Imagem de Mesmo proibido, uso do MMS avança no Brasil e nos EUA no megacurioso

Crianças com autismo estão sendo obrigadas pelos pais a tomarem dióxido de cloro (um poderoso alvejante) misturado ao suco de frutas ou, ainda, submetidas a enemas

Na &uacute;ltima semana, a Food and Drug Administration (FDA), &oacute;rg&atilde;o americano que cuida da regulamenta&ccedil;&atilde;o de rem&eacute;dios e alimentos, emitiu um alerta sobre o crescente consumo do (infelizmente) cada vez mais conhecido MMS (&ldquo;miracle mineral solution&rdquo;), um elixir de clorito de s&oacute;dio que curaria, entre outras coisas, de queda de cabelo e acne a c&acirc;ncer e hepatite, al&eacute;m de &ldquo;matar pat&oacute;genos intestinais que causam o autismo&rdquo; &ndash; quando se sabe que o autismo n&atilde;o tem cura e&nbsp;n&atilde;o &eacute; causado por lombrigas.
<blockquote class="twitter-tweet">
Pais d&atilde;o MMS (di&oacute;xido de cloro dilu&iacute;do) p/ os filhos autistas via enema, pelo &acirc;nus. Afinal, alvejante tem gosto ruim. As crian&ccedil;as expelem muco e revestimento intestinal. Pais acham que s&atilde;o vermes, &ldquo;os verdadeiros causadores do autismo&rdquo; segundo os charlat&atilde;es que vendem o MMS. <a href="https://t.co/740tDxwIQy">pic.twitter.com/740tDxwIQy</a>
&mdash; Andr&eacute;a Werner (@andreawerner_) <a href="https://twitter.com/andreawerner_/status/1129498148521615360?ref_src=twsrc%5Etfw">May 17, 2019</a></blockquote>
O MMS &eacute; uma solu&ccedil;&atilde;o de 28% de clorito de s&oacute;dio (usado para branquear produtos e descolorir papel, com caracter&iacute;sticas parecidas &agrave; da &aacute;gua sanit&aacute;ria) dilu&iacute;dos em &aacute;gua destilada. Segundo a sua posologia, ela deve ser misturada com &aacute;cido c&iacute;trico (suco de lim&atilde;o) ou outro tipo de &aacute;cido antes de ser ingerida. No Brasil, o MMS &eacute; vendido na forma de kit, juntamente com uma solu&ccedil;&atilde;o de &aacute;cido clor&iacute;drico a 4%.&nbsp;O resultado da mistura das solu&ccedil;&otilde;es &eacute; o di&oacute;xido de cloro, um poderoso agente clareador e desinfetante. 
<figure class="image"><img alt=" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/29/29215737399036.jpg" width="960" /> <figcaption>Vendido como uma cura para diversas doen&ccedil;as, como c&acirc;ncer, diabetes e autismo, o MMS pode levar o usu&aacute;rio &agrave; morte, atrav&eacute;s da destrui&ccedil;&atilde;o da mucosa intestinal. (Fonte: Autimates/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
No Brasil, o uso do MMS se tornou ainda mais grave porque pais de filhos autistas, quando n&atilde;o conseguem faz&ecirc;-los&nbsp;beber a solu&ccedil;&atilde;o, aplicam o di&oacute;xido de clro na forma de enemas (por via retal). O post de uma m&atilde;e comemorava em uma rede social o uso do MMS, j&aacute; que o filho autista estava "eliminando os vermes" pelas fezes.
<figure class="image"><img alt=" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/29/29220036261037.jpg" width="960" /> <figcaption>Os chamados "vermes de corda", respons&aacute;veis por causar o autismo, s&atilde;o na verdade peda&ccedil;os da mucosa intestinal, queimada dentro do corpo pelo di&oacute;xido de cloro que comp&otilde;e o MMS. (Fonte: Science-Based Medicine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
No Brasil, a Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) alertou&nbsp;os consumidores sobre a&nbsp;inutilidade no uso do MMS no tratamento para autismo e proibiu sua&nbsp;comercializa&ccedil;&atilde;o, distribui&ccedil;&atilde;o e o uso, com pouco efeito.&nbsp;A ag&ecirc;ncia suspendeu, no &uacute;ltimo ano, mais de 200 an&uacute;ncios do MMS na internet.
<h2 style="margin-bottom: 13px;">Morte por infec&ccedil;&atilde;o generalizada</h2>
O uso de di&oacute;xido de cloro causa n&aacute;useas, v&ocirc;mito e diarreia, o que leva &agrave; desidrata&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de queimar a mucosa intestinal, o que pode levar a infec&ccedil;&otilde;es generalizadas. O caso se torna ainda mais grave porque o r&oacute;tulo do MMS afirma que esses efeitos colaterais s&atilde;o comuns e indicam a efic&aacute;cia do produto.
O nome MMS foi cunhado por Jim Humble e apareceu pela primeira vez no livro The Miracle Mineral Solution of the 21st Century (A solu&ccedil;&atilde;o mineral milagrosa do s&eacute;culo XXI), onde Humble afirma ser um deus de bilh&otilde;es de anos vindo da gal&aacute;xia de Andr&ocirc;meda. Engenheiro aeroespacial, ele foi membro da Cientologia at&eacute; fundar sua pr&oacute;pria seita, a G&ecirc;nesis II - Igreja de Sa&uacute;de e Cura (conhecida como Igreja de Lye).
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/yrVvrSjHE58?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>

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Mesmo proibido, uso do MMS avança no Brasil e nos EUA

Imagem de Simulação da NASA mostra buraco negro engolindo matéria e luz no megacurioso

Baseada na imagem capturada em abril pelo telescópio Event Horizon, ilustração explica o destino final da matéria atraída pela massiva gravidade do fenômeno

Esta semana, a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a> divulgou&nbsp;uma nova lustra&ccedil;&atilde;o mostrando com mais nitidez como &eacute; um buraco negro.&nbsp;Segundo o astrof&iacute;sico Jeremy Schnmittman, autor da simula&ccedil;&atilde;o, ela mostra como a mat&eacute;ria capturada, como g&aacute;s, poeira e at&eacute; luz, se concentra&nbsp;ao redor do horizonte de eventos do fen&ocirc;meno, formando um alo extremamente quente e fino.
Pr&oacute;ximo do buraco negro, o material orbita quase &agrave; velocidade da luz, enquanto nas partes externas ele&nbsp;gira&nbsp;mais lentamente. Essa diferen&ccedil;a &eacute; respons&aacute;vel por produzir faixas claras e escuras, como as vistas na imagem.
<img alt="" src="https://www.nasa.gov/sites/default/files/thumbnails/image/bh_accretiondisk_sim_stationary_websize.gif" width="1040" height="600" />
Perto do horizonte de eventos (o ponto sem retorno, de onde nada escapa, nem mesmo a luz),&nbsp;o quadro se torna assustador pelo gigantismo das for&ccedil;as envolvidas. A luz se curva de tal maneira por causa da gravidade que podemos ver a parte inferior do disco como um anel de luz brilhante, aparentemente delineando o buraco negro.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/27/27130106865226.jpg" width="960" height="640" /> <figcaption>O lado esquerdo do disco &eacute; mais brilhante porque os gases v&ecirc;m na dire&ccedil;&atilde;o do observador; &agrave; direita, eles se afastam, e por isso seu brilho diminui. (Fonte:&nbsp;Goddard Space Flight Center/Jeremy Schnittman)</figcaption></figure>
<h2>Nem a luz escapa</h2>
O chamado "anel de f&oacute;tons" &eacute; composto de v&aacute;rios c&iacute;rculos, cada vez mais fracos e finos. O&nbsp;efeito &eacute; causado quando a luz circula o buraco negro diversas vezes antes de conseguir escapar.&nbsp;Dentro do anel de f&oacute;tons est&aacute; a sombra do buraco negro, uma &aacute;rea aproximadamente duas vezes maior que o horizonte de eventos.
As imagens, geradas por um software especialmente desenvolvido pelo Goddard Space Flight Center da NASA, "nos ajudam a visualizar o que Einstein quis dizer sobre a gravidade distorcer o tecido do espa&ccedil;o e do tempo.&nbsp; Jamais pensei que seria poss&iacute;vel ver um buraco negro real&rdquo;, disse Schnmittman, lembrando da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/140259-historico-telescopios-terra-registram-imagem-buraco-negro.htm">captura da imagem em abril</a>, pela equipe do telesc&oacute;pio Event Horizon, da sombra de um buraco negro no cora&ccedil;&atilde;o da gal&aacute;xia M87.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/146324-simulacao-nasa-mostra-buraco-negro-engolindo-materia-luz.htm">Simulação da NASA mostra buraco negro engolindo matéria e luz</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Simulação da NASA mostra buraco negro engolindo matéria e luz

Imagem de O que fazer com o corpo de um astronauta que morre no espaço? no megacurioso

As opções são enviá-lo de volta à Terra ou lançá-lo ao espaço (o que ainda é proibido); até recentemente, a NASA não tinha resposta para isso

M&ecirc;s passado tivemos o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111766-nasa-investiga-possivel-1-crime-ocorrido-no-espaco.htm">primeiro crime acontecido no espa&ccedil;o</a> &ndash; e n&atilde;o, n&atilde;o foi um assassinato. Mas e se fosse? O que fazer com um cad&aacute;ver espacial?&nbsp;Quem responde &eacute; Caitlin Doughty, autora de sucesso, agente mortu&aacute;ria e dona de uma funer&aacute;ria em Los Angeles, Calif&oacute;rnia. Segundo ela, o destino do cad&aacute;ver de um astronauta &eacute; ainda territ&oacute;rio desconhecido (como voc&ecirc; poder&aacute; assistir no v&iacute;deo abaixo, o astronauta Mike Massimino confessa que o programa espacial da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/Nasa">NASA</a> n&atilde;o inclui, no treinamento, o que fazer com um cad&aacute;ver no&nbsp;espa&ccedil;o).
Caitlin apresenta duas maneiras&nbsp;de se lidar com o problema, usando como personagem a pobre e hipot&eacute;tica Dra. Lisa, que teve o azar de morrer enquanto fazia um reparo do lado de fora da Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional (ISS): um meteorito fura o traje espacial da nossa astronauta e adeus, Lisa.
<h2 style="margin-bottom: 13px;">Dra. Lisa morre</h2>
Segundo Caitlin, os olhos de Lisa&nbsp;n&atilde;o se arregalam como se v&ecirc; no cinema, nem a pobre vai se despeda&ccedil;ar numa explos&atilde;o nojenta de sangue e gelo. Pra sobreviver, ela vai ter que pensar e agir rapidamente, porque tem cerca de dez segundos de consci&ecirc;ncia. &ldquo;Esse &eacute; o tempo&nbsp;estranhamente espec&iacute;fico e assustador que ela tem&nbsp; para chegar a um ambiente com oxig&ecirc;nio. Mas a descompress&atilde;o r&aacute;pida provavelmente a deixar&aacute; em choque, e a morte alcan&ccedil;ar&aacute; a pobre Lisa antes que ela saiba o que est&aacute; acontecendo.&rdquo;
<div style="width: 100%; height: 0; padding-bottom: 100%; position: relative;"><iframe width="100%" height="100%" style="position: absolute;" src="https://giphy.com/embed/B8hNqCRUs89gY" frameborder="0" class="giphy-embed" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
A morte da astronauta &eacute; causada pela falta de press&atilde;o do ar no espa&ccedil;o. &ldquo;Os gases no corpo de Lisa se expandem e os l&iacute;quidos se transformam em g&aacute;s. A &aacute;gua de seus m&uacute;sculos se converter&aacute;&nbsp;em vapor, que se acumular&aacute; sob sua pele, distendendo &aacute;reas do corpo para o dobro do tamanho normal. O nitrog&ecirc;nio no sangue formar&aacute;&nbsp;bolhas de g&aacute;s, causando uma enorme dor. Quando a Dra. Lisa desmaia, isso na verdade &eacute; um al&iacute;vio misericordioso, porque ela continuar&aacute; flutuando e inchando, sem saber o que est&aacute; acontecendo.&rdquo;
<figure class="image"><img alt=" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/23/23151856294258.jpg" width="960" /> <figcaption>Uma hipot&eacute;tica Dra, Lisa n&atilde;o se transformaria em um esqueleto espacial porque as bact&eacute;rias tamb&eacute;m seriam congeladas, impossibilitando a decomposi&ccedil;&atilde;o do cad&aacute;ver. (Fonte: Wonderful Engineering/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Depois de um minuto e meio, a frequ&ecirc;ncia card&iacute;aca e a press&atilde;o sangu&iacute;nea da astronauta caem at&eacute; o ponto em que o sangue dela&nbsp;ferve. A diferen&ccedil;a de press&atilde;o do lado de dentro e de fora dos&nbsp;pulm&otilde;es ser&aacute; t&atilde;o grande que eles se rasgam e sangram profusamente. Lisa se torna ent&atilde;o o nosso cad&aacute;ver espacial.&nbsp;E agora? Levamos Lisa de volta para a Terra ou a mandamos passear pelo espa&ccedil;o?
<h2 style="margin-bottom: 13px;">Sim, tragam o corpo de Lisa de volta &agrave; Terra</h2>
Para deter a decomposi&ccedil;&atilde;o do cad&aacute;ver, a tripula&ccedil;&atilde;o precisa manter o corpo da astronauta refrigerado para frear a a&ccedil;&atilde;o das bact&eacute;rias. Na ISS, o lixo &eacute; mantido&nbsp;na parte mais fria da esta&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Guardar Lisa na lixeira n&atilde;o pega bem, mas a esta&ccedil;&atilde;o tem espa&ccedil;o limitado e a &aacute;rea do lixo possui um sistema de refrigera&ccedil;&atilde;o; por isso, faz sentido logisticamente botar o cad&aacute;ver l&aacute;&rdquo;, diz Caitlin.
Como trazer corpos de volta &agrave; Terra &eacute; um problema que precisa estar na ordem do dia quando se pensa na miss&atilde;o para&nbsp;Marte. Em 2005, a NASA pagou a uma pequena empresa sueca chamada Promessa para desenvolver o prot&oacute;tipo de um sistema de coleta de cad&aacute;veres espaciais chamado Body Back.
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&ldquo;O corpo de Lisa seria posto em uma bolsa herm&eacute;tica feita de GoreTex e empurrado para a c&acirc;mara de ar da esta&ccedil;&atilde;o. Ali, o frio de -270&deg; C congelaria o cad&aacute;ver. Depois de uma hora, um bra&ccedil;o rob&oacute;tico traria a bolsa para dentro e o sacudiria por quinze minutos, quebrando a astronauta congelada em peda&ccedil;os. Estes seriam ent&atilde;o desidratados, deixando cerca de 22 quilos de Lisa em p&oacute; no Body Back. Em teoria, dessa forma &eacute; poss&iacute;vel guardar qualquer um&nbsp;por anos antes de devolv&ecirc;-lo&nbsp;&agrave; Terra&rdquo;, explica Caitlin.
<h2 style="margin-bottom: 13px;">N&atilde;o, Lisa deve ficar no espa&ccedil;o</h2>
Lisa sempre quis&nbsp;permanecer no espa&ccedil;o pela eternidade. Assim sendo, a op&ccedil;&atilde;o mais simples &eacute;&nbsp;enfi&aacute;-la em um saco e empurr&aacute;-la para fora da nave nos limites do sistema solar.
&ldquo;&Eacute; mais prov&aacute;vel que ela apenas siga a &oacute;rbita da ISS. Isso, perversamente, a transformaria em lixo espacial. Imagine os&nbsp;&ocirc;nibus para Marte passando&nbsp;pelo cad&aacute;ver em &oacute;rbita a cada viagem:&nbsp;&lsquo;Oh Deus, l&aacute; vai a Lisa novamente.&rsquo;"
&Eacute; poss&iacute;vel que a gravidade de um planeta possa eventualmente capturar o corpo da nossa astronauta; se isso acontecer, ela seria&nbsp;cremada (de gra&ccedil;a) pela atmosfera na reentrada. 
<div style="width: 100%; height: 0; padding-bottom: 100%; position: relative;"><iframe width="100%" height="100%" style="position: absolute;" src="https://giphy.com/embed/YSKf90bscIv3G" frameborder="0" class="giphy-embed" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
Se for posta em uma pequena c&aacute;psula com propuls&atilde;o, a astronauta&nbsp;poderia&nbsp;viajar al&eacute;m do sistema solar, cruzando a escurid&atilde;o at&eacute; um exoplaneta. Se chegar intacta &agrave; superf&iacute;cie e o&nbsp;casulo se abrir, a vida que todo corpo carrega (como bact&eacute;rias) povoar&aacute;&nbsp;o planeta alien&iacute;gena. &ldquo;Talvez a &lsquo;gosma primordial&rsquo; da qual surgiram as primeiras criaturas vivas da Terra tenha sido apenas a decomposi&ccedil;&atilde;o da nossa astronauta. Se for esse&nbsp;o caso, obrigada, Dra. Lisa.&rdquo;
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/OS-tdnvnkes?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>

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O que fazer com o corpo de um astronauta que morre no espaço?

Imagem de China estaria roubando tecnologia espacial, EUA acusam no megacurioso

Há uma década, o Departamento de Justiça monta operações para desmantelar redes de contrabando de peças e equipamentos proibidos de serem vendidos ao país asiático

Se os&nbsp;produtos chineses dominam os mercados, h&aacute; algum tempo o pa&iacute;s&nbsp;ambiciona estampar a etiqueta &ldquo;made in China&rdquo; em setores mais avan&ccedil;ados, como na ind&uacute;stria espacial&nbsp;&ndash; e, para isso, parece que est&aacute; cortando caminhos de uma maneira n&atilde;o muito correta. &nbsp;As evid&ecirc;ncias est&atilde;o nas&nbsp;opera&ccedil;&otilde;es que autoridades americanas realizam h&aacute; anos tendo como alvo cidad&atilde;os chineses, pegos tentando sair do pa&iacute;s com tecnologia cuja transfer&ecirc;ncia &eacute; proibida.

A &uacute;ltima aconteceu em agosto, que resultou na pris&atilde;o de um cidad&atilde;o chin&ecirc;s&nbsp;no Aeroporto Internacional de Honolulu, no Hava&iacute;, com componentes de ve&iacute;culos espaciais e de m&iacute;sseis dos EUA. De acordo com o site de not&iacute;cias Quartz, esse foi o resultado de uma investiga&ccedil;&atilde;o secreta de dois anos do Departamento de Seguran&ccedil;a Interna&nbsp;para deter a transfer&ecirc;ncia de tecnologia usada em naves espaciais e m&iacute;sseis dos EUA.

Pelo menos oito opera&ccedil;&otilde;es do Departamento de Justi&ccedil;a foram levadas a cabo na &uacute;ltima d&eacute;cada. Segundo o &oacute;rg&atilde;o, existem hoje&nbsp;mais de mil investiga&ccedil;&otilde;es abertas sobre roubo de propriedade intelectual pela China

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/23/23071811405078.jpg" width="960" />
<figcaption>M&iacute;sseis bal&iacute;sticos DF-26 ent&atilde;o entre os que usam aceler&ocirc;metros, o que garante precis&atilde;o&nbsp; para atingir os alvos. (Fonte: Reuters/Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;</figcaption>
</figure>

As opera&ccedil;&otilde;es contra o contrabando aeroespacial&nbsp;seguem o mesmo roteiro: uma empresa dos EUA denuncia clientes suspeitos ao governo e, em seguida, agentes disfar&ccedil;ados se apresentam como empres&aacute;rios desonestos. Depois de meses combinando o envio das mercadorias, o&nbsp;comprador chin&ecirc;s (muitas vezes, apenas um intermedi&aacute;rio) &eacute; atra&iacute;do para os EUA e preso.&nbsp;

<h2>Componentes visados d&atilde;o pistas de quem os procura</h2>

Segundo os promotores, o usu&aacute;rio final raramente &eacute; identificado, mas os componentes mais procurados oferecem pistas. Os circuitos endurecidos por radia&ccedil;&atilde;o aparecem em dispositivos como sat&eacute;lites; aceler&ocirc;metros s&atilde;o usados para guiar naves espaciais e m&iacute;sseis.

Embora a China tenha uma ind&uacute;stria espacial nascente, ela ainda est&aacute; atr&aacute;s em muitas &aacute;reas. Grande parte do hardware espacial do pa&iacute;s &eacute; produzida por empresas estatais ligadas &agrave;s for&ccedil;as armadas, que querem armamento igual ou superior pata deter o poderio americano.
<a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/146143-china-roubando-tecnologia-espacial-eua-acusam.htm">China estaria roubando tecnologia espacial, EUA acusam</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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China estaria roubando tecnologia espacial, EUA acusam

Imagem de Cosmonautas russos voltarão a ter armas no kit de viagens espaciais no megacurioso

Enquanto astronautas caem no oceano quando voltam do espaço, russos pousam no meio de florestas, ficando a mercê de ursos e lobos enquanto aguardam o resgate

Pouca gente sabe, mas entre 1982 e at&eacute; meados de 2007 as equipes de cosmonautas tinham uma arma em seu kit de emerg&ecirc;ncia. Agora, a R&uacute;ssia est&aacute; testando um novo armamento para tomar o lugar da antiga pistola de tr&ecirc;s canos, especialmente criada para a miss&atilde;o espacial sovi&eacute;tica. Segundo o chefe da ag&ecirc;ncia espacial russa Roscosmos, Dmitry Rogozin, &eacute; hora de trazer de volta as armas, j&aacute; que os lan&ccedil;amentos tripulados est&atilde;o se deslocando para o Extremo Oriente russo.
&ldquo;&Eacute; poss&iacute;vel que desembarques tamb&eacute;m aconte&ccedil;am em &aacute;reas escassamente povoadas, extensas florestas e estepes. A arma&nbsp;j&aacute; est&aacute; sendo testada e, em um ano e meio, provavelmente, ser&aacute; incorporada ao kit de emerg&ecirc;ncia dos cosmonautas, que&nbsp;poder&atilde;o&nbsp;us&aacute;-la tanto para se proteger de animais como para disparar sinalizadores&rdquo;, disse Rogozin.
Enquanto os americanos sempre desceram no meio do oceano, os cosmonautas pousam de volta &agrave; Terra no meio das florestas da Sib&eacute;ria e, enquanto esperam as equipes de resgate, ficam &agrave; merc&ecirc; de ursos e lobos.
<figure class="image"><img alt=" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/22/22221211973056.jpg" width="960" /> <figcaption>A pistola TB-82 foi a arma de prote&ccedil;&atilde;o dos cosmonautas por 25 anos. (Fonte:&nbsp;Tsniitochmach JSC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Cosmonautas sobem e descem armados</h2>
A primeira vez que o pedido por armas foi feito aconteceu em 1965, quando o m&oacute;dulo de pouso Voskhod-2, com os cosmonautas Aleksei Leonov e Pavel Belyaev, aterrissou na taiga dos Urais do Norte. Por conta da neve e da floresta densa, o resgate demorou dias para alcan&ccedil;ar os dois homens, que se viram cercados de ursos e sem nada para se defender.
A partir da d&eacute;cada de 1980, o kit de emerg&ecirc;ncia inclu&iacute;a uma pistola TP-82 de tr&ecirc;s canos. No cabo da arma se acoplava uma machete (um tipo de fac&atilde;o de l&acirc;mina larga), cuja bainha, feita de material r&iacute;gido, transformava a pistola em uma espingarda. A arma permaneceu como equipamento&nbsp;at&eacute; 2007, quando foi substitu&iacute;da por um fac&atilde;o.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/qRC0Jmh-9tY?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/146141-cosmonautas-russos-voltarao-ter-armas-kit-viagens-espaciais.htm">Cosmonautas russos voltarão a ter armas no kit de viagens espaciais</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Cosmonautas russos voltarão a ter armas no kit de viagens espaciais

Imagem de Três bilhões de aves desapareceram dos céus dos EUA e Canadá no megacurioso

Declínio acentuado entre espécies de pássaros comuns, como pardais e rolinhas, pode ter consequências catastróficas para a biosfera

Beverly Gyllenhaal e seu marido s&atilde;o ornit&oacute;logos amadores. Ao&nbsp;visitar&nbsp;sua m&atilde;e na Carolina do Norte nos &uacute;ltimos anos, por&eacute;m, ela percebeu que n&atilde;o havia tantos p&aacute;ssaros quanto&nbsp;se lembrava de sua inf&acirc;ncia. Durante suas viagens pelo pa&iacute;s, ela percebeu que outros diziam&nbsp;o mesmo. &ldquo;N&atilde;o &eacute; mais como costumava ser.&rdquo; Ela tem raz&atilde;o: hoje, existem 2,9 bilh&otilde;es de aves a menos do que h&aacute; 50 anos, um decl&iacute;nio de 29% no n&uacute;mero de p&aacute;ssaros nos Estados Unidos e no Canad&aacute;.

A an&aacute;lise, publicada na revista Science, &eacute; um&nbsp;estudo&nbsp;ambicioso&nbsp;que busca entender o que est&aacute; acontecendo com as popula&ccedil;&otilde;es de p&aacute;ssaros. Os resultados chocaram pesquisadores e organiza&ccedil;&otilde;es de conserva&ccedil;&atilde;o. A pesquisa abrangeu mais de 500 esp&eacute;cies e&nbsp;revela perdas acentuadas entre aves tradicionalmente abundantes, como&nbsp;melros e pardais,&nbsp;vitais para os ecossistemas porque controlam pragas, polinizam flores e espalham sementes (o que regenera as florestas). Quando esses p&aacute;ssaros&nbsp;desaparecem, seus habitats mudam drasticamente.

<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/23/23084002865094.jpg" />
<figcaption>Um pica-pau de barriga vermelha agarra-se a um alimentador durante uma tempestade de inverno na aldeia de Nyack, Nova Yotk. (Fonte: Reuters/Mike Segar)</figcaption>
</figure>

Durante d&eacute;cadas, ornit&oacute;logos profissionais t&ecirc;m recebido ajuda de um ex&eacute;rcito de observadores amadores dedicados, que enviam suas observa&ccedil;&otilde;es para bancos de dados e ajudam a realizar pesquisas de popula&ccedil;&otilde;es de aves todos os anos. No novo estudo, os pesquisadores usaram essas informa&ccedil;&otilde;es para estimar as popula&ccedil;&otilde;es de 529 esp&eacute;cies entre 2006 e 2015.

Esp&eacute;cies comuns,&nbsp;como os pardais, sofreram a maior perda total de popula&ccedil;&atilde;o desde 1970: mais de 700 milh&otilde;es de aves&nbsp;desapareceram em 31 esp&eacute;cies. O n&uacute;mero de p&aacute;ssaros&nbsp;migrando na primavera tamb&eacute;m diminuiu, caindo 14% apenas na &uacute;ltima d&eacute;cada.

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/23/23084739172098.jpg" width="960" />
<figcaption>Um pardal pousa em uma &aacute;rvore no Central Park, Nova York. (Fonte: Reuters/Lucas Jackson</figcaption>
</figure>

Segundo o principal autor do estudo, o cientista da conserva&ccedil;&atilde;o da Universidade Cornell e da American Bird Conservancy Kenneth V. Rosenberg, entre os grupos mais atingidos estavam as toutinegras, com um decl&iacute;nio de 617 milh&otilde;es de aves, e os melros, com 440 milh&otilde;es a menos. Os cientistas apontam pr&aacute;ticas agr&iacute;colas, pesticidas e perda de habitat como os principais culpados por esse decl&iacute;nio.

&quot;Pela primeira vez, os resultados indicaram perdas&nbsp;entre esp&eacute;cies&nbsp;comuns em todos os habitats. Elas ainda n&atilde;o est&atilde;o extintas, mas lembremos do&nbsp;pombo-passageiro,&nbsp;uma das aves mais numerosas do planeta. Ningu&eacute;m pensou que&nbsp;pudesse ser extinto, mas aconteceu&quot;, disse Rosenberg.

<h2 style="margin-bottom: 13px;">Extin&ccedil;&atilde;o em massa de animais e plantas &eacute; global</h2>

Segundo ele,&nbsp;as&nbsp;descobertas&nbsp;mostram&nbsp;que a Terra est&aacute; no meio de sua sexta extin&ccedil;&atilde;o em massa.&nbsp;Um relat&oacute;rio recente das Na&ccedil;&otilde;es Unidas descobriu que entre 500 mil e um milh&atilde;o de esp&eacute;cies de plantas e animais enfrentam desaparecimento.

O presidente da American Bird Conservancy, Michael Parr, coautor do estudo, disse que a perda geral de aves representa uma crise de biodiversidade provocada pelo decl&iacute;nio de insetos: segundo um estudo publicado em fevereiro, 40% das esp&eacute;cies&nbsp;do mundo est&atilde;o sumindo. 

<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/23/23085107982099.jpg" width="960" />
<figcaption>As popula&ccedil;&otilde;es de &aacute;guias douradas e carecas cresceram, principalmente porque seus habitats passaram a ser protegidos. (Fonte: Reuters/Dave Fredrickson)</figcaption>
</figure>

O desaparecimento dos p&aacute;ssaros&nbsp;n&atilde;o se restringe &agrave; Am&eacute;rica do Norte. Um estudo de 2018 revelou que um ter&ccedil;o das popula&ccedil;&otilde;es de aves nas terras agr&iacute;colas da Fran&ccedil;a sumiu nos &uacute;ltimos 30 anos. Segundo a Bird Life International, uma parceria global de organiza&ccedil;&otilde;es de conserva&ccedil;&atilde;o de p&aacute;ssaros, a Europa como um todo perdeu 300 milh&otilde;es de aves. &quot;Eles&nbsp;s&atilde;o os can&aacute;rios da mina de carv&atilde;o. Seu fim&nbsp;nos diz que h&aacute; algo muito errado acontecendo com a natureza&quot;, conclui Parr.

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Três bilhões de aves desapareceram dos céus dos EUA e Canadá

Imagem de Pele dos dragões de Komodo esconde armadura digna de uma guerra no megacurioso

Com quatro tipos diferentes de padrão, malha óssea ajuda o lagarto a se proteger de um inimigo tão terrível quanto ele próprio

Drag&otilde;es de Komodo pesam mais de 130 quilos, podem chegar a tr&ecirc;s metros e t&ecirc;m uma cara de MUITO mau. Al&eacute;m da mordida t&atilde;o forte como a de um crocodilo, eles t&ecirc;m uma saliva venenosa: mordem e esperam a v&iacute;tima morrer de choque e hemorragia. Ao examinarem dois esp&eacute;cimes, por&eacute;m, pesquisadores da Universidade do Texas (UT) descobriram que esses lagartos t&ecirc;m uma elaborada armadura &oacute;ssea que os cobrem, da cabe&ccedil;a ao rabo. Contra quem o maior predador&nbsp;em seu habitat precisa de prote&ccedil;&atilde;o? 
Os cientistas reconstru&iacute;ram digitalmente os esqueletos de dois esp&eacute;cimes j&aacute; mortos (um adulto&nbsp;de 19 anos&nbsp;e um filhote de dois dias de vida)&nbsp;usando tomografia computadorizada e raios X de alta precis&atilde;o. O drag&atilde;o adulto tinha, a cobrir o corpo inteiro, uma armadura &oacute;ssea disposta como uma rede (semelhante &agrave; cota de malha de ferro&nbsp;usada por cavaleiros medievais). 
<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/22/22141514823011.jpg" width="960" /> <figcaption>A cota de malha &oacute;ssea (em laranja) recobre inteiramente a cabe&ccedil;a dos drag&otilde;es de Komodo, excetuando-se uma pequena &aacute;rea ao redor dos olhos, da boca e do nariz. (Fonte: Universidade do Texas/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Ossos embutidos na pele s&atilde;o chamados de osteodermos e muitos grupos de lagartos os t&ecirc;m &ndash; os dos drag&otilde;es de Komodo s&atilde;o conhecidos desde os anos 1920, gra&ccedil;as &agrave; pesquisa do naturalista William D. Burden. Esses lagartos,&nbsp;por&eacute;m, s&atilde;o os &uacute;nicos&nbsp;a ter quatro formas distintas de osteodermos&nbsp;a cobrirem toda a cabe&ccedil;a, com exce&ccedil;&atilde;o de narinas, boca, olhos e olho pineal (&oacute;rg&atilde;o sens&iacute;vel &agrave; luz, no topo da cabe&ccedil;a). Outros lagartos t&ecirc;m at&eacute; dois tipos de osteodermes, que n&atilde;o cobrem a maior parte da cabe&ccedil;a.
<h2 style="margin-bottom: 13px;">Vida nas &aacute;rvores at&eacute; a mocidade rebelde</h2>
"Ficamos surpresos quando vimos a estrutura. A maioria dos lagarto&nbsp;possui osteodermes vermiformes (em forma de verme), mas esse drag&atilde;o tem quatro tipos&nbsp;distintos, o que &eacute; muito incomum&rdquo;, disse a paleont&oacute;loga&nbsp;da UT Jessica Maisano, pesquisadora que liderou o estudo.
Ao examinarem o filhote n&atilde;o foi achada nenhuma placa &oacute;ssea, o que sugere que ela se forma &agrave; medida que o animal cresce. "Os jovens passam bastante tempo nas &aacute;rvores. Quando s&atilde;o grandes o suficiente para descer, tamb&eacute;m o s&atilde;o para entrar em disputas com membros de sua pr&oacute;pria esp&eacute;cie&rdquo;, explica o pesquisador&nbsp;Christopher Bell, coautor do estudo juntamente com o herpetologista Travis Laduc, ambos da Universidade do Texas,&nbsp;e a curadora de animais de sangue frio no zool&oacute;gico de Fort Worth Diane Barber.
<figure class="image"><img alt="" height="960" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/22/22141915710012.jpg" width="640" /> <figcaption>Raios X revelaram os quatro tipos de osteodermos que formam a malha &oacute;ssea sob a pele do drag&atilde;o de Komodo; usualmente, lagartos t&ecirc;m de um a dois tipos. (Foto: Universidade do Texas/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O drag&atilde;o adulto que os pesquisadores examinaram estava entre os mais velhos esp&eacute;cimes vivendo em cativeiro. Para a cientista, a idade avan&ccedil;ada pode explicar parcialmente essa armadura extrema:&nbsp;os ossos que a comp&otilde;e podem continuar a receber cada vez mais camadas de material &agrave; medida que o animal envelhece, at&eacute; sua morte.
A conclus&atilde;o que o time de pesquisadores chegou foi a de que o maior inimigo do drag&atilde;o de Komodo &eacute;... ele mesmo.&nbsp;Segundo Jessica Maisano, mais pesquisas com drag&otilde;es de Komodo de diferentes idades podem&nbsp;revelar como a armadura se desenvolve ao longo do tempo e ajudar a determinar quando os drag&otilde;es come&ccedil;am a se preparar para a batalha entre eles.
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Pele dos dragões de Komodo esconde armadura digna de uma guerra

Imagem de Dado como perdido, leão mecânico de Da Vinci é recriado no megacurioso

Encomendado por um papa em homenagem a um soberano, o autômato representou uma ambicionada aliança entre o Vaticano e o reino da França

Este &eacute; o ano em que o mundo relembra&nbsp;os 500 anos de morte&nbsp;do homem que foi cientista, matem&aacute;tico, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, bot&acirc;nico, poeta e m&uacute;sico &mdash;&nbsp;a ep&iacute;tome do chamado &ldquo;homem renascentista&rdquo;. Os projetos de Leonardo da Vinci, por conta das celebra&ccedil;&otilde;es, est&atilde;o sendo revistos e recriados, e um dos mais curiosos ganhou vida: um majestoso&nbsp;le&atilde;o mec&acirc;nico criado exclusivamente para despejar l&iacute;rios aos p&eacute;s de um rei.
Constru&iacute;do em madeira, metal e corda, a vers&atilde;o do aut&ocirc;mato constru&iacute;da&nbsp;para ser exibida&nbsp;em diversas exposi&ccedil;&otilde;es pelo mundo tem 1,8 metro de altura por 2,74 metros de comprimento (um le&atilde;o ficar&aacute; em exibi&ccedil;&atilde;o permanente no Museu Leonardo da Vinci, em Mil&atilde;o). O mecanismo foi encomendado pelo Papa Le&atilde;o X em 1515 para ser um presente para o novo rei da Fran&ccedil;a, Francisco I. 
O animal era uma imagem que unia o Papa (pelo nome) e o criador (Leonardo, no alem&atilde;o arcaico, significa &ldquo;forte como um le&atilde;o&rdquo;). O le&atilde;o mec&acirc;nico entraria no sal&atilde;o e despejaria uma bra&ccedil;ada de l&iacute;rios aos p&eacute;s do rei. As&nbsp;flores mostrariam a conex&atilde;o entre a Fran&ccedil;a e Le&atilde;o X: o papa, nascido Giovanni de M&eacute;dici, era filho de Lorenzo, o Magn&iacute;fico, e natural de Floren&ccedil;a; um l&iacute;rio estilizado estava tanto no bras&atilde;o de armas da Fran&ccedil;a (fleur-de-lis)&nbsp;como no de Floren&ccedil;a (giglio fiorentino).
<figure class="image"><img alt=" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/22/22185543430016.jpg" width="960" /> <figcaption>Diversas exposi&ccedil;&otilde;es em homenagem a Da Vinci receberam um le&atilde;o mec&acirc;nico, como a de Paris.(Fonte: Getty Images/Thomas Samson)</figcaption></figure>
O le&atilde;o mec&acirc;nico de Da Vinci foi falado, descrito e lembrado por d&eacute;cadas, mas nem o mecanismo&nbsp;nem seus esquemas sobreviveram at&eacute; os dias atuais. O melhor relato que chegou aos nossos dias &eacute; o do pintor Giovanni Paolo Lomazzo que, em 1584, conta o que foi dito pelo aluno favorito de Da Vinci, Francesco Melzi, que acompanharia o mestre &agrave; Fran&ccedil;a nos &uacute;ltimos anos de sua vida, ao descrever o le&atilde;o mec&acirc;nico: &ldquo;Uma vez em frente a&nbsp;Francisco I, rei da Fran&ccedil;a, ele fez andar pelo meio do sal&atilde;o um le&atilde;o, feito com admir&aacute;vel esmero; depois de parar, abriu-se o peito cheio de l&iacute;rios e outras flores.&rdquo; 
<h2 style="margin-bottom: 13px;">Um quebra-cabe&ccedil;as de notas e desenhos</h2>
O mecanismo agora em exibi&ccedil;&atilde;o foi constru&iacute;do, segundo o diretor diretor cient&iacute;fico do Museu Leonardo 3, Mario Taddei, baseado em anota&ccedil;&otilde;es encontradas em um caderno de desenhos do g&ecirc;nio italiano chamado&nbsp;Codex Madrid.&nbsp;Os pesquisadores&nbsp;tiveram que usar, al&eacute;m de diagramas parciais, algumas extrapola&ccedil;&otilde;es, como a de que o le&atilde;o andava por meio do&nbsp;sistema&nbsp;que Da Vinci conheceria de relojoeiros italianos e de aut&ocirc;matos &aacute;rabes que eram ent&atilde;o populares em Veneza.
<figure class="image"><img alt=" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/22/22185844740017.jpg" width="960" /> <figcaption>Nessa renderiza&ccedil;&atilde;o do projeto, pode-se ver o elaborado mecanismo que faria o le&atilde;o mec&acirc;nico andar e, ao final, despejar as flores que carregaria no peito. (Fonte:&nbsp;Instituto Italiano de Cultura de Paris/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
&ldquo;O motor de todo o mecanismo consistia&nbsp;em uma grande mola helicoidal localizada dentro da m&aacute;quina. &Eacute; poss&iacute;vel supor que a mola, j&aacute; totalmente estendida, liberasse um gancho que permitisse a abertura do peito do le&atilde;o. Assim, os l&iacute;rios contidos nela teriam ca&iacute;do no ch&atilde;o, criando um tapete de flores para homenagear o rei.&rdquo;
Confira o v&iacute;deo sobre a recria&ccedil;&atilde;o do Le&atilde;o Mec&acirc;nico de Da Vinci (em italiano):
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/DWMpMIUSuiU?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>

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Dado como perdido, leão mecânico de Da Vinci é recriado

Imagem de Manuscrito Voynich: nem inteligência artificial consegue decifrá-lo no megacurioso

Mesmo com algoritmos treinados em inúmeros idiomas, a inteligência artificial não alcança a interligação entre contexto, tom e significado das palavras

Ao contr&aacute;rio do que muitos pensam, Wilfrid M. Voynich n&atilde;o &eacute; o autor do manuscrito de letras elegantes que leva o seu nome, e sim o livreiro que o comprou, em 1912. N&atilde;o se sabe&nbsp;ainda se o Manuscrito Voynich &eacute; um livro de bruxarias, receitas culin&aacute;rias ou um manual sobre ervas medicinais. Com desenhos bizarros&nbsp;de plantas,&nbsp;gr&aacute;vidas nuas banhando-se em l&iacute;quidos verdes e signos astrol&oacute;gicos,&nbsp;jamais ningu&eacute;m o decifrou &ndash; nem mesmo uma intelig&ecirc;ncia artificial. 
Quando esta &eacute;&nbsp;aplicada ao texto, a pesquisa geralmente &eacute; rejeitada logo depois por n&atilde;o fazer nenhum sentido (ou a intelig&ecirc;ncia artificial n&atilde;o &eacute; t&atilde;o inteligente como pens&aacute;vamos que era em tradu&ccedil;&atilde;o).
<figure class="image"><img alt="" height="960" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/19/19112614000187.jpg" width="640" /> <figcaption>Desenhos de ra&iacute;zes e plantas n&atilde;o identificadas enchem as p&aacute;ginas do manuscrito. (Fonte:&nbsp;Getty Imagens/Universal History Archive)</figcaption></figure>
Uma das &uacute;ltimas tentativas aconteceu em 2016, quando o professor de ci&ecirc;ncia da computa&ccedil;&atilde;o Greg Kondrak e o estudante Bradley Hauer, da Universidade de Alberta (Canad&aacute;) computaram o texto, mas somente alguns aspectos, como a frequ&ecirc;ncia com que as letras aparecem e quais combina&ccedil;&otilde;es s&atilde;o as mais frequentes. Em tese, eles poderiam comparar o manuscrito aos idiomas existentes e, assim, encontrar uma correspond&ecirc;ncia.
Como base, eles usaram a Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos, escrita em 380 idiomas. N&atilde;o foram usadas redes neurais ou aprendizado profundo; os algoritmos se baseavam na an&aacute;lise estat&iacute;stica das l&iacute;nguas modernas, o que j&aacute; se mostrou inusitado, j&aacute; que o manuscrito foi escrito no s&eacute;culo XV.&nbsp; 
<h2 style="margin-bottom: 13px;">O mist&eacute;rio permanece</h2>
Ao publicarem um artigo, a dupla divulgou ter descoberto que o idioma de origem do Manuscrito Voynich era hebraico, porteriormente codificado. Muita&nbsp;gente se perguntou como eles chegaram a essa conclus&atilde;o, j&aacute; que a&nbsp;IA n&atilde;o havia sido treinada para esse idioma em sua forma arcaica.
Mesmo que os algoritmos apontassem para um idioma, eles n&atilde;o puderam avaliar a probabilidade de cada correspond&ecirc;ncia. Isso significa que&nbsp;realmente n&atilde;o se sabe&nbsp;se o texto estava em hebraico. Kondrak e Hauer assumiram que o manuscrito era um anagrama, significando que as letras em cada palavra foram embaralhadas, o que permitiria maior liberdade na interpreta&ccedil;&atilde;o do texto &ndash; ou seja, ele pode ser um livro de bruxarias, receitas culin&aacute;rias ou um manual sobre ervas medicinais.
<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/19/19112940217189.jpg" width="960" /> <figcaption>Um operador de controle de qualidade da editora espanhola Siloe trabalha na reprodu&ccedil;&atilde;o do&nbsp;c&oacute;dice manuscrito em Burgos, Espanha. (Getty Images/Cesar Manso)</figcaption></figure>
Usar intelig&ecirc;ncia artificial para desvendar o mist&eacute;rio do&nbsp;Manuscrito Voynich&nbsp;&ndash; e ela falhar miseravelmente &ndash; levanta outra quest&atilde;o: a intelig&ecirc;ncia artificial tem dificuldade em entender completamente as complexidades da linguagem humana. Para o cientista-chefe da empresa sul-coreana de intelig&ecirc;ncia artificial Mind Ai, John Doe, h&aacute; uma grande diferen&ccedil;a entre o processamento de linguagem natural, um subconjunto de intelig&ecirc;ncia artificial e o que ele chama de &ldquo;linguagem natural do racioc&iacute;nio."
Segundo ele escreveu&nbsp;no Medium, o processamento da linguagem natural se baseia em treinar o computador para manipular a linguagem humana, e isso depende de algoritmos de aprendizado de m&aacute;quina e de redes neurais. Isso acontece, por exemplo, quando o usu&aacute;rio de celular conversa com a Alexa ou a Siri, ou quando ele aprende como terminar&nbsp;suas frases (como no Gmail). 
<figure class="image"><img alt="" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/19/19113906632192.jpg" width="960" /> <figcaption>O livreiro&nbsp;Wilfrid M. Voynich em sua loja no Soho, Nova York, por volta de 1899. (Fonte: Wikipedia Commons/Dom&iacute;nio p&uacute;blico)</figcaption></figure>
Mesmo sendo boa no que faz no dia a dia, para John Doe a IA &ldquo;jamais alcan&ccedil;ar&aacute; o dom&iacute;nio da linguagem, porque os algoritmos n&atilde;o sabem o que est&atilde;o fazendo". Ou seja, a IA precisaria ter intelig&ecirc;ncia humana genu&iacute;na para entender o contexto, o tom e o significado do que &eacute; dito. E isso inclui desvendar o mist&eacute;rio oculto nas p&aacute;ginas&nbsp;do Manuscrito Voynich.

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Manuscrito Voynich: nem inteligência artificial consegue decifrá-lo

Imagem de Nuvem com milhões de libélulas é captada por radar meteorológico no megacurioso

Insetos cobriram os estados de Ohio, Indiana e Pensilvânia no voo de migração de outono rumo ao sul dos EUA

Nuvens de gafanhotos comp&otilde;em a imagem b&iacute;blica de castigo e destrui&ccedil;&atilde;o. Em tempos modernos, nuvens de lib&eacute;lulas confundem radares meteorol&oacute;gicos e deixam pesquisadores se perguntando por que, sendo um animal que prefere viajar sozinha, as lib&eacute;lulas est&atilde;o se juntando em caravanas para cruzar os Estados Unidos.
Esta semana, em vez de mostrar as primeiras forma&ccedil;&otilde;es de chuvas de ver&atilde;o, os radares se encheram de manchas verdes &ndash; nuvens de lib&eacute;lulas migrando para o sul para fugir do outono que avan&ccedil;a no hemisf&eacute;rio norte. Na segunda-feira (16), o meteorologista do Servi&ccedil;o Nacional de Meteorologia de Cleveland (NWSCLE) Doug Kahn viu grandes massas azuladas se movendo e inchando sobre Ohio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/09/18/a-18202419999013.gif" alt="a" />
Aquelas bolhas ondulantes no radar n&atilde;o eram forma&ccedil;&otilde;es de tempestade e sim, de lib&eacute;lulas. No dia seguinte, o NWSCLE postou no Twitter imagens de radar mostrando nuvens&nbsp;pulsantes sobre Ohio, Indiana e Pensilv&acirc;nia.
<blockquote class="twitter-tweet">
While we are not biological experts, we have determined (through input from our followers) that it's most likely dragonflies mixed with other insects/birds! <a href="https://t.co/5MeJXj37zq">https://t.co/5MeJXj37zq</a>
&mdash; NWS Cleveland (@NWSCLE) <a href="https://twitter.com/NWSCLE/status/1171561708575289345?ref_src=twsrc%5Etfw">September 10, 2019</a></blockquote>
O radar de polariza&ccedil;&atilde;o dupla usado pela NWSCLE &eacute; capaz de fornecer uma imagem quase 3D do que quer que esteja na atmosfera. Para&nbsp; que isso aconte&ccedil;a, &eacute; feita uma varredura tanto horizontal quanto vertical no c&eacute;u. Isso determina as dimens&otilde;es do que est&aacute; no ar, permitindo que os meteorologistas descubram o que h&aacute; na atmosfera antes mesmo de ser vis&iacute;vel a olho nu. 
Segundo o professor de entomologia da Universidade Estadual de Ohio Norman Johnson disse &agrave; CNN, as lib&eacute;lulas geralmente n&atilde;o viajam em nuvens, mas as condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas locais podem fazer com que elas se amontoem.&nbsp;"Grandes aglomera&ccedil;&otilde;es foram registradas ao longo dos anos, mas n&atilde;o s&atilde;o regulares". De acordo com ele, os entomologistas ainda n&atilde;o sabem exatamente como se d&aacute; a migra&ccedil;&atilde;o das lib&eacute;lulas, al&eacute;m de que, usando correntes de ar, esses insetos cobrem uma m&eacute;dia de 13 quil&ocirc;metros por dia (alguns podem voar at&eacute; 86 quil&ocirc;metros).
<h2 style="margin-bottom: 13px;">Mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas podem mudar padr&otilde;es de imigra&ccedil;&atilde;o</h2>
Radares como os do NWSCLE s&atilde;o usados ??para rastrear migra&ccedil;&otilde;es sazonais de animais como abelhas, p&aacute;ssaros e moscas &ndash; todos os que usam o ar para se mover. E lib&eacute;lulas n&atilde;o s&atilde;o as &uacute;nicas a ocuparem os radares meteorol&oacute;gicos. Em junho, uma verdadeira tempestade de joaninhas inundou os c&eacute;us (e os radares) da Calif&oacute;rnia; na Inglaterra, um grupo de pesquisadores que acompanham a migra&ccedil;&atilde;o de insetos ao redor do mundo descobriu que, a cada ano, quatro bilh&otilde;es de moscas-de-flores migram&nbsp;para o sul da Inglaterra e para al&eacute;m da fronteira.
Apesar de parecerem assustadoras e de&nbsp;fazerem barulhinhos estranhos, lib&eacute;lulas s&atilde;o inofensivas. Entre outras particularidades, elas enxergam muito mais cores do que os seres humanos. Quer saber como elas veem o mundo? Confira o v&iacute;deo abaixo:
<iframe width="640" height="360" src="https://player.vimeo.com/video/140057053" frameborder="0" allow="autoplay; fullscreen" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<a href="https://vimeo.com/140057053">ITEOTA TEASER</a> from <a href="https://vimeo.com/marshmallowlaserfeast">Marshmallow Laser Feast</a> on <a href="https://vimeo.com">Vimeo</a>.

Julia Marinho