Ciência
17/07/2018 às 08:30•3 min de leitura
Artefatos produzidos com pele humana podem até povoar diversos filmes de terror ou séries de suspense. Entretanto, será que era comum no passado utilizar o “couro” de pessoas como material principal para sapatos, roupas, bolsas e até encadernar livros? Há diversos registros que isso realmente acontecia. Confira abaixo 10 usos da pele de humanos encontrados na história.
Fonte da imagem: Reprodução/List Verse
Um comandante militar do século XV, Jan Ziska, que liderou batalhas sangrentas na Áustria e Morávia, foi acometido pela praga depois de várias guerras. Quando estava em seu leito de morte, ele ordenou que a pele de seu corpo deveria ser retirada, curada e esticada sobre um tambor para ele continuar aterrorizando o inimigo no campo de batalha com a sua bravura.
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Durante o Reinado do Terror na França do século XVIII, Saint-Just cresceu para se tornar um líder político e cruel comandante militar. Há uma história de que Saint-Just estava dando umas investidas em uma bela mulher, mas foi completamente desprezado. Em um dia de fúria, ele prendeu e matou a dama, sendo que a pele da moça foi removida por um cirurgião, curada e transformada em um belo colete da moda, que ele usava todos os dias.
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Henri Pranzini, um criminoso assassino francês, do final do século XIX, teve um julgamento que causou sensação em todo o mundo e terminou os seus dias na guilhotina. Dizem que os pedaços de seu corpo foram vendidos para colecionadores ávidos por um tiquinho do assassino infame. Alguns documentos dizem que um membro da polícia secreta pegou alguns pedaços de pele de Pranzini para fazer um porta-charutos.
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Hoje presente na coleção da biblioteca Athenaeum de Boston, há um exemplar chamado “Hic Liber Waltonis Cute Est Compactus” (Este livro é encadernado com pele de Walton). George Walton era um famoso assaltante do século XIX, que morreu de tuberculose na prisão em 1837.
Antes disso, ele pediu que, após seu último suspiro, sua pele fosse removida e usada para encapar um volume de sua autobiografia, que seria apresentada a John Fenno, uma ex-vítima de roubo que teria bravamente sobrevivido após ter sido baleada. O livro permaneceu na família de Fenno até ser doado à biblioteca.
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Dois assassinos do século XIX, William Burke e William Hare, mataram 17 pessoas em Edimburgo, na Escócia, e venderam seus corpos para um médico para fins de dissecção. Burke foi condenado e enforcado. Porém, assim como aconteceu com as suas vítimas, o seu corpo foi dissecado e algumas partes serviram para fazer alguns objetos.
Entre os itens estão um livro de bolso e um porta-cartão de visita muito elegante, que foi feito a partir da pele de sua mão esquerda. O objeto está em exposição no Centro de Informação da Polícia Royal Mile, de Edimburgo.
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Em Morristown, New Jersey, em 1833, o imigrante francês Antoine LeBlanc espancou três pessoas até a morte e roubou vários de seus pertences. Ele foi preso, condenado e sentenciado à forca. O juiz também ordenou que o corpo do assassino fosse dissecado.
Segundo relatos, a pele foi curtida e usada para a produção de carteiras e bolsas. Outras tiras da pele foram assinadas pelo xerife Ludlow (o homem que capturou LeBlanc) e vendidas como lembranças para curiosos.
Fonte da imagem: Reprodução/List Verse
Em 1876, o Sr. Mahrenholz, um sapateiro de Nova York que gostava de experimentar diversos tipos de couro, obteve a pele da barriga, costas e nádegas de dois idosos não identificados. Eles haviam morrido e sido dissecados. Depois de curtir os pedaços de pele, o sapateiro fez uma bota e enviou para o Instituto Smithsonian, em Washington, onde ela permanece até hoje.
Fonte da imagem: Reprodução/List Verse
Por volta de 1633, o rei francês Luís XIII fundou o Cabinet du Roi, um museu privado ou gabinete de curiosidades no Palácio de Versalhes, contendo alguns itens interessantes. No final do século 18, um cirurgião de Paris, Pierre Sue, doou um par de chinelos feitos de pele humana para o Cabinet.
Fonte da imagem: Reprodução/List Verse
Hermann Boerhaave, um famoso médico holandês e botânico em Leyden, do início do século 18, era dono de uma coleção particular de curiosidades, incluindo o que foi relatado como um par de sapatos femininos feito de couro obtido a partir da pele de um criminoso executado. Além disso, os modelos tinham um detalhe bizarro: os mamilos do “doador” da pele foram aplicados como principais detalhes na parte de cima.
Fonte da imagem: Reprodução/List Verse
Durante a Revolução Francesa, alguém notou que um recurso potencialmente valioso estava sendo desperdiçado: os corpos de pessoas executadas pela guilhotina. Com isso, a Comissão de Segurança Pública deu permissão para usar um castelo nos arredores de Paris como um curtume para processar couro de pele humana. Na época, um grande número de cavalheiros usavam calças e botas feitas a partir do produto, que era dito como flexível e de alta qualidade.
*Publicado originalmente em 15/08/2013.
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