Entre explosões nucleares e o nascimento de uma revolução na moda, 1946 foi um marco de ousadia e transformação.

O verão de 1946 foi tão caloroso quanto controverso. Enquanto os mares das Ilhas Marshall testemunhavam os primeiros testes nucleares após a Segunda Guerra Mundial, outra "bomba" estourava na França: o biquíni. Dois eventos aparentemente sem relação direta, mas que se entrelaçaram na história, criando uma narrativa de destruição e ousadia que marcou uma época.<ul><li style="text-align:justify;">Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128933-operacao-big-bang-o-dia-em-que-os-ingleses-tentaram-afundar-uma-ilha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Operação Big Bang: o dia em que os ingleses tentaram afundar uma ilha</a>&nbsp;</li></ul>De um lado, os Estados Unidos realizavam a Operação Crossroads, testando o poder das armas nucleares no Atol de Bikini. Do outro, o engenheiro francês Louis Réard apresentava ao mundo o primeiro biquíni, um traje de banho tão mínimo que chocou até o Vaticano, que o classificou como "pecaminoso". Entre explosões e triângulos de tecido, aquele verão redefiniu os rumos da ciência, da moda e, talvez, do senso de moralidade.<h2>Do Atol de Bikini ao guarda-roupa mundial</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/25/25181041125224.jpg" alt="Atol de Bikini: localizado no Pacífico, foi cenário de testes nucleares e a inspiração para o icônico traje de banho. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Atol de Bikini: localizado no Pacífico, foi cenário de testes nucleares e a inspiração para o icônico traje de banho. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>O Atol de Bikini, no Pacífico, foi o cenário escolhido para os testes que mostrariam ao mundo o poder destrutivo da nova era nuclear. A ideia era simples — e aterrorizante: reunir navios condenados e observar como as explosões os destruiriam. Ao todo, 23 testes nucleares foram realizados na região entre 1946 e 1958, deixando marcas que superam até os níveis de radioatividade de Chernobyl.Foi nesse contexto que o nome "Biquíni" ganhou outra conotação. Inspirado pela explosividade das bombas e pela atenção que elas atraíram, Louis Réard decidiu batizar sua ousada invenção com o mesmo nome do atol. Afinal, seu traje de banho também tinha o objetivo de causar um impacto estrondoso — e conseguiu.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119642-louis-reard-criou-o-biquini-que-revolucionou-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Louis Réard criou o biquíni que revolucionou a Guerra Fria</a></li></ul>A criação de Réard ia além da moda; era uma provocação. Para ser classificado como um verdadeiro biquíni, ele precisava ser pequeno o suficiente para passar pelo aro de uma aliança de casamento. A estreia oficial aconteceu em 5 de julho de 1946, dias após as primeiras explosões nucleares. A recepção? Escândalo e fascínio em igual medida.<h2>Entre bombas e barrigas de fora</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/25/25181352026225.jpg" alt="O estilista francês Louis Réard e sua criação mais famosa: o biquíni. (Fonte: Reprodução/University of Fashion)"><figcaption>O estilista francês Louis Réard e sua criação mais famosa: o biquíni. (Fonte: Reprodução/University of Fashion)</figcaption></figure></figure>Curiosamente, o biquíni não foi a primeira tentativa de reduzir o traje de banho. Três semanas antes, o designer Jacques Heim já havia lançado o Atome, então considerado "o menor maiô do mundo". Mas o Atome foi logo ofuscado pelo biquíni de Réard, que, ao exibir o umbigo feminino, cruzou uma linha que a sociedade conservadora da época ainda relutava em aceitar.Enquanto o biquíni ganhava destaque nas praias e nas manchetes, as Ilhas Marshall sofriam as consequências dos testes nucleares. A relação simbólica entre os dois eventos é inegável: ambos representaram avanços tecnológicos e culturais, mas trouxeram consigo debates éticos que ressoam até hoje.<ul><li style="text-align:justify;">Conheça também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127023-atol-de-bikini-testes-de-bombas-nucleares-criaram-santuario-marinho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Atol de Bikini: testes de bombas nucleares criaram santuário marinho</a>&nbsp;</li></ul>Seja por meio das explosões nucleares que redesenharam o equilíbrio global, ou do biquíni que transformou a moda e a liberdade de expressão,&nbsp;o ano de 1946 provou que a humanidade sempre encontra formas de se reinventar. Afinal, o que é mais humano do que misturar ousadia com um toque de controvérsia?

large_biquinis-e-bombas-nucleares-o-verao-de-1946-que-mudou-o-mundo-thumb.png

medium_biquinis-e-bombas-nucleares-o-verao-de-1946-que-mudou-o-mundo-thumb.png

small_biquinis-e-bombas-nucleares-o-verao-de-1946-que-mudou-o-mundo-thumb.png

thumbnail_biquinis-e-bombas-nucleares-o-verao-de-1946-que-mudou-o-mundo-thumb.png

biquinis-e-bombas-nucleares-o-verao-de-1946-que-mudou-o-mundo-thumb.png

Biquínis e bombas nucleares: o verão de 1946 que mudou o mundo

Arqueólogos encontram vestígios de plantas alucinógenas em artefato antigo, revelando segredos rituais egípcios ligados ao deus Bes.

Um jarro cerâmico com 2.200 anos de idade está dando o que falar no mundo da arqueologia. Pela primeira vez, pesquisadores identificaram resíduos de plantas alucinógenas em um artefato egípcio, indicando que os antigos egípcios podiam usar essas substâncias em rituais religiosos ou mágicos. A descoberta sugere que o jarro, decorado com o rosto do deus Bes, pode ter contido uma mistura fermentada e psicodélica que ia muito além de uma simples bebida.<ul><li style="text-align:justify;">Conheça também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/chile-possui-mumias-milhares-de-anos-mais-velhas-do-que-o-egito" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chile possui múmias milhares de anos mais velhas do que o Egito</a> &nbsp;</li></ul>De acordo com o arqueólogo Davide Tanasi, da Universidade do Sul da Flórida, o achado é inédito: "Não há nenhuma pesquisa que tenha encontrado o que descobrimos neste estudo." A mistura identificada no recipiente incluía plantas com propriedades alucinógenas, mel, possíveis traços de alcaçuz e até fluidos humanos, ingredientes que potencialmente criavam uma experiência espiritual única.<h2 style="text-align:justify;">Bes e o poder das visões</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/28/28185344545169.jpg" alt="Bes, o deus da música, alegria e proteção no parto, estampa o jarro que intriga especialistas há décadas. (Fonte: Davide Tanasi/Reprodução)"><figcaption>Bes, o deus da música, alegria e proteção no parto, estampa o jarro que intriga especialistas há décadas. (Fonte: Davide Tanasi/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Bes, o deus associado à música, alegria e proteção durante o parto, é uma figura central nessa história. Ele era frequentemente representado em vasos como o jarro analisado, que já intrigava os especialistas. Por décadas, estudiosos se perguntaram sobre o uso dessas peças: seriam usadas em rituais religiosos? Em magias? Ou apenas no cotidiano?Agora, com a análise do jarro, a resposta começa a ganhar forma. Três plantas alucinógenas foram encontradas no artefato. Entre elas, o lírio-d’água-azul (Nymphaea nouchali), que tem propriedades psicoativas e está diretamente ligado à iconografia de Bes. Outra planta, a arruda-síria&nbsp;(Peganum harmala), induz visões semelhantes às descritas em mitos egípcios. Já a terceira, do gênero Cleome, também é conhecida por suas propriedades alucinógenas.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128635-4-plantas-psicodelicas-e-seus-efeitos-alucinogenos-no-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 plantas psicodélicas e seus efeitos alucinógenos no cérebro</a></li></ul>Esses ingredientes criavam uma bebida que, segundo o curador Branko van Oppen, poderia ser usada em rituais para induzir sonhos ou visões. Ele explica: "Os egípcios podem ter usado essa mistura em rituais mágicos, especialmente durante períodos perigosos como a gravidez, que era cheia de incertezas na antiguidade."<h2 style="text-align:justify;">Ritual ou experiência espiritual?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/28/28185923226174.jpg" alt="Bes era um deus egípcio associado à proteção de crianças, mulheres em trabalho de parto, do sono e das moradias. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Bes era um deus egípcio associado à proteção de crianças, mulheres em trabalho de parto, do sono e das moradias. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>O jarro, encontrado ao sul do Cairo e datado do século II a.C., foi estudado por uma equipe dos Estados Unidos e da Itália. Além das plantas, os pesquisadores identificaram proteínas humanas no resíduo da bebida, incluindo possíveis traços de leite materno, muco e sangue. Esses componentes podem ter sido usados para personalizar os rituais, tornando a experiência mais íntima ou espiritual.Durante o período em que o jarro foi criado, a cidade próxima hospedava as chamadas "Câmaras de Bes", locais onde rituais enigmáticos eram realizados. Acredita-se que visitantes buscavam o auxílio de Bes para garantir uma gravidez bem-sucedida ou superar desafios relacionados ao parto.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128670-psicodelicos-ha-67-milhoes-de-anos-a-evolucao-misteriosa-dos-cogumelos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Psicodélicos há 67 milhões de anos: a evolução misteriosa dos cogumelos</a></li></ul>Tanasi destaca a importância da descoberta: "Este estudo é uma prova científica de que os mitos egípcios têm um fundo de verdade, ajudando a iluminar os rituais mal compreendidos das Câmaras de Bes em Saqqara." Agora, a expectativa é que outros vasos semelhantes sejam analisados para entender melhor como essas misturas eram usadas e qual seu papel na vida religiosa e social do Egito Antigo.

large_bebida-psicodelica-egipcia-e-descoberta-em-jarro-de-2200-anos-thumb.png

medium_bebida-psicodelica-egipcia-e-descoberta-em-jarro-de-2200-anos-thumb.png

small_bebida-psicodelica-egipcia-e-descoberta-em-jarro-de-2200-anos-thumb.png

thumbnail_bebida-psicodelica-egipcia-e-descoberta-em-jarro-de-2200-anos-thumb.png

bebida-psicodelica-egipcia-e-descoberta-em-jarro-de-2200-anos-thumb.png

Bebida psicodélica egípcia é descoberta em jarro de 2.200 anos

Conforme informado pelas autoridades chinesas, o depósito possui mais de 40 veios de minério de ouro e teria cerca de 330 toneladas do metal dentro dele. 

Imagina descobrir um depósito de ouro tão grande que ele poderia virar o maior já encontrado na Terra? Pois foi exatamente isso que cientistas na China acabaram de fazer! Eles acharam uma mina gigante, cheia de ouro de altíssima qualidade, na província de Hunan. O valor estimado desse tesouro é de incríveis US$ 83 bilhões, o que fez o preço do ouro subir às alturas. Se tudo for confirmado, esse pode ser o maior depósito de ouro ainda não explorado do planeta.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118396-6-coisas-sobre-a-china-que-voce-talvez-nao-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 coisas sobre a China que você talvez não saiba</a></li></ul>Essa mina foi encontrada no campo de ouro de Wangu, um local que já era conhecido por algumas minas de ouro, mas o que foi descoberto agora deixou todo mundo de queixo caído. Os cientistas encontraram mais de 40 veios de ouro, com cerca de 330 toneladas do metal, a uma profundidade de até 2 mil metros.Mas a verdadeira surpresa veio com os modelos 3D usados pelos especialistas: eles acreditam que o depósito pode chegar até 1,1 mil toneladas de ouro — imagine o peso da Estátua da Liberdade, mas oito vezes mais pesado. Se tudo for confirmado, o valor total do depósito seria cerca de 600 bilhões de yuans, ou 83 bilhões de dólares!<h2>O tesouro da China</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27190048894250.jpeg" alt="Especialistas acreditam que valor estimado do depósito de ouro pode aumentar com novos estudos. (Fonte: Alamy/Xinhua)"><figcaption>Especialistas acreditam que valor estimado do depósito de ouro pode aumentar com novos estudos. (Fonte: Alamy/Xinhua)</figcaption></figure></figure>Além do tamanho gigantesco, a qualidade do ouro encontrado também é um diferencial. O depósito de Wangu tem uma concentração impressionante de 138 gramas de ouro por tonelada de minério, o que é bastante alto se comparado a outras minas pelo mundo.&nbsp;Chen Rulin, especialista do GBHP, comentou que as rochas perfuradas apresentaram ouro visível, o que só aumenta a expectativa sobre o valor real do que foi encontrado. E as boas notícias não param por aí: durante perfurações ao redor do depósito, mais ouro foi encontrado, o que pode significar que o local tem ainda mais reservas valiosas para serem exploradas no futuro.<ul><li>Relacionado:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126902-por-que-o-ouro-e-um-mineral-tao-macio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que o ouro é um mineral tão 'macio'?</a></li></ul>Os cientistas acreditam que essa mina pode dar à China uma vantagem estratégica no mercado de ouro, mas o potencial do local não se resume a apenas um depósito. Se as descobertas continuarem, o Wangu pode se tornar um centro de mineração de ouro superimportante, com ainda mais riquezas por explorar.<h2>O impacto da descoberta no mercado global</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27190159070251.jpeg" alt="Mesmo com tanto ouro em seu país, chineses ainda precisam exportar o metal de outras nações para atender o mercado interno. (Fonte: Alamy/Xinhua)"><figcaption>Mesmo com tanto ouro em seu país, chineses ainda precisam exportar o metal de outras nações para atender o mercado interno. (Fonte: Alamy/Xinhua)</figcaption></figure></figure>O preço do ouro disparou para cerca de US$ 2,7 mil dólares por onça após a descoberta, chegando perto dos recordes históricos. No entanto, mesmo com essa mina gigantesca, a China ainda enfrenta desafios para suprir sua enorme demanda de ouro. Atualmente, o país é o maior produtor mundial de ouro, representando cerca de 10% da produção global em 2023, mas consome muito mais do que consegue produzir.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/o-que-e-o-ouro-invisivel-que-vale-us-24-bilhoes-no-solo-da-africa-do-sul" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que é o "ouro invisível" que vale US$ 24 bilhões no solo da África do Sul?</a></li></ul>Na prática, a China usa três vezes mais ouro do que consegue extrair de suas próprias minas, e por isso precisa importar de outros países como Austrália e África do Sul.&nbsp;Embora o novo depósito de ouro em Hunan ajude a China a reduzir sua dependência de importações, ele não resolve completamente o problema.&nbsp;De acordo com o consumo atual, a mina de Wangu atenderia às necessidades do país por cerca de 1,4 anos. Ou seja, o impacto imediato é grande, mas não vai resolver tudo a longo prazo. De qualquer forma, essa descoberta tem um peso histórico: até 2023, a quantidade total de ouro extraído da Terra chegou a 234 mil toneladas. Se todo esse ouro fosse colocado em um único cubo, ele teria só 22 metros de lado — do tamanho de uma baleia-azul!&nbsp;

large_deposito-de-ouro-colossal-avaliado-em-usdollar-83-bilhoes-e-achado-na-china-thumb.png

medium_deposito-de-ouro-colossal-avaliado-em-usdollar-83-bilhoes-e-achado-na-china-thumb.png

small_deposito-de-ouro-colossal-avaliado-em-usdollar-83-bilhoes-e-achado-na-china-thumb.png

thumbnail_deposito-de-ouro-colossal-avaliado-em-usdollar-83-bilhoes-e-achado-na-china-thumb.png

deposito-de-ouro-colossal-avaliado-em-usdollar-83-bilhoes-e-achado-na-china-thumb.png

Depósito de ouro 'colossal' avaliado em US$ 83 bilhões é achado na China

Cinco anos depois do desastre que abalou o mundo, a catedral mais icônica de Paris reabre com novos ares e muita história para contar.

A Catedral de Notre-Dame, um dos símbolos mais amados da França, está prestes a reabrir suas portas, e o mundo inteiro está de olho. A construção histórica, que começou em 1163, é famosa por sua arquitetura impressionante, seus vitrais coloridos e sua rica conexão com séculos de história. Mas desde o devastador incêndio de 15 de abril de 2019, suas portas permaneceram fechadas, deixando parisienses e turistas ansiosos por sua recuperação.<ul><li style="text-align:justify;">Conheça também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122362-catedral-paroquia-basilica-como-e-a-estrutura-da-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Catedral, paróquia, basílica: como é a estrutura da Igreja Católica?</a></li></ul>Agora, a espera acabou. A partir de 7 de dezembro, a Notre-Dame renasce das cinzas, cumprindo a ambiciosa promessa feita pelo presidente francês Emmanuel Macron logo após a tragédia: reconstruí-la e devolvê-la ao mundo em cinco anos.<h2 style="text-align:justify;">Um projeto de reconstrução grandioso</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/28/28190952415178.jpg" alt="O incêndio de 2019 destruiu grandes partes da catedral, incluindo a icônica torre, gerando perdas irreparáveis. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>O incêndio de 2019 destruiu grandes partes da catedral, incluindo a icônica torre, gerando perdas irreparáveis. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>O incêndio de 2019 foi devastador. Partes importantes da estrutura, incluindo a famosa torre, foram consumidas pelo fogo. A tragédia, porém, mobilizou esforços sem precedentes. Desde o primeiro dia, equipes de especialistas trabalharam para restaurar cada detalhe da catedral, enfrentando desafios como estabilizar a alvenaria danificada e reconstruir a icônica torre com fidelidade histórica.<ul><li style="text-align:justify;">Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121295-os-segredos-de-notre-dame-revelados-apos-o-incendio-em-2019.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os segredos de Notre Dame revelados após o incêndio em 2019</a></li></ul>Como prometido, a inauguração será marcante. Embora a cerimônia oficial seja restrita a convidados, todos poderão acompanhar o evento ao vivo pela internet ou na TV. Após isso, a Catedral de Notre-Dame começará a receber visitantes de forma gradual: nos primeiros seis meses, apenas visitantes individuais e fiéis, e depois, grupos turísticos. Estima-se que mais de 15 milhões de pessoas passem pela catedral no primeiro ano após a reabertura.“Tínhamos tanto para reconstruir, mas mobilizamos esforços e estamos prontos para reabrir mais bela do que nunca”, declarou Macron, reafirmando o compromisso de devolver à França seu monumento mais amado.<h2 style="text-align:justify;">O que esperar da nova catedral?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/28/28191256672182.jpg" alt="A reabertura da Notre-Dame trará móveis modernos e uma nova experiência para os visitantes, com sinalização aprimorada e aplicativo móvel. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>A reabertura da Notre-Dame trará móveis modernos e uma nova experiência para os visitantes, com sinalização aprimorada e aplicativo móvel. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Além de restaurar o esplendor original, a reabertura da Notre-Dame traz novidades empolgantes. Designers renomados, como Guillaume Bardet e Ionna Vautrin, criaram móveis modernos que agora fazem parte do interior renovado da catedral. A experiência do visitante também foi aprimorada, com um novo sistema de sinalização e um aplicativo móvel que promete guiar os turistas pelos corredores cheios de história.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125360-catedral-de-notre-dame-sera-reconstruida-usando-tecnologia-medieval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Catedral de Notre Dame será reconstruída usando 'tecnologia medieval'</a></li></ul>Mas os clássicos, é claro, continuam lá. Entre eles está a estátua de Nossa Senhora de Paris, uma representação de Maria e Jesus, que foi milagrosamente resgatada do incêndio. Esse e outros tesouros históricos restaurados farão parte da nova experiência.A reabertura da Catedral de Notre-Dame marca não apenas a recuperação de um patrimônio cultural, mas também o triunfo da dedicação e da esperança. E agora, parisienses e visitantes do mundo todo têm uma nova oportunidade de se conectar com a história e a beleza de um dos maiores marcos da humanidade.

large_a-volta-triunfal-da-catedral-de-notre-dame-apos-o-incendio-de-2019-thumb.png

medium_a-volta-triunfal-da-catedral-de-notre-dame-apos-o-incendio-de-2019-thumb.png

small_a-volta-triunfal-da-catedral-de-notre-dame-apos-o-incendio-de-2019-thumb.png

thumbnail_a-volta-triunfal-da-catedral-de-notre-dame-apos-o-incendio-de-2019-thumb.png

a-volta-triunfal-da-catedral-de-notre-dame-apos-o-incendio-de-2019-thumb.png

A volta triunfal da catedral de Notre-Dame após o incêndio de 2019

Pesquisadores analisam como a vida em sociedade impacta o cérebro dos ciclídeos, um peixe de comportamento fascinante e complexo.

O estresse social não é exclusividade humana: ele também afeta outras espécies, inclusive os peixes. Cientistas descobriram que os ciclídeos, peixes com uma hierarquia social bastante rígida, podem sofrer alterações cerebrais devido ao estresse relacionado à sua posição no grupo. Essas mudanças, causadas por um desequilíbrio de radicais livres e antioxidantes, podem ter implicações maiores do que imaginamos.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba também:&nbsp;<a href="http://Conhe%C3%A7a%20o%20peixe%20que%20muda%20de%20cor%20quando%20fica%20com%20raiva" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conheça o peixe que muda de cor quando fica com raiva</a></li></ul>Estudos anteriores já mostraram que o estresse crônico pode causar danos ao corpo, como doenças neurológicas e até câncer. No caso dos ciclídeos, pesquisadores analisaram como o status&nbsp;social influencia o chamado estresse oxidativo no cérebro, publicando os resultados na revista&nbsp;Frontiers in Behavioral Neuroscience. “Descobrimos que os peixes de menor hierarquia apresentaram níveis mais altos de estresse oxidativo no cérebro”, explicou Peter Dijkstra, biólogo da Central Michigan University e coautor do estudo.<h2 style="text-align:justify;">Hierarquia e o estresse nos cérebros dos ciclídeos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/26/26174555427237.jpg" alt="Ciclídeos exibem hierarquias marcantes, com machos dominantes chamando atenção por suas cores vibrantes e comportamento imponente. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Ciclídeos exibem hierarquias marcantes, com machos dominantes chamando atenção por suas cores vibrantes e comportamento imponente. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Os ciclídeos, populares em aquários, são conhecidos por seu comportamento social estruturado. Machos dominantes são maiores, mais coloridos e agressivos, enquanto os subordinados têm uma aparência mais discreta. Essa diferença física e comportamental torna a espécie um modelo ideal para estudar os efeitos do estresse social.No experimento, os cientistas colocaram grupos de ciclídeos em tanques separados, permitindo que eles interagissem livremente com seus companheiros e visualmente com grupos vizinhos. Cada tanque tinha um território especial para os machos dominantes defenderem, reforçando a hierarquia. Em quase todos os casos, as estruturas sociais se estabilizaram rapidamente, com os peixes dominantes assumindo o controle.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125629-6-fatos-sobre-o-estresse-que-voce-deveria-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 fatos sobre o estresse que você deveria saber</a></li></ul>Ao longo de semanas, os pesquisadores coletaram amostras de sangue e analisaram cérebros e gônadas dos peixes. O resultado? Peixes subordinados apresentaram maior estresse oxidativo no cérebro e uma menor capacidade antioxidante, indicando que suas células cerebrais estavam mais vulneráveis a danos. Já os dominantes, apesar de apresentarem altos níveis de estresse no sangue, pareciam ter cérebros mais protegidos graças a antioxidantes relacionados a hormônios reprodutivos.<h2 style="text-align:justify;">Hormônios, estresse e proteção cerebral nos peixes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/26/26175106645246.jpg" alt="Ciclídeos ajudam a entender como o estresse social afeta o cérebro, fornecendo um modelo para estudar os mecanismos biológicos dessa relação. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Ciclídeos ajudam a entender como o estresse social afeta o cérebro, fornecendo um modelo para estudar os mecanismos biológicos dessa relação. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Os cientistas acreditam que os hormônios associados ao status&nbsp;elevado têm um efeito neuroprotetor nos peixes dominantes. No entanto, os resultados mostram que o impacto do estresse oxidativo no cérebro varia de acordo com a área cerebral analisada, indicando que nem todos os danos podem ser considerados prejudiciais. “Esses padrões podem nos dar pistas importantes sobre como o estresse social promove doenças no cérebro”, acrescentou Dijkstra.Apesar das semelhanças comportamentais, os pesquisadores alertam para os limites de comparar o impacto do estresse social em ciclídeos com o de humanos. O estudo serve como modelo para compreender os mecanismos biológicos do estresse, mas ainda são necessárias análises mais específicas para desvendar os detalhes dessa relação.<ul><li style="text-align:justify;">Conheça também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127616-a-razao-pela-qual-os-narvais-nao-sobrevivem-em-nenhum-aquario-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A razão pela qual os narvais não sobrevivem em nenhum aquário do mundo</a></li></ul>O próximo passo, segundo Dijkstra, é realizar experimentos mais rigorosos para entender como o estresse social regula o estresse oxidativo no cérebro. Por enquanto, os ciclídeos continuam nos ensinando que, seja na água ou fora dela, a vida em sociedade tem seus altos e baixos — e seus impactos profundos.

large_o-estresse-social-esta-mexendo-com-os-cerebros-desses-peixinhos-thumb.png

medium_o-estresse-social-esta-mexendo-com-os-cerebros-desses-peixinhos-thumb.png

small_o-estresse-social-esta-mexendo-com-os-cerebros-desses-peixinhos-thumb.png

thumbnail_o-estresse-social-esta-mexendo-com-os-cerebros-desses-peixinhos-thumb.png

o-estresse-social-esta-mexendo-com-os-cerebros-desses-peixinhos-thumb.png

O estresse social está mexendo com os cérebros desses peixinhos

Cientistas descobrem milhares de genes antes ignorados, capazes de codificar proteínas ligadas a doenças como câncer. 

O DNA humano ainda guarda muitos segredos, e agora pesquisadores descobriram uma nova peça desse quebra-cabeça: milhares de genes “escuros” que estavam escondidos em áreas antes consideradas inúteis. Esses genes produzem pequenas proteínas, algumas associadas a doenças graves, como o câncer.<ul><li style="text-align:justify;">Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128385-enguias-podem-mudar-o-dna-de-outros-peixes-com-pulsos-eletricos-diz-novo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Enguias podem mudar o DNA de outros peixes com pulsos elétricos, diz novo estudo</a></li></ul>Essas regiões do DNA, por muito tempo chamadas de "DNA lixo", foram subestimadas desde o Projeto Genoma Humano, iniciado há 20 anos. Mas a ciência avança, e uma equipe internacional de pesquisadores encontrou esses genes ao analisar dados genéticos de mais de 95 mil experimentos. O estudo, ainda em fase de revisão por pares, reforça que nosso conhecimento sobre o genoma humano ainda está longe de ser completo.<h2 style="text-align:justify;">O que são os "genes escuros"?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27123224015088.jpg" alt="Os "><figcaption>Os "genes escuros" são trechos ocultos do DNA que produzem pequenas proteínas usando sequências menos visíveis, desafiando as regras tradicionais da codificação genética. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Os "genes escuros" não seguem as regras convencionais para codificação de proteínas. Ao contrário dos genes tradicionais, que têm sequências claras para iniciar a leitura do DNA, esses genes usam sequências menores e menos visíveis. Isso os tornou praticamente invisíveis para as técnicas de estudo genético até pouco tempo atrás.Eric Deutsch, do Instituto de Biologia de Sistemas, e seus colegas, identificaram milhares desses genes, alguns deles já conhecidos por seu papel no câncer. Eles são responsáveis por criar proteínas minúsculas, compostas por poucas unidades de aminoácidos, mas que podem ter grande impacto na biologia humana.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/como-figados-de-porco-geneticamente-modificados-poderao-ser-usados-em-humanos-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como fígados de porco geneticamente modificados poderão ser usados em humanos</a>&nbsp;</li></ul>Além disso, muitos desses genes têm origens curiosas: alguns vieram de vírus que se integraram ao nosso genoma, enquanto outros podem ser produtos de mutações específicas, como as observadas em células cancerígenas.<h2 style="text-align:justify;">Avanços e novos horizontes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27123702660091.jpg" alt="Proteínas de genes ocultos podem abrir caminho para terapias inovadoras contra o câncer, como vacinas e tratamentos celulares. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Proteínas de genes ocultos podem abrir caminho para terapias inovadoras contra o câncer, como vacinas e tratamentos celulares. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Entre os 7.264 conjuntos de genes identificados, os cientistas confirmaram que pelo menos 3 mil deles são capazes de codificar proteínas. Segundo a equipe, é provável que ainda existam dezenas de milhares de genes desse tipo esperando para serem descobertos.Essas descobertas têm implicações profundas. Segundo Deutsch e sua equipe, as proteínas criadas por esses genes podem se tornar alvos para novas terapias contra o câncer, incluindo vacinas e tratamentos celulares inovadores. “Essa identificação é imensamente importante”, destaca o estudo.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128882-substancia-em-veneno-de-aranha-brasileira-pode-curar-leucemia-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Veneno de aranha nativa pode ser a cura do câncer, diz estudo brasileiro</a></li></ul>John Prensner, neuro-oncologista da Universidade de Michigan, celebra os avanços: “Não é todo dia que você abre uma nova direção de pesquisa e pode dizer: ‘Temos uma classe inteira de novos alvos terapêuticos’”. Com as ferramentas desenvolvidas, os cientistas esperam continuar desvendando os mistérios do genoma humano e abrir novas portas para a medicina. Enquanto isso, o DNA humano segue provando que ainda há muito para ser explorado, e o "lixo" que ignoramos no passado pode ser, na verdade, o próximo tesouro da ciência.

large_o-lado-sombrio-do-dna-conheca-os-genes-ocultos-que-podem-mudar-a-medicina-thumb.png

medium_o-lado-sombrio-do-dna-conheca-os-genes-ocultos-que-podem-mudar-a-medicina-thumb.png

small_o-lado-sombrio-do-dna-conheca-os-genes-ocultos-que-podem-mudar-a-medicina-thumb.png

thumbnail_o-lado-sombrio-do-dna-conheca-os-genes-ocultos-que-podem-mudar-a-medicina-thumb.png

o-lado-sombrio-do-dna-conheca-os-genes-ocultos-que-podem-mudar-a-medicina-thumb.png

O lado sombrio do DNA: conheça os genes ocultos que podem mudar a medicina

Uma cratera colossal esculpida por um meteoro há milhões de anos e dunas migratórias revelam segredos fascinantes do deserto mais misterioso do planeta.

O deserto do Saara, tão vasto quanto misterioso, guarda um segredo que só os olhos vindos do espaço conseguem captar: um enorme “olho” esculpido na terra pelo impacto de um meteoro há milhões de anos. Localizada no norte do Chade, a Estrutura de Aorounga é uma cratera de 12,6 km de diâmetro que, com seus anéis circulares, parece mesmo estar nos encarando. Ao seu redor, as dunas de areia movem-se incansavelmente, ajudando cientistas a entender os movimentos das paisagens desérticas.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128079-4-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-o-deserto-do-saara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 coisas que você não sabia sobre o deserto do Saara</a></li></ul>Capturada em uma impressionante imagem de 2013 feita por astronautas, a cratera é uma das mais antigas da Terra. Suas marcas contam histórias de destruição em massa, enquanto as dunas ao redor mostram como a força do vento molda o deserto de forma contínua.<h2>Um olho esculpido pelo caos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/26/26180809479257.jpg" alt="A estrutura de Aorounga, com cerca de 12 quilômetros de diâmetro, é o rastro deixado por um asteroide devastador que atingiu a Terra com força suficiente para destruir cidades. (Fonte: Reprodução/Nasa/Estação Espacial Internacional)"><figcaption>A estrutura de Aorounga, com cerca de 12 quilômetros de diâmetro, é o rastro deixado por um asteroide devastador que atingiu a Terra com força suficiente para destruir cidades. (Fonte: Reprodução/Nasa/Estação Espacial Internacional)</figcaption></figure></figure>A Estrutura de Aorounga se formou há cerca de 345 milhões de anos, após o impacto de um meteoro de aproximadamente 600 metros de diâmetro. Apelidado de “assassino de cidades”, esse tipo de meteoro seria capaz de causar destruição catastrófica, possivelmente afetando até o clima global. Seus dois anéis concêntricos lembram um olho: o “pupilo” central, com um pequeno monte no meio, e as bordas externas que parecem uma pálpebra.Com o tempo, a erosão apagou algumas de suas características, mas o formato continua impressionante. Além disso, linhas escuras atravessam os anéis da cratera, que, segundo o Serviço Geológico dos EUA, são formações chamadas yardangs&nbsp;— maciços de rocha desgastados pelo vento, que se erguem como esculturas naturais no deserto.<ul><li style="text-align:justify;">Conheça também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128329-dryas-recente-a-hipotese-de-que-um-meteoro-mudou-o-clima-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dryas recente: a hipótese de que um meteoro mudou o clima da Terra</a></li></ul>A curiosidade dos cientistas vai além da cratera principal. Imagens de radar capturadas na década de 1990 revelaram outras estruturas semelhantes próximas a Aorounga, levantando a hipótese de que ela faz parte de uma cadeia de crateras criada por fragmentos menores do mesmo meteoro.<h2>Dunas que nunca param</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/26/26181230252258.jpg" alt="A foto de 2013 (abaixo) ajudou os pesquisadores a monitorar o movimento das dunas de barchan, comparando suas posições com uma imagem de satélite de 2003 (acima). (Fonte: Reprodução/NASA/Estação Espacial Internacional/Google Earth)"><figcaption>A foto de 2013 (abaixo) ajudou os pesquisadores a monitorar o movimento das dunas de barchan, comparando suas posições com uma imagem de satélite de 2003 (acima). (Fonte: Reprodução/NASA/Estação Espacial Internacional/Google Earth)</figcaption></figure></figure>As dunas ao redor do “olho” também são um espetáculo à parte. Conhecidas como dunas barcânicas, elas têm formato de meia-lua e se movem de acordo com a direção dos ventos. Um estudo comparando imagens de satélite revelou que, entre 2003 e 2013, algumas dessas dunas viajaram mais de 400 metros!<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128591-x-59-nasa-apresenta-aviao-supersonico-que-nao-faz-barulho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">X-59: NASA apresenta avião supersônico que 'não faz barulho'</a></li></ul>Curiosamente, as menores são as que mais se deslocam, enquanto as maiores permanecem mais estáveis. Isso ocorre porque as menores são mais vulneráveis às forças do vento. Segundo a NASA, algumas dunas pequenas podem até se desfazer completamente em menos de uma década.Estudar esses movimentos ajuda cientistas a prever o impacto das dunas em áreas habitadas, estradas e terras agrícolas. Afinal, as dunas não são só bonitas — elas podem se transformar em problemas bem práticos para as populações locais. Combinando mistério e ciência, a Estrutura de Aorounga e suas dunas são um lembrete de que o deserto está longe de ser uma paisagem estática. Ele é dinâmico, sempre em movimento, e guarda histórias que só a paciência dos pesquisadores pode desvendar.

large_dsfssdfsdsdfsdsdf.jpg

medium_dsfssdfsdsdfsdsdf.jpg

small_dsfssdfsdsdfsdsdf.jpg

thumbnail_dsfssdfsdsdfsdsdf.jpg

dsfssdfsdsdfsdsdf.jpg

Cratera gigante no Saara revela segredos do deserto

O comportamento inusitado dos lobos etíopes se alimentando de flores pode transformá-los nos primeiros grandes carnívoros polinizadores da natureza.

Os lobos etíopes, conhecidos por serem os carnívoros mais ameaçados da África, estão dando o que falar. Recentemente, pesquisadores flagraram um comportamento inesperado: esses predadores têm se alimentado do néctar de uma planta chamada Kniphofia foliosa, popularmente conhecida como “tocha-etíope”. E não é só isso — enquanto saciam a fome com o doce das flores, eles podem estar desempenhando o papel de polinizadores, algo inédito entre grandes predadores.<ul><li style="text-align:justify;">Leia também:<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124754-por-que-a-etiopia-esta-7-anos-atrasada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Por que a Etiópia está 7 anos atrasada?</a></li></ul>O estudo, publicado na revista Ecology, foi conduzido pelo Ethiopian Wolf Conservation Programme (EWCP), uma parceria entre a Universidade de Oxford e organizações locais. Durante a pesquisa, os cientistas observaram que os lobos visitavam até 30 flores por viagem e que o comportamento se espalhava entre membros de diferentes alcateias, inclusive entre os mais jovens. “Essas descobertas mostram o quanto ainda temos a aprender sobre uma das espécies mais ameaçadas do mundo”, afirmou a Dra. Sandra Lai, pesquisadora líder do estudo.<h2 style="text-align:justify;">Um doce hábito com potencial ecológico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/26/26172750968231.jpg" alt="Um lobo etíope (Canis simensis) lambe o néctar da flor tocha-etíope (Kniphofia foliosa). (Fonte: Reprodução/Adrien Lesaffre)"><figcaption>Um lobo etíope (Canis simensis) lambe o néctar da flor tocha-etíope (Kniphofia foliosa). (Fonte: Reprodução/Adrien Lesaffre)</figcaption></figure></figure>Enquanto os lobos se alimentam, seus focinhos ficam cobertos de pólen, permitindo que eles possam transportar esse material de flor em flor. Isso indica que eles podem estar atuando como polinizadores, algo nunca documentado antes em um grande carnívoro. “Ver esse comportamento pela primeira vez foi incrível”, conta o professor Claudio Sillero, fundador do EWCP. Ele relatou como descobriu o néctar enquanto observava crianças locais provando a flor. “É doce e delicioso, e pelo visto os lobos pensam o mesmo!”<ul><li style="text-align:justify;">Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127956-qual-e-a-diferenca-entre-cachorros-lobos-e-dingos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual é a diferença entre cachorros, lobos e dingos?</a></li></ul>O impacto ecológico desse comportamento é promissor. Além de se tratar de uma interação inédita entre plantas e um grande predador, ele sugere que os lobos podem estar adaptando suas dietas para aproveitar recursos alternativos em um ambiente com desafios crescentes, como a perda de habitat.A descoberta também lança luz sobre a complexidade da relação entre espécies na região conhecida como “Telhado da África”. Essa área rica em biodiversidade está sob ameaça devido ao avanço da agricultura e à fragmentação dos ecossistemas, segundo Lai.<h2 style="text-align:justify;">O futuro dos lobos mais ameaçados da África</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/26/26173217453234.jpg" alt="Nas montanhas da Etiópia, menos de 500 lobos etíopes permanecem na natureza, distribuídos em apenas seis áreas isoladas. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Nas montanhas da Etiópia, menos de 500 lobos etíopes permanecem na natureza, distribuídos em apenas seis áreas isoladas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Encontrados apenas nas terras altas da Etiópia, restam menos de 500 lobos etíopes em estado selvagem, espalhados em apenas seis enclaves. Essa situação faz deles os canídeos mais raros do mundo e reforça a importância de programas como o EWCP, que há décadas trabalham pela preservação da espécie.Além de chamar atenção pelo comportamento incomum, a descoberta é um lembrete de que a natureza sempre tem algo novo a ensinar. “Ainda estamos apenas arranhando a superfície das interações ecológicas desses lobos”, concluiu Lai.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais:&nbsp;<a href="http://Castores%20e%20lobos%20podem%20ajudar%20na%20recupera%C3%A7%C3%A3o%20de%20ecossistemas%20nos%20EUA" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Castores e lobos podem ajudar na recuperação de ecossistemas nos EUA</a></li></ul>Agora, os pesquisadores esperam que esses dados possam reforçar a conservação desse carnívoro tão único — e, quem sabe, também das flores que eles ajudam a polinizar.

large_lobos-etiopes-trocam-carne-por-nectar-e-surpreendem-cientistas-thumb.png

medium_lobos-etiopes-trocam-carne-por-nectar-e-surpreendem-cientistas-thumb.png

small_lobos-etiopes-trocam-carne-por-nectar-e-surpreendem-cientistas-thumb.png

thumbnail_lobos-etiopes-trocam-carne-por-nectar-e-surpreendem-cientistas-thumb.png

lobos-etiopes-trocam-carne-por-nectar-e-surpreendem-cientistas-thumb.png

Lobos etíopes trocam carne por néctar e surpreendem cientistas

Pesquisadores acreditam ter encontrado embarcação portuguesa do século 16 nas águas de Malindi, em um achado que pode reescrever parte da história das expedições marítimas. 

Se você achava que os maiores mistérios dos mares estavam reservados para filmes de piratas, pense de novo. Filipe Castro, arqueólogo náutico e pesquisador do Centro de Estudos de História, Territórios e Comunidades (CFE), acredita ter encontrado nada menos que uma embarcação da terceira armada de Vasco da Gama. A descoberta foi feita nas águas do Quênia, na região de Malindi, e pode ser uma conexão direta com a épica história das navegações portuguesas.<ul><li style="text-align:justify;">Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128135-galeao-san-jose-de-quem-e-o-tesouro-de-20-bilhoes-de-dolares-naufragado-ha-300-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Galeão San José: de quem é o tesouro de 20 bilhões de dólares naufragado há 300 anos? &nbsp;</a></li></ul>Esses navios, conhecidos como galeões, foram projetados a partir de 1518 para enfrentar os desafios dos oceanos Índico e Pacífico. Inspirados em embarcações mediterrâneas, eram verdadeiras fortalezas flutuantes, equipadas com artilharia para combates em 360 graus. Rápidos, resistentes e bem armados, eles se tornaram protagonistas das expansões marítimas europeias no século 16. Um deles, o S. Jorge, comandado por D. Fernando de Monroy, desapareceu em 1524, e pode ser exatamente esse o navio encontrado.<h2 style="text-align:justify;">Uma colcha de histórias submersa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27125453749112.jpg" alt="Possível embarcação da terceira armada de Vasco da Gama encontrada no Quênia. (Fonte: Reprodução/Caesar Bita)"><figcaption>Destroços da possível embarcação da terceira armada de Vasco da Gama encontrada no Quênia. (Fonte: Reprodução/Caesar Bita)</figcaption></figure></figure>Em 2013, o arqueólogo marítimo Caesar Bita liderou uma campanha arqueológica no local do naufrágio, escavando uma trincheira que revelou a origem portuguesa do navio. Foi aí que Filipe Castro entrou em cena, dando início a uma colaboração entre especialistas de Portugal e do Quênia. A equipe, composta pelos pesquisadores José Virgílio Pissarra e Tânia Casimiro, está analisando os artefatos e avaliando o potencial do local para entender melhor a construção naval do período.<ul><li style="text-align:justify;">Conheça também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/125483-submarino-turistico-que-visita-o-titanic-esta-desaparecido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Submarino turístico que visita o Titanic está desaparecido</a>&nbsp;</li></ul>Os vestígios da embarcação estão a pouca profundidade e, felizmente, protegidos pela comunidade local. Esse envolvimento dos moradores faz parte de um projeto de arqueologia comunitária que busca não apenas preservar, mas também registrar e interpretar os achados. É uma forma de garantir que o patrimônio histórico seja acessível e valorizado por todos.Embora ainda não seja possível confirmar a identidade do navio, as evidências sugerem que pode se tratar do S. Jorge ou da Nossa Senhora da Graça, ambos naufragados na região durante o século 16. O cruzamento de datas dos artefatos encontrados com registros históricos aponta para um naufrágio ocorrido no início daquele século, durante uma viagem rumo à Índia.<h2 style="text-align:justify;">O valor histórico por trás das águas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27130251373120.jpg" alt="Os escombros submersos, de visualização difícil, aumentam o mistério e a expectativa de desvendar segredos das expedições de Vasco da Gama ao Oceano Índico, realizadas há mais de 500 anos. (Fonte: Reprodução/Filipe Castro)"><figcaption>Os escombros submersos, de visualização difícil, aumentam o mistério e a expectativa de desvendar segredos das expedições de Vasco da Gama ao Oceano Índico, realizadas há mais de 500 anos. (Fonte: Reprodução/Filipe Castro)</figcaption></figure></figure>Mais do que um monte de destroços, esse possível navio representa um testemunho físico da presença portuguesa nas águas quenianas. Os restos mortais de uma embarcação como essa podem oferecer insights&nbsp;preciosos sobre a tecnologia naval da época, as rotas marítimas e até os desafios enfrentados pelos navegadores.Segundo Filipe Castro, a descoberta não é apenas científica, mas também simbólica. "Esse achado conecta diretamente com um dos momentos mais importantes da história marítima de Portugal", explica o arqueólogo.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124658-naufragios-como-funciona-a-degradacao-de-materiais-no-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Naufrágios: como funciona a degradação de materiais no mar?</a></li></ul>Enquanto as investigações continuam, a expectativa cresce para que o navio traga à tona não só sua identidade, mas também os segredos submersos de uma era de exploração e conquista. É mais uma prova de que o fundo do mar ainda guarda histórias fascinantes para contar.

large_Vasco_da_Gama_-_1838.jpg

medium_Vasco_da_Gama_-_1838.jpg

small_Vasco_da_Gama_-_1838.jpg

thumbnail_Vasco_da_Gama_-_1838.jpg

Vasco_da_Gama_-_1838.jpg

Possível embarcação de Vasco da Gama é encontrada no Quênia

Décadas de mistério cercaram um som bizarro vindo do Oceano Antártico. Agora, os cientistas parecem ter descoberto a origem dele.

Os oceanos sempre foram fonte de histórias misteriosas, mas poucas são tão curiosas quanto essa. Nos anos 1960, um grupo de submarinistas relatou ouvir algo parecido com um pato grasnando nas profundezas do Oceano Antártico. Esse som estranho, apelidado de “bio-duck” intriga cientistas desde então e gerou mais perguntas do que respostas.<ul><li style="text-align:justify;">Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124950-brinicles-as-estalactites-de-gelo-mortais-do-oceano-antartico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">'Brinicles': as estalactites de gelo mortais do oceano Antártico</a></li></ul>Afinal, o que seria capaz de produzir esse som peculiar? Décadas de gravações e pesquisas mostraram que o fenômeno não era isolado e acontecia em várias partes do Oceano Antártico, especialmente próximo à Austrália e Nova Zelândia. E agora, parece que finalmente desvendamos esse mistério sonoro.<h2>Um “pato” que conversa debaixo d’água</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/25/25183657356237.jpg" alt="O enigmático som 'bio-duck' ganhou esse nome por lembrar um grasnado de um pato. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>O enigmático som 'bio-duck' ganhou esse nome por lembrar um grasnado de um pato. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Em 1982, uma equipe de pesquisadores que mapeava sons marinhos captou o enigmático “bio-duck” enquanto trabalhava no Oceano Antártico. O som consistia em sequências repetitivas de quatro pulsos, que pareciam imitar o grasnar de um pato. Ross Chapman, pesquisador da Universidade de Victoria, se juntou ao estudo anos depois e ficou intrigado: “Era tão repetitivo que parecia impossível ser algo biológico”, explicou.O mistério cresceu quando os cientistas notaram que o som vinha de múltiplos “locutores”. Quando um fazia o “quá-quá”, os outros ficavam em silêncio, como se estivessem ouvindo. Depois, o primeiro parava, e outro tomava a vez. “Parecia uma conversa organizada”, disse Chapman, que comparou a situação a uma reunião educada — só que entre criaturas subaquáticas.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128879-por-que-voce-nao-deve-dar-pao-para-os-patos-nos-parques.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que você não deve dar pão para os patos nos parques?</a></li></ul>Sem nenhuma confirmação visual de quem eram esses “conversadores”, as hipóteses começaram a surgir. Poderiam ser criaturas desconhecidas ou até fenômenos físicos? Mas foi só em 2014 que uma ideia ganhou força: talvez o som fosse produzido pela baleia-minke-antártica, uma espécie que habita justamente aquelas águas.<h2>Baleias ou patos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/25/25184125001239.jpg" alt="Nem pato, nem grasnado: o som de 'quá-quá' era obra das baleias-minke. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Nem pato, nem grasnado: o som de 'quá-quá' era obra das baleias-minke-antártica. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Para testar a teoria, os cientistas compararam gravações do “bio-duck” com sons produzidos pelas baleias-minke-antártica. E bingo! A similaridade era evidente. Frequência, duração e padrão dos sons combinavam, confirmando que esses “patos subaquáticos” eram, na verdade, mamíferos marinhos.<ul><li style="text-align:justify;">Conheça também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/sexo-entre-baleiasjubarte-machos-e-documentado-pela-primeira-vez-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sexo entre baleias-jubarte machos é documentado pela primeira vez</a>&nbsp;</li></ul>Além de solucionar o mistério, a descoberta trouxe um benefício prático. Entender como essas baleias se comunicam ajuda na preservação da espécie, especialmente em um mundo onde a poluição sonora e as mudanças climáticas ameaçam seus habitats. Monitorar os “quá-quás” agora pode fornecer dados valiosos sobre seus movimentos e comportamento.A conclusão também mostra o quão surpreendente é o mundo natural. De fenômenos aparentemente inexplicáveis a descobertas fascinantes, o caso do “bio-duck” é um lembrete de que a ciência, assim como o oceano, está cheia de surpresas. E agora sabemos: até mesmo as baleias têm suas conversas diárias — ou, quem sabe, suas fofocas entre um mergulho e outro.

Pedro Freitas