Estilo de vida
10/03/2014 às 09:52•2 min de leitura
A imagem que você vê acima é sim de um sapo com múltiplas pernas, e esse efeito, de vários membros no animal, não foi criado propositalmente. Realmente existem espécies de sapos que são afetadas por alterações genéticas que podem causar tanto a ocorrência de vários membros quanto a falta deles.
E os cientistas descobriram que alguns parasitas são responsáveis por essas alterações. Segundo um artigo do National Geographic, um verme chamado Ribeiroia ondatrae infecta diversas espécies de sapos durante a fase de desenvolvimento de seus membros, causando uma variedade de defeitos, incluindo os múltiplos membros.
Esses anfíbios deformados são frequentemente incapazes de mover-se e podem morrer rapidamente por ficarem mais vulneráveis a predadores. No entanto, foram justamente os próprios defeitos desses sapos que se transformaram em beleza pelas mãos do artista Brandon Ballengee, que criou uma série de imagens com esses anfíbios em impressões surpreendentes.
Em seu site oficial, Brandon explica que as imagens são relicários. Ele diz que elas foram feitas através de um processo de compensação e coloração com sapos deformados encontrados na natureza, tendo a ajuda de scanners de alta resolução (como radiografias) para produzir os registros.
Até mesmo quem detesta sapos é capaz de notar a beleza das curiosas imagens. Brandon afirma que este processo “obscurece a sua representação direta”, pois ele não queria mostrar as imagens dos sapos como grandes monstros em seu aspecto natural, já que seria assustador e não muito atraente. Por essa razão, ele pensou nessa forma de exibi-los em silhuetas e transparências coloridas.
O processo foi realizado com fotografias (registradas com scanners de alta resolução) de cada espécime para criar retratos individuais. Esses retratos foram impressos como estampas únicas de tinta aquarela e cada sapo foi centrado, parecendo "flutuar" naquilo que parece ser composto de nuvens.
Segundo o artista, esta qualidade “sobrenatural” foi reforçada pelos títulos de cada imagem, com nomes de personagens antigos da mitologia greco-romana.
Para a exposição de Brandon, as impressões foram dimensionadas de modo que os sapos pareçam, aproximadamente, do tamanho de uma criança humana, na tentativa de invocar a empatia do espectador, em vez da repulsa ou medo: “Se eles fossem muito pequenos, seriam facilmente dispensados, mas, se fossem muito grandes, se tornariam monstros”.
“Cada arte final é única e nunca editada, para lembrar o animal individual e tornar-se um relicário de uma vida não humana de curta duração”, disse o artista. Confira mais imagens abaixo.
Fonte da imagem: Reprodução/Brandon Ballengee
Fonte da imagem: Reprodução/Brandon Ballengee
Fonte da imagem: Reprodução/Brandon Ballengee
Fonte da imagem: Reprodução/Brandon Ballengee
Fonte da imagem: Reprodução/Brandon Ballengee
Fonte da imagem: Reprodução/Brandon Ballengee