Imagem de Linhagem humana desconhecida pode ter sido encontrada na França no megacurioso

Analises feitas com restos mortais de um bebê de 45 mil anos em uma caverna neandertal indicam que criança pode ser de uma linhagem desconhecida do Homo sapiens

<head></head><body>Enquanto analisavam os restos mortais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121181-neandertais-fosseis-desafiam-teorias-sobre-seu-desaparecimento.htm#:~:text=A%20teoria%20atual%20que%20consta,Homo%20sapiens%20ao%20continente%20africano." rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> na caverna Grotte du Renne, na França, pesquisadores descobriram um quadril pertencente a um bebê humano moderno. No entanto, após uma série de estudos mais profundos, os cientistas passaram a notar diferenças entre o osso ilíaco encontrado e o existente em recém-nascidos mais recentes.Os autores do estudo acreditam que a criança encontrada na região pode representar uma linhagem inicial desconhecida dos Homo sapiens. A Grotte du Renne está entre os locais paleolíticos mais intrigantes da Europa, pois acredita-se ter sido habitada no mesmo período em que os humanos modernos substituíram os neandertais no mundo. Entenda mais sobre esse caso!<h2>Descoberta intrigante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/08/08170205944297.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Enquanto observavam a Grotte du Renne, os pesquisadores descobriram um grande número de ferramentas de pedra que são representativas do complexo tecnocultural chatelperronense, o qual surgiu durante o período de transição entre espécies. Dentro do campo científico, estudiosos estão divididos sobre quais espécies inventaram essa indústria.Enquanto alguns acreditam que os próprios neandertais inventaram essas ferramentas sozinhos, outros pesquisadores alegam que elas foram obra de humanos anatomicamente modernos. Outra vertente de pensamento, no entanto, especula que as duas espécies de hominídeos podem ter trabalhado juntas.Curiosamente, até agora apenas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124917-reliquias-sagradas-os-restos-mortais-de-santos-acumulados-pela-igreja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">restos mortais</a> neandertais foram encontrados na camada chatelperronense da Grotte du Renne, embora fósseis humanos modernos também tenham sido observados em outras cavernas associadas a esses itens. Portanto, o que realmente levantou essa discussão foi o recém-descobrimento da pelve infantil no local.<h2>Indústria chatelperronense</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/08/08170239654299.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Ao compararem o quadril infantil encontrado na caverna com dois ossos do quadril de neandertais conhecidos e os de 32 recém-nascidos humanos falecidos recentemente, os autores do estudo observaram que a ossada está muito mais próxima de um humano anatomicamente moderno do que de um neandertal.No entanto, o quadril também não se encaixa perfeitamente dentro dos limites de variação observados em bebês humanos modernos. Dessa forma, os pesquisadores acreditam que os ossos pertençam a uma linhagem humana moderna cuja morfologia difere ligeiramente dos humanos atuais. Essa criança, sendo assim, fazia parte das populações de humanos anatomicamente modernos que coexistiram com os últimos neandertais há 41 mil a 45 mil anos.Além disso, a presença desses humanos modernos na Grotte du Renne sugere que eles podem ter vivido ao lado dos neandertais na época em que surgiu a indústria chatelperronense, colaborando para a criação de um complexo arsenal de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108782-10-maquinas-e-ferramentas-que-facilitam-muito-o-trabalho-manual.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ferramentas</a>.Logo, esse período também pode ter sido o resultado de inúmeros processos de difusão cultural, com possível mistura populacional entre os dois grupos. Em outras palavras, os neandertais podem ter atualizado suas tecnologias depois de observar como seus vizinhos humanos se comportavam — resultando em uma indústria híbrida que passou a dominar partes da Europa até o desaparecimento da espécie.</body>

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Linhagem humana desconhecida pode ter sido encontrada na França

Imagem de Primeiras abelhas surgiram no Hemisfério Sul, diz estudo brasileiro no megacurioso

Pesquisadores reconstruíram eventos evolutivos das abelhas, o que mostrou que espécies atuais são descendentes de ancestral comum que habitava a América do Sul

<head></head><body>Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), publicado pela Current Biology, descobriu que as primeiras abelhas de que se tem notícia no mundo nasceram na América do Sul e na África durante o período geológico do Cretáceo — há cerca de 120 milhões de anos.Para chegar a tal conclusão, os pesquisadores usaram um vasto arsenal de evidências genômicas, ou análises de DNA das abelhas, e de registros fósseis. Dessa forma, foi possível reconstruir o período e a região geográfica do planeta onde os primeiros eventos evolutivos das <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/39591-20-fatos-curiosos-sobre-as-abelhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abelhas</a> definitivamente aconteceram. Conheça mais sobre essa história nos próximos parágrafos!<h2>Evolução das abelhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/08/08013126727005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Liderados pelo professor Eduardo Almeida, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), 16 cientistas de nove países diferentes escolheram e coletaram amostras de material genético de 216 espécies de abelhas que vivem atualmente na Terra. A diversidade de pesquisadores garantiu que a reconstrução levasse em consideração a maior diversidade possível.Então, os dados de DNA das abelhas modernas foram enfim comparados às informações disponíveis encontradas pelos pesquisadores, criando uma árvore genealógica das espécies e seus ancestrais. Em entrevista ao Jornal da USP, Eduardo Almeida explicou como todo o processo funcionou.De acordo com o pesquisador brasileiro, o cruzamento de dados das espécies mostrou informações genéticas com as idades dos fósseis. Além disso, a idade de origem dos diferentes grupos de espécies de abelhas e suas distribuições geográficas modernas permitiram a visualização de "cenários para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126932-como-a-evolucao-determinou-quanto-tempo-cada-animal-vive.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolução</a> no tempo e espaço" — o que guiou o restante dos estudos.<h2>Importância na natureza</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/08/08013146236007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Com todos esses dados em mãos, os pesquisadores chegaram a conclusão de que as primeiras abelhas surgiram na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126867-humanos-ja-habitavam-a-america-do-sul-ha-25-mil-anos-sugere-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">América do Sul</a> e na África em tempos similares. As abelhas que ocupavam o Hemisfério Sul alcançaram outras áreas do mundo conforme o movimento e as mudanças dos continentes foram acontecendo.Esse processo todo levou dezenas de milhões de anos, seguindo adaptações climáticas. Essas abelhas expandiram sua distribuição para o Norte do planeta, onde colonizaram as regiões atualmente representadas pela América do Norte, África e Ásia. Em certo ponto, grupos diferentes de abelhas alcançaram locais até então desprovidos de uma fauna desses insetos.Além de avaliar como as abelhas se espalharam pelo mundo, o estudo também foi capaz de destacar a importância dessas criaturas na natureza. Como a associação entre abelhas e plantas é fundamental para a reprodução de diversas espécies do segundo grupo, os pesquisadores destacam que entender a história das abelhas no mundo é também compreender como diversos grupos de plantas foram capazes de sobreviver.&nbsp;Segundo o documento publicado, regiões onde houve uma associação mais longeva de abelhas e flores costumam apresentar mais diversidade de ambos atualmente, como acontece na América do Sul. Afinal, os insetos polinizadores tiveram um papel fundamental para que o meio ambiente se desenvolvesse naturalmente.</body>

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Primeiras abelhas surgiram no Hemisfério Sul, diz estudo brasileiro

Imagem de Espécie minúscula de sapo é descoberta em SC no megacurioso

Medindo apenas 1 centímetro de comprimento, o sapo pingo-de-ouro-do-tabuleiro só pode ser encontrado no topo das montanhas da Serra do Tabuleiro

<head></head><body>Uma nova espécie de sapo foi recentemente descoberta no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, na região da Grande Florianópolis, em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124993-porca-da-a-luz-41-leitoes-em-fenomeno-raro-visto-em-sc.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Santa Catarina</a>. O acontecimento foi divulgado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) do estado. A região também é conhecida por ser a maior unidade de conservação de SC.&nbsp;Segundo o órgão governamental, o pingo-de-ouro-do-tabuleiro (Brachycephalus tabuleiro), como foi batizada a espécie, mede algo entre 1 cm e 1,3 cm e é considerado um animal microendêmico, o que significa que só surge no topo das montanhas dessa parte do Brasil e em mais nenhum lugar do planeta.<h2>Descoberta impressionante</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Diego José Santana/IMA&nbsp;" data-fonte-url="https://s2-g1.glbimg.com/08UGpMPo03J9ZS0ga_epAKiP-4M=/0x0:983x660/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/Q/H/s7f23STq6zEyHBPIAMsQ/foto-diego-jose-santana.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07175133128390.jpg" alt="(Fonte: Diego José Santana/IMA)">(Fonte: Diego José Santana/IMA)O achado do pingo-de-ouro-do-tabuleiro é o resultado de um trabalho científico feito por sete cientistas brasileiros e publicado na revista científica Vertebrate Zoology no dia 14 de julho de 2023. Conforme o IMA de Santa Catarina, esse tipo de sapo vive somente entre as folhas caídas das florestas úmidas acima dos 800 metros de altitude.Quem liderou o projeto foi a bióloga Sarah Mângia, que trabalha na área de taxonomia e filogeografia de anfíbios. "Foi com muita paciência que, após muitas horas vasculhando a serapilheira no meio da Mata Atlântica, encontramos o primeiro indivíduo dono daquele som que nos chamou a atenção. Vibramos de alegria ao perceber que poderíamos estar diante de uma novidade científica", escreveu a pesquisadora.&nbsp;Segundo Mângia, a confirmação da nova espécie aconteceu após algumas análises de DNA, morfologia externa, morfologia óssea e bioacústica do animal. Além disso, o grupo de estudos precisou realizar comparações com outras <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126849-5-especies-de-animais-que-tem-ciclos-menstruais-na-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécies</a> de Brachycephalus já conhecidas na história.&nbsp;Esse gênero de anfíbios distribui-se apenas nas regiões de Mata Atlântica da Bahia até Santa Catarina. Os sapos desse grupo são conhecidos por seu tamanho consideravelmente pequeno e por estarem entre os menores vertebrados existentes na Terra.<h2>Espécies únicas</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Diego José Santana/IMA&nbsp;" data-fonte-url="https://s2-g1.glbimg.com/QLgTCQRlkuTldB-4xs6EJOLHKtY=/0x0:975x674/1008x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/W/0/vxMICCQTAShkneSt2gMw/imagem-diego-jose-santana.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07175227224392.jpg" alt="(Fonte: Diego José Santana/IMA)">(Fonte: Diego José Santana/IMA)Somente em Santa Catarina, existem oito espécies de Brachycephalus conhecidas — incluindo o pingo-de-ouro-do-tabuleiro. Em entrevista ao G1, o biólogo do IMA e coordenador do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Marcos Maes, afirmou que o gênero tem uma "história evolutiva muito característica".&nbsp;"Ele existia em toda essa região, e conforme o clima começou a esquentar, e começou também o processo de formação de montanhas, ele [o gênero] acabou ficando restrito a esses morros", disse. Como esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123877-afinal-sapos-realmente-se-deixam-ferver-lentamente-ate-a-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sapos</a>, segundo Maes, vivem apenas em lugares de temperatura amena e clima úmido, acabaram se isolando nessas montanhas.Quando espécies ficam isoladas em pequenos grupos como acontece com esse gênero de sapos, é relativamente comum dentro da ciência que novas espécies surjam. Isso explica o fato da grande quantidade de sapos desse tipo somente em Santa Catarina.&nbsp;Considerada a maior unidade de conservação de proteção integral no estado, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é administrado pelo governo de SC, através do IMA, e possui cogestão do Instituto Çarakura. Além do pingo-de-ouro-do-tabuleiro, a área também apresenta outras espécies únicas, como a Commelina catharinensis e o Cavia intermedia.&nbsp;</body>

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Espécie minúscula de sapo é descoberta em SC

Imagem de Explosão solar é sentida em Marte, Lua e Terra pela 1ª vez  no megacurioso

Segundo pesquisadores, nunca antes na história um evento de radiação deste tamanho foi registrado simultaneamente nos três lugares

<head></head><body>No dia 28 de outubro de 2021, uma enorme explosão de plasma e partículas magnetizadas aconteceu no Sol. Esse evento solar inundou a Terra, a Lua e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124971-novo-mapa-em-alta-definicao-revela-os-segredos-de-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a> em enormes quantidades de radiação. O que os pesquisadores não sabiam naquela época, no entanto, é que essa era a primeira vez na história que os três corpos teriam medido o mesmo evento de forma quase que simultânea.&nbsp;Na visão dos pesquisadores, compreender tais eventos, conhecidos como ejeções de massa coronal (CMEs) é crucial para futuras explorações espaciais — incluindo missões planejadas para enviar astronautas a Marte e estabelecer um posto avançado científico na Lua.<h2>Medindo a explosão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07181131523408.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A partir do momento que a explosão solar aconteceu em 2021, ela pode ser medida por sistemas nos três corpos celestes. Em Marte, o ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO) da Agência Espacial Europeia e o rover Curiosity da NASA registraram o influxo de partículas energizadas.Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120471-e-se-uma-bomba-nuclear-fosse-detonada-na-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>, por sua vez, essas partículas foram captadas pelo Chang'e-4 da Administração Espacial Nacional Chinesa e pelo Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA. Por fim, quem detectou a radiação se aproximando da órbita baixa da Terra foi o satélite Eu:CROPIS do Centro Aeroespacial Alemão.Todos os efeitos desse fenômeno solar foram relatados na revista Geophysical Research Letters. Em nosso planeta, nosso campo magnético atua como um escudo contra explosões solares mais perigosas. Lua e Marte, contudo, carecem dessa magnetosfera protetora, o que significa que muito mais dessa radiação chega às suas superfícies.&nbsp;<h2>Efeitos da radiação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07181155610409.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em termos de viagens espaciais, preparar-se para enfrentar essas radiações é algo crucial. O motivo? Elas podem ter um impacto negativo severo nos astronautas. Estudos passados indicam que a exposição a altas doses de radiação podem causar irritação da pele, náusea, distúrbios sanguíneos, imunidade enfraquecida e até câncer.Em casos agudos, pessoas afetadas podem apresentar fortes queimaduras e degeneração neurológica. Uma dose perigosa de radiação é considerada em torno de 700 miligray — medida usada para esse tipo de fenômeno. Por sorte, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124968-nasa-registra-danca-do-sol-em-videos-de-alta-tecnologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">explosão solar</a> medida no dia 28 de outubro de 2021 foi significantemente mais fraca que isso, registrando apenas 31 miligrays.&nbsp;De todo modo, pesquisadores alertam que as explosões solares se tornarão mais frequentes e intensas ao passo que o Sol se aproximar do seu pico do seu ciclo de atividade solar de 11 anos, o que pode acontecer ainda no final deste ano. O novo estudo também ressalta que a magnetosfera e a atmosfera da Terra tornaram a radiação desse evento insignificante no momento em que atingiu a superfície do planeta.&nbsp;Como próximo passo, os cientistas planejam estudar como os CMEs atingem corpos além da Terra para ajudar no desenvolvimento da blindagem necessária para proteger os futuros astronautas e também para compreender melhor quais os efeitos desse fenômeno em nosso Sistema Solar.&nbsp; </body>

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Explosão solar é sentida em Marte, Lua e Terra pela 1ª vez 

Imagem de Sistema Solar pode ser 1 milhão de anos mais velho, diz estudo no megacurioso

Segundo pesquisadores, existem evidências de que as estimativas anteriores feitas sobre a idade do Sistema Solar estejam equivocadas

<head></head><body>A idade do nosso Sistema Solar não apenas é uma questão importante a ser respondida pela ciência, como também é a melhor forma que nós temos de conectar como as estrelas e os planetas surgiram. Novas medições feitas por meio de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126842-meteorito-bumerangue-como-rocha-terrestre-foi-ao-espaco-e-voltou-.htm#:~:text=Uma%20rocha%20com%20caracter%C3%ADsticas%20incomuns,espa%C3%A7o%20e%20retornado%20ao%20planeta." rel="noopener noreferrer" target="_blank">meteoritos</a>, no entanto, indicam que os números obtidos anteriormente podem um tanto quanto equivocados.&nbsp;O novo estudo sugere que o Sistema Solar possui 4,5684 bilhões de anos, com margem de erro de 240 mil anos. As estimativas anteriores eram cerca de 1,1 milhão de anos a menos que os dados recém-obtidos. Embora a diferença seja relativamente pequena, muita coisa ainda poderia ter acontecido na escala planetária de 1 milhão de anos.<h2>Medindo a idade do Sistema Solar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03021917692004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Para conseguir determinar a idade aproximada do nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119161-6-grandes-segredos-do-sistema-solar.htm#:~:text=Em%202017%2C%20uma%20gigante%20estrutura,de%20800%20metros%20de%20comprimento." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a>, não é como se os cientistas envolvidos no projeto tivessem o auxílio de um calendário ou cronômetro. Ao observar a composição química de determinados minerais nos meteoritos, a ciência consegue ter uma ideia de quando eles se formaram — um indicador de quando surgiram os primeiros "blocos de construção" do Sistema Solar.“Para aprender sobre o nascimento dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124044-1-informacao-que-voce-aprendeu-errado-sobre-os-8-planetas-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">planetas</a> e a história dos primeiros milhões de anos do nosso Sistema Solar, estudamos meteoritos que testemunham esta era”, escreveram os pesquisadores da Arizona State University em seu artigo. De acordo com os estudiosos, restringir os momentos em que esses componentes se formaram é parte crucial do processo.&nbsp;Dessa forma, é possível ter uma ideia de quando as primeiras colisões ocorreram dentro da nebulosa solar que formou o Sistema Solar que estamos inseridos, e como todos esses eventos se desencadearam naquilo que conhecemos hoje. Em particular, as amostras mais interessantes para se analisar são as inclusões ricas em cálcio e alumínio (CAIs) encontradas nestes meteoritos.<h2>Novas estimativas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03021938534006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Ao analisar de perto as proporções específicas de isótopos — mesmos elementos químicos com diferentes números de nêutrons em seu núcleo — os cientistas podem descobrir há quanto tempo as rochas em questão se formara. A estimativa anterior baseava-se nas proporções de isótopos de chumbo em CAIs. Contudo, parecia que as proporções de alumínio eram discordantes, o que sugere que a nebulosa solar primordial era diversificada e não da mesma forma em todas suas partes.Isso mostrou ser um grande problemas para as estimativas, uma vez que exigia algo para tornar a nebulosa tão heterogênea. O estudo sugere que explosões solares intensas ou uma supernova teriam que ter acontecido muito perto. "Foi exatamente com isso que o nosso Sol nasceu", acrescentaram os pesquisadores à New Scientist.&nbsp;Logo, o novo estudo produzido pela Arizona State University fornece uma imagem muito mais clara e simples de como o Sistema Solar inicialmente se formou, mesmo que isso signifique que ele tenha ganhado alguns aninhos no Universo.</body>

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Sistema Solar pode ser 1 milhão de anos mais velho, diz estudo

Imagem de Suloszowa: a cidade polonesa que tem uma única rua no megacurioso

Embora tenha sido arquitetado em uma única avenida, o vilarejo de Suloszowa, na Polônia, tem população de 6 mil habitantes

<head></head><body>Imagina viver em uma cidade onde todos os seus conhecidos estão morando na mesma rua? Em Suloszowa, na Polônia, essa não apenas é uma realidade, como também é algo inevitável. A razão por trás disso é porque o pequeno <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125617-malana-o-curioso-vilarejo-nos-himalaias-famoso-por-seu-haxixe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vilarejo</a> de 6 mil habitantes, localizado na província de Malopolska, foi construído inteiramente em uma única avenida.Suloszowa fica dentro do Parque Nacional Ojcowski, famoso na Europa por suas formações calcárias e por estar a 36 km da Cracóvia. A cidade estende nos dois lados de uma via de 9 km de comprimento chamada Olkuska-Krakowska, uma das ruas mais longas do país. Conheça mais sobre essa curiosa história nos próximos parágrafos!<h2>Funcionamento de Suloszowa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01183237005426.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Para quem observa o vilarejo de Suloszowa de cima, pode pensar que a vida ali é bastante pacata. Afinal, estando em uma cidade de uma rua só, não conhecer todos os seus vizinhos acaba sendo praticamente impossível. Mas como é possível uma cidade inteira funcionar dessa forma? Organização de lotes.Embora esteja toda construída em uma única via, Suloszowa se expande para os lados. Os dois lados da avenida possuem casas que não parecem ser tão grandes assim, mas que possuem grandes <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111575-30-animais-que-escaparam-de-fazendas-de-peles-e-hoje-vivem-tranquilamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fazendas</a> em sua parte traseira — longe da parte habitacional do vilarejo.&nbsp;Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, alguns moradores exaltaram a forma como a cidade acabou crescendo. “Há um bom senso de comunidade aqui”, disse Edyta, dona de uma loja local. Na época de colheitas, é comum que os habitantes se reúnam no centro da cidade para aproveitar os frutos, tocar músicas e desenvolver laços mais fortes entre si.<h2>Pontos turísticos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01183253399428.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Expandindo-se por apenas 9 km, a cidade de Suloszowa não é exatamente um ponto de referência turística no país. Afinal, além de trabalhar em suas fazendas, seus meros 6 mil habitantes costumam usar o tempo livre para descansar e falar sobre os outros. "Todos nós nos conhecemos. Nós adoramos fofocar", respondeu Edyta.Contudo, isso não significa que não existem programas turísticos para fazer caso você esteja passando pela região. A maior referência e cartão postal da cidade está no Castelo Pieskowa Skala, que foi construído em um penhasco dentro dos limites do Parque Nacional Ojcowski.A estrutura foi erguida a mando do rei Casimiro III, o Grande, no século XIV. O castelo faz parte da cadeia defensiva de castelos chamados "Nidos de Águila", composto por 25 castelos medievais entre Czestochowa e Cracóvia. A maioria dessas construções estão situadas no topo de rochas altas e tinham como objetivo proteger a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Polônia</a> de invasores, além de servir como portões para as rotas comerciais.Fora o Castelo Pieskowa Skala, os melhores programas que você encontrará ao visitar Suloszowa são o Dia do Morango e o Dia da Batata, dois feriados do vilarejo que costumam causar grandes festas entre a população local.</body>

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Suloszowa: a cidade polonesa que tem uma única rua

Imagem de 5 mistérios sobre o reino animal que continuam sem explicação no megacurioso

Conheça as maiores dúvidas que ainda assombram os cientistas quando o assunto é o mundo selvagem dos animais

<head></head><body>Embora o ser humano acredite ser o dono da Terra, nós dividimos esse planeta com cerca de 7,7 milhões de espécies de animais. E se esses números não fossem absurdos o suficiente, todas essas criaturas possuem habilidades únicas que as fazem ser seres intrigantes e capazes de sobreviver na natureza — enquanto nós nos adaptamos para se privar da vida selvagem.Nós também gastamos anos de nossas vidas para estudar e entender um pouco mais sobre as particularidades dessas criaturas. Contudo, muitos animais escondem segredos que ainda não foram decifrados pelos humanos, veja só os cinco maiores!<h2>1. Evolução dos cães</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03035210172000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Geneticamente falando, lobos e cachorros são praticamente idênticos. Ambas as criaturas compartilham 99,9% de seu DNA e são mais parecidos entre si do que os seres humanos são de seus parentes animais mais próximos. No entanto, essas são espécies que se comportam de maneira completamente diferente.Enquanto os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126885-cachorro-do-tamanho-de-chihuahua-teria-vivido-entre-romanos-da-inglaterra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cães</a> são dóceis e evoluíram para estar ao lado dos humanos, os lobos mantêm seus fortes instintos de caça. Até hoje, a ciência não sabe exatamente o que causou a divergência entre os dois animais há cerca de 20 mil anos. Porém, duas hipóteses são as favoritas: ou os humanos domesticaram os lobos de forma bastante perigosa, ou eles se autodomesticaram para aumentar as chances de sobrevivência ao nosso lado.<h2>2. Animais e o conceito de luto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03035232728003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em 2018, uma mamãe <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126800-orcas-5-comportamentos-curiosos-das-chamadas-baleias-assassinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">orca</a> carregou a carcaça de seu filhote morto por 17 dias, cobrindo milhares de quilômetros de oceano. Não demorou muito para que o acontecimento virasse manchete na imprensa e que uma importante questão fosse levantada: os animais são capazes de sentir luto?Histórias semelhantes podem ser encontradas em todo o reino animal, como as de cachorros que se recusam a sair de perto do túmulo de seus donos falecidos. E embora seja fácil espelhar o sentimento humano de luto nesses animais, nós ainda não encontramos um método para saber o que se passa na cabeça de outras criaturas na natureza — o que bem poderia ser apenas uma adaptação evolutiva.<h2>3. Insetos escondidos em nossas casas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03035247433004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Na década de 2010, um estudo visitou 50 casas da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. O objetivo dos pesquisadores era vasculhar esses domicílios e encontrar o maior número possível de espécies de inseto que lá viviam. Surpreendentemente, a média de espécies encontradas em cada lar ultrapassou a casa dos 100.&nbsp;Vale ressaltar que essas não eram casas sujas ou localizadas no meio de florestas com janelas abertas. Através dessa descoberta, foi possível notar que um domicílio humano comum é um ecossistema para mais criaturas do que imaginamos. Então, as perguntas que não querem calar são: o que esses insetos estão fazendo lá? E o que podemos aprender com eles?<h2>4. Amizade com polvos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03035307723007.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em 2020, o documentário My Octopus Teacher fez a seguinte pergunta aos seus espectadores: é possível formar uma relação de carinho entre humanos e uma criatura marinha como um polvo? O documentário mostra um humano super apegado ao seu polvo de estimação, mas jamais saberemos o ponto de vista do animal.Afinal, os humanos ainda não são capazes de ler os sentimentos de outras espécies e se comunicar com elas. De todo modo, é curioso indagar até que ponto conseguimos estabelecer laços afetivos com outras criaturas.<h2>5. Espécies futuras</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03035343730009.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Se tem uma coisa que aprendemos através da ciência e da arqueologia é que muitas espécies de animais viveram na Terra antes de nós e acabaram sendo extintas. Outras, por sua vez, evoluíram para outros tipos de criatura. E um fato é que o mundo segue em constante evolução, o que provavelmente significa que muitos animais existentes hoje sumirão do mapa para que novas espécies possam surgir.E como serão os animais do mundo daqui a um milhão de anos? Embora esse seja um exercício muito divertido de se fazer com nossas mentes, a humanidade ainda não é capaz de prever o futuro e muito menos adivinhar quais adaptações outras espécies precisarão passar para sobreviver ao planeta no futuro.&nbsp;</body>

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5 mistérios sobre o reino animal que continuam sem explicação

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Estudos indicam que, em momentos de grande estresse, é comum os seres humanos sentirem presenças inexistentes

<head></head><body>Você já sentiu que havia outra pessoa junto de você quando ninguém estava por perto – e não necessariamente acreditou que estava na presença de algum fantasma? Embora isso possa parecer algum tipo de alucinação bizarra, na verdade se trata de um fenômeno relativamente comum entre os seres humanos — sobretudo quem está muito estressado.&nbsp;Conforme relatado pela reportagem feita pela BBC, esse fenômeno costuma ser comum em quem está viajando ou se aventurando por ambientes isolados, como os alpinistas que escalam o Everest, e pode ser chamado de "fator do terceiro homem". Ficou curioso para saber mais sobre o tema? Veja só os próximos parágrafos!<h2>Efeitos psicológicos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/28/28002932998004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Dentro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124414-7-abordagens-da-psicologia-e-suas-diferencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">psicologia</a>, a experiência de sentir a presença de uma pessoa inexistente é conhecida como "presença sentida". Inclusive, tal fenômeno foi tema principal do livro Presence: The Strange Science and True Stories of the Unseen Other, do professor de psicologia da Durham University Ben Aldenson-Day.Alderson-Day descobriu que essas experiências não se limitam a pessoas em situações extremas. Ou seja, um indivíduo em situação ordinária também poderia ter a sensação de que alguém está dividindo o mesmo ambiente que ele, mesmo que essa pessoa não possa ver esse ser. Inclusive, não é algo tão incomum após <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124123-como-nosso-cerebro-lida-com-o-luto.htm#:~:text=%E2%80%9CO%20trauma%20emocional%20do%20luto,em%20entrevista%20%C3%A0%20Live%20Science." rel="noopener noreferrer" target="_blank">luto</a> ou em pessoas com psicose.&nbsp;Para alguns, esse fenômeno pode ocorrer como parte da paralisia do sono, quando você acorda, mas não consegue se mover. Os pesquisadores possuem dificuldade de definir exatamente em que consiste uma presença sentida, uma vez que não é experimentada através dos cinco sentidos físicos dos seres humanos. No entanto, isso não faz parte objetivamente de ilusões que envolvem pensamentos.<h2>Busca por explicações</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/28/28002954143007.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Enquanto tentava entender mais sobre esse fenômeno, Alderson-Day acabou se deparando em algo que seria uma combinação de aspectos físicos e psicológicos. No caso de montanhistas e exploradores, a falta de oxigênio no cérebro pode desempenhar um papel fundamental, visto que é conhecido por induzir alucinações.Porém, também é preciso considerar aspectos de sobrevivência. Em algum sentido, é possível que essas pessoas estejam evocando a existência de alguém para tentar ajudá-los a sair de uma situação extrema. Um ponto importante é que alguns pacientes chegam até mesmo ouvir vozes inexistentes, o que possivelmente existiriam apenas para incentivá-los a seguir em frente.Em seus estudos, o professor da Durham University também pontuou que mulheres eram mais propensas a relatar essas presenças e mais propensas a considerá-las angustiantes. Essa é uma experiência mais comum em quem está sofrendo grande estresse físico, uma vez que as informações que recebemos de nossos sentidos nesses momentos podem levar à sensação peculiar de que alguém está conosco.Por fim, a maneira como alguém passa por uma presença sentida pode depender dos seus sentimentos e crenças pessoais — que alteram a percepção do evento. Para Alderson-Day, ainda é preciso mais estudos sobre o corpo e a mente humana para que esse fenômeno relativamente comum seja realmente compreendido.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.168Z

Por que às vezes sentimos a presença de 'pessoas invisíveis'?

Imagem de Dieta de plantas pode ter ajudado macacos a ficarem eretos, diz estudo no megacurioso

Segundo pesquisadores, os primatas acostumados a se alimentar de folhas verdes teriam sido forçados a ficarem de pé para buscar frutas nas copas de árvores

<head></head><body>Dois novos estudos trouxeram novas informações não apenas sobre a evolução inicial dos hominídeos, mas também sobre como as primeiras florestas gramadas apareceram dentro do continente africano. O primeiro documento, publicado na revista Science, sugere que a vida nas florestas abertas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126730-vestigios-de-geleira-de-2-9-bilhoes-de-anos-sao-achados-na-africa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África</a> e uma dieta rica em folhas podem ter influenciado os macacos a ficarem de pé.&nbsp;Há algum tempo, antropólogos já acreditavam que nossos ancestrais teriam desenvolvido um torso ereto para colher frutas nas florestas. Dessa forma, primatas maiores precisariam distribuir seu peso nos galhos que brotavam dos troncos e estender as mãos para pegar uma fruta. Como a execução dessa tarefa é mais fácil se o animal estiver de pé, eles se adaptaram. Entenda mais sobre o caso!<h2>Verticalização dos primatas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/26/26173310018488.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Uma nova pesquisa feita com um macaco fossilizado de 21 milhões de anos, da espécie Morotopithecus bishopi, sugere que os primeiros primatas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126772-por-que-os-macacos-dessa-ilha-fazem-mais-sexo-com-machos-do-que-femeas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">macacos</a> realmente comiam as folhas em uma floresta sazonal, a qual possuía copas de árvores quebradas e áreas gramadas abertas. Por conta dessa paisagem, ao contrário das florestas fechadas, esses animais possivelmente foram impulsionados a adquirir uma estrutura vertical.Ambos os artigos a respeito do tema surgiram de uma colaboração de paleontólogos internacionais chamada Research on Eastern African Catarrhine and Hominoid Evolution Project (REACHE). Os estudos foram coordenados por Laura MacLatchy, paleoantropóloga da Universidade de Michigan.A pesquisa se concentrou em um lugar no leste de Uganda chamado Moroto. Nessa região, os pesquisadores encontraram fósseis em uma única camada de rocha, o que foi o suficiente para recriar o ambiente do Morotopithecus.<h2>Adaptando ao ambiente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/26/26173344878489.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Ao observar a área de Uganda, a equipe de pesquisa descobriu que as plantas nessa paisagem sofriam de um fenômeno chamado "estresse hídrico", o que significa que elas viviam em períodos sazonais de chuva e aridez. Essas mudanças indicavam que os macacos teriam que depender de algo diferente das frutas para sobreviver.Portanto, essa descoberta sugere que o Morotopithecus&nbsp;provavelmente viveu em uma floresta aberta, pontuada por florestas de copas quebradas compostas por arbustos e árvores. "Esse contexto geral de ecossistemas abertos de florestas sazonais foram essenciais para moldar a evolução de diferentes linhagens de mamíferos, incluindo e, especialmente em nosso caso, como diferentes linhagens de macacos evoluíram", relatou o coautor do estudo John Kingston.&nbsp;Neste mesmo período histórico, a África Oriental viu uma grande mudança em sua topografia. Essa reviravolta resultou no clima regional e em sua vegetação conhecida hoje em dia. Acredita-se que essa mudança ambiental tenha favorecido animais bípedes terrestres, o que teria feito com que nossos ancestrais caminhassem no chão pelo fato das árvores estarem mais afastadas.&nbsp;Curiosamente, esses ambientes já estavam presentes pelo menos 10 milhões de anos antes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125679-por-que-nem-todo-macaco-nao-se-transformou-em-humano-na-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolução</a> do bipedalismo. Na visão dos pesquisadores, isso é informação suficiente para que nós tenhamos que também repensar as origens humanas.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:02.952Z

Dieta de plantas pode ter ajudado macacos a ficarem eretos, diz estudo

Imagem de 4 reis antigos que foram apagados pela história no megacurioso

Embora não tivessem vidas entediantes, esses monarcas nunca receberam muita atenção dos livros de história

<head></head><body>Quantos imperadores romanos deixaram seu nome marcado na história? <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125542-local-onde-julio-cesar-foi-esfaqueado-vira-ponto-turistico-na-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Júlio César</a>, Nero e Tibério são apenas alguns exemplos dessa fama. Alexandre, o Grande, por sua vez, é conhecido até hoje pela forma como comandou a Macedônia em inúmeras conquistas no passado. Assim como todos os citados anteriormente, a história é marcada por inúmeros líderes que realizaram grandes feitos.No entanto, a história também é feita de nomes que não sobreviveram o tempo. Muitos governantes antigos até tiveram vidas interessantes, mas foram praticamente esquecidos com o passar dos séculos. E é sobre essas pessoas que falaremos nesse artigo.<h2>1. Mursil I</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Hittites#/media/File:Exploradors_hittites,_museu_dels_soldadets_de_plom,_Val%C3%A8ncia.JPG"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01023955253000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A antiga cidade de Hattusa um dia foi conhecida por ser capital do Império Hitita — suas ruínas atualmente fazem parte da Turquia. E o responsável por comandar os hititas era Mursil I, o homem que viajou mais de 1,6 mil km somente para saquear a Babilônia.A investida foi bem sucedida e Mursil garantiu que seu legado fosse difundido pelo povo da região. No entanto, a conquista não foi exatamente frutífera para o monarca. Como a Babilônia era muito longe para os hititas governarem e o ganho do território não foi visto com bons olhos pela população do império, Mursil acabou perdendo apoio.Quando voltou para casa, ele observou seu ataque ser condenado como um ato de arrogância e seu cunhado deu um golpe no trono, encerrando abruptamente seu reinado por meio de um assassinato. Constrangidos pelo caso, os hititas nunca citaram muito essa história em seus arquivos.&nbsp;<h2>2. Sargão II</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01024056731001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O rei Sargão II foi um líder muito bem-sucedido para os padrões da Assíria, onde comandava. Ele foi responsável por conquistar enormes quantidades de prata e ouro invadindo cidades estrangeiras, anexando territórios dos filisteus e dos neo-hititas, sem contar que também conseguiu conquistar o trono da Babilônia.No entanto, após sua morte, seu legado foi praticamente apagado. O motivo? Senaqueribe, seu filho que assumiu o trono, nunca gostou de falar sobre o pai e encorajou o povo da Assíria a esquecê-lo. Acontece que Sargão II morreu em batalha e nunca recebeu um enterro real, visto que seu corpo foi perdido para o inimigo. Sem ser devidamente enterrado, seu espírito foi considerado amaldiçoado e sua história foi deixada para trás.<h2>3. Arquelau I</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01024135198002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Na Macedônia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104773-confira-20-fatos-aleatorios-relacionados-com-alexandre-o-grande.htm#:~:text=12%20%E2%80%93%20Alexandre%20n%C3%A3o%20era%20muito,por%20muitos%20um%20tirano%20b%C3%AAbado.&amp;text=13%20%E2%80%93%20Ele%20uma%20vez%20organizou,tinha%20verdadeiro%20pavor%20de%20gatos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alexandre, o Grande</a>, é de longe o rei mais famoso que já comandou a nação. No entanto, seu ancestral Arquelau I pode tê-lo superado em alguns aspectos. Arquelau era filho ilegítimo de seu pai e de uma escrava, o que significa que ele nunca deveria ter se tornado rei.Porém, após assassinar seu tio, primos e irmão — o verdadeiro herdeiro do trono — ele encontrou seu caminho para a sucessão. Mesmo com tantas polêmicas, ele tornou-se um rei querido entre os macedônios, atraindo artistas de todo o mundo para seu país. Contudo, anos mais tarde, Arquelau sofreria de seu próprio veneno e morreria assassinado por um jovem cortesão. Seu legado, inevitavelmente, seria apagado pelo sucesso iminente de Alexandre.&nbsp;<h2>4. Qin Er Shi</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01024223459003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Qin Shi Huangdi ganhou grande fama como <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102283-voce-sabe-quem-foi-o-primeiro-imperador-da-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imperador da China</a> e criador do Exército da Terracota. No entanto, seu sucessor, o imperador Qin Er Shi, não teve a mesma sorte. Quando Qin Shi Huangdi morreu, seus ministros temiam que seu filho mais velho e herdeiro os deixasse de lado.Dessa forma, eles conspiraram para que o filho mais novo do imperador, Hu Hai, fosse escolhido para o cargo. Hu Hai era facilmente manipulado, cruel e fraco — o que não era o ideal para o povo chinês, mas estava dentro das expectativas dos ministros. Então, o jovem rapaz foi coagido a forjar o testamento de seu pai e dizer para seu irmão se matar por suicídio bebendo veneno.Hu Hai, assim, assumiu o nome de Qin Er Shi, eliminando todas as outras ameças ao seu reinado. Ele executou publicamente todos seus irmãos do sexo masculino ou os forçou a se envenenarem. Suas irmãs também não escaparam de punições e sofreram mortes igualmente horríveis. Contudo, seu domínio sobre o império enfraqueceu rapidamente e ele governou a China por apenas três anos, sendo responsável pelo colapso da dinastia Qin.</body>

Pedro Freitas