seus res&iacute;duos, uma&nbsp;das maiores empresas&nbsp;fotovoltaicas do mundo&nbsp;derramou &aacute;cido fluor&iacute;drico em um rio, matando milhares de peixes e centenas de porcos.

<h2 style="margin-bottom: 13px;">Captar a energia solar sem sujar o meio ambiente</h2>

Embora mais de 90% dos pain&eacute;is para capta&ccedil;&atilde;o da energia solar&nbsp;fabricados hoje comecem com polissil&iacute;cio, existe uma abordagem mais recente: a tecnologia de c&eacute;lulas solares de camada fina, mais baratas de fabricar, usando menos energia e material. O processo consiste em depositar um material semicondutor de energia solar diretamente sobre um substrato de vidro, metal ou pl&aacute;stico.

Dois materiais s&atilde;o usados; um deles &eacute; o tel&uacute;rio de c&aacute;dmio, um metal pesado que &eacute; cancer&iacute;geno e genot&oacute;xico, o que significa que pode causar muta&ccedil;&otilde;es heredit&aacute;rias.&nbsp;Existem poucas informa&ccedil;&otilde;es sobre a exposi&ccedil;&atilde;o a trabalhadores ao&nbsp;c&aacute;dmio nos est&aacute;gios iniciais do ciclo de vida do metal, quando ele &eacute; extra&iacute;do das&nbsp;minas de zinco.&nbsp;A&nbsp;exposi&ccedil;&otilde;e ao metal&nbsp;ap&oacute;s o descarte dos pain&eacute;is solares tamb&eacute;m &eacute;&nbsp;preocupante. Nem todos os consumidores t&ecirc;m acesso a um programa de devolu&ccedil;&atilde;o gratuita, e muitos&nbsp;desconhecem a necessidade de descartar os pain&eacute;is de maneira respons&aacute;vel.

A toxicidade n&atilde;o &eacute; a &uacute;nica preocupa&ccedil;&atilde;o. Produzir c&eacute;lulas solares requer muita energia, expressa em&nbsp; quilogramas de CO2 emitidos por quilowatt-hora gerado. Segundo pesquisadores do Laborat&oacute;rio Nacional de Argonne e da Universidade Northwestern (ambos nos EUA), a pegada de carbono dos pain&eacute;is&nbsp;fabricados na China &eacute;&nbsp;quase o dobro da pegada dos fabricados na Europa. 

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/11/11041406744030.jpg" width="960" />
<figcaption>A China &eacute; l&iacute;der no setor de energia solar: o parque da barragem Longyangxia fornece 850 megawatts e pode abastecer at&eacute; 200 mil casas. (Fonte:&nbsp;NASA Earth Observatory/Jesse Allen)</figcaption>
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A &aacute;gua &eacute; outra quest&atilde;o; os fabricantes usam uma grande quantidade para&nbsp;refrigera&ccedil;&atilde;o, processos qu&iacute;micos e controle de polui&ccedil;&atilde;o do ar. No entanto, o maior desperd&iacute;cio&nbsp;ocorre durante a limpeza na instala&ccedil;&atilde;o e no uso dos pain&eacute;is. Projetos em escala comercial de 230 a 550 megawatts podem exigir at&eacute; 1,5 bilh&atilde;o de litros de &aacute;gua para controlar a poeira durante a instala&ccedil;&atilde;o&nbsp;dos pain&eacute;is e outros 26 milh&otilde;es de litros por ano para lavar os que est&atilde;o em opera&ccedil;&atilde;o.

O setor de energia solar n&atilde;o possui r&oacute;tulo ecol&oacute;gico oficial. Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Ambiental Fotovoltaica do Laborat&oacute;rio Nacional Brookhaven em Upton, Nova York (EUA), h&aacute; muito tempo publicam estudos sobre os poss&iacute;veis riscos ambientais de c&eacute;lulas e pain&eacute;is.&nbsp;Com a crescente preocupa&ccedil;&atilde;o em diminuir e at&eacute; eliminar riscos ambientais que o fabrico e uso de pain&eacute;is solares podem trazer, essa&nbsp;ind&uacute;stria&nbsp;poder&aacute; ser&nbsp;um dia verdadeiramente verde.

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Energia solar: será que ela de fato faz bem para o meio ambiente?

Imagem de 5 questões básicas sobre matéria escura ainda por responder no megacurioso

Não se sabe do que ela é feita ou até mesmo se é real; mesmo com os mais modernos telescópios, sua existência é uma incógnita desde a década de 1930

Desde pelo menos a d&eacute;cada de 1920, uma hip&oacute;tese permeia o mundo da astronomia: o universo cont&eacute;m mais mat&eacute;ria do que &eacute; poss&iacute;vel vermos a olho nu. Na d&eacute;cada de 1930, o astr&ocirc;nomo su&iacute;&ccedil;o Fritz Zwicky notou que as gal&aacute;xias em um aglomerado distante orbitavam uma ao redor da outra em uma velocidade maior do que seria esperado se consideradas suas massas vis&iacute;veis. Ele prop&ocirc;s que uma subst&acirc;ncia invis&iacute;vel, que chamou de mat&eacute;ria escura, poderia estar puxando gravitacionalmente essas gal&aacute;xias uma para a outra.
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</ul>
Essa ideia era mais dif&iacute;cil de provar do que apoiar, j&aacute; que ainda n&atilde;o havia nenhuma evid&ecirc;ncia&nbsp;dessa mat&eacute;ria misteriosa. Mesmo com telesc&oacute;pios potentes, como o Hubble e o Kepler, ela n&atilde;o foi ainda detectada, mas sua exist&ecirc;ncia sempre foi mais do que uma probabilidade, e sim uma forte possibilidade. Cerca de 85% da massa do universo &eacute; composta de material que os cientistas n&atilde;o conseguem ver &mdash; a mat&eacute;ria escura, para complicar ainda mais, n&atilde;o emite luz ou energia. Ent&atilde;o ela&nbsp;importaria para o estudo do universo?
<figure><img alt=" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/09/09213855637070.jpg" width="960" /> <figcaption>Mapa cobrindo 1/30 do c&eacute;u, feito a partir da observa&ccedil;&atilde;o de 26 milh&otilde;es de gal&aacute;xias. As regi&otilde;es vermelhas t&ecirc;m mais mat&eacute;ria escura do que a m&eacute;dia; as regi&otilde;es azuis, menos. (Fonte: Universidade de Chicago/Chihway Chang)</figcaption></figure>
"Os movimentos das estrelas dizem o quanto ela importa", disse o pesquisador da Universidade de Yale, Pieter van Dokkum, que liderou a equipe que identificou a gal&aacute;xia Dragonfly 44, composta quase inteiramente de mat&eacute;ria escura.
<h2>1. O que &eacute; a mat&eacute;ria escura?</h2>
Ningu&eacute;m sabe ao certo. Alguns cientistas chegaram a conjeturar que ela seria composta de pequenas estrelas fracas e buracos negros, mas observa&ccedil;&otilde;es detalhadas n&atilde;o revelaram objetos suficientes para explicar a influ&ecirc;ncia que a mat&eacute;ria escura exerce sobre outros corpos celestes.
A hip&oacute;tese mais aceita &eacute; que ela seja formada por um elemento hipot&eacute;tico chamado Part&iacute;cula Massiva de Baixa Intera&ccedil;&atilde;o (ou WIMP, em ingl&ecirc;s), que se comportaria como um n&ecirc;utron &mdash; exceto por ser entre 10 e 100 vezes mais pesada.
<h2>2. Podemos detectar mat&eacute;ria escura?</h2>
Se a mat&eacute;ria escura &eacute; feita de WIMPs, eles estariam em todo lugar, invis&iacute;veis e quase impercept&iacute;veis. Embora eles n&atilde;o costumem interagir com a mat&eacute;ria comum, &eacute; poss&iacute;vel, hipoteticamente, que uma part&iacute;cula de mat&eacute;ria escura atinja um pr&oacute;ton ou el&eacute;tron enquanto viaja pelo espa&ccedil;o. Assim, por d&eacute;cadas, &nbsp;pesquisadores fizeram experimentos para estudar um grande n&uacute;mero de part&iacute;culas comuns no subsolo, onde est&atilde;o protegidas contra radia&ccedil;&atilde;o interferente que pode imitar uma colis&atilde;o entre mat&eacute;ria escura e part&iacute;culas. Nenhuma descoberta confi&aacute;vel foi feita.
No in&iacute;cio de 2019, o experimento chin&ecirc;s PandaX relatou a mais recente n&atilde;o detec&ccedil;&atilde;o de WIMP.
<h2>3. A mat&eacute;ria escura consiste em mais de uma part&iacute;cula?</h2>
Todos j&aacute; ouviram falar de pr&oacute;tons, el&eacute;trons e n&ecirc;utrons, e alguns conhecem&nbsp;neutrinos, m&uacute;ons e pions. Pesquisadores se perguntam, ent&atilde;o, se a mat&eacute;ria escura tamb&eacute;m &eacute; complicada. "N&atilde;o h&aacute; raz&atilde;o para supor que toda a mat&eacute;ria escura do universo seja feita somente de um tipo de part&iacute;cula", disse o f&iacute;sico Andrey Katz, da Universidade de Harvard. Segundo ele, pr&oacute;tons escuros podem se combinar com el&eacute;trons escuros para formar &aacute;tomos escuros, produzindo configura&ccedil;&otilde;es t&atilde;o diversas e interessantes quanto as encontradas no mundo vis&iacute;vel. O c&eacute;u &eacute;, literalmente, o limite.
<figure><img alt=" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/09/09214655413071.jpg" width="960" /> <figcaption>Esta imagem, capturada pelo Telesc&oacute;pio Espacial Hubble, mostra um anel fantasmag&oacute;rico de mat&eacute;ria escura no aglomerado de gal&aacute;xias Cl 0024 + 17. (Fonte: NASA/ESA/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>4. Quais s&atilde;o as propriedades da mat&eacute;ria escura?</h2>
Segundo algumas teorias, as part&iacute;culas de mat&eacute;ria escura devem ter suas pr&oacute;prias antipart&iacute;culas, e ambas se aniquilariam. O experimento do Espectr&ocirc;metro Magn&eacute;tico Alfa (AMS) na Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional (ISS) tem procurado sinais dessa aniquila&ccedil;&atilde;o desde 2011 e j&aacute; detectou centenas de milhares de eventos. Mesmo assim, os cientistas ainda n&atilde;o sabem ao certo se s&atilde;o provenientes da mat&eacute;ria escura, at&eacute; porque n&atilde;o se sabe nem exatamente o que &eacute; a mat&eacute;ria escura.
<h2>5. A mat&eacute;ria escura existe em toda a gal&aacute;xia?</h2>
Ela&nbsp;parecia&nbsp;ser a for&ccedil;a que une grandes estruturas, como gal&aacute;xias e aglomerados gal&aacute;cticos; mas,&nbsp;no in&iacute;cio de 2019, astr&ocirc;nomos anunciaram ter encontrado a gal&aacute;xia NGC 1052-DF2, quase sem nenhuma mat&eacute;ria escura. "Aparentemente, ela n&atilde;o &eacute; um requisito para uma gal&aacute;xia se formar", disse Pieter van Dokkum &agrave; &eacute;poca. No entanto, outro grupo de astr&ocirc;nomos publicou uma an&aacute;lise sugerindo que a nova gal&aacute;xia tinha mais mat&eacute;ria escura do que sugerido anteriormente.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/RbTHzD2ZHds?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>

Julia Marinho