Imagem de Composto pode aumentar fertilidade em pessoas mais velhas no megacurioso

Estudo feito em ratos idosos descobriu que molécula pode impedir a queda na fertilidade em idades mais avançadas

<head></head><body>No mundo intrigante da biologia, uma recente descoberta está trazendo esperança para aqueles que enfrentam desafios de fertilidade devido ao avançar da idade. Um novo estudo descobriu que a espermidina, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112273-cientistas-observam-molecula-ocupar-2-lugares-ao-mesmo-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">molécula</a> que ocorre naturalmente em diversas células, pode ser a chave para reverter o declínio da fertilidade em indivíduos mais velhos.A molécula, que teria, segundo a pesquisa, uma função "antienvelhecimento", foi injetada em ratos mais velhos, revertendo não só seu declínio de fertilidade como também resultando em ninhadas maiores.<h2 style="text-align: justify;">Comparando jovens e velhos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24092338913018.jpg" alt="Num futuro próximo, as pessoas mais velhas poderão continuar se reproduzindo, podendo ter filhos além daqueles de quatro patas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Num futuro próximo, as pessoas mais velhas poderão continuar se reproduzindo, podendo ter filhos além daqueles de quatro patas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Os cientistas compararam o tecido ovariano de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124427-sera-que-ratos-realmente-gostam-de-queijo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ratos</a> jovens e mais velhos, revelando que os ratos idosos tinham menos espermidina nos ovários que os mais jovens. Quando os pesquisadores ministraram a molécula nesses ratos mais velhos, os oócitos (células reprodutivas nos ovários) se desenvolveram mais rapidamente e apresentaram menos defeitos. Além disso, a espermidina melhorou a capacidade dos oócitos de eliminar detritos celulares e melhorou a função das mitocôndrias, as “usinas de energia” das células.Agora, você pode estar se perguntando por que isso é tão importante. O ponto é que, ao passo que as mulheres vão ficando mais velhas, a qualidade e quantidade de oócitos diminuem, tornando a concepção natural ou com ajuda de técnicas como a fertilização in vitro mais desafiadora. A espermidina parece ter o poder de rejuvenescer essas células reprodutivas, o que potencialmente pode ser uma solução para um problema que afeta muitas pessoas.A pesquisa foi realizada por um grupo de biólogos da Universidade Agrícola de Nanjing, na China, e tem chamado a atenção da comunidade científica. A equipe não apenas revelou os efeitos impressionantes da espermidina, mas também apontou para um futuro promissor onde tratamentos de fertilidade poderão ser aprimorados significativamente.<h2 style="text-align: justify;">De olho no futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24092759824021.jpg" alt="Com esses resultados promissores, o número de membros de uma família pode aumentar consideravelmente. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Com esses resultados promissores, o número de membros de uma família pode aumentar consideravelmente. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Embora inicialmente testada em ratos, a espermidina poderia, mais para frente, transformar radicalmente os <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125050-os-5-tratamentos-de-fertilidade-mais-criativos-da-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tratamentos de fertilidade em humanos</a>, oferecendo uma nova esperança para aqueles que enfrentam dificuldades para conceber novas vidas devido à idade avançada.Contudo, como tudo na ciência, é preciso ter calma. Por mais que a pesquisa tenha levado a resultados animadores, os cientistas ainda estão trabalhando para determinar a dosagem adequada e compreender completamente os potenciais efeitos colaterais. Ensaios clínicos precisos são necessários para garantir a segurança e eficácia do uso da espermidina como um tratamento de fertilidade.Em resumo, a espermidina emerge como um possível alento para aqueles que querem prolongar sua vida reprodutiva, oferecendo uma nova luz no fim do túnel para aqueles cujos sonhos de ter filhos pareciam ter chegado ao fim. O futuro da "fertilidade eterna" pode estar mais próximo do que imaginamos, graças aos avanços científicos e às mentes curiosas que a exploraram incansavelmente em busca de respostas.</body>

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Composto pode aumentar fertilidade em pessoas mais velhas

Imagem de "Supergalinhas": edição genética em aves gera resistência à gripe aviária no megacurioso

Laboratório onde a ovelha Dolly foi criada dá origem a galinhas modificadas geneticamente que não se infectam pelo vírus influenza.

<head></head><body>Em julho de 1996 nasceu a ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado com sucesso que se tornou um marco na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/90562-engenharia-genetica-pode-acabar-com-doencas-transmitidas-por-mosquitos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">engenharia genética</a>. O Instituto Roslin, na Escócia, responsável pela criação da ovelha, volta agora com um novo estudo genético que pode ser determinante para a proteção das aves contra a gripe aviária, uma ameaça devastadora que afeta não apenas a indústria avícola global, mas também representa um risco para os seres humanos.&nbsp;A equipe liderada por Mike McGrew, renomado pesquisador da Universidade de Edimburgo, da qual o Instituto Roslin faz parte, utilizou a técnica de edição genética CRISPR para fazer pequenas modificações no gene ANP32A das galinhas, tornando-as parcialmente resistentes à infecção pela gripe aviária.<h2 style="text-align: justify;">Driblando a adaptação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/23/23092231128075.jpg" alt="A edição genética pode ser uma ferramenta importantíssima na luta contra doenças como a gripe aviária. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">A edição genética pode ser uma ferramenta importantíssima na luta contra doenças como a gripe aviária. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)A gripe aviária, uma doença que rapidamente se espalha entre as aves em fazendas, tem causado estragos na indústria avícola, levando ao abate massivo de aves em várias partes do mundo. As tentativas anteriores de desenvolver vacinas eficazes esbarraram na capacidade do vírus de se adaptar rapidamente, tornando as aves vulneráveis mesmo após a vacinação. No entanto, a edição genética oferece uma solução promissora e permanente para esse problema.<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126801-galinhas-eram-animais-de-estimacao-exoticos-segundo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As galinhas</a> modificadas geneticamente mostraram uma notável resistência à gripe aviária. As alterações no gene ANP32A, essenciais para a replicação do vírus, impediram que a maioria das aves fosse infectada quando exposta ao vírus. Embora a técnica não tenha atingido uma eficácia de 100%, representa um avanço significativo na criação de aves resistentes à doença.Contudo, os desafios não param por aí. A aplicação prática dessa técnica enfrenta obstáculos complexos, especialmente quando se trata de galinhas, que são animais altamente reproduzíveis. Para implementar essas modificações geneticamente, seria necessário editar um grande número de aves ao longo do tempo para garantir que a resistência seja transmitida às gerações futuras.<h2 style="text-align: justify;">Outras edições</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/23/23092537382076.jpg" alt="A edição precisa ocorrer num número alto de animais, já que as galinhas vivem juntas e o vírus circula rápido. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">A edição precisa ocorrer num número alto de animais, já que as galinhas vivem juntas e o vírus circula rápido. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Além disso, os pesquisadores estão explorando a possibilidade de fazer modificações em outros genes além do ANP32A para aumentar a resistência das galinhas à gripe aviária. A pesquisa indica que a edição de mais de um gene pode ser necessária para alcançar uma resistência completa ao vírus, especialmente considerando a natureza zoonótica da doença, ou seja, sua capacidade de ser transmitida aos humanos.Apesar dos desafios técnicos e éticos envolvidos no uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127722-proxima-pandemia-deve-acontecer-no-setor-da-agricultura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">organismos geneticamente modificados na agricultura</a>, os resultados obtidos pela equipe de cientistas do Instituto Roslin representam um passo significativo em direção a um futuro onde as aves, e potencialmente outros animais, podem ser geneticamente protegidos contra infecções graves como a gripe aviária.&nbsp;A pesquisa continua, e os cientistas estão trabalhando arduamente para superar os obstáculos restantes, transformando este fascinante trabalho científico em uma solução prática que pode beneficiar tanto a indústria avícola quanto a saúde pública.</body>

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'Supergalinhas': edição genética em aves gera resistência à gripe aviária

Imagem de 5 coisas que são muito mais antigas do que você imagina no megacurioso

Ciência apresenta evidências de que várias das coisas que fazem parte do nosso dia a dia são mais antigas até mesmo que a nossa espécie

<head></head><body>Certas descobertas arqueológicas nos fazem repensar nossa compreensão sobre o passado, revelando que alguns aspectos da vida cotidiana são muito mais antigos do que pensávamos. De tavernas a cemitérios, essas cinco curiosidades nos transportam para <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125423-como-era-a-vida-de-uma-pessoa-comum-na-europa-da-era-medieval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">épocas antigas</a>, mostrando que nossos antepassados compartilhavam mais semelhanças conosco do que imaginávamos.<h2 style="text-align: justify;">1. Fast food (pelo menos 79 d.C.)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09214420922496.jpg" alt="Termopólio: o fast food dos romanos em Pompeia. (Fonte: Parque Arqueológico de Pompeia/ Divulgação)">Termopólio: o fast food dos romanos em Pompeia. (Fonte: Parque Arqueológico de Pompeia/ Divulgação)A antiga e famosa cidade de Pompeia, antes de virar cinzas, era um lugar onde até mesmo os cidadãos comuns podiam desfrutar de uma rápida refeição. Os termopólios, literalmente "balcões de bebidas quentes", eram estabelecimentos onde as pessoas podiam comprar comida pronta, tal qual os fast foods atuais.Estes lugares eram essenciais para aqueles sem lareiras em casa para cozinhar. Evidências revelam que mesmo os cidadãos mais pobres tinham acesso a uma dieta variada, incluindo pães, queijos, legumes e carne.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">2. Sanitário com descarga (2.200–2.400 anos atrás)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09215118574497.jpg" alt="O sanitário com descarga mostra que os chineses sempre foram bons com tecnologia. (Fonte: China Internet Information Center/ Divulgação)">O sanitário com descarga mostra que os chineses sempre foram bons com tecnologia. (Fonte: China Internet Information Center/ Divulgação)Em uma escavação na cidade de Yueyang, na China, arqueólogos encontraram um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121407-a-surpreendentemente-complicada-historia-do-inventor-do-vaso-sanitario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vaso sanitário</a> com descarga que datava de aproximadamente 2.200 a 2.400 anos. Isso deixa claro que os chineses antigos já usavam sistemas de descarga, algo que pensávamos ser uma inovação muito mais recente.&nbsp;Este vaso sanitário "avançado" foi provavelmente um luxo usado por membros do alto poder e da alta classe, mostrando que as sociedades antigas já valorizavam o conforto e a higiene.<h2 style="text-align: justify;">3. Taverna (cerca de 5 mil anos atrás)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16080345766000.jpg" alt="Ícones da Idade Média, as tavernas são muito mais antigas, chegando até os sumérios. (Fonte: GettyImages / Reprodução)">Ícones da Idade Média, as tavernas são muito mais antigas, chegando até os sumérios. (Fonte: GettyImages / Reprodução)Imagine-se entrando em uma taverna há 5 mil anos. Sim, nesse período havia lugares onde as pessoas comuns se reuniam para comer e beber. Arqueólogos descobriram uma taverna suméria na cidade de Lagash, na antiga Mesopotâmia, equipada com um sistema de refrigeração primitivo, um grande forno e uns bancos onde as pessoas podiam se sentar.&nbsp;Foi achada também uma receita de cerveja em uma tábua de argila, mostrando que a cerveja era a bebida mais comum na época, mais até do que a água.<h2 style="text-align: justify;">4. Amputação bem-sucedida (31 mil anos atrás)</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;T. Maloney et al / Nature&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nature.com/articles/s41586-022-05160-8?utm_medium=affiliate&amp;utm_source=commission_junction&amp;utm_campaign=CONR_PF018_ECOM_GL_PHSS_ALWYS_DEEPLINK&amp;utm_content=textlink&amp;utm_term=PID100060515&amp;CJEVENT=50ea70d36c1411ee835a62010a82b82d"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16081700937001.jpg" alt="Cientistas encontram osso com sinal de cicatrização após amputação. (Fonte: T. Maloney et al - Nature / Divulgação)">Cientistas encontram osso com sinal de cicatrização após amputação. (Fonte: T. Maloney et al - Nature / Divulgação)Pesquisadores descobriram ossos da Idade do Gelo de um indivíduo que não apenas sobreviveu a uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124391-a-historia-perturbadora-das-amputacoes-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amputação</a>, mas também continuou a viver por vários anos após o procedimento. Em Bornéu, no sudeste asiático, arqueólogos encontraram os restos de um adolescente cujo pé esquerdo foi habilmente amputado na metade da panturrilha.&nbsp;Assim, percebe-se que as sociedades antigas possuíam habilidades médicas incrivelmente avançadas, com procedimentos complexos muito antes da invenção dos antissépticos no século XIX.<h2 style="text-align: justify;">5. Cemitério (Entre 100.000 e 200.000 anos atrás)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16083520912010.jpg" alt="Pesquisadores apontam que cemitérios são mais antigos que a nossa própria espécie. (Fonte: GettyImages / Reprodução)">Pesquisadores apontam que cemitérios são mais antigos que a nossa própria espécie. (Fonte: GettyImages / Reprodução)Em uma caverna perto de Joanesburgo, na África do Sul, arqueólogos descobriram um cemitério do Homo naledi. Estes hominídeos, parentes humanos distantes, eram enterrados de forma organizada, mostrando um comportamento não apenas complexo, mas também emocional.&nbsp;Esse achado desafia as noções anteriores sobre a capacidade cognitiva desses ancestrais e revela que práticas mortuárias não eram exclusivas dos Homo sapiens, mas existiam muito antes do que pensávamos.Ao olhar para essas curiosidades antigas, somos lembrados de que, embora os tempos tenham mudado, muitos aspectos fundamentais da nossa humanidade permanecem intocados pelo passar dos séculos.</body>

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5 coisas que são muito mais antigas do que você imagina

Imagem de Como os tubarões-martelo crescem o martelo de suas cabeças? no megacurioso

Estudo recente mostra como animais desenvolvem seus crânios até ganharem a forma que dá seu nome característico

<head></head><body>No vasto e misterioso mundo dos oceanos, há criaturas que desafiam a nossa compreensão e nos surpreendem a cada descoberta. Um desses enigmas marinhos é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127251-femeas-de-tubarao-martelo-se-reunem-todo-ano-em-ilha-da-polinesia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tubarão-martelo</a>, uma espécie intrigante que, por muito tempo, deixou os cientistas em dúvida sobre como exatamente esse curioso "martelo" surge e se desenvolve em seus embriões.Imagine esse cenário: embriões de tubarão, com meros cinco centímetros de comprimento, de repente alargam suas cabeças durante a gestação. Os olhos, ainda em crescimento, são empurrados para fora em ângulos estranhos, indo para os cantos dessa cabeça que agora ganha um formato de pá. Tudo isso parece muito estranho, não é?Esse surpreendente fenômeno foi relatado em um novo estudo guiado pelo pesquisador Gareth Fraser, que é professor de biologia da Universidade da Flórida, e publicado na revista científica Developmental Dynamics.<h2 style="text-align: justify;">Descobrindo embriões</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09111658279101.jpg" alt="(Fonte: Gareth Fraser/University of Florida/Reprodução)">(Fonte: Gareth Fraser/University of Florida/Reprodução)Ao contrário de muitos peixes, que põem ovos, os tubarões-martelo dão à luz filhotes vivos, o que torna o estudo de seus embriões um grande desafio, já que não há ovos para serem analisados de forma controlada em laboratório. No entanto, contando com espécimes adquiridas de outros estudos e de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121357-6-dos-museus-mais-estranhos-e-curiosos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coleções de museus</a>, uma equipe de biólogos marinhos ousou desvendar esse mistério.&nbsp;Eles se dedicaram a estudar os animais da espécie Sphyrna tiburo, popularmente conhecidos como "tubarões-de-pala", uma subespécie de tubarão-martelo encontrada no Golfo do México e na costa leste dos EUA. Com a cabeça relativamente gigante e um focinho largo e achatado, esses tubarões são mais carismáticos e facilmente identificáveis.Graças a técnicas avançadas de coloração e imagem, os cientistas conseguiram acompanhar o desenvolvimento dos embriões em detalhes surpreendentes.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09111903982102.jpg" alt="Estudo mostrou as mudanças na cabeça do embrião até a formação do martelo. (Fonte: Gareth Fraser/University of Florida/Reprodução)">Estudo mostrou as mudanças na cabeça do embrião até a formação do martelo. (Fonte: Gareth Fraser/University of Florida/Reprodução)Descobriu-se que, apesar da cabeça do tubarão se formar logo no começo, o "martelo" só começa a aparecer cerca de dois meses após a gestação ter início. A cartilagem que forma esse martelo peculiar aparece inicialmente perto do nariz em desenvolvimento e se expande lateralmente, empurrando os olhos para as extremidades, seguindo um padrão notável que é provavelmente compartilhado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127275-como-se-da-nome-a-novas-especies-de-animais-ou-plantas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outras espécies</a> de tubarões-martelo. &nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Pesquisas futuras</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/10/10143518316229.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A dificuldade de se obter amostras de embriões de tubarão-martelo é um grande entrave para pesquisas como essa, tanto que os pesquisadores acreditam que será difícil repetir estudos como esse nos próximos anos. É importante lembrar que o tubarão-martelo é uma espécie em extinção e sua captura é proibida.&nbsp;Contudo, dentro do possível, o próximo passo será identificar os genes responsáveis por essa característica única que é o formato de martelo desses animais, lançando luz sobre o processo fascinante de desenvolvimento e descobrindo como isso beneficiou evolutivamente a espécie.</body>

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Como os tubarões-martelo crescem o martelo de suas cabeças?

Imagem de Explorando raízes: descubra os povos originários de sua região no mundo todo! no megacurioso

Site com mapa interativo revela quais são os povos indígenas que ocupam — ou ocuparam — a área em que você vive e qual a língua que eles falavam.

Voc&ecirc; j&aacute; se perguntou sobre a terra sob seus p&eacute;s? Quem a ocupou antes de voc&ecirc;? Bem, gra&ccedil;as a um projeto incr&iacute;vel chamado Native Land ("terra nativa", em portugu&ecirc;s), agora voc&ecirc; pode explorar os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118460-onde-vivem-os-indigenas-brasileiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">territ&oacute;rios e l&iacute;nguas ind&iacute;genas tradicionais</a> da sua regi&atilde;o.&nbsp;
Semelhante a qualquer site de mapas globais dispon&iacute;veis hoje, em poucos cliques &eacute; poss&iacute;vel viajar por todo o planeta descobrindo um pouco da hist&oacute;ria dos povos que originaram muitas das na&ccedil;&otilde;es que temos hoje.&nbsp;
<h2 style="text-align: justify;">O que &eacute;, de fato, o Native Land?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/07/07130938992013.jpg" alt="Site mostra informa&ccedil;&otilde;es sobre povos ind&iacute;genas tradicionais do Brasil. (Fonte: Native Land/ Divulga&ccedil;&atilde;o)" />Site mostra informa&ccedil;&otilde;es sobre povos ind&iacute;genas tradicionais do Brasil. (Fonte: Native Land/ Divulga&ccedil;&atilde;o)
O projeto foi criado por Victor Temprano, um canadense especialista em web que cresceu no territ&oacute;rio do povo Okanagan, na Col&uacute;mbia Brit&acirc;nica. Ele sentiu a necessidade de criar uma ferramenta que fizesse com que pessoas n&atilde;o ind&iacute;genas como ele se interessarem sobre hist&oacute;ria ind&iacute;gena, mas tudo de uma forma clara, f&aacute;cil e interessante.&nbsp;
O resultado foi o Native Land, um mapa online interativo que aponta os territ&oacute;rios, as l&iacute;nguas e os tratados dos povos ind&iacute;genas de v&aacute;rios pa&iacute;ses, com destaque para a grande quantidade de informa&ccedil;&otilde;es de pa&iacute;ses como Canad&aacute;, Estados Unidos, M&eacute;xico e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123459-por-que-existem-tantos-animais-estranhos-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austr&aacute;lia</a>. Para a felicidade de n&oacute;s brasileiros, por mais que n&atilde;o esteja completo, o mapa disp&otilde;e de muitas informa&ccedil;&otilde;es sobre os povos ind&iacute;genas do nosso pa&iacute;s.&nbsp;
E usar o site &eacute; bastante simples. Basta voc&ecirc; digitar seu c&oacute;digo postal ou o nome da sua cidade na barra de pesquisa e, em segundos, descobrir&aacute; em qual terra ind&iacute;gena voc&ecirc; est&aacute; pisando. Obviamente que o projeto n&atilde;o est&aacute; pronto, j&aacute; que depende de muita colabora&ccedil;&atilde;o e pesquisa, por&eacute;m &eacute; certamente um passo importante no entendimento da nossa identidade.
<h2 style="text-align: justify;">Em busca de conex&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/07/07123918099007.png" alt="A Am&eacute;rica do Sul est&aacute; cheia de informa&ccedil;&otilde;es sobre seus povos origin&aacute;rios. (Fonte: Native Land/ Divulga&ccedil;&atilde;o)" />A Am&eacute;rica do Sul est&aacute; cheia de informa&ccedil;&otilde;es sobre seus povos origin&aacute;rios. (Fonte: Native Land/ Divulga&ccedil;&atilde;o)
Como se v&ecirc;, o Native Land n&atilde;o &eacute; apenas um mapa, mas sim uma janela para um passado cheio de complexidade do qual a hist&oacute;ria ind&iacute;gena, na maioria das vezes, foi apagada dos registros ou colocada de lado, como se fosse de menor import&acirc;ncia. Assim, o projeto &eacute; um esfor&ccedil;o para reconectar as pessoas com a terra e nossos ancestrais, para nos lembrar de que ambos s&atilde;o sagrados para todos. &nbsp;
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117168-pimp-my-carroca-traz-visibilidade-sobre-a-profissao-de-catador.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ONG por tr&aacute;s do projeto</a>, a Native Land Digital, n&atilde;o apenas oferece um mapa, mas tamb&eacute;m recursos educacionais para ajudar professores a trazerem essa rica hist&oacute;ria para suas salas de aula. &Eacute; sobre reconhecer e corrigir os erros da hist&oacute;ria. Eles n&atilde;o afirmam ter todas as respostas, mas est&atilde;o comprometidos em aprender e crescer com as comunidades ind&iacute;genas.
Com o conhecimento que o projeto pretende apresentar, podemos cultivar um profundo respeito pelos povos ind&iacute;genas &mdash; que sempre estiveram aqui &mdash; e celebrar a diversidade cultural que existia muito antes de construirmos fronteiras e muros.
Acesse o Native Land <a href="https://native-land.ca/?lang=pt-br" target="_blank" rel="sponsored">aqui</a>.

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Explorando raízes: descubra os povos originários de sua região no mundo todo!

Imagem de Parasita faz formigas virar zumbis dependendo da temperatura no megacurioso

Parasita controla cérebro de animais e faz com que eles se comportem de maneiras diferentes ao amanhecer e ao anoitecer

<head></head><body>Controlar o corpo de um hospedeiro nunca foi tão macabro e engenhoso como no reino dos parasitas. E, quando se trata das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120031-fungo-parasita-transforma-formigas-em-zumbis.htm#:~:text=Esse%20%C3%A9%20o%20caso%20do,batizadas%20de%20%22formigas%20zumbis%22." rel="noopener noreferrer" target="_blank">formigas zumbis</a>, já existe um protagonista sinistro na dominação do cérebro, que é o fungo Ophiocordyceps unilateralis.&nbsp;No entanto, uma nova estrela está emergindo nesse mundo de parasitismo perturbador. É o Dicrocoelium dendriticum, um verme do fígado da lanceta que, de acordo com os cientistas, é capaz de manipular formigas e alternar seu "modo zumbi" de forma engenhosa.<h2 style="text-align: justify;">A hora certa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25161021572198.jpg" alt="As formigas são obrigadas a ficarem na copa das árvores. (Fonte: GettyImages /Reprodução)">As formigas são obrigadas a ficarem na copa das árvores. (Fonte: GettyImages /Reprodução)Se você sofre de sonambulismo pode já ter acordado em algum lugar sem saber como chegou até lá. Mesmo que esse não seja seu caso, imaginar que algo desse tipo aconteça com você pode ser um pouco assustador. Essa é a realidade sombria das formigas infectadas pelo parasita Dicrocoelium dendriticum que, conforme revelado por pesquisadores da Universidade de Copenhague, controla suas vítimas de maneira mais sofisticada do que imaginávamos.O ciclo de vida desse <a href="https://www.megacurioso.com.br/nojento/85332-veja-8-parasitas-que-vivem-dentro-de-humanos-e-o-que-eles-provocam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">verme do fígado</a> começa quando uma formiga infectada, sob o domínio do parasita alojado em seu cérebro, sobe até o topo de uma folha de grama. Essa posição estratégica garante que a formiga esteja à mercê de animais pastadores, como gado e veados, facilitando a transição do verme para seu próximo hospedeiro.No entanto, há um toque extra de engenhosidade. Os pesquisadores descobriram que as formigas podem ser persuadidas a descer da folha de grama quando a temperatura sobe. Em outras palavras, o parasita possui um mecanismo "liga-desliga zumbi" que é acionado de acordo com o clima. Uma estratégia incrivelmente adaptativa.Os cientistas compreenderam que, quando as temperaturas estavam mais baixas, as formigas se fixavam firmemente às copas das plantas. A partir do ponto que o calor aumentava, elas se soltavam e desciam. Por isso, as formigas tinham comportamentos diferentes ao amanhecer e ao entardecer, pois a variação de temperatura desses horários servia de gatilho para esse "interruptor" no cérebro.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Líder ativo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/25/25161202906199.jpg" alt="Há sempre um parasita líder no processo de zumbificação da formiga. (Fonte: GettyImages)">Há sempre um parasita líder no processo de zumbificação da formiga. (Fonte: GettyImages)Surpreendentemente, apenas um verme do fígado, entre centenas que invadem o corpo da formiga, assume o controle de seu cérebro, transformando-a em uma formiga zumbi. Esse indivíduo é o maestro da orquestra parasita, ditando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45498-quer-saber-mais-sobre-trabalho-em-equipe-aprenda-com-as-formigas-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comportamento da formiga</a> e, posteriormente, sacrificando-se durante a transição para o próximo hospedeiro. Os outros vermes do fígado permanecem protegidos dentro de cápsulas, aguardando seu momento.Como destacam os cientistas, os parasitas desempenham um papel importante na teia da vida, manipulando o comportamento de seus hospedeiros. No entanto, essa área da ciência continua sendo um território relativamente desconhecido devido à sua natureza misteriosa e esquiva.À medida que os pesquisadores desvendam os segredos dessa macabra dança entre os parasitas e seus hospedeiros, fica claro que a natureza guarda muitos mistérios esperando para serem revelados.</body>

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Parasita faz formigas virar zumbis dependendo da temperatura

Imagem de A que distância as estrelas estão umas das outras? no megacurioso

Ao contrário do que possa parecer ao olharmos o céu noturno, as estrelas têm tamanhos e distâncias variadas

<head></head><body>Você já se perguntou a que distância estão as estrelas que pontilham o céu noturno? Olhar para cima em uma noite estrelada é uma experiência de tirar o fôlego, mas entender as distâncias envolvidas é uma jornada ainda mais fascinante.<h2 style="text-align: justify;">Nem tudo é o que parece</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/19/19090916495024.jpg" alt="Estrelas da Via Láctea tem, em média, 5 anos-luz de distância. (Fonte: GettyImages / Reprodução)">Estrelas da Via Láctea tem, em média, 5 anos-luz de distância. (Fonte: GettyImages / Reprodução)As estrelas que vemos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121120-5-misterios-incriveis-nao-desvendados-sobre-a-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Via Láctea</a>, em sua maioria, estão a cerca de 5 anos-luz de distância uma da outra. Isso equivale a aproximadamente 47 trilhões de quilômetros. No entanto, quando olhamos para o céu noturno, nossa visão enxerga apenas uma imagem bidimensional das estrelas mais brilhantes, ou seja, não temos noção de profundidade, o que fatalmente nos leva ao engano.&nbsp;Os cientistas recomendam que, ao olhar para o cosmos, nunca confie apenas nas constelações. Por elas serem projeções 2D e não revelarem a verdadeira proximidade das estrelas, aquelas formações que vemos — usadas pela astrologia, por exemplo — não são reais, pois algumas estrelas podem estar longe demais e seu intenso brilho faz parecer que estão mais perto.&nbsp;É como um carro que vem em sentido oposto na estrada. Se ele estiver com o farol muito alto, você pode achar que ele está mais perto do que de fato está. &nbsp;Além disso, a distância real entre as estrelas é surpreendentemente variável. Por exemplo, o nosso Sol, a estrela que nos aquece todos os dias, está a 4,25 anos-luz de distância de sua vizinha mais próxima, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113211-segundo-planeta-e-encontrado-no-sistema-mais-perto-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Proxima Centauri</a>.Proxima Centauri, por outro lado, faz parte de um sistema de três estrelas e está a apenas um quinto de ano-luz de seus vizinhos mais próximos. Isso nos mostra que a distribuição estelar na galáxia é complexa e pode mudar ao longo do tempo, especialmente à medida que as estrelas se movem.<h2 style="text-align: justify;">Medindo distâncias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/19/19090443102021.jpg" alt="Ângulo de paralaxe. (Fonte: ESO Supernova/ Divulgação)">Ângulo de paralaxe. (Fonte: ESO Supernova/ Divulgação)Mas como medimos essas distâncias estelares aparentemente intergalácticas? A resposta é: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121565-geometria-e-uma-lingua-que-apenas-os-humanos-conhecem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geometria</a>. Para compreender, imagine estender a mão com um braço esticado e fechar um dos olhos. Agora, abra esse olho e feche o outro. Repita algumas vezes esse padrão e verá que sua mão terá ângulos diferentes em relação ao fundo a depender do olho que está aberto.&nbsp;Isso acontece porque seus dois olhos em conjunto com sua mão estendida formam um triângulo. Cada vez que você fecha um dos olhos, vê uma parte desse triângulo, formando um ângulo pelo qual sua mão se move. &nbsp;Esse ângulo é chamado de paralaxe.O mesmo raciocínio serve para você medir a distância, por exemplo, da Terra até uma determinada estrela. Para isso, considere que seus olhos agora são a Terra em lados diferentes do Sol (como na imagem acima). Se você tirar fotos dessa estrela nos dois posicionamentos da Terra, assim como fez ao abrir e fechar os olhos, poderá medir o ângulo de deslocamento da estrela. Assim, você terá determinado o ângulo de paralaxe que, combinado com a medida da órbita terrestre, servirá para calcular a distância dessa estrela.</body>

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A que distância as estrelas estão umas das outras?

Imagem de Xipe Totec: o deus mesoamericano do esfolamento humano no megacurioso

Deus mesoamericano era cultuado com cruéis e sanguinários rituais de sacrifício humano

<head></head><body>No coração das antigas culturas mesoamericanas, onde deuses e mitos eram tecidos na trama da vida cotidiana, surgiu uma figura que se destaca não apenas pela singularidade, mas também pelo terror que inspirava. Esse ser era Xipe Totec, o "Esfolado". Entre os astecas e os toltecas, Xipe Totec era uma divindade de múltiplas facetas, reverenciado como o deus da primavera e da fertilidade, mas envolto em rituais macabros que desafiavam a imaginação.<h2 style="text-align: justify;">A origem de Xipe Totec</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1b/Xipe_Totec_mask_Louvre_MH_78-1-60.jpg/640px-Xipe_Totec_mask_Louvre_MH_78-1-60.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/13/13224148758010.jpg" alt="Máscara de Xipe Totec. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">Máscara de Xipe Totec. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)A origem exata de Xipe Totec é um enigma, com teorias que o conectam à cultura olmeca —civilização que originou vários povos da Mesoamérica nos idos de 1.500 a 1.200 a.C. — e à civilização yope das terras altas do estado mexicano de Guerrero. Contudo, só por volta do século IX d.C. é que várias culturas locais, incluindo os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127339-esculturas-humanas-para-oferendas-sao-encontradas-no-maior-templo-asteca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">astecas</a>, passaram a adorar o deus.Xipe Totec era um dos filhos de Ometeotl, uma divindade originária que era homem e mulher ao mesmo tempo. Os outros filhos eram os deuses Tezcatlipoca, Huitzilopochtli e Quetzalcóatl, cada um deles com alguma ligação ao culto à morte e figuras centrais na mitologia asteca.&nbsp;Xipe Totec ganhou seu nome assustador, "Nosso Senhor, o Esfolado", devido a um de seus principais atributos. Os astecas acreditavam que o deus usava a pele de sacrifícios humanos, simbolizando a renovação da terra na primavera. Quando a camada de pele era removida, representava a casca externa da semente de milho, pronta para germinar e trazer nova vida.<h2 style="text-align: justify;">Rituais sanguinários</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/13/13222423642001.jpg" alt="Representação de Xipe Totec (à esq.) no Codex Borbonicus, um manuscrito espanhol antigo. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">Representação de Xipe Totec (à esq.) no Codex Borbonicus, um manuscrito espanhol antigo. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)Os rituais dedicados a Xipe Totec eram de arrepiar. Um exemplo foi o festival Tlacaxipehualiztli, que durou vinte dias e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123197-esfolamento-um-dos-piores-metodos-de-tortura-ja-criados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tinha no esfolamento a sua prática mais marcante</a>. Durante o evento, os sacerdotes ofereciam sacrifícios humanos para apaziguar o deus e assegurar uma boa colheita.&nbsp;Os cativos de guerra eram frequentemente escolhidos como vítimas e tinham seus corações arrancados. Suas peles eram então removidas, tingidas de amarelo e usadas pelos sacerdotes, transformando-os na "imagem viva" de Xipe Totec.Outra forma de sacrifício envolvia amarrar vítimas a uma estrutura e atirar flechas nelas, simbolizando as chuvas de primavera que fertilizavam a terra. Além disso, havia o "sacrifício de gladiadores", reservado para cativos corajosos que lutavam contra guerreiros astecas totalmente armados, com lâminas substituídas por penas, resultando em mortes certas.<h2 style="text-align: justify;">A Imagem de Xipe Totec na Arte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/13/13222829359005.jpg" alt="Representação artística de Xipe Totec. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Representação artística de Xipe Totec. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Muitas representações de Xipe Totec sobreviveram ao longo dos séculos, pois ele era um tema popular na arte mesoamericana. O deus era coberto pela pele de suas vítimas, com olhos em forma de meia-lua e bocas abertas. Mãos de pele esfolada e detalhes sangrentos como a incisão onde o coração da vítima foi retirado eram comuns em suas representações.Xipe Totec também segurava objetos simbólicos, como xícaras e escudos, e em algumas versões, um bastão com uma cabeça oca cheia de seixos ou sementes. Além disso, sua imagem era frequentemente adornada com figuras de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120953-7-coisas-estranhas-que-os-morcegos-fazem-alem-de-beber-sangue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morcegos</a>.</body>

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Xipe Totec: o deus mesoamericano do esfolamento humano

Imagem de O "demônio da física" pode estar vivendo no corpo humano, diz estudo no megacurioso

Estudo nos mostra que exercício mental criado por físico no século XIX pode enfim ter encontrado abrigo dentro de nossas células

<head></head><body>Você já ouviu falar no "demônio" da física? Não, não estamos falando de entidades malignas ou rituais sombrios, mas de uma ideia imaginada pelo físico escocês James Clerk Maxwell lá em 1867.&nbsp;Esse "demônio" não era nada diabólico, mas sim uma representação de uma entidade mágica inteligente que separava moléculas com base em sua energia. Agora, em 2023, parece que esse assustador ser de Maxwell foi "encontrado" escondido dentro das nossas próprias células.<h2 style="text-align: justify;">Um demônio dentro de nós</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/12/12101036377060.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os protagonistas dessa história são os transportadores de cassete de ligação de ATP (ou ABC, na sigla em inglês para), <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122673-como-a-ativacao-de-uma-proteina-pode-desencadear-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">proteínas</a> que fazem parte das membranas celulares e desempenham um papel fundamental na importação e exportação de substratos, mantendo um equilíbrio de concentração constante. Mas o que isso tem a ver com o demônio de Maxwell?Bem, os pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lousanne (EPFL), na Suíça, descobriram que esses transportadores ABC compartilham características surpreendentes com o ser mentalizado pelo físico.&nbsp;O demônio de Maxwell, em sua concepção original, controlava uma porta entre dois recipientes de gás, permitindo que moléculas energéticas seguissem em uma direção e moléculas mais frias seguissem em outra, sem o uso de qualquer energia extra, diminuindo assim a entropia — o que desafia, portanto, a segunda lei da termodinâmica.Os ABCs, por sua vez, utilizam a energia das <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119836-por-que-os-musculos-ficam-cansados-quando-fazemos-exercicios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moléculas de ATP (trifosfato de adenosina)</a> para alimentar o processo de transporte de moléculas através das membranas celulares. Isso envolve medição, feedback e redefinição, dependendo da posição da molécula transportada. Em essência, os ABCs fazem algo parecido com o demônio de Maxwell, que selecionava quais processos permitir e quais proibir com base em informações e energia.<h2 style="text-align: justify;">Da física à biologia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/12/12101532300061.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Essa descoberta é um verdadeiro marco, pois lança luz sobre como as células regulam seus ambientes internos e funcionam de maneira eficiente.&nbsp;Os pesquisadores já tinham suspeitas de que os processos intensivos de transporte de moléculas dentro das células tinham algum controlador como o proposto por Maxwell, mas só agora uma estrutura de informação desse sistema foi descrita e modelada de forma que remonta ao famoso demônio da física.Por mais que os cientistas tenham feito algumas simplificações em seus cálculos, eles acreditam que essa descoberta pode ser aplicada a sistemas mais complexos que existem na natureza. Isso significa que essa abordagem pode servir como uma estrutura conceitual importante para entender circuitos bioquímicos complexos em sistemas biológicos.Assim, o demônio de Maxwell, que começou como uma ideia abstrata na mente de um físico do século XIX, parece ter encontrado sua contraparte no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121763-celulas-humanas-recem-descobertas-sao-cruciais-para-a-respiracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mundo das células</a>. Essa descoberta nos ensina mais sobre como as células funcionam e como mantêm seu equilíbrio interno, revelando um aspecto fascinante da biologia que estava escondido dentro de nós o tempo todo.</body>

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O 'demônio da física' pode estar vivendo no corpo humano, diz estudo

Imagem de Nova forma rara de oxigênio desafia cientistas — e a física no megacurioso

A descoberta desafia o conhecimento que se tinha sobre os 'números mágicos' dos átomos

<head></head><body>Uma equipe de cientistas japoneses foi capaz de nos surpreender com uma nova descoberta que desafia o que sabemos sobre como os átomos agem. Após bombardearem diversos átomos uns nos outros, o resultado — um isótopo de oxigênio conhecido como oxigênio-28 — não seguiu o comportamento esperado pelos pesquisadores.O que era para ser uma reação estável do isótopo, mostrou-se justamente o contrário: uma instabilidade que vai contra algumas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121413-modelos-atomicos-como-a-materia-e-construida-e-organizada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"certezas" do conhecimento atômico</a>.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Os números mágicos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/07/07085525097004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)No centro dessa história está o desafio de entender os "números mágicos" que governam o núcleo dos átomos. Imagine que cada átomo é um pequeno universo com seus próprios planetas subatômicos, chamados prótons e nêutrons.O número de prótons é o que confere identidade ao átomo, e é isso que nos faz reconhecer o oxigênio, por exemplo, com seus oito prótons. Porém, os nêutrons podem variar, criando diferentes formas do mesmo elemento, conhecidas como isótopos.O cerne da questão aqui são os chamados "números mágicos". Imagine que os prótons e nêutrons em um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265824-cientistas-anunciam-descoberta-novo-tipo-nucleo-atomico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">núcleo atômico</a> ocupam camadas, e quando essas camadas estão completamente preenchidas, o átomo se torna extremamente estável. Esses números mágicos incluem 2, 8, 20, 28, 50, 82 e 126 partículas. Se tanto os prótons quanto os nêutrons estiverem em números mágicos, o átomo é considerado "duplamente mágico", sendo, por consequência, muito mais estável.O oxigênio-16, o tipo mais comum de oxigênio na Terra, é um exemplo de átomo duplamente mágico, já que é formado por 8 prótons e 8 nêutrons. A expectativa era que o oxigênio-28 — com 8 prótons e 20 nêutrons — também fosse duplamente mágico. No entanto, sua rápida desintegração deixou os cientistas perplexos.<h2 style="text-align: justify;">Surpresa quântica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/07/07085607654005.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os cientistas já sabiam como criar oxigênio-27 e oxigênio-28, lançando mão de um processo intrigante. Eles começaram com um elemento chamado cálcio-48 e o bombardearam contra uma placa de berílio, gerando átomos mais leves. Em seguida, isolaram o flúor-29 dos átomos resultantes e o colidiram com hidrogênio líquido, removendo um próton para produzir o oxigênio-28. No entanto, a grande surpresa veio quando o oxigênio-28 se desintegrou rapidamente, desafiando uma das premissas básicas da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123756-tecnica-de-fusao-nuclear-pode-gerar-energia-limpa-infinita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">física nuclear</a>.Esse mistério se estende a outros elementos, como o néon, o sódio e o magnésio, que também desafiam o fechamento das camadas de nêutrons. Essa estranha não conformidade com os números mágicos lançou uma dúvida crucial: será que 20 é realmente um número mágico para os nêutrons?A busca por respostas continua, e os cientistas acreditam que observar o núcleo do átomo em um estado de energia superior pode fornecer pistas. Afinal, a natureza sempre tem surpresas guardadas quando se trata do comportamento das partículas subatômicas.</body>

Victor Soares