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04/07/2015 às 12:31•2 min de leitura
Há tempos, dores de cabeça fortes seguidas de vômito são indicações de que há algo errado com o cérebro da vítima, geralmente remetendo a algum tipo de concussão na área. Ainda assim, a última coisa que uma norte-americana de apenas 21 anos esperava quando sentiu esses efeitos é que fosse morrer de uma infecção raríssima em pouco tempo. A moça, residente de Bishop, na Califórnia, foi infectada por uma ameba geralmente encontrada no solo e em águas aquecidas ao resolver sair para nadar na cidade de Reno, no estado de Nevada.
Segundo o site do Reno Gazette Journal, a garota – que não teve seu nome divulgado pela família – provavelmente contraiu a chamada Meningoencefalite Amebiana Primária (MAP) no último dia 16 de junho, apresentando todos os sintomas descritos acima. Bastou alguns dias para que sua condição se agravasse consideravelmente, fazendo com que ela sofresse uma parada cardíaca e morresse no dia 20 do mesmo mês. Ela faleceu no Hospital de Reno, vítima da patologia conhecida como “ameba comedora de cérebros”.
Para que a contaminação aconteça conosco, basicamente é necessário que a Naegleria fowleri parta da água para dentro do corpo humano através do nariz. De lá, a ameba transita continuamente até atravessar o crânio e chegar na região do cérebro, onde ela passa a destruir o tecido orgânico. Para os cidadãos locais, a boa notícia é que a MAP não é transmissível de uma pessoa para outra, fazendo com que as autoridades locais precisem apenas investigar o local exato onde a vítima nadou.
De qualquer modo é preciso muita cautela – ou, pelo menos, evitar que a sua cabeça fique submersa – ao entrar em termas aquecidas ou outros parques que contenham águas com as condições ideais para a proliferação da ameba, geralmente entre temperaturas de 35º C e 46º C. Isso porque, segundo o doutor Richard Johnson, ainda que o risco de infecção com a Naegleria fowleri seja baixo, a taxa de mortalidade por conta do estrago feito por sua ação é altíssima, perto dos 100%.
Nos Estados Unidos, por exemplo, já foram registrados 35 casos da doença nos últimos dez anos, com a maioria das infecções ocorrendo após a imersão em fontes e lagos contaminados. Os EUA afirmam ainda que, até agora, apenas três pessoas no mundo conseguiram sobreviver depois de diagnosticadas com a Meningoencefalite Amebiana Primária.