Imagem de As raças de cães com a vida mais longa, segundo a ciência no megacurioso

Um novo estudo feito com mais de 500 mil cães no Reino Unido afirma que caninos pequenos e de nariz comprido sobrevivem mais do que outros

N&oacute;s, seres humanos, passamos a vida inteira nos perguntando o que fizemos para merecer a companhia dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128088-por-que-os-caes-nao-entendem-quando-apontamos-para-algum-lugar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&atilde;es</a>. Afinal, os melhores amigos do homem s&atilde;o criaturas t&atilde;o d&oacute;ceis e ador&aacute;veis que sempre iremos querer um pouco mais de tempo com eles.
E embora um medicamento antienvelhecimento para cachorros esteja em desenvolvimento, n&oacute;s ainda precisamos lidar com a dor de eventualmente perder nossos grandes amigos de quatro patas. Mas o que faz alguns c&atilde;es viverem mais do que outros? Uma nova pesquisa, publicada na Scientific Reports, criou um relat&oacute;rio detalhado de quanto tempo os cachorros normalmente vivem, dependendo da ra&ccedil;a, sexo, tamanho e formato de rosto.
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<li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128298-quais-sao-os-nomes-mais-comuns-dos-pets-brasileiros.htm" target="_blank" rel="sponsored">Quais s&atilde;o os nomes mais comuns dos pets brasileiros?</a></li>
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<h2>Expectativa de vida dos c&atilde;es</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/09/09012248184018.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Conforme o estudo, c&atilde;es pequenos e de nariz comprido tendem a viver por mais tempo, enquanto c&atilde;es maiores e de nariz achatado desfrutam de vidas mais curtas. Essas descobertas podem ajudar os donos de pets, abrigos animais, criadores de c&atilde;es e legisladores a tomarem decis&otilde;es mais assertivas sobre a sa&uacute;de e bem-estar desses animais, diz o relat&oacute;rio.&nbsp;
&ldquo;Isso nos oferece uma oportunidade de melhorar a vida de nossos companheiros caninos&rdquo;, disse a principal autora do estudo, Kirsten McMillan, que &eacute; cientista de dados da organiza&ccedil;&atilde;o de bem-estar canino Dogs Trust.
Em m&eacute;dia, os cachorros vivem entre 10 e 13,7 anos. Por&eacute;m, assim como acontece com os humanos, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125062-os-seres-humanos-ainda-nao-atingiram-sua-longevidade-maxima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">expectativa de vida</a> deles dependendo de uma variedade de fatores, desde gen&eacute;tica ao estilo de vida e, agora, ao tamanho. Os cientistas visavam explorar essas caracter&iacute;sticas em ampla escala e ver se algum padr&atilde;o surgia em meio aos dados.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127046-o-que-sao-aquelas-serrinhas-nos-labios-dos-cachorros.htm" target="_blank" rel="sponsored">O que s&atilde;o aquelas 'serrinhas' nos l&aacute;bios dos cachorros?</a></li>
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<h2>An&aacute;lise aprofundada</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/09/09012312689019.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Para reunir novas informa&ccedil;&otilde;es, os pesquisadores recolheram dados de registros de ra&ccedil;as, veterin&aacute;rios, companhias de seguros para animais de estima&ccedil;&atilde;o, institui&ccedil;&otilde;es de caridade e universidades. Ao todo, o conjunto de dados incluiu informa&ccedil;&otilde;es sobre 584 mil c&atilde;es localizados no Reino Unido, dos quais metade j&aacute; havia morrido. A amostra tamb&eacute;m incluiu c&atilde;es de ra&ccedil;a pura e mesti&ccedil;os.
A expectativa de vida m&eacute;dia de todos os cachorros da amostra foi de 12,5 anos, descobriu a equipe. As f&ecirc;meas tendem a viver um pouco mais do que os machos, com uma expectativa de vida m&eacute;dia de 12,7 anos para elas e 12,4 anos para eles. Em rela&ccedil;&atilde;o ao tamanho e formato de rosto, c&atilde;es menores e de nariz comprido apresentaram a maior expectativa de vida.
Os famosos "salsichas", por exemplo, tiveram uma vida m&eacute;dia de 14 anos, em compara&ccedil;&atilde;o com apenas 9,8 anos para os buldogues franceses. C&atilde;es de nariz chato, ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127591-holanda-proibe-criacao-de-racas-de-caes-braquicefalicos-como-pugs-e-buldogues.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">braquicef&aacute;licos</a>, t&ecirc;m muitos problemas de sa&uacute;de conhecidos, incluindo problemas respirat&oacute;rios e intoler&acirc;ncia ao calor, apontaram os pesquisadores.
Entre as 155 ra&ccedil;as puras inclu&iacute;das no conjunto de dados, os grandes vitoriosos foram os Lancashire Heelers, que vivem em m&eacute;dia 15,4 anos. Para chegar a estimativas globais de expectativa de vida para nossos amigos caninos, os cientistas envolvidos no estudo esperam que investigadores de outros pa&iacute;ses realizem estudos semelhantes.&nbsp;

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As raças de cães com a vida mais longa, segundo a ciência

Imagem de Rara varíola do Alasca faz primeira vítima nos EUA. Devemos nos preocupar? no megacurioso

Conhecido como Alaskapox, o vírus raro que pode levar à morte acende o alerta da comunidade científica e do sistema de saúde americano

No interior das amplas paisagens do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128712-conheca-whittier-a-cidade-no-alasca-que-fica-em-um-antigo-edificio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alasca</a>, emerge uma amea&ccedil;a silenciosa e enigm&aacute;tica: o Alaskapox, um v&iacute;rus raro que causou seu primeiro &oacute;bito na distante Pen&iacute;nsula de Kenai. Um homem idoso, em batalha contra o c&acirc;ncer, foi acometido pela enigm&aacute;tica enfermidade chamada de "var&iacute;ola do Alasca", da qual poucos casos de contamina&ccedil;&atilde;o haviam sido registrados at&eacute; recentemente.
Uma les&atilde;o sob a axila direita sinalizou o in&iacute;cio da batalha desse homem, que j&aacute; estava com sistema imunol&oacute;gico comprometido. Visitas repetidas aos profissionais de sa&uacute;de, antibi&oacute;ticos e um agravamento gradual fizeram com que o diagn&oacute;stico surpreendente fosse confirmado.
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<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128284-7-doencas-que-podem-aumentar-devido-as-mudancas-climaticas.htm" target="_blank" rel="sponsored">7 doen&ccedil;as que podem aumentar devido &agrave;s mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a></li>
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<h2 style="text-align: justify;">Geograficamente disperso</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/18/18221519209000.jpg" alt="Roedores, como os musaranhos, podem ser um dos transmissores do v&iacute;rus. (Fonte: Getty Images)" />Roedores, como os musaranhos, podem ser um dos transmissores do v&iacute;rus. (Fonte: Getty Images)
Desde sua descoberta em 2015, apenas seis casos de var&iacute;ola do Alasca foram diagnosticados, todos emergindo de Fairbanks, a segunda maior cidade da regi&atilde;o. Nenhuma das pessoas infectadas at&eacute; ent&atilde;o tiveram maiores complica&ccedil;&otilde;es, apresentando somente leves sintomas. Esse homem foi a primeira fatalidade.
A quest&atilde;o &eacute; que a Pen&iacute;nsula de Kenai, regi&atilde;o em que o idoso que faleceu morava, fica a cerca de 500 quil&ocirc;metros de Fairbanks. Ent&atilde;o, como um v&iacute;rus, outrora isolado, aventurou-se t&atilde;o longe? Estaria ele se tornando mais contagioso?
Antes de mais nada &eacute; preciso entender o ambiente onda a v&iacute;tima morava: entre as &aacute;rvores, de forma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127926-solidao-pode-fazer-bem-para-a-nossa-saude-entenda-como.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">solit&aacute;ria</a>. Por&eacute;m, ele tinha proximidade com um gato selvagem, um companheiro que costumava o arranhar durante as brincadeiras. Como o animal ca&ccedil;ava roedores e bichos pequenos, &eacute; bem poss&iacute;vel que ele tenha sido o respons&aacute;vel por transmitir o v&iacute;rus ao idoso.&nbsp;
Os pesquisadores dizem que transmiss&atilde;o entre humanos &eacute; remota, sendo os animais pequenos &mdash; como ratos e musaranhos &mdash; os poss&iacute;veis vetores da doen&ccedil;a. Logo, o mais prov&aacute;vel &eacute; que o v&iacute;rus tenha chegado a esse lugar distante gra&ccedil;as &agrave; transmiss&atilde;o entre os bichos. &nbsp;
<h2 style="text-align: justify;">O Alaskapox ainda &eacute; um v&iacute;rus pouco conhecido</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/18/18221928215001.jpg" alt="Les&otilde;es na pele s&atilde;o sintomas comuns da doen&ccedil;a. (Fonte: Getty Images)" />Les&otilde;es na pele s&atilde;o sintomas comuns da doen&ccedil;a. (Fonte: Getty Images)
Segundo os especialistas, os sintomas geralmente n&atilde;o passam de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123524-quais-sao-as-lesoes-mais-comuns-no-futebol-e-como-preveni-las.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">les&otilde;es</a> cut&acirc;neas, dores articulares e linfonodos inchados. Obviamente, o n&uacute;mero de pessoas infectadas com o Alaskapox &eacute; muito baixo, o que dificulta saber precisamente quais s&atilde;o os sintomas mais recorrentes.&nbsp;
Al&eacute;m disso, h&aacute; uma grande chance do v&iacute;rus j&aacute; estar circulando na regi&atilde;o desde muito tempo, talvez at&eacute; milhares de anos. Como s&oacute; foi identificado recentemente, possivelmente teremos mais registros de ocorr&ecirc;ncia no futuro, o que trar&aacute; mais dados e informa&ccedil;&otilde;es para que os cientistas possam entender melhor o inimigo que est&atilde;o enfrentando.&nbsp;
No entanto,&nbsp;&eacute; importante notar que n&atilde;o h&aacute; evid&ecirc;ncias de que o Alaskapox possa se espalhar de pessoa para pessoa. Ainda assim, &eacute; crucial que as pessoas infectadas ou suspeitas de infec&ccedil;&atilde;o tomem precau&ccedil;&otilde;es, como cobrir as les&otilde;es e buscar atendimento m&eacute;dico o mais r&aacute;pido poss&iacute;vel.

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Rara varíola do Alasca faz primeira vítima nos EUA. Devemos nos preocupar?

Imagem de "Cuvier's rail": a ave que escapou da extinção evoluindo duas vezes no megacurioso

Considerada extinta há 136 mil anos, quando seu atol afundou sob as ondas, espécie de ave não-voadora ressurgiu das cinzas curiosamente

<head></head><body>Situadas na costa sudoeste da África, a norte de Madagascar, as ilhas de coral calcário do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127023-atol-de-bikini-testes-de-bombas-nucleares-criaram-santuario-marinho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atol</a> de Aldabra são o lar de uma ave humilde, mas que surpreendentemente evoluiu para escapar da extinção duas vezes: trata-se da espécie conhecida por cuvier's rail (Dryolimnas cuvieri aldabranus). À primeira vista, esta criatura é bastante normal.Mais ou menos do tamanho de uma galinha, com costas manchadas de cinza, cabeça e peito ruivos e garganta branca, esse pássaro é a única ave viva no Oceano Índico que não voa — graças à extinção de espécies como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128177-dodo-ave-extinta-esta-mais-proxima-de-ser-ressuscitada-por-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dodô</a>. Sua sobrevivência após uma série de acontecimentos, no entanto, é algo completamente extraordinário.<h2>Escapando da morte</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/06/06020250712008.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Um estudo de 2019, publicado na revista Zoological Journal of the Linnean Society, examinou o registro fóssil de um cuvier's rail que não voava no atol antes do pedaço de terra ser submerso pelas ondas há 136 mil anos. Este evento causou uma "reviravolta quase completa na fauna", disse o autor principal do estudo e paleontólogo do Museu Natural de Londres, Julian Hume, em comunicado oficial.Esta inundação, que durou até cerca de 118 mil anos atrás, resultou na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127764-5-animais-que-estao-vencendo-a-luta-contra-a-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção</a> da subespécie da ave — até que algo notável aconteceu. Quando o atol ressurgiu em meio ao mar, o cuvier's rail — agora sabendo voar — recolonizou o território e começou um novo processo de evolução para desaprender a voar mais uma vez.Os pesquisadores descobriram que os fósseis da espécie datados de cerca de 100 mil anos atrás eram mais pesados e robustos do que os cuvier's rails que, de alguma forma, escaparam da extinção. Segundo os autores do estudo, isso indica que a espécie estava ficando mais pesada e perdendo a capacidade de voar com o tempo, em algo nunca visto antes pela ciência.&nbsp;<h2>'Retrocesso' evolutivo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Dryolimnas_cuvieri#/media/File:White-throated_Rail_-_Masoala_-_Madagascar_MG_0548_(15285572081).jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/06/06020327059009.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)De acordo com os pesquisadores, a incapacidade de voar parece ser uma característica benéfica no ambiente onde os cuvier's rails vivem. Essas aves põem seus ovos no chão e, portanto, precisam se pernas fortes para correr logo após a eclosão para conseguirem sobreviver na natureza."À medida que crescem, a última coisa a se desenvolver nessas aves são seus músculos peitorais e os músculos das asas", disse Hume. Ao perder a capacidade de voar mais uma vez, o cuvier's rail evoluiu essencialmente duas vezes, ressuscitando dos mortos por meio de um processo chamado "evolução iterativa". Isso ocorre quando uma espécie é cientificamente extinta, mas depois outra aparece e desenvolve as mesmas características para se tornar quase idêntica a que foi perdida.&nbsp;Segundo Hume, não há nenhum outro caso conhecido disso ter acontecido, onde haja um registro de uma mesma espécie de ave que não conseguiu voar duas vezes. Conforme os pesquisadores explicaram, nunca se tratou de duas espécies diferentes colonizando uma área e tornando-se incapazes de voar, mas sim o mesmo pássaro ancestral que parece ter repetido o processo de uma mitológica fênix.&nbsp;</body>

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'Cuvier's rail': a ave que escapou da extinção evoluindo duas vezes

Imagem de Conheça L’Anse aux Meadows, o único conjunto de ruínas vikings na América no megacurioso

Confira a intrigante história de uma possível colônia viking que existiu no Canadá

<head></head><body>O L'Anse aux Meadows é um sítio arqueológico encontrado em Newfoundland, no Canadá. Trata-se do único conjunto de ruínas vikings já encontrado na América do Norte, que prova que esses exploradores nórdicos, que habitavam a Escandinávia em um período entre 793 d.C. e 1066 d.C., estiveram na América cerca de 400 anos antes da chegada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121795-6-fatos-desconhecidos-sobre-cristovao-colombo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cristóvão Colombo</a>.A seguir, confira 5 fatos curiosos acerca deste local e seus mistérios.<h2>1. Indígenas também viveram em L'Anse aux Meadows</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/04/04100227439000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Ainda que o local seja vinculado aos vikings, há outras evidências arqueológicas que mostram que L'Anse aux Meadows foi antes habitado por indígenas. Resquícios de lareiras, tendas e outros artefatos mostram que tribos indígenas viveram ali antes e depois do povo nórdico.Os historiadores acreditam que alguns povos arcaicos estiveram por ali em momentos diferentes entre 4000 a.C. e 750 d.C. Contudo, quando os nórdicos chegaram, os pesquisadores pensam que já não havia outras pessoas presentes por ali.<h2>2. As vagas vikings ajudaram os pesquisadores a entender o local</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/04/04100246018002.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Antes que L'Anse aux Meadows fosse descoberta, no século XX, os arqueólogos e os historiadores já suspeitavam que os vikings tivessem explorado a América do Norte. As pistas estavam em dois poemas épicos islandeses, chamados&nbsp;Saga dos groenlandeses e&nbsp;Saga de Érico, o Vermelho.Os dois poemas surgiram na tradição oral, mas foram registrados na forma escrita durante o século XIII. As duas sagas falam de um grande assentamento nórdico na Groenlândia ao final do século X. Foi de lá que o explorador Leif Erikson partiu em direção ao oeste. Ele teria se desviado de sua rota e chegado a um lugar chamado Vinland, que os historiadores acreditam se tratar de algum território da América do Norte.<h2>3. Pregos de ferro confirmaram a origem viking do local</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/04/04100311489005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Durante os anos 1960, o casa de exploradores noruegueses Helge Ingstad e Anne Stine começaram a buscar vestígios da colônia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113472-os-vikings-estiveram-na-america-antes-de-cristovao-colombo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leif Erikson</a>. Assim, eles acabaram chegando ao assentamento de L'Anse aux Meadows, no extremo norte da Ilha de Terra Nova, no Canadá.Os exploradores ficaram intrigados com alguns de seus achados, que eram semelhantes em estilo aos que foram encontrados em assentamentos nórdicos na Groenlândia. Eles passaram então uma escavação que durou cerca de sete anos.Esta exploração encontrou as fundações de oito casas com elementos da arquitetura islandesa. Um dos principais elementos a confirmar a origem viking deste local foram os pregos feitos de ferro a partir de técnicas europeias que não existiam na América. Eles acharam também um alfinete de bronze que os vikings usavam para prender suas capas e uma lamparina a óleo, além de outras descobertas.<h2>4. Havia mulheres em L'Anse aux Meadows</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/04/04100337646006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Entre os achados em L'Anse aux Meadows, estão uma pedra de amolar para afiar agulhas, um fuso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/98580-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-cristo-redentor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pedra-sabão</a> e tesouras de costura. Estes utensílios eram associados ao trabalho realizado por mulheres. Por isso, os historiadores que estudam o local defendem fortemente a hipótese de que, nesse assentamento, moraram tanto homens quanto mulheres.E a julgar pelo tamanho das casas, os pesquisadores acreditam que o local pode ter abrigado entre 70 e 90 pessoas.<h2>5. O assentamento pode ter durado pouco tempo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;ThoughCo&nbsp;" data-fonte-url="https://www.thoughtco.com/thmb/rCgd8CbJ9zEia807bZIUY1u3K94=/1500x0/filters:no_upscale():max_bytes(150000):strip_icc()/lanse_aux_meadows-5b5e04a946e0fb00507af979.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/04/04100410232008.jpg" alt="(Fonte: ThoughCo)">(Fonte: ThoughCo)Os pesquisadores acreditam que o assentamento em L'Anse aux Meadows não existiu por muito tempo: apenas por cerca de 10 anos ou um pouco mais. O principal indício que leva a essa conclusão é a ausência de sepulturas e de evidências de agricultura ou currais. A hipótese é que o clima rigoroso e a distância da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127952-queda-de-plataformas-de-gelo-na-groenlandia-gera-alerta-crescente.htm#:~:text=Entre%202000%20e%202019%2C%20as,Instagram%2C%20Facebook%20e%20no%20Twitter%3F" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Groenlândia</a> pode ter convencido os vikings que era melhor fazer as malas e abandonar o local.</body>

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Conheça L’Anse aux Meadows, o único conjunto de ruínas vikings na América

Imagem de 5 descobertas médicas incríveis feitas no oceano no megacurioso

Relembre alguns dos avanços médicos mais surpreendentes que só foram possíveis por conta de descobertas feitas no meio do mar

<head></head><body>Embora os oceanos existam há eras, eles permanecem sendo um verdadeiro mistério para os seres humanos. Um claro exemplo disso é que desbravamos apenas uma pequena porção dos inúmeros quilômetros de oceanos que se estendem pela Terra. Mesmo assim, essas "pequenas" partes estudadas nos forneceram informações preciosas.Ao longo dos anos, os animais marinhos desenvolveram compostos e produtos químicos fascinantes para sobreviver nas profundezas dos mares. E justamente esses elementos notáveis também se mostraram eficazes para aumentar a sobrevivência da nossa espécie. Veja só cinco descobertas médicas impressionantes feitas no oceano!<h2>1. Veneno de caracol mais forte que morfina</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01022904601018.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O caracol Conus geographus é uma das criaturas mais venenosas do mundo, já tendo resultado na morte de 36 humanos. Porém, um bioquímico chamado Baldomero Olivera decidiu pensar fora da caixa e teorizou que o veneno desse animal poderia fornecer remédios terapêuticos para humanos e iniciou uma extensa pesquisa.Eventualmente, ele conseguiu desenvolver uma droga chamada Prialt, que era simplesmente "1 mil vezes mais potente que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/45553-conheca-a-historia-de-como-a-morfina-foi-inventada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morfina</a>", mas sem efeitos colaterais viciantes. Posteriormente, o remédio teve aprovação nos Estados Unidos e ainda hoje é utilizado no mundo todo.<h2>2. Vacinas e caranguejos-ferradura</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01022832084016.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os caranguejos-ferradura são criaturas subaquáticas notáveis que existem há mais de 450 milhões de anos. Além disso, esses animais não são apenas reais, mas também salvam vidas humanas. De acordo com o Museu de História Natural, o sangue dessas criaturas contém importantes células imunológicas excelentes no combate a bactérias tóxicas.Inclusive, foi o sistema imunológico deles que inspirou cientistas a formular novos testes para vacinas mais eficientes. Desde a década de 1970, essas técnicas têm permitido aos médicos fornecer vacinas seguras, em vez de seringas cheias de bactérias nocivas.<h2>3. Estrela-do-mar e doenças inflamatórias</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01022744550014.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Embora as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121507-7-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-a-estrela-do-mar.htm#:~:text=N%C3%A3o%20possuem%20c%C3%A9rebro%20ou%20sangue&amp;text=Uma%20estrela%2Ddo%2Dmar%20n%C3%A3o,composto%20de%20%C3%A1gua%20do%20mar." rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrelas-do-mar</a> pareçam animais sem grande relevância, duas espécies delas oferecem muitos benefícios médicos. Inclusive, foram elas que ajudaram a encontrar um novo tratamento para doenças inflamatórias como asma, febre do feno e artrite. Isto se deve a capacidade de uma estrela-do-mar de manter suas superfícies limpas por causa da "gosma viscosa" que cobre seus corpos.Os cientistas teorizaram que este aspecto da sobrevivência delas poderia ser capaz de tratar inflamações, acreditando que revestir nossos vasos sanguíneos com alguma substância poderia nos prevenir do mesmo problema. Com mais tempo de estudo, a pesquisa poderá fornecer tratamentos acessíveis para doenças inflamatórias.<h2>4. Fitoplâncton e danos musculares</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01022727955013.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Cientistas também descobriram que os fitoplânctons, que nada mais são do que pequenas algas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122354-vida-nas-profundezas-5-fatos-incriveis-sobre-o-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fundo do mar</a>, são ricos em antioxidantes que podem ajudar a manter o desempenho e reduzir os danos musculares após atividades de alto impacto.&nbsp;Os investigadores concluíram que, como os suplementos de fitoplâncton em humanos "operam por meio de uma capacidade oxidativa elevada no músculo esquelético", os participantes foram "capazes de melhorar a recuperação, sustentar a potência e prevenir declínios na força via repetidas sessões de resistência e de treino cruzado".&nbsp;<h2>5. Um mundo de possibilidades</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01022709079011.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Com a constante evolução e resistência das doenças existentes nos dias de hoje, é importante continuar a procurar novos tratamentos médicos e também eficazes. Um estudo publicado pela Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA afirma que o oceano tem "mais de 13 mil moléculas descritas, das quais 3 mil têm propriedades ativas". Isso indica que uma infinidade de descobertas médicas ainda se escondem debaixo d'água.No entanto, para que essa relação tenha sucesso, é preciso continuar mantendo os ecossistemas oceânicos intactos. Portanto, é preciso que a humanidade trate o oceano com respeito para que a nossa espécie consiga prosperar junto.&nbsp;</body>

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5 descobertas médicas incríveis feitas no oceano

Imagem de 6 fatos sobre o Myotragus, o único mamífero de sangue frio que existiu no megacurioso

Ao que se sabe até hoje, esse curioso animal é o único mamífero de sangue frio do qual se tem registro — além de ser uma espécie anã. 

<head></head><body>Se você achava que conhecia todos os tipos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128441-8-animais-que-desafiam-as-classificacoes-tradicionais-de-especies.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criaturas peculiares</a>, prepare-se para desbravar o mundo do Myotragus balearicus, uma espécie de cabra que desafiou as regras do reino animal de maneira extraordinária. Vamos explorar seis fatos interessantes sobre este mamífero que habitou a Terra milhares de anos atrás.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">1. Adaptação incomum às Ilhas Mediterrâneas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02113318828128.jpg" alt="A bela Maiorca, ilha onde viveu o Myotragus. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">A bela Maiorca, ilha onde viveu o Myotragus. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)O Myotragus balearicus encontrou seu lar nas Ilhas Baleares, notadamente em Maiorca. O ambiente insular limitado em recursos levou a notáveis adaptações evolutivas. Com apenas 45 centímetros de altura, esses animais tiveram acentuada transformação em sua morfologia, algumas bastante peculiares.Em sua evolução, virou praticamente uma espécie anã, pois desenvolveu membros mais curtos e cérebro reduzido. &nbsp;Além disso, os órgãos dos sentidos também eram menores, provando que todas essas mudanças foram necessárias para que conseguisse sobreviver nesse ecossistema desafiador.<h2 style="text-align: justify;">2. Incrível conexão com os répteis</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons, Museu Balear de Ciências Naturais&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:S%C3%B3ller._Museu_Balear_de_Ci%C3%A8ncies_Naturals._Myotragus_balearicus_(cropped).jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02113606351129.jpg" alt="Esqueleto do Myotragus. (Fonte: Wikimedia Commons, Museu Balear de Ciências Naturais / Divulgação)">Esqueleto do Myotragus. (Fonte: Wikimedia Commons, Museu Balear de Ciências Naturais / Divulgação)Ao estudar os ossos dessas cabras, os pesquisadores descobriram algo surpreendente: o Myotragus compartilhava características ósseas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122952-dragoes-pre-historicos-foram-os-primeiros-repteis-planadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">répteis</a>. Pesquisas revelaram haver semelhanças entre seus ossos e os de répteis ectotérmicos — aqueles que precisam de uma fonte de calor externa para se aquecer.&nbsp;Isso conferiu ao Myotragus a capacidade única de ajustar suas taxas de crescimento e metabolismo de acordo com quantidade de comida a que tinham acesso, uma estratégia típica de animais de sangue frio. Essa capacidade fez aumentar o tempo de vida desses bichos.<h2 style="text-align: justify;">3. Estilo de vida mais calmo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02113747242130.jpg" alt="Sem ter para onde ir, o Myotragus tinhauma vida mais pacata. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Sem ter para onde ir, o Myotragus tinhauma vida mais pacata. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Ao contrário das cabras convencionais, o Myotragus não era ágil e veloz. A pesquisa sugere que essas "cabras anãs" adotavam um estilo de vida mais calmo e lento, passando mais tempo ao sol e movendo-se com menor intensidade.&nbsp;Essa mudança de comportamento e características físicas indicam uma adaptação única para sobreviver em um ambiente insular com pouca alimentação (e sem muito lugar para onde ir).<h2 style="text-align: justify;">4. Sem predadores à vista</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02114240270137.jpg" alt="Sem predadores, os Myotragus podiam viver na paz. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Sem predadores, os Myotragus podiam viver na paz. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Além de regular seu crescimento, o Myotragus durou muito tempo devido à ausência de predadores naturais na ilha. Essa falta de ameaças viabilizou que essa espécie de mamífero prosperasse por incríveis 5,2 milhões de anos, tempo superior à maioria das espécies que habitaram os continentes.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">5. Extinção com a chegada dos humanos</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Instituto Catalão de Paleontologia Miquel Crusafont&nbsp;" data-fonte-url="https://visitmuseum.gencat.cat/en/institut-catala-de-paleontologia-miquel-crusafont/object/myotragus-balearicus"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02114404901138.jpeg" alt="Representação do Myotragus balearicus. (Fonte: Instituto Catalão de Paleontologia Miquel Crusafont/ Divulgação)">Representação do Myotragus balearicus. (Fonte: Instituto Catalão de Paleontologia Miquel Crusafont/ Divulgação)Infelizmente, a história do Myotragus balearicus tem um fim trágico (e nós somos os responsáveis, o que não é nenhuma surpresa).&nbsp;Com a chegada dos humanos às Ilhas Baleares — aproximadamente 3 mil anos atrás — e a falta de plantas que compunham a alimentação desses animais, a espécie ficou cara a cara com a sua extinção. O sucesso evolutivo do M. balearicus não foi páreo para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120042-crimes-ambientais-como-o-mundo-pune-quem-machuca-a-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caça predatória</a> exercida pelos seres humanos.<h2 style="text-align: justify;">6. Parentesco inesperado</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/02/02114542525140.jpg" alt="O takin é um parente moderno do Myotragus. (Fonte: GettyImages)">O takin é um parente moderno do Myotragus. (Fonte: GettyImages)O Myotragus&nbsp;surpreende não apenas por suas características únicas, mas também por seu parentesco genético. Inicialmente considerado próximo das cabras, estudos mais recentes revelaram que o parente vivo mais próximo é o takin, um mamífero natural da Ásia que seria algo entre um boi e uma ovelha, uma reviravolta surpreendente na árvore genealógica dessas criaturas extraordinárias.</body>

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6 fatos sobre o Myotragus, o único mamífero de sangue frio que existiu

Imagem de Margaret Thatcher: 5 razões pelas quais ela é odiada no Reino Unido (e no mundo) no megacurioso

Conhecida por ser uma das figuras que mais causa divisão na história política britânica, Thatcher acumulou polêmicas ao longo de sua vida

Trabalhando na fun&ccedil;&atilde;o de primeira-ministra do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128406-pela-primeira-vez-cristaos-sao-menos-da-metade-na-inglaterra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Reino Unido</a> de 1979 a 1990, Margaret Thatcher tornou-se uma das figuras mais divisoras da hist&oacute;ria da pol&iacute;tica brit&acirc;nica. Inclusive, foi por conta de sua trajet&oacute;ria pol&ecirc;mica que ela&nbsp;tamb&eacute;m&nbsp;acabou ficando conhecida por ser a "pol&iacute;tica mais odiada" de toda a regi&atilde;o.
Mas qual &eacute; o motivo para que algumas pessoas a odeiem tanto e outras a amem sem precedentes? Inevitavelmente, ela conquistou amor e &oacute;dio em medidas quase iguais, embora alguns digam que Thatcher apenas destacou as divis&otilde;es presentes na sociedade da &eacute;poca. Veja alguns dos motivos pelos quais ela &eacute; uma personalidade t&atilde;o controversa!
<h2>1. Desemprego em massa</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30170614669248.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: Getty Images)
As pol&iacute;ticas de Thatcher n&atilde;o visavam causar desemprego em massa, mas isso tornou-se uma consequ&ecirc;ncia de seus atos como primeira-ministra ao tentar controlar a infla&ccedil;&atilde;o &mdash; que em certa altura atingiu os 18%. A sua chamada "Estrat&eacute;gia Deflacion&aacute;ria" incluiu v&aacute;rias medidas, como o aumento das taxas de juro de 8% a 15%.
Essas medidas, juntamente com as receitas do petr&oacute;leo do Mar do Norte, levaram a um fortalecimento da libra esterlina e atingiram&nbsp;a ind&uacute;stria de exporta&ccedil;&atilde;o&nbsp;de forma incrivelmente dura. Contudo, isso n&atilde;o aconteceu antes de mais de 2 milh&otilde;es de empregos industriais terem sido perdidos entre 1979 e 1981.
<h2>2. Pol&iacute;tica contr&aacute;ria a flexibiliza&ccedil;&atilde;o do div&oacute;rcio</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30170637495250.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
Antes da Lei de Reforma do Div&oacute;rcio de 1969,&nbsp;no Reino Unido,&nbsp;era imposs&iacute;vel que uma parte "culpada" se divorciasse da parte inocente em um relacionamento. De qualquer forma, Margaret Thatcher votou contra a flexibiliza&ccedil;&atilde;o dessas leis, mesmo que o projeto tenha sido aprovado de qualquer maneira.
Contanto que o c&ocirc;njuge inocente tomasse cuidado para n&atilde;o ser pego em adult&eacute;rio, ele ou ela poderia efetivamente impedir o div&oacute;rcio e um novo casamento do outro, algo que Thatcher parecia estar de acordo.
<h2>3. "Ladra de leite"</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30170648902252.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: Getty Images)
Outra opini&atilde;o pol&ecirc;mica de Margaret Thatcher &eacute; que ela aboliu o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121850-banir-o-leite-gratuito-das-escolas-quase-arruinou-margaret-thatcher.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leite gr&aacute;tis</a> para crian&ccedil;as em idade escolar. Na d&eacute;cada de 1970, houve uma press&atilde;o significativa no Governo Wilson para fazer cortes nas despesas, a fim de pagar a poupan&ccedil;a fiscal.&nbsp;Para isso, a ent&atilde;o nova Secret&aacute;ria de Estado da Educa&ccedil;&atilde;o recebeu ordens para fazer cortes em quatro &aacute;reas: taxas de educa&ccedil;&atilde;o adicional, empr&eacute;stimo de livros da biblioteca, alimenta&ccedil;&atilde;o escolar e leite escolar gr&aacute;tis.
Thatcher, por sua vez, prop&ocirc;s eliminar o fornecimento de leite &agrave;s crian&ccedil;as com idades entre os 7 e 11 anos, mas mant&ecirc;-lo para alunos do ensino prim&aacute;rio. Apesar disso, ela ainda foi rotulada como "Ladra de leite".&nbsp;
<h2>4. Encargo Comunit&aacute;rio</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30170711269255.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: Getty Images)
Um dos desastres mais not&aacute;veis de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117238-3-fatos-fascinantes-sobre-margaret-thatcher-a-dama-de-ferro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Margaret Thatcher</a> foi o chamado "Poll Tax", ou "Encargo Comunit&aacute;rio", que substituiu a tributa&ccedil;&atilde;o sobre o valor da propriedade por uma taxa &uacute;nica a ser cobrada por adultos residentes na cidade. Por&eacute;m, isso apenas transferiu a carga tribut&aacute;ria dos ricos para os pobres.&nbsp;
Essa lei atingiu desproporcionalmente fam&iacute;lias numerosas que viviam em alojamentos pequenos. O Encargo Comunit&aacute;rio causou intensa desconfian&ccedil;a e feridas profundas entre milh&otilde;es de eleitores, muitos dos quais nunca perdoaram Thatcher.
<h2>5. Homofobia "velada"</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/30/30170730800257.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
Uma das raz&otilde;es aparentemente &oacute;bvias do porqu&ecirc; as pessoas odeiam Margaret Thatcher foi a declara&ccedil;&atilde;o da Se&ccedil;&atilde;o 28 da Lei do Governo Local de 1998, em que autoridades n&atilde;o deveriam "promover intencionalmente a homossexualidade ou publicar material com a inten&ccedil;&atilde;o de promover a homossexualidade".
H&aacute; poucas evid&ecirc;ncias de que ela esteve diretamente envolvida na cria&ccedil;&atilde;o da lei, mas tal legisla&ccedil;&atilde;o reflete as cren&ccedil;as generalizadas dos tradicionalistas conservadores que estavam em torno de seu governo. Sendo assim, Thatcher conquistou uma antipatia compreensiva por parte da Comunidade LGBTQIA+.

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Margaret Thatcher: 5 razões pelas quais ela é odiada no Reino Unido (e no mundo)

Imagem de Proibições de sacolas plásticas já impediram o uso de bilhões delas no megacurioso

Segundo um novo relatório, medidas proibitivas têm gerado resultados positivos e diminuído o uso de plástico ao redor do mundo

<head></head><body>Nos últimos anos, diversas cidades e estados dos Estados Unidos aprovaram centenas de políticas que restringem a venda e distribuição de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126745-quanto-tempo-leva-para-uma-sacola-plastica-se-decompor-completamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sacolas plásticas</a> descartáveis — um processo similar ao que vem acontecendo em vários outros cantos do mundo. Um novo relatório afirma que esse tipo de medida teve um grande sucesso no seu objetivo de reduzir o uso de sacos de plástico no país.Segundo o documento produzido pelas organizações Environment America, US Public Interest Research Group Education Fund e Frontier Group, os dados se baseiam em informações da indústria e do governo para sugerir que a proibição dos sacos plásticos pode eliminar quase 300 sacos de plástico descartáveis por pessoa por ano.<h2>Resultados impressionantes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28153407105006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em comunicado oficial, o presidente do Fundo Educacional PIRG dos EUA, Faya Park, afirmou que o resultado indica que a proibição dos sacos de plástico é algo que realmente funciona. "As pessoas percebem rapidamente que é fácil viver sem sacolas plásticas e se acostumam a trazer uma sacola de casa ou a pular uma sacola quando podem", destacou.O relatório analisou a proibição de sacolas plásticas em todo o país, mas concentrou-se em cinco políticas representativas em Nova Jersey, Vermonte, Filadélfia, Portland e Santa Bárbara. A primeira, promulgada em 2022, teve o maior impacto, eliminando mais de 5,5 bilhões de sacolas anualmente.&nbsp;As políticas nas outras jurisdições eliminaram entre cerca de 45 a 200 milhões de sacos plásticos por ano, dependendo do tamanho da população. Os pesquisadores chegaram às suas estimativas usando dados coletados por agências municipais, acadêmicos e grupos da indústria de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125283-existem-microplasticos-em-nosso-cerebro-e-agora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plásticos</a> e alimentos.<h2>Mudanças políticas e ambientais</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28153442185008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)No total dos EUA, existem mais de 500 leis municipais que proíbem sacolas plásticas, bem como 12 proibições estaduais. Novos projetos de lei poderão surgir em breve tanto em Georgia quanto em Massachusetts. E segundo os pesquisadores, o argumento contra as sacolas plásticas é simples: elas causam <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127351-quais-sao-as-cidades-mais-poluidas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poluição</a> em todas as fases da sua vida, começando com a extração do petróleo e do gás usado para produzi-las.Além disso, esses objetos não podem ser reciclados e, após serem usados apenas uma vez, precisam ser incinerados ou enviados para um aterro sanitário, onde podem durar centenas de anos. Notoriamente, os sacos também podem tornar-se lixo que polui o ambiente natural e mata a vida selvagem.Os sacos plásticos, juntamente com os filmes plásticos, causam mais mortes de tartarugas marinhas, baleias, golfinhos e botos do que qualquer outro tipo de plástico. Eles também podem liberar pequenos fragmentos chamados microplásticos, neurotoxicidade e danos reprodutivos em humanos, entre outros problemas de saúde.O relatório também sugeriu aos legisladores a proibirem qualquer tipo de sacolas plásticas e não apenas as finas. Em algumas jurisdições, identificou uma "brecha" que permitiu que as mercearias e outros retalhistas substituíssem os sacos plásticos finos de utilização única por sacos mais grossos que são nominalmente reutilizáveis — embora não seja isso que os consumidores façam. Sendo assim, ainda há um processo longo e delicado pela frente para frear a poluição.</body>

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Proibições de sacolas plásticas já impediram o uso de bilhões delas

Imagem de 6 vezes em que você se confundiu com coisas que pareciam iguais no megacurioso

Prepare-se para desvendar mitos do cotidiano ao explorar as incríveis diferenças que você nunca imaginou existirem

<head></head><body>Quantas vezes você já confundiu duas coisas, acreditando erroneamente que eram iguais? Mas pequenos detalhes podem alterar completamente nossa compreensão do mundo ao nosso redor. Conheça seis situações em que somos enganados pelas semelhanças, revelando verdades que muitos desconhecem.<h2>1. TNT e dinamite</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/05/05230225274008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)A distinção entre TNT e dinamite reside em suas propriedades explosivas. O trinitrotolueno (TNT) é uma substância cristalina amarela, conhecida por sua estabilidade moderada e menor potência explosiva em comparação com a dinamite. O TNT é frequentemente utilizado em aplicações militares e industriais devido à sua segurança relativa.Por outro lado, a dinamite é uma mistura mais potente, composta principalmente de nitroglicerina estabilizada. Sua sensibilidade e maior capacidade explosiva tornam a dinamite preferida em setores como construção, mineração e demolição.<h2>2. Crisálida e casulo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/05/05230321600009.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123461-como-uma-lagarta-se-transforma-em-borboleta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Enquanto as lagartas se transformam em borboletas</a>, o casulo e a crisálida desempenham papéis distintos no processo em reposta aos estágios específicos de metamorfose desses insetos. A crisálida é um estágio pupal comum em borboletas e mariposas, marcado por mudanças internas na estrutura corporal da lagarta, que cria uma estrutura externa endurecida.Por outro lado, o casulo é uma estrutura fechada e protetora, feita de seda produzida pela lagarta, e usada por algumas lagartas como parte de seu processo de metamorfose.<h2>3. Ataque cardíaco e parada cardíaca</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/05/05230411587010.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)À primeira vista, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125274-o-que-acontece-no-corpo-durante-um-ataque-cardiaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ataque cardíaco</a> e uma parada cardíaca podem parecer similares; contudo, a diferença entre eles reside na natureza do evento cardiovascular. Um ataque cardíaco ocorre quando uma artéria coronária é obstruída, resultando na interrupção parcial ou total do fluxo sanguíneo para uma parte do músculo cardíaco.Em contrapartida, a parada cardíaca refere-se à interrupção súbita do batimento cardíaco, em que o coração para de bombear sangue para o corpo, podendo ser provocada por diversas causas, incluindo, mas não se limitando a, um ataque cardíaco.<h2>4. Cimento e concreto</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/05/05230449819011.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Muitas pessoas acreditam que <a href="https://www.megacurioso.com.br/arquitetura-e-engenharia/42541-voce-sabe-qual-e-a-diferenca-entre-cimento-e-concreto-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cimento e concreto</a> são termos sinônimos. Essa confusão decorre pela frequência com que ambos são utilizados em situações cotidianas. No entanto, enquanto o cimento refere-se a um pó fino utilizado como aglutinante na formação de uma pasta ligante, o concreto é o resultado da mistura dessa pasta de cimento com agregados, como areia e pedras, além de água.O concreto é, portanto, uma composição mais complexa, conferindo-lhe características específicas de resistência e durabilidade.<h2>5. Leopardos e leopardos-das-neves</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/05/05230532537012.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Apesar do nome sugestivo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120405-leopardos-da-neve-morrem-de-covid-19-em-zoologico-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leopardos-das-neves</a> não são leopardos. A principal diferença entre eles está relacionada à espécie, características físicas e habitat. O leopardo é da espécie Panthera pardus, encontrado em uma variedade de habitats na África e na Ásia, exibindo uma pelagem amarela com manchas escuras.Por outro lado, o leopardo-das-neves é da espécie Panthera uncia, que habita regiões de alta altitude e frias na Ásia Central e no Himalaia, apresentando uma pelagem mais clara e adaptada às paisagens nevadas.<h2>6. Legendas de tradução e de acessibilidade</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/05/05231308840013.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)É comum a crença de que as legendas desempenham apenas um papel. No entanto, existem as legendas de tradução que têm como objetivo traduzir diálogos ou narrações entre diferentes idiomas, permitindo que espectadores de diversas origens compreendam o conteúdo. Em contraste, as legendas de acessibilidade para surdos e deficientes auditivos são projetadas para tornar o conteúdo audiovisual acessível às pessoas com deficiência auditiva, incluindo informações detalhadas sobre elementos sonoros além dos diálogos.</body>

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6 vezes em que você se confundiu com coisas que pareciam iguais

Imagem de Como a indústria da carne cultivada em laboratório está sendo boicotada no megacurioso

Desde que surgiu, a indústria da carne cultivada sofre perseguições e é alvo de fake news, mas por qual motivo?

<head></head><body>Os humanos foram feitos para comer o quê? Pensando em comportamento, nós somos onívoros, visto que comemos uma grande variedade de alimentos de origem tanto animal como vegetal. Por outro lado, biologicamente, falando em fisiologia e anatomia, temos características de herbívoros.Em nenhum momento os humanos se assemelham aos carnívoros. Não possuímos a mesma abertura de mandíbula, posição dos dentes, extensão do trato intestinal, resfriamento de corpo, forma de deglutição ou volume e pH estomacal.Apesar disso, humanos consomem uma média de 346 milhões de toneladas de carne por ano, sendo que há projeções de um aumento de 44% até 2030, alcançando 453 milhões anuais. Segundo uma pesquisa feita pelo Statista, cerca de 86% das pessoas entrevistadas em 39 países disseram que mantêm uma dieta com a presença de carne, apesar de fazer a substituição por outros tipos de fontes de proteína.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31173733790316.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Os países mais carnívoros do mundo são os Estados Unidos, em primeiro lugar, com 120 kg de carne em consumo per capita por ano, seguidos pela Austrália, Uruguai, Argentina e Hong Kong. Atualmente, o setor da pecuária está estimado em US$ 838,3 bilhões, conforme as estatísticas de 2020 mostraram, com previsão de aumento para US$ 1,157 trilhão até 2025. Em 2018, o centro de estudos Faunalytcs estimou que mais de 70 bilhões de animais terrestres são abatidos para a indústria da carne anualmente. A organização Global Agriculture aponta que 60% das terras agrícolas do mundo são utilizadas para essa finalidade.Pelos números, é possível entender o valor inestimado da pecuária para a economia, então a mera perspectiva desse ciclo de capital ser diminuído ou interrompido é coibida rapidamente por um lobismo muito bem estruturado. É por esse motivo que existe uma forte&nbsp;campanha para boicotar a carne cultivada em laboratório.<h2>O hambúrguer de Mark Post</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01093349087015.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A indústria da carne e sua rápida aceleração ao longo do tempo, desde a segunda metade do século XX, é um problema que saiu de controle. Ainda que a carne signifique 2% das calorias diárias da dieta base do ser humano, sua produção é maior do que sua demanda e muitos especialistas a definem como um verdadeiro vício. Não é para menos que o nível de produção não só fez das fazendas industriais fábricas de incubação de patógenos que alcançam estados de hipervirulência, criando surtos que evoluem para epidemias e pandemias, como também afeta o planeta com seus níveis de emissões de gases de efeito estufa.E isso não é tudo. Um relatório de 2019 emitido pela Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos diz que 40% da terra do planeta é coberta por fazendas. Enquanto isso, é estimado que 60% da população mundial esteja vivendo em centros urbanos até 2050, o que significa que é preciso encontrar moradia para cerca de 2,5 bilhões de pessoas até lá, sendo que a área urbana se torna um recurso cada vez mais limitado, refém da própria densidade demográfica. Ou seja, não temos mais espaço.Foi pensando nesses aspectos insidiosos e no bem-estar dos animais que, em 2013, Mark Post, da Universidade de Maastricht, criou o primeiro hambúrguer de carne bovina cultivada em laboratório. O pedaço de carne foi feito a partir de células-tronco de uma vaca e composto por 20 mil fios musculares.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01093609617020.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O primeiro hambúrguer feito em laboratório custou cerca de US$ 325 mil (aproximadamente R$ 1,6 milhão), mas o aperfeiçoamento da tecnologia diminuiu seu preço. A startup holandesa Mosa Meat estimou que o preço da carne pode ser de US$ 80 por quilo (quase R$ 400) se conseguirem atingir a produção em larga escala. Isso significa que um hambúrguer de 140 gramas de carne custaria pouco mais que US$ 11, cerca de R$ 55.A carne cultivada se lançou como uma alternativa mais consciente do que a carne bovina convencional porque requer 45% menos uso de energia e 99% menos uso da terra.<h2>A campanha de boicote</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01093712557021.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Bilhões de dólares foram investidos no setor de carne cultivada na esperança de que o produto seja mais ecológico que a carne bovina. Muito embora seja verdade que a carne de laboratório elimina os requisitos de terra, água e antibióticos da criação de gado, os pesquisadores acreditam que muito do interesse nesse segmento foi impulsionado por análises imprecisas de emissões de carbono.É bom ressaltar, no entanto, que não há registros precisos de qual será o impacto da carne artificial no meio ambiente ou na saúde humana a longo prazo, nem das startups estadunidenses, como Good Meat e Upside Foods, tampouco dos especialistas em geral, muito menos da oposição.&nbsp;Até o momento, os únicos países que aprovaram a comercialização da carne artificial foram os Estados Unidos e Cingapura, e isso já foi o suficiente para que fosse criado um lobby altamente financiado para boicotar o produto, espalhar pânico e informações falsas por meio de anúncios de TV e na internet.<ul><li style="font-weight: bold;">Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128129-italia-proibe-carnes-cultivadas-em-laboratorio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Itália proíbe carnes "cultivadas" em laboratório</a></li></ul><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01093858192025.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 2023, o Centro para o Meio Ambiente e Bem-Estar (Center for the Environment &amp; Welfare, ou CEW), cujo diretor-executivo é Jack Hubbard, sócio da empresa de relações públicas Berman and Company, que tem um longo histórico de apoio organizações sem fins lucrativos que defendem os interesses da indústria alimentícia –, lançou uma campanha de informação pública com o suposto intuito de educar sobre a carne cultivada. A peça de propaganda faz uso de dados e análises inverídicas ou sem fundo científico para desacreditar essa nova indústria.Hubbard alegou que a Bernman and Company ajuda a fornecer serviços para o CEW visando educar e informar os consumidores. Jessica Almy, vice-presidente sênior de relações públicas do Good Food Institute, uma organização sem fins lucrativos que trabalha para acelerar a adoção de alternativas à proteína animal, disse à Wired que o CEW é uma fonte de desinformação. “Acho que eles estão alimentando o medo sobre uma escolha clara e segura que está presente em alguns cardápios de restaurantes nos EUA e em Cingapura”, afirma ela.<h2>Horizonte de incertezas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01093814918024.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A Fox News veiculou um anúncio do CEW apresentando uma carne cultivada em uma feira de ciências escolar fictícia, em que era dito que as células da carne crescem como um tumor e são banhadas com produtos químicos. O CEW também se baseou em um artigo publicado pela Bloomberg Businessweek, em fevereiro de 2023, que levantou temores sobre células imortalizadas, para criar um site que compara as células usadas para cultivar carne de laboratório a células tumorais.&nbsp;Células imortalizadas são um tipo de célula valorizada pela indústria da carne cultivada porque se duplicam indefinidamente, tornando muito mais fácil o cultivo em abundância de carne a partir de pequenas amostras de células. Essa capacidade ilimitada de crescimento também é marca registrada das células cancerígenas, mas, fora isso, ambas não possuem relação.Já ficou mais do que claro que as campanhas do CEW são montadas a fim de explorar os receios que as pessoas têm sobre novos alimentos. Não é para menos que em seu site existe uma seção com uma lista enumerando todos os tipos de produtos químicos que, segundo o CEW, podem ser usados na produção de carne cultivada. É bom ressaltar que nem o governo possui acesso à lista de componentes ou corantes usados pela indústria alimentícia na fabricação de alimentos ultraprocessados.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01093946815026.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A campanha mais recente do CEW criticou as credenciais ambientais da carne cultivada, citando um suposto estudo feito pela Universidade da Califórnia sobre o quão poluente essa indústria será, caso implementada. Amplamente divulgado na imprensa, o estudo apontou que seriam liberados 25 vezes mais emissões de gases de efeito estufa do que é necessário para processar a carne bovina tradicional. Isso porque os componentes da carne artificial só são possíveis de serem produzidos por meio de um processo misturando nutrientes de grau farmacêutico em um reator nuclear, purificados a um nível muito mais alto do que o comum.O Good Food Institute rebateu que esses métodos de produção citados são improváveis. Outros estudos descobriram que a carne cultivada poderia ter emissões de carbono muito mais baixas do que a carne convencional, embora, até que os fabricantes aumentem a produção, seja difícil saber exatamente até que ponto a produção poderá ser intensiva em emissões.A guerra entre carne cultivada e carne convencional está tão longe de acabar tanto quanto nós de saber se ela é benéfica, quase milagrosa, como diz ser, ou maligna como a oposição afirma. “Só podemos saber que não sabemos de nada”, já diria Tolstoy em seu Guerra e Paz.</body>

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