Imagem de Coisa do capeta! Foi assim que o cigarro se espalhou pelo mundo no megacurioso

Será que você está com o demônio no corpo? Em outros tempos, poderiam dizer que sim

Se voc&ecirc; n&atilde;o sabe, at&eacute; a famosa viagem de Crist&oacute;v&atilde;o Colombo que desembarcou no &ldquo;Novo Mundo&rdquo;, o ato de fumar n&atilde;o era conhecido pela maior parte da popula&ccedil;&atilde;o, pelo menos n&atilde;o em forma de cigarros com tabaco dentro. A descoberta das Am&eacute;ricas pelos europeus foi tamb&eacute;m a descoberta de um h&aacute;bito que se espalhou pelo mundo, mas que foi tido como coisa do capeta quando apareceu pela primeira vez.&nbsp;
&Eacute; verdade. A hist&oacute;ria conta que quando Rodrigo de Jerez, um dos marinheiros a bordo da nau Santa Maria em 1492, voltou para a sua terra natal, acharam que ele estava possu&iacute;do por dem&ocirc;nios. Isso porque nunca haviam visto um homem soltar fuma&ccedil;a pela boca e pelo nariz. E se havia algo a que voc&ecirc; n&atilde;o gostaria de estar relacionado naquela &eacute;poca, era qualquer coisa que pudesse ser considerada &ldquo;bruxaria&rdquo;.&nbsp;
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<h2>Por essa ele n&atilde;o esperava</h2>
Em pleno per&iacute;odo de Inquisi&ccedil;&atilde;o Espanhola, que come&ccedil;ou oficialmente em 1478, n&atilde;o deu outra: Rodrigo de Jerez foi condenado por seus atos &ldquo;pecaminosos e infernais&rdquo; a 7 anos de pris&atilde;o (naquele estilo masmorra de filme medieval). O ex-marinheiro n&atilde;o imaginava que aquele tabaco que ele havia aprendido a fumar com os &iacute;ndios americanos causaria tantos problemas, muito menos que havia tido sorte de pegar uma pena &ldquo;t&atilde;o leve&rdquo; em compara&ccedil;&atilde;o com o que viria em seguida.&nbsp;
Rodrigo de Jerez &eacute; considerado o primeiro fumante da Europa, sendo o ponto inicial de uma estat&iacute;stica que s&oacute; cresceu a partir dele. A cada viagem realizada para as Am&eacute;ricas, mais tabaco chegava ao continente europeu, e mais pessoas se rendiam ao h&aacute;bito de fumar, mesmo sendo ilegal. Para tentarem parar aquela &ldquo;invas&atilde;o demon&iacute;aca&rdquo; em forma de fuma&ccedil;a, alguns governantes come&ccedil;aram a aprovar diversas leis e puni&ccedil;&otilde;es para aqueles &ldquo;encostos&rdquo; todos.&nbsp;
Em 1601, o Rei Jaime I tentou alarmar a popula&ccedil;&atilde;o da Gr&atilde;-Bretanha atrav&eacute;s de panfletos escritos &agrave; pr&oacute;pria m&atilde;o que, al&eacute;m de ser consumido pelo pecado, o fumante estaria sendo consumido por uma s&eacute;rie de doen&ccedil;as (algumas delas que se provaram verdade com o tempo). N&atilde;o adiantou muito, e naquela altura o tabaco, que j&aacute; havia se diversificado para o campo medicinal em forma de rap&eacute;, estava nas narinas de cada vez mais gente.
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<h2>Neg&oacute;cios x empecilhos</h2>
Movido em boa parte pelo trabalho escravo, o com&eacute;rcio da planta j&aacute; era t&atilde;o lucrativo que uma rigorosa lei tarif&aacute;ria proposta pelo rei foi barrada pelo Parlamento, pois prejudicaria os neg&oacute;cios nas col&ocirc;nias brit&acirc;nicas. Eles n&atilde;o podiam perder uma fatia daquele mercado em expans&atilde;o global.&nbsp;
J&aacute; em outras regi&otilde;es, as medidas foram muito mais radicais. Em 1634, puni&ccedil;&otilde;es como chibatadas e cortes nas narinas come&ccedil;aram a ser aplicadas em fumantes de terras russas. Quatro anos depois, a pena de morte por decapita&ccedil;&atilde;o foi adotada por governantes chineses e, mais tarde, &ldquo;diversificada&rdquo; por otomanos.&nbsp;
No Imp&eacute;rio Otomano (onde hoje fica a Turquia), o Sult&atilde;o Murad IV possu&iacute;a um &oacute;dio pessoal e, literalmente, mortal contra quem fumava. Vivendo l&aacute; naquela &eacute;poca, a pessoa poderia ser condenada &agrave; morte por decapita&ccedil;&atilde;o, enforcamento ou at&eacute; mesmo pela priva&ccedil;&atilde;o de alimentos. Pois &eacute;, por acender um cigarro voc&ecirc; passaria fome at&eacute; morrer. Contam que ele, disfar&ccedil;ado, frequentava locais p&uacute;blicos para flagrar infratores da lei. Tudo isso porque certa vez uma suposta &ldquo;bituca&rdquo; causou um inc&ecirc;ndio na sua casa.&nbsp;
Mas nem toda essa matan&ccedil;a, muito menos a excomunh&atilde;o de cat&oacute;licos fumantes proposta pelo Papa Urbano VIII em 1642, foi capaz de parar o consumo do tabaco. Com o tempo, algumas na&ccedil;&otilde;es passaram a ser governadas por pessoas que, j&aacute; fumantes ou n&atilde;o, sabiam do potencial de explora&ccedil;&atilde;o daquele mercado.
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<h2>O tabaco hoje</h2>
Atualmente, mesmo com campanhas e estudos que alertam sobre os males relacionados ao fumo, cerca de 6 trilh&otilde;es de cigarros s&atilde;o produzidos por ano, movimentando centenas de bilh&otilde;es de d&oacute;lares e enriquecendo uma ind&uacute;stria que se estabeleceu entre as mais poderosas do planeta. E tudo come&ccedil;ou com a ousadia de Rodrigo de Jerez.&nbsp;
De acordo com o julgamento dado ao marinheiro de Crist&oacute;v&atilde;o Colombo, cerca de 20% da popula&ccedil;&atilde;o mundial est&aacute; com o capeta no corpo neste momento. Voc&ecirc; &eacute; um deles? ;P&nbsp;

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Coisa do capeta! Foi assim que o cigarro se espalhou pelo mundo

Imagem de Por que os EUA explodiram bombas na Lua durante o programa Apollo?  no megacurioso

As missões da NASA fizeram muito mais do que apenas caminhar no nosso satélite natural 

Entre 1961 e 1972, os Estados Unidos colocaram em a&ccedil;&atilde;o o programa Apollo, respons&aacute;vel por levar o homem &agrave; Lua pela primeira vez na hist&oacute;ria. Mas os astronautas da NASA n&atilde;o viajaram at&eacute; l&aacute; apenas para deixar algumas pegadas e cravar uma bandeira no solo cinzento lunar. Dentro do plano que ficou famoso por &ldquo;ser um grande salto para a humanidade&rdquo;, at&eacute; bombas foram detonadas no nosso &uacute;nico sat&eacute;lite natural.&nbsp;
No meio de uma intensa corrida espacial contra os sovi&eacute;ticos, que j&aacute; haviam colocado o primeiro sat&eacute;lite, o primeiro cachorro (saudades, Laika) e o primeiro homem em &oacute;rbita, voc&ecirc; deve estar pensando que essas bombas norte-americanas tinham objetivos militares. Pensou errado, pelo menos de acordo com a vers&atilde;o oficial da hist&oacute;ria.
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Uma &aacute;rea do conhecimento sobre a qual a humanidade ainda tem muito a aprender &eacute; a que envolve o interior dos planetas, estrelas e outros astros. Se nem em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; Terra temos todos os dados necess&aacute;rios para entender exatamente o que se passa abaixo dos nossos p&eacute;s, imagine em rela&ccedil;&atilde;o aos demais corpos celestes. Esse foi o objetivo das bombas: extrair informa&ccedil;&otilde;es sobre a geologia lunar.&nbsp;
Agora, por que explodir bombas poderia ajudar nisso? Acontece que muito do que sabemos em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s camadas da Terra (crosta, manto e n&uacute;cleo) se deve &agrave;s atividades s&iacute;smicas do planeta, tanto as naturais como as provocadas intencionalmente pelo homem. Medindo a velocidade de propaga&ccedil;&atilde;o das ondas s&iacute;smicas, podemos determinar por quais tipos de materiais e estruturas elas est&atilde;o viajando.&nbsp;
Como, diferente do nosso planeta, a Lua &eacute; um objeto de pouqu&iacute;ssima atividade s&iacute;smica natural, foi necess&aacute;rio causar alguns estragos por l&aacute; em busca de informa&ccedil;&otilde;es mais detalhadas do que as fornecidas pelos impactos gerados por meteoritos, por exemplo. Por isso, entre as miss&otilde;es 14 e 17 da Apollo, explosivos foram levados para diferentes tipos de testes.&nbsp;
Primeiro, uma s&eacute;rie de bombas foi instalada na superf&iacute;cie lunar para produzir pequenas explos&otilde;es em sequ&ecirc;ncia. Ao todo, foram 19 detona&ccedil;&otilde;es que ajudaram a mapear o subsolo da regi&atilde;o pr&oacute;xima ao local de pouso do m&oacute;dulo lunar. Depois, com a necessidade de causar ondas s&iacute;smicas mais intensas, miss&otilde;es utilizaram morteiros lan&ccedil;adores de granadas com cerca de 1 kg de material explosivo. Por fim, bombas foram instaladas em regi&otilde;es mais distantes da base com a ajuda do ve&iacute;culo lunar projetado na &eacute;poca, o LRV (Lunar Roving Vehicle).&nbsp;
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E se voc&ecirc; est&aacute; se lembrando do Bruce Willis detonando bombas no meteoro de "Armageddon", saiba que a situa&ccedil;&atilde;o foi bem diferente na vida real, e todas as explos&otilde;es foram iniciadas atrav&eacute;s de controles remotos ou&nbsp;timers. Ningu&eacute;m precisou deixar a pr&oacute;pria filha se casar com o Ben Affleck nesse caso.&nbsp;
No final, os experimentos revelaram que os bilh&otilde;es de anos de bombardeamentos naturais sobre o solo lunar deixaram nosso sat&eacute;lite com uma camada de rochas despeda&ccedil;adas com espessura de algumas centenas de metros, muito al&eacute;m do que era imaginado na &eacute;poca. Al&eacute;m disso, descobriu-se que existe uma camada de cerca de 1,5 km formada por basalto, um material de origem vulc&acirc;nica.
Como ap&oacute;s o t&eacute;rmino do programa Apollo o homem nunca mais voltou a pisar na Lua, boa parte do que conhecemos sobre o subsolo lunar se deve a essas explos&otilde;es que voc&ecirc; acabou de conhecer. Agora vale ficar atento aos avan&ccedil;os da China, &uacute;nica na&ccedil;&atilde;o com miss&otilde;es em andamento por l&aacute;.&nbsp;
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Por que os EUA explodiram bombas na Lua durante o programa Apollo? 

Imagem de Álcool ou maconha? Qual o maior vilão para o cérebro?  no megacurioso

Um debate que ainda tem muito para queimar 

Proibida no Brasil e em grande parte do planeta, a maconha &eacute; normalmente classificada como droga, enquanto o &aacute;lcool, legalizado em todo o mundo (com exce&ccedil;&atilde;o de alguns pa&iacute;ses de maioria mu&ccedil;ulmana), normalmente recebe um tratamento mais &ldquo;generoso&rdquo;, praticamente em uma categoria pr&oacute;pria, quando o assunto s&atilde;o as subst&acirc;ncias &ldquo;vil&atilde;s&rdquo; da nossa sociedade. Mas ser&aacute; que para o nosso c&eacute;rebro o jeito que olhamos para elas faz sentido?&nbsp;
N&atilde;o vamos entrar nos fatores hist&oacute;ricos que ajudaram a construir as imagens do &aacute;lcool e da maconha at&eacute; os dias atuais, vamos falar sobre o que a ci&ecirc;ncia vem descobrindo em rela&ccedil;&atilde;o aos efeitos do uso de ambas para o nosso c&eacute;rebro. E a verdade &eacute; que, seja cacha&ccedil;a, cerveja, whisky, vodka, vinho ou qualquer outra das incont&aacute;veis bebidas inventadas no mundo, se tiver &aacute;lcool sua cabe&ccedil;a n&atilde;o vai gostar.
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E olha que nem estou falando da cl&aacute;ssica enxaqueca que vem com aquela ressaca, pois essa a&iacute; &eacute; f&aacute;cil de resolver (beba sempre mais &aacute;gua!); a quest&atilde;o est&aacute; nos estragos que v&atilde;o durar muito mais tempo. De acordo com um estudo liderado pelo professor de psicologia e neuroci&ecirc;ncia Kent Hutchison, da Universidade do Colorado (EUA), o consumo excessivo de &aacute;lcool est&aacute; ligado &agrave; diminui&ccedil;&atilde;o de massa encef&aacute;lica.&nbsp;
A pesquisa, que analisou 850 adultos de at&eacute; 55 anos e 440 adolescentes a partir dos 14, mostrou que a mat&eacute;ria cinzenta, lar dos neur&ocirc;nios, sofre perdas significativas em usu&aacute;rios frequentes de bebidas alco&oacute;licas. No caso dos mais velhos, a massa branca, onde muitas conex&otilde;es nervosas s&atilde;o realizadas, tamb&eacute;m &eacute; afetada. Acrescentando mais uma cor nesse desenho, o verdinho n&atilde;o resultou em danos nas regi&otilde;es das pessoas observadas.
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O estudo durou apenas 30 dias, por isso est&aacute; longe de ser conclusivo em rela&ccedil;&atilde;o aos efeitos em longo prazo do consumo da maconha, mas foi suficiente para colocar mais uma vez em evid&ecirc;ncia o poder destrutivo do &aacute;lcool nas nossas c&eacute;lulas cerebrais. Afinal, &aacute;lcool &eacute; etanol, etanol &eacute; uma neurotoxina, e neurotoxinas fazem estragos no sistema nervoso. &Eacute; assim que funciona.&nbsp;
J&aacute; o debate em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s subst&acirc;ncias presentes na erva criminalizada parece estar longe de uma conclus&atilde;o. Enquanto pesquisas feitas em animais relacionam alguns canabinoides (compostos qu&iacute;micos produzidos na&nbsp;cannabis) a um efeito protetor sobre tecidos neurais, outras tamb&eacute;m mostram uma maior propens&atilde;o de desenvolvimento de problemas psiqui&aacute;tricos em usu&aacute;rios de longa data.&nbsp;
Enquanto faltam recursos para pesquisas que coloquem resultados conclusivos na mesa, bilh&otilde;es de d&oacute;lares passam de m&atilde;o em m&atilde;o, de pa&iacute;s em pa&iacute;s, pelos gigantescos mercados legais e ilegais do &aacute;lcool e da maconha espalhados pelo mundo.&nbsp;

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Álcool ou maconha: qual é o maior vilão para o cérebro? 

Imagem de Que tiro foi esse? O que está por trás do pum que você solta (ou segura)  no megacurioso

Todo mundo solta pum, mas você sabe o porquê? Conheça 12 fatos curiosos sobre os gases que saem do seu, do meu, do nosso corpo

Em um mundo com mais de 7 bilh&otilde;es de pessoas, n&atilde;o faltam coisas que diferenciem cada indiv&iacute;duo, mas independentemente de quem voc&ecirc; seja, uma verdade &eacute; universal: todos soltam pum. Chame-os como quiser: gases, flatul&ecirc;ncias, puns, peidos, traques, bombas, n&atilde;o importa... Eles s&atilde;o produzidos por voc&ecirc;, pela sua m&atilde;e, pela sua v&oacute;, pelo seu vizinho, por mim e at&eacute; pelo Papa e pela Rainha da Inglaterra.&nbsp;
J&aacute; que o assunto &eacute; de interesse geral n&atilde;o s&oacute; da na&ccedil;&atilde;o, mas tamb&eacute;m de todo esse mund&atilde;o, vamos entender um pouco mais sobre esses gases misteriosos que voc&ecirc; coloca na atmosfera. Ent&atilde;o segure esses 12 fatos curiosos que eu vou soltar:&nbsp;
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<h2>1. 99% anjo, perfeito. Mas aquele 1% &eacute; vagabundo</h2>
N&atilde;o &eacute; &agrave; toa que as pessoas falam em &ldquo;soltar gases&rdquo;. Apesar de muita gente achar que o metano &eacute; o principal qu&iacute;mico dos puns, a verdade &eacute; que eles s&atilde;o constitu&iacute;dos por uma grande mistura gasosa que acontece dentro do corpo humano. Normalmente, cada peido que voc&ecirc; solta possui 59% de nitrog&ecirc;nio, 21% de hidrog&ecirc;nio, 9% de di&oacute;xido de carbono, 7% de metano e 4% de oxig&ecirc;nio. Alguns outros gases, como o sulfeto de hidrog&ecirc;nio e o enxofre, tamb&eacute;m podem aparecer nessa conta e, mesmo em quantidades abaixo de 1%, s&atilde;o os verdadeiros respons&aacute;veis por causar estragos &agrave;s narinas alheias.&nbsp;
Esse caldeir&atilde;o de gases &eacute; formado por ingredientes como o ar que voc&ecirc; engole ao comer ou beber alguma coisa, alguns gases que se infiltram no intestino vindos da corrente sangu&iacute;nea e, claro, as rea&ccedil;&otilde;es qu&iacute;micas causadas pelo nosso sistema digestivo e pelas bact&eacute;rias que vivem nele. Todo esse ar&nbsp;se encontra preso dentro de voc&ecirc; e, como um s&oacute; ser, segue rumo &agrave; luz no fim do t&uacute;nel em busca de liberdade.&nbsp;
<h2>2. Voc&ecirc; &eacute; o que voc&ecirc; come</h2>
Se o seu pum &eacute; fedido, a culpa &eacute; somente sua, afinal aquela &eacute; uma cria&ccedil;&atilde;o original do seu corpo. Aqui, tudo &eacute; uma quest&atilde;o de alimenta&ccedil;&atilde;o. Se a sua dieta &eacute; rica em alimentos que cont&ecirc;m enxofre, como feij&atilde;o, repolho, alho, leite, queijo, batata-doce e refrigerantes, por exemplo, tenha certeza que uma poderosa arma qu&iacute;mica ser&aacute; produzida dentro de voc&ecirc;.&nbsp;
<h2>3. Quantos puns voc&ecirc; j&aacute; soltou hoje?</h2>
Voc&ecirc; pode at&eacute; falar que n&atilde;o solta pum, mas c&aacute; entre n&oacute;s: isso &eacute; uma grande mentira. Em m&eacute;dia, cada pessoa produz cerca de meio litro de gases por dia, o que significa mais ou menos 14 libera&ccedil;&otilde;es. Eu disse &ldquo;em m&eacute;dia&rdquo;, porque todo mundo tem pelo menos um amigo peidorreiro raiz, aquele verdadeiro mestre dos ventos que mais parece um trator no ponto morto.&nbsp;
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<h2>4. Do seu corpo para o mundo a 11 km/h</h2>
A velocidade de sa&iacute;da e a dissipa&ccedil;&atilde;o do pum na atmosfera podem variar de acordo com as condi&ccedil;&otilde;es do tempo, do espa&ccedil;o e tamb&eacute;m da for&ccedil;a que voc&ecirc; colocou para liberar seu filho gasoso. Em &ldquo;condi&ccedil;&otilde;es ideais de temperatura e press&atilde;o&rdquo;, o pum ganha liberdade a 11 km/h e permanece percept&iacute;vel ao olfato por cerca de 10 a 15 segundos.&nbsp;
<h2>5. O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de adverte: segurar faz mal</h2>
Voc&ecirc; segura peido? Ent&atilde;o segura esse: n&atilde;o faz bem. Apesar de n&atilde;o haver um grande estudo a respeito da situa&ccedil;&atilde;o, a maioria dos m&eacute;dicos n&atilde;o aconselha prender os gases por muito tempo. Eles fazem parte de um processo natural do corpo humano e chegaram ali na sua portinha ansiosos para se juntarem aos outros gases da nossa atmosfera. Caso voc&ecirc; opte por deix&aacute;-los presos por muito tempo, provavelmente come&ccedil;ar&aacute; a sentir algumas dores na regi&atilde;o abdominal e, em casos graves, poder&aacute; provocar problemas como hemorroidas ou distens&otilde;es intestinais.&nbsp;
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<h2>6. Em algumas culturas, o peido &eacute; respeito</h2>
Aqui no Brasil e na maioria dos pa&iacute;ses de cultura ocidental, soltar pum chega quase a ser um tabu. No m&iacute;nimo, &eacute; falta de educa&ccedil;&atilde;o. Mas em outras partes do mundo ele &eacute; tratado com mais considera&ccedil;&atilde;o. Se voc&ecirc; estiver na China, por exemplo, com certeza ouvir&aacute; alguns barulhos estranhos pelas ruas ou at&eacute; mesmo vindos da mesa vizinha no restaurante. Por l&aacute;, as pessoas n&atilde;o ligam muito para isso&nbsp;&mdash; puns e arrotos s&atilde;o normais e podem at&eacute; sinalizar satisfa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
<h2>7. Cuidado! Subst&acirc;ncia inflam&aacute;vel</h2>
Quem nunca viu aquele lan&ccedil;a-chamas provocado pela buzanfa alheia, n&eacute;? Essa brincadeira pode ser vista ao vivo em algumas festinhas com amigos que j&aacute; perderam a linha ou em milhares de v&iacute;deos na internet. A ideia &eacute; simples: seu corpo oferece um composto inflam&aacute;vel formado pela uni&atilde;o do metano com o hidrog&ecirc;nio, e algum amiguinho acende um isqueiro. Acho que n&atilde;o preciso explicar com mais detalhes essa engenharia, n&eacute;? Aten&ccedil;&atilde;o para n&atilde;o causar um inc&ecirc;ndio ou, no m&iacute;nimo, estragar uma cal&ccedil;a.&nbsp;
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<h2>8. O poderoso pum do cupim</h2>
Quem tem casa provavelmente sabe como cupim &eacute; uma praga. Esses min&uacute;sculos insetos possuem um apetite voraz e, n&atilde;o contentes em comer toda a madeira que veem pela frente, ainda saem peidando para todo lado. De acordo com estudos, a popula&ccedil;&atilde;o mundial de cupins &eacute; respons&aacute;vel pela libera&ccedil;&atilde;o de at&eacute; 22 teragramas de metano na atmosfera por ano, sendo a segunda esp&eacute;cie animal a mais contribuir para o efeito estufa. A primeira &eacute; a popula&ccedil;&atilde;o de ruminantes liderada pelo gado.&nbsp;
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<h2>9. Voc&ecirc; n&atilde;o sabe, mas seu pum pode ser son&acirc;mbulo</h2>
Se voc&ecirc; &eacute; do tipo que segura peido o dia inteiro, saiba que estar&aacute; apenas alimentando uma vingan&ccedil;a que vir&aacute; quando voc&ecirc; menos espera: durante o sono. N&atilde;o soltar o pum exige certa for&ccedil;a muscular, portanto a hora que voc&ecirc; relaxar profundamente ser&aacute; a hora da rebeli&atilde;o. Se voc&ecirc; dorme ao lado de outra pessoa e tem vergonha de soltar pum na frente dela, saiba que provavelmente ela j&aacute; ouviu v&aacute;rios durante a madrugada. Tem at&eacute; quem acorde assustado quando isso acontece. &Eacute; o que dizem por a&iacute;...&nbsp;
<h2>10. Nem a morte te separa dos seus gases</h2>
Pois &eacute;, nem depois de morto voc&ecirc; se livra de peidar. Normalmente, o corpo humano continua liberando gases at&eacute; 3 horas depois da sua partida. Dependendo de como for, voc&ecirc; pode at&eacute; dar umas risadas do al&eacute;m observando o sofrimento nasal de quem est&aacute; por perto do seu antigo corpo.&nbsp;
<h2>11. Ninja ou terrorista?&nbsp;</h2>
Com o passar do tempo, todos acabam desenvolvendo &ldquo;habilidades&rdquo; para saber se o pum que est&aacute; vindo sair&aacute; discretamente, impercept&iacute;vel, de maneira&nbsp;stealth, ou se causar&aacute; tremores poss&iacute;veis de serem medidos pela escala Richter. Anatomicamente, o som &eacute; causado pelas vibra&ccedil;&otilde;es das paredes do final do seu aparelho digestivo, o famoso reto, e pela press&atilde;o de ar acumulada por ali.&nbsp;
<h2>12. Se nada der certo, seu pum pode ser seu ganha-p&atilde;o</h2>
Se voc&ecirc; n&atilde;o encontra um caminho profissional satisfat&oacute;rio para trilhar e tem a mente aberta em rela&ccedil;&atilde;o ao mundo dos gases, talvez possa ganhar dinheiro sendo um baita de um peidorreiro mesmo. Foi isso que o brit&acirc;nico Paul Oldfield fez. Mas, por favor, pode cham&aacute;-lo de Sr. Metano (Mr. Methane, em ingl&ecirc;s); afinal, ele &eacute; um &ldquo;flatulista profissional&rdquo;, como gosta de ser classificado. E se voc&ecirc; est&aacute; se perguntando sobre onde esse tipo de performance musical pode ser vista, saiba que ele j&aacute; se apresentou at&eacute; mesmo no programa &ldquo;Britain&rsquo;s Got Talent&rdquo;. E voc&ecirc; a&iacute; com vergonhinha...&nbsp;
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Que tiro foi esse? O que está por trás do pum que você solta (ou segura) 

Imagem de Cientistas criaram um híbrido entre homem e ovelha: o que isso significa? no megacurioso

A ideia (ainda) não é criar seres com corpo de homem e cabeça de ovelha, mas pode salvar muitas vidas

Quando algu&eacute;m fala sobre seres h&iacute;bridos envolvendo o homem e algum animal, logo pensamos em seres mitol&oacute;gicos como o minotauro, o centauro, a esfinge ou a medusa. Mas na vida real a hist&oacute;ria &eacute; bem diferente. Nos &uacute;ltimos dias, cientistas da Universidade de Stanford (EUA) anunciaram a cria&ccedil;&atilde;o de embri&otilde;es envolvendo homens e ovelhas; mas fique tranquilo, voc&ecirc; n&atilde;o ver&aacute; pessoas falando &ldquo;m&eacute;&eacute;&eacute;&eacute;&rdquo; t&atilde;o cedo, pois n&atilde;o &eacute; essa a ideia da pesquisa.&nbsp;
Eles injetaram c&eacute;lulas-tronco humanas dentro de embri&otilde;es de ovelhas com o objetivo de estudar o seu desenvolvimento. Apesar de parecer algo bizarro, quase assustador, nenhum ser com corpo de homem e cabe&ccedil;a de ovelha poderia nascer do experimento. A propor&ccedil;&atilde;o celular dos embri&otilde;es foi de 99,99% ovelha e apenas 0,01% humano, ou seja, a cada 10 mil c&eacute;lulas do h&iacute;brido, apenas uma era igual a uma minha ou sua.&nbsp;
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O plano &eacute; que, no futuro, &oacute;rg&atilde;os humanos possam ser desenvolvidos em outras esp&eacute;cies, como nas ovelhas, por exemplo, para serem transplantados em homens e mulheres que tenham alguma necessidade. Recentemente, uma pesquisa semelhante realizada utilizando embri&otilde;es de porcos com o acr&eacute;scimo de material humano se mostrou bastante positiva em rela&ccedil;&atilde;o ao objetivo de suprir a demanda de &oacute;rg&atilde;os saud&aacute;veis para transplante.&nbsp;
&ldquo;Hoje em dia, mesmo nos casos das melhores compatibilidades poss&iacute;veis, com exce&ccedil;&atilde;o de g&ecirc;meos id&ecirc;nticos, os &oacute;rg&atilde;os transplantados n&atilde;o resistem por muito tempo. O sistema imunol&oacute;gico do paciente transplantado continua atacando a introdu&ccedil;&atilde;o do novo &oacute;rg&atilde;o&rdquo;, comentou o bi&oacute;logo Pablo Ross, da Universidade da Calif&oacute;rnia.&nbsp;
Apesar de o experimento contar com uma pequena parcela de conte&uacute;do org&acirc;nico humano, os pesquisadores acreditam que a quantidade seja suficiente para o desenvolvimento de &oacute;rg&atilde;os saud&aacute;veis, mas ao mesmo tempo tamb&eacute;m &eacute; o suficiente para levantar questionamentos &eacute;ticos e morais no mundo da medicina.&nbsp;
&ldquo;Eu tamb&eacute;m tenho preocupa&ccedil;&otilde;es. Vamos imaginar que os estudos indiquem que as c&eacute;lulas humanas se deslocaram para o c&eacute;rebro do novo ser, a&iacute; talvez n&oacute;s nunca poder&iacute;amos seguir em frente com esta pesquisa. H&aacute; muita controv&eacute;rsia em rela&ccedil;&atilde;o ao tema, mas temos que explorar as mais diversas alternativas para oferecer esperan&ccedil;a &agrave;s pessoas que est&atilde;o na fila de espera por &oacute;rg&atilde;os compat&iacute;veis&rdquo;, completou Ross.&nbsp;
Nos Estados Unidos, a lista de espera por &oacute;rg&atilde;os saud&aacute;veis recebe um novo membro a cada 10 minutos, e a maioria deles nunca ter&aacute; a chance de receber um transplante. Para voc&ecirc;, at&eacute; onde alguns valores &eacute;ticos devem ser levados em considera&ccedil;&atilde;o quando o objetivo s&atilde;o avan&ccedil;os m&eacute;dicos que podem salvar milhares de vidas?
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Cientistas criaram um híbrido entre homem e ovelha: o que isso significa?

Imagem de Satanistas? Canibais? Um dia foi normal encadernar livros com pele humana no megacurioso

Entre os séculos XVI e XIX, chegou a ser “moda” possuir objetos feitos de restos mortais humanos, e muitos deles eram livros

Livros com capas de couro s&atilde;o cada vez mais raros hoje em dia, mas houve uma &eacute;poca em que isso era padr&atilde;o, e at&eacute; o couro de seres humanos era utilizado para essa fun&ccedil;&atilde;o. Entre os s&eacute;culos XVI e XIX, a pr&aacute;tica foi bastante difundida pela Europa e at&eacute; recebeu um nome pomposo para identific&aacute;-la: Bibliopegia Antropod&eacute;rmica.
Algumas dezenas dessas pe&ccedil;as consideradas macabras nos dias atuais ainda fazem parte de museus, galerias e cole&ccedil;&otilde;es particulares, e um outro padr&atilde;o pode ser observado nelas: normalmente, o conte&uacute;do do livro &eacute; relacionado justamente com a pessoa que forneceu a mat&eacute;ria-prima.&nbsp; &nbsp;
Alguns dos casos mais famosos de bibliopegia antropod&eacute;rmica pertencem &agrave;s &aacute;reas m&eacute;dica e policial. Um exemplo do primeiro caso &eacute; o do Dr. John Stockton Hugh, que coletou a pele da coxa de Mary Lynch, uma de suas pacientes que morreu devido a um poderoso parasita, para encadernar seu livro sobre sa&uacute;de feminina e funcionamento dos aparelhos reprodutivos. Ningu&eacute;m sabe ao certo os reais motivos dessa bizarra encaderna&ccedil;&atilde;o, mas alguns acreditam que seja uma esp&eacute;cie de "homenagem" ou "imortaliza&ccedil;&atilde;o" da pessoa falecida.
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Na &aacute;rea criminal, os exemplos s&atilde;o ainda mais numerosos, e alguns deles bem bizarros. Um dos casos mais conhecidos foi o de William Burke, condenado &agrave; forca por assassinar 16 pessoas e depois vender seus corpos para pesquisas m&eacute;dicas. Seu corpo foi dissecado publicamente, e sua pele serviu de capa para livros de bolso para m&eacute;dicos.
Outro caso &eacute; o de John Horwood, um ingl&ecirc;s de 18 anos condenado &agrave; morte pelo assassinato da jovem Eliza Balsum. Um livro sobre a hist&oacute;ria do crime foi escrito e encadernado com a pele de quem? Dele mesmo: Horwood. Mas o mais inusitado &eacute; um livro de erotismo franc&ecirc;s, que foi produzido a partir da pele dos seios de uma mulher. Como se isso j&aacute; n&atilde;o bastasse, os autores fizeram quest&atilde;o de um detalhe a mais&nbsp;&mdash; um dos mamilos foi colocado na capa!
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Bom, depois dessa, agrade&ccedil;a pelo surgimento de novos conceitos &eacute;ticos e de valoriza&ccedil;&atilde;o do ser humano como indiv&iacute;duo que botaram um ponto-final nessa pr&aacute;tica que hoje em dia seria considerada, no m&iacute;nimo, satanista.

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Satanistas? Canibais? Um dia foi normal encadernar livros com pele humana

Imagem de Por que o logo das Olimpíadas tem cinco aros coloridos? no megacurioso

A bandeira olímpica é um dos símbolos mais famosos do mundo, mas você já parou para se perguntar o que ela significa?

A cada 4 anos, os melhores atletas do mundo se re&uacute;nem para o maior evento esportivo do planeta: os Jogos Ol&iacute;mpicos. A competi&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de contar com os maiores s&iacute;mbolos do esporte, &eacute; repleta de simbolismos, como o fogo da tocha ol&iacute;mpica, a maratona que relembra um antigo caminho grego e, claro, sua marcante bandeira.
As cinco argolas entrela&ccedil;adas, uma de cada cor (azul, amarelo, preto, verde e vermelho) sobre o fundo branco representam um dos logos mais famosos do mundo. &Eacute; s&oacute; bater o olho que voc&ecirc; sabe exatamente que o assunto &eacute; Olimp&iacute;ada. Mas exatamente por que s&atilde;o cinco aros, e n&atilde;o seis, ou sete? E por que as cores n&atilde;o s&atilde;o roxo, laranja, rosa, cinza e marrom, por exemplo?
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A hist&oacute;ria explica. As Olimp&iacute;adas modernas foram idealizadas pelo franc&ecirc;s Pierre de Coubertin no final do s&eacute;culo XIX com o intuito de resgatar as m&iacute;ticas competi&ccedil;&otilde;es disputadas na Gr&eacute;cia Antiga. Ele queria que um grande evento esportivo voltasse a ser realizado periodicamente, mas envolvendo todos os pa&iacute;ses do mundo.
Para transformar seu sonho em realidade, Coubertin organizou um congresso em Paris, em 1894, que viria a se transformar no Comit&ecirc; Ol&iacute;mpico Internacional (COI) que existe at&eacute; hoje. Dois anos mais tarde, a primeira Olimp&iacute;ada moderna reuniu 241 atletas de 14 na&ccedil;&otilde;es na cidade de Atenas. Mas a competi&ccedil;&atilde;o ainda precisava de uma identidade.
Em 1913, Pierre de Coubertin apresentou um esbo&ccedil;o de desenho que se transformaria em um dos logos mais famosos do mundo: os cinco aros ol&iacute;mpicos. Segundo o criador, cada aro representaria um continente da Terra, considerando Am&eacute;rica, Europa, &Aacute;frica, &Aacute;sia e Oceania, e seriam todos entrela&ccedil;ados para refor&ccedil;ar o esp&iacute;rito ol&iacute;mpico de irmandade e lealdade que o evento buscava.
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Quanto &agrave;s cores? Bom, naquela &eacute;poca apenas Su&eacute;cia, Gr&eacute;cia, Fran&ccedil;a, Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, B&eacute;lgica, It&aacute;lia, Hungria, Espanha, Jap&atilde;o, China, Austr&aacute;lia e o Brasil faziam parte do COI, e pelo menos uma das cores das bandeiras de cada pa&iacute;s poderia ser representada por azul, amarelo, preto, verde, vermelho e o branco. &ldquo;Um verdadeiro emblema internacional&rdquo;, segundo as palavras de Coubertin.
Em 1920, na Antu&eacute;rpia (B&eacute;lgica), o s&iacute;mbolo foi utilizado oficialmente pela primeira vez para nunca mais deixar de ser hasteado na cidade-sede que recebe povos de todas as partes do mundo para a grande celebra&ccedil;&atilde;o dos Jogos Ol&iacute;mpicos.
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Por que o logo das Olimpíadas tem cinco aros coloridos?

Imagem de Planeta dos Emus? Na Austrália já houve uma guerra entre homens e aves no megacurioso

Se você pensa que só no cinema as batalhas entre espécies são possíveis, é porque não conhece a bizarra história da Guerra aos Emus

A Primeira e a Segunda Guerra Mundial s&atilde;o dois dos epis&oacute;dios mais estudados da hist&oacute;ria da humanidade, mas o que pouca gente sabe &eacute; que entre esses dois eventos desastrosos outra guerra foi travada: a dos homens contra um &ldquo;ex&eacute;rcito&rdquo; inusitado, o dos emus.
O ano era 1932 e o local, a Austr&aacute;lia, terra de animais selvagens ex&oacute;ticos que se dividem entre os considerados fofos e bonitinhos, como os coalas ou os cangurus, e outros tantos que metem medo na maioria das pessoas, como crocodilos, cobras, aranhas e outros insetos gigantes. O emu &eacute; um desses animais que s&oacute; existem por l&aacute; e, assim como em outras guerras do mundo, foi uma disputa territorial que deu in&iacute;cio ao inacredit&aacute;vel conflito.
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A regi&atilde;o vivia um per&iacute;odo de seca, e os emus, em pleno per&iacute;odo de acasalamento, precisavam de terras mais f&eacute;rteis e com abund&acirc;ncia de &aacute;gua. Nessa busca, um bando de cerca de 20 mil emus encontrou no distrito de Campion, na Austr&aacute;lia Ocidental, o local ideal para seguir com o processo reprodutivo. O problema &eacute; que esse &ldquo;para&iacute;so&rdquo; era formado por grandes planta&ccedil;&otilde;es de fazendeiros que haviam sido incentivados pelo governo a expandir seus neg&oacute;cios ap&oacute;s a Grande Depress&atilde;o de 1929.
Como voc&ecirc; pode imaginar, n&atilde;o demorou muito para que a rela&ccedil;&atilde;o entre homens e emus virasse um inferno. Com at&eacute; 2 metros de altura (quase tudo de perna), um emu adulto pode correr a 50 km/h. Ou seja, cerc&aacute;-los &eacute; uma tarefa praticamente imposs&iacute;vel. O uso de veneno e armadilhas n&atilde;o surtia grande efeito, e as planta&ccedil;&otilde;es eram devoradas pelas aves antes mesmo que a colheita pudesse ser feita. Era hora de declarar guerra.
Grupos de soldados que viviam na regi&atilde;o e haviam servido na Primeira Guerra Mundial se encontraram com o Ministro da Defesa australiano e tiveram o pedido de ajuda aceito: voltaram para casa munidos de metralhadoras e com a certeza da vit&oacute;ria. Para se ter ideia, at&eacute; uma produ&ccedil;&atilde;o cinematogr&aacute;fica estava prevista para mostrar &agrave; popula&ccedil;&atilde;o o sucesso do ex&eacute;rcito naquela miss&atilde;o.
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Acontece que atingir os emus n&atilde;o era nada f&aacute;cil: primeiro pela velocidade das aves, que desviavam das balas e se distanciavam dos tiros com certa facilidade, segundo pela qualidade das armas, que n&atilde;o tinham grande alcance e emperravam com frequ&ecirc;ncia.
Na &eacute;poca, at&eacute; o major encarregado da miss&atilde;o se rendeu &agrave;s &ldquo;t&aacute;ticas de guerrilha&rdquo; dos emus. &ldquo;Se n&oacute;s tiv&eacute;ssemos uma divis&atilde;o com capacidade para aguentar uma artilharia como esses p&aacute;ssaros, poder&iacute;amos combater qualquer ex&eacute;rcito do mundo. Eles enfrentam nossas metralhadoras com a invulnerabilidade de um tanque&rdquo;, declarou na &eacute;poca.
Ap&oacute;s mais de 1 m&ecirc;s de &ldquo;batalhas&rdquo; e quase 10 mil balas disparadas, a investida do ex&eacute;rcito foi cancelada. De acordo com os documentos oficiais, 986 emus foram mortos e outros 2,5 mil tiveram ferimentos que levaram &agrave; morte. O lado australiano, claro, n&atilde;o teve baixas.
Ap&oacute;s o fracasso na &ldquo;guerra&rdquo;, uma s&eacute;rie de muros e cercas foram erguidos e ca&ccedil;adores de recompensas, incentivados a ca&ccedil;ar as aves. Os resultados foram muito mais expressivos e, at&eacute; 1934, cerca de 60 mil emus haviam sido dizimados na Austr&aacute;lia. O incentivo &agrave; ca&ccedil;a durou at&eacute; os anos 1960 e, depois de muita press&atilde;o internacional por prote&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie, em 1999 os emus foram finalmente protegidos por lei.
Hoje em dia, estima-se que a popula&ccedil;&atilde;o de emus seja de cerca de 700 mil indiv&iacute;duos. E a&iacute;, d&aacute; para dizer quem ganhou essa guerra?
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Marcel Buono