Imagem de Você sabia que um extrato genital de castor tem aroma de baunilha? no site Mega Curioso

Apesar das alegações que surgiram na internet, a substância encontrada nas glândulas dos castores é raramente usada como condimento alimentar

Para quem esteve vagando pela internet nos &uacute;ltimos anos, &eacute; poss&iacute;vel que voc&ecirc; j&aacute; tenha lido por a&iacute; uma afirma&ccedil;&atilde;o de que o sabor artificial da baunilha encontrado em biscoitos ou sorvetes vem de uma gosma secretada pelo traseiro dos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111328-saiba-porque-dos-castores-gigantes-nao-terem-sobrevivido-a-era-glacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">castores</a>. De tempos em tempos, uma publica&ccedil;&atilde;o similar costuma viralizar por a&iacute;, alertando os consumidores sobre o cast&oacute;reo &mdash; uma subst&acirc;ncia "disfar&ccedil;ada" de aromatizante natural na lista de ingredientes.
Mas at&eacute; que ponto essa informa&ccedil;&atilde;o &eacute; verdadeira? Para a surpresa da grande maioria das pessoas, a afirma&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; totalmente falsa. Os castores realmente excretam o cast&oacute;reo, de cheiro adocicado, de bolsas pr&oacute;ximas ao &acirc;nus. Contudo, essa subst&acirc;ncia &eacute; dificilmente usada na ind&uacute;stria alimentar recentemente.
<h2>Uso do cast&oacute;reo</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27103823284098.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
Em entrevista &agrave;&nbsp;National Geographic, a qu&iacute;mica do Bryn Mawr College e pesquisadora da ci&ecirc;ncia dos alimentos, Jessica Taylor Price, afirmou que o cast&oacute;reo &eacute; um produto incrivelmente caro, raro e "n&atilde;o tem como estar no seu sorvete". Essa subst&acirc;ncia marrom-amarelada localizada nos sacos mamonas dos castores, que se encontram entre a p&eacute;lvis e a base da cauda, &eacute; usada pelos animais para&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127479-macacos-tem-marcado-mais-territorios-devido-a-poluicao-sonora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">marcar territ&oacute;rio</a>.
Portanto, quando um castor constr&oacute;i pilhas de lama, gravetos ou grama &agrave; beira d'&aacute;gua, eles costumam secretar cast&oacute;reo por cima para mostrar aos outros que aquele espa&ccedil;o &eacute; seu. Esses montes exalam um aroma forte o suficiente para que at&eacute; mesmo os humanos consigam detect&aacute;-los facilmente. "&Eacute; um cheiro muito caracter&iacute;stico. &Eacute; meio almiscarado, mas doce", descreveu Roisin Campbell-Palmer, chefe de restaura&ccedil;&atilde;o da Beaver Trust, uma organiza&ccedil;&atilde;o de conserva&ccedil;&atilde;o de castores no Reino Unido, &agrave;&nbsp;Nat Geo.&nbsp;
Esse aroma poderoso da secre&ccedil;&atilde;o vem das plantas da dieta dos castores. Surpreendentemente, os humanos usam o cast&oacute;reo h&aacute; mais de 2 mil anos, principalmente para curar doen&ccedil;as como dores de cabe&ccedil;a, dores de ouvido, dores de dente, febres e gota. Tamb&eacute;m &eacute; uma subst&acirc;ncia amplamente usada na perfumaria para adicionar um aroma de couro aos objetos.&nbsp;
<h2>Cast&oacute;reo na ind&uacute;stria de alimentos</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27103903005101.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
Um grande problema sobre o cast&oacute;reo &eacute; que extra&iacute;-lo faz parte de um processo delicado e trabalhoso. Primeiro, os castores devem ser anestesiados e, em seguida, suas gl&acirc;ndulas mamonas devem ser "ordenhadas". Ent&atilde;o, o l&iacute;quido &eacute; basicamente esguichado pelas criaturas em um procedimento um tanto quanto nojento. Essa subst&acirc;ncia tamb&eacute;m pode ser colhida de castores mortos se seus sacos de mamona forem removidos e deixados secar.&nbsp;
No in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, o cast&oacute;reo come&ccedil;ou a aparecer em alguns alimentos como forma de adicionar um sabor de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123520-baunilha-de-onde-vem-um-dos-sabores-mais-populares-da-culinaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baunilha</a>&nbsp;e framboesa. Por&eacute;m, a sua utiliza&ccedil;&atilde;o diminui consideravelmente a partir de 1987, quando os Estados Unidos cortaram seu uso na ind&uacute;stria.&nbsp;
Agora, a subst&acirc;ncia &eacute; encontrada principalmente em alimentos de nicho, como o licor sueco. Em vez disso, 99% dos aromatizantes de baunilha mundial prov&eacute;m de pontes sint&eacute;ticas, o que representa uma alternativa mais barata e menos trabalhosa &agrave; colheita de gr&atilde;os de baunilha ou de cast&oacute;reo. Portanto, mesmo que essa subst&acirc;ncia seja segura de se ingerir, pode ficar tranquilo: voc&ecirc; dificilmente estar&aacute; colocando qualquer coisa vinda do bumbum dos castores em sua boca.

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É verdade que o aroma de baunilha vem da bunda de castores?

Imagem de O lagarto que desafia predadores com sua língua azul luminosa no megacurioso

Descubra o intrigante mundo do lagarto-de-língua-azul, um nativo australiano que utiliza sua língua brilhante como uma ferramenta surpreendente de defesa contra predadores

<head></head><body>O reino animal está repleto de maravilhas e peculiaridades, especialmente na Austrália, terra de animais exóticos e fascinantes. Entre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124984-5-animais-australianos-com-reputacoes-equivocadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">habitantes do continente australiano</a>, o lagarto-de-língua-azul destaca-se por sua defesa incomum e intrigante. Prepare-se para desvendar os segredos por trás dessa característica única e entender como ela se tornou uma estratégia eficaz de sobrevivência na natureza.<h2>Mecanismo de defesa bizarro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27192525296412.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)O lagarto-de-língua-azul, pertencente à subespécie Tiliqua scincoides, possui um mecanismo de defesa singular que envolve mostrar sua língua azul brilhante para predadores em potencial. Quando ameaçado, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128064-5-fatos-sobre-o-lagarto-asiatico-que-pode-ter-sido-a-inspiracao-para-o-dragao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lagarto</a> exibe rapidamente sua língua azul, criando um contraste marcante contra o fundo rosa de sua boca. Surpreendentemente, essa estratégia muitas vezes faz com que os predadores pensem duas vezes antes de atacar, resultando em uma fuga inesperada.<h2>Cores brilhantes na natureza</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27192646155413.jpg" alt="O sapo-ponta-de-flecha tem uma cor brilhante e é extremamente venenoso. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">O sapo-ponta-de-flecha tem uma cor brilhante e é extremamente venenoso. (Fonte: Getty Images / Reprodução)O fenômeno das cores brilhantes na natureza muitas vezes indica venenosidade ou perigo, e o lagarto-de-língua-azul se aproveita dessa associação para sua defesa. Ao contrário de outros animais com cores vibrantes, como algumas espécies de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126949-especie-minuscula-de-sapo-e-descoberta-em-sc.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sapo</a>, o lagarto-de-língua-azul não é venenoso. No entanto, sua língua azul brilhante cria a ilusão de toxicidade, confundindo predadores famintos. Enquanto outros animais usam cores vivas como um sinal de alerta, esse réptil inova ao incorporar essa estratégia em seu comportamento defensivo, tornando-se um exemplo único de adaptação evolutiva.<h2>Comportamento e adaptações ambientais</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27193931502416.jpg" alt="A espécie Tiliqua scincoides apresenta interações sociais complexas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">A espécie Tiliqua scincoides apresenta interações sociais complexas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)O lagarto-de-língua-azul não apenas desenvolveu estratégias notáveis para interações sociais e defesa, mas também demonstra notáveis adaptações ao ambiente. Sua capacidade de suportar uma variedade de condições climáticas e sua dieta diversificada são aspectos importantes de sua sobrevivência. Explorar essas adaptações revela a notável flexibilidade dessa espécie em face de desafios ambientais. Além de seu intrigante mecanismo de defesa, o réptil também exibe comportamento social notável marcado por interações complexas em seu ambiente social, incluindo rituais de acasalamento e cuidado parental.Em um mundo repleto de adaptações surpreendentes, o lagarto-de-língua-azul destaca-se como um exemplo fascinante de como os animais podem desenvolver estratégias únicas para sobreviver no ambiente selvagem. Sua língua azul brilhante não apenas intriga os observadores, mas também serve como um escudo eficaz contra predadores. Ao desvendar os mistérios por trás dessa característica única, ganhamos uma compreensão mais profunda da diversidade e engenhosidade presentes na natureza australiana.</body>

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O lagarto que desafia predadores com sua língua azul luminosa

Imagem de O desastre de lixo eletrônico causado por brinquedos jogados fora no megacurioso

Segundo novo estudo, brinquedos que se movem, fazem barulho e acendem estão parando em aterros sanitários, mas poderiam ser reciclados com melhores políticas

<head></head><body>Com as festividades de final de ano chegando, pais no mundo inteiro têm decidido quais brinquedos comprarão para seus filhos em 2023. Muitas das opções mais cobiçadas envolvem um toque a mais de tecnologia, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123711-como-nikola-tesla-foi-o-criador-o-primeiro-drone.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drones iluminados</a> ou até mesmo livros que tocam sons de animais. O problema, porém, é que esses brinquedos que acendem, emitem sons e se movem por conta própria tem se tornado um desastre para o meio ambiente.Segundo um relatório recente publicado pela WEEE Forum, uma organização multinacional sem fins lucrativos focada na gestão de "resíduos de equipamentos eletrônicos", o mundo descartou 7 bilhões de toneladas de brinquedos eletrônicos somente em 2022. Muitos desses objetos não chegou a uma instalação adequada de reciclagem de lixo eletrônico e foi parar em aterros sanitários, gerando uma crise ambiental de âmbito global. Tudo isso é o resultado da falta de regulamentações e programas de conscientização do consumidor a respeito de brinquedos contendo baterias e placas de circuito.<h2>Descarte incorreto</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27194451772423.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com especialistas, brinquedos eletrônicos frequentemente vão parar no lixo normal, aumentando o risco de incêndios de baterias em instalações de gestão de resíduos e criando novos riscos ambientais em aterros sanitários. Até mesmo quando as pessoas querem <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122967-voce-realmente-sabe-reciclar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reciclar</a> seus brinquedos eletrônicos de forma adequada, muitas vezes isso não acontece porque recicladores se negam a receber os equipamentos por "conter muito pouco material que valha a pena reciclar".&nbsp;Na visão dos especialistas, fabricantes e varejistas de brinquedos deveriam assumir mais responsabilidade pelo desperdício de seus produtos. Isso significa que deveriam criar programas de devolução de brinquedos quebrados, redesenhar seus produtos para serem mais amigáveis à reciclagem ou simplesmente adotar novos modelos de negócio que substituam brinquedos baratos e descartáveis por materiais feitos para durar mais.De acordo com o relatório, o custo de fabricação de componentes eletrônicos caiu tanto nas últimas décadas que agora deveria ser relativamente fácil incorporá-los nos brinquedos mais simples e baratos. O problema, no entanto, é que esses produtos eletrônicos baratos não são necessariamente feitos para durar e não costumam ter baterias substituíveis. Como consequência, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109090-brasil-e-o-maior-produtor-de-lixo-eletronico-na-america-latina-diz-onu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lixo eletrônico</a> tem aumentado imensamente todos os anos, gerando um desgaste para a reciclagem e para o meio ambiente.<h2>Possíveis soluções</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27194512309426.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um grande problema sobre o lixo eletrônico é a falta de locais de coleta para esse tipo de lixo. Muitas vezes, os governos locais não fornecem apoio o suficiente para custear a coleta e o envio para um reciclador. Diversos países ao redor do mundo até possuem políticas sobre esse tipo de lixo, mas tudo se complica quando o assunto são os brinquedos eletrônicos.Estudos mostram que entre 20% e 30% dos grandes eletrônicos, como televisões e impressoras, são reciclados em escala global. Contudo, a reciclagem de brinquedos eletrônicos está mais próxima de apenas 10%. Para resolver essa crise de resíduos, especialistas dizem que os reguladores e a indústria de brinquedos precisam estar mais atentos.Visando uma solução para esse problema, governos deveriam expandir seus esquemas de coleta de lixo para incluir mais categorias de produtos eletrônicos. Por fim, todos nós também teremos que reformular a nossa relação com os brinquedos e parar de considerá-los facilmente descartáveis. Somente assim o mundo deixará de sofrer tanto com as ações impensadas dos seres humanos.</body>

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O desastre de lixo eletrônico causado por brinquedos jogados fora

Imagem de Galáxias 'adolescentes' são detectadas pelo telescópio James Webb no megacurioso

O estudo de 'galáxias adolescentes' do Universo antigo pode mostrar como esses aglomerados supermassivos de estrelas amadurecem e evoluem

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127540-james-webb-detecta-milhares-de-vias-lacteas-no-universo-primitivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estudando apenas galáxias “adolescentes”,</a> ou seja, aquelas que se formaram somente entre dois a três bilhões de anos após o Big Bang, uma equipe de astrofísicos liderada pela Universidade Northwestern, de Evanston nos EUA, encontrou um elemento químico inesperado — o níquel — na imagem composta dos 33 aglomerados de estrelas observados.“Nunca, em meus sonhos mais loucos, imaginei que veríamos níquel”, afirmou em um comunicado Allison Strom, primeira autora do artigo, publicado recentemente na revista The Astrophysical Journal Letters. Para elaborar o estudo, a equipe trabalhou com dados do Telescópio Espacial James Webb (JWST), que olhou profundamente para o espaço para obter essas imagens do passado cósmico.&nbsp;Quando o Universo ainda era jovem, muitas galáxias, como as deste estudo, experienciaram um período fértil de formação estelar. Mesmo galáxias antigas, como nossa Via Láctea, ainda formam estrelas, embora de forma mais lenta, enquanto outras pararam completamente. Este trabalho pretende ajudar os astrônomos a compreenderem as razões dessas diferenças.<h2>Primeira pesquisa com "galáxias adolescentes"</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27181901451373.jpg" alt="(Fonte: NASA/ESA/CSA)">(Fonte: NASA/ESA/CSA)Para testar suas hipóteses, a equipe analisou resultados da pesquisa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127697-quem-financia-os-projetos-da-nasa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chemical Evolution Constrained using Ionized Lines in Interstellar Aurorae (CECILIA)</a>, cujo objetivo é estudar a química de galáxias distantes. Além da inesperada presença de níquel, um elemento difícil de observar, os pesquisadores descobriram as galáxias adolescentes são anormalmente quentes.As 33 galáxias foram estudadas durante um período contínuo de 30 horas. Em seguida, os pesquisadores combinaram todos os comprimentos de onda de luz coletados, para formar uma imagem única representando o que está acontecendo dentro dessas estruturas.&nbsp;"Isso elimina os detalhes de galáxias individuais, mas nos dá uma noção melhor de uma galáxia média. Também nos permite ver características mais tênues", explicou Strom. Para a astrofísica, o estudo dessas "galáxias adolescentes" do universo antigo dá aos cientistas uma compreensão de como esses sistemas massivos de estrelas amadureceram e evoluíram.<h2>O que os astrofísicos observaram nas galáxias adolescentes?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27190142971401.jpg" alt="(Fonte: Aaron M. Geller, Northwestern, CIERA + IT-RCDS)">(Fonte: Aaron M. Geller, Northwestern, CIERA + IT-RCDS)Ao concluir a média dos espectros das 33 galáxias, tarefa que levaria 600 horas em um telescópio comum segundo a líder do projeto Gwen Rudie, foi possível "criar uma espécie de atlas que informará futuras observações do JWST de objetos muito distantes". Os autores identificaram oito elementos ao todo: hidrogênio, hélio, nitrogênio, oxigênio, silício, enxofre, argônio e níquel.Embora o níquel requeira condições específicas para ser observado, o que torna sua deteção surpreendente neste trabalho, os demais elementos "não são uma surpresa, mas a nossa capacidade de medir a sua luz não tem precedentes e mostra o poder do JWST", reconhece Rudie.Todos os elementos mais pesados que o hidrogênio e o hélio (que se formaram no início do Universo) ficaram comprimidos dentro das estrelas. Quando elas explodem, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127887-quilonova-a-explosao-capaz-de-destruir-a-vida-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como em supernovas, por exemplo,</a> expelem essas substâncias no ambiente cósmico, onde são incorporadas na próxima geração estelar. Encontrar esses elementos nas galáxias primordiais é uma forma de aprender como elas mudam ao longo da sua história evolutiva.&nbsp;</body>

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Galáxias 'adolescentes' são detectadas pelo telescópio James Webb

Imagem de Derramamento de óleo no Golfo do México chega a mais de 4 milhões de litros e preocupa especialistas no megacurioso

Enquanto Guarda Costeira dos Estados Unidos busca origem específica do vazamento, pesquisadores demonstram preocupação sobre o ocorrido

<head></head><body>Cerca de 4,2 milhões de litros de petróleo podem ter sido vazados no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115720-golfo-do-mexico-pode-enfrentar-2-furacoes-nos-proximos-dias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Golfo do México</a>, na costa da Louisiana, no final de novembro, disse a Guarda Costeira dos Estados Unidos em comunicado oficial. Embora nenhum ferimento tenha sido relatado até agora, as autoridades temem que o incidente possa prejudicar a vida selvagem ameaçada na região.As autoridades continuam trabalhando para identificar a fonte específica e a causa do derramamento. Porém, a descarga ocorreu perto de um sistema de oleodutos de propriedade da empresa Main Pass Oil Gathering (MPOG). Uma anomalia de pressão foi identificada em um de seus oleodutos entre a noite de quarta-feira (22) e a manhã de quinta-feira (23). O canal só foi ser fechado às 6h30.&nbsp;<h2>Desastre de grande proporção</h2><blockquote class="twitter-tweet"><a href="https://twitter.com/hashtag/UPDATE?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#UPDATE</a> On Friday Clean Gulf Associates’ vessels skimmed and sampled crude oil approximately 4 miles southeast off South Pass Louisiana. Approximately 210 gallons of oily-water mixture have been recovered. <a href="https://t.co/bn8MCQshTB">pic.twitter.com/bn8MCQshTB</a>— USCG Heartland (@USCGHeartland) <a href="https://twitter.com/USCGHeartland/status/1726727565082075384?ref_src=twsrc%5Etfw">November 20, 2023</a></blockquote>O brilho do óleo foi detectado pela primeira vez perto da paróquia de Plaquemines, a sudeste de Nova Orleans, às 9h de quinta-feira, de acordo com os dados fornecidos pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), dos EUA. A empresa Third Coast Midstream Pipeline relatou o vazamento 10 minutos depois.Após o acontecido, a capitã Kelly Denning, comandante do setor da Guarda Costeira de Nova Orleans, não comentou o intervalo de duas horas e meia entre o fechamento do oleoduto e o momento em que o vazamento foi relatado. Desde então, navios têm sido enviados ao local para remover o óleo da superfície da água. Nesta segunda-feira (27), as autoridades relataram em suas redes sociais que 794 litros de água oleosa foram recuperados.Embora os ventos tenham ajudado a evaporar e dispersar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127414-voce-sabe-de-onde-vem-o-petroleo.htm#:~:text=Como%20%C3%A9%20formado%20o%20petr%C3%B3leo%3F&amp;text=A%20teoria%20mais%20aceita%20acerca,leito%20de%20mares%20e%20lagos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">petróleo</a>, muitas manchas ainda são visíveis na região. As vistorias do gasoduto com veículos operados remotamente ainda não localizaram a origem específica do vazamento. Embora as autoridades ainda não saibam exatamente quanto petróleo entrou na água, os cálculos iniciais indicam que pelo menos 4,2 milhões de litros poderiam ter escapado do oleoduto.<h2>Ameaças futuras</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27201804237439.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com a Guarda Costeira dos EUA, não é possível afirmar com 100% de certeza o valor exato de petróleo vazado na área até que a fonte do vazamento seja encontrada. A causa do acontecido também está sob investigação. Segundo Denning, as autoridades ainda não determinaram qual operador de gasoduto é responsável pelo caso, mas tudo indica que aconteceu com a MPOG.&nbsp;O derramamento levou preocupações sobre os possíveis impactos sobre a vida selvagem na região. Em entrevista à Associated Press (AP), um oficial da Pesca e Vida Selvagem dos EUA disse que dois pelicanos oleosos foram avistados no sábado (25) na costa da Louisiana. A área também abriga uma boa quantidade de tartarugas marinhas e baleias Rice, ambas espécies ameaçadas de extinção.&nbsp;"A maior parte da costa da Louisiana é formada por zonas úmidas e pântanos, e isso normalmente é considerado muito sensível ao petróleo", disse Doug Helton, coordenador de operações de emergência da NOOA, à WWL-TV. Milhares de derramamentos de óleo, a maioria pequenos, acontecem anualmente nas águas dos Estados Unidos.Contudo, até mesmo os menos expressivos podem causar danos. Em 2010, uma explosão na plataforma de perfuração <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110980-desastre-ambiental-acelera-desintegracao-de-naufragios-da-2-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Deepwater Horizon</a>, no Golfo do México, matou 11 pessoas e despejou 507 milhões de litros de petróleo no oceano durante três meses, tornando-se o maior derramamento de petróleo na história. Os impactos de grandes derrames podem ser sentidos por décadas.</body>

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Derramamento de óleo no Golfo do México chega a mais de 4 milhões de litros e preocupa especialistas

Imagem de Sons sinistros da natureza: 6 animais que fazem barulhos assustadores no megacurioso

Conheça os animais que usam sons surpreendentes para botar medo em presas, dominar território e até para se acasalar

A variedade de animais na Terra &eacute; algo incr&iacute;vel, s&atilde;o mais de 1,5 milh&atilde;o de esp&eacute;cies catalogadas, mas estima-se que possam existir at&eacute; 50 milh&otilde;es. Com essa abund&acirc;ncia de animais, vem uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/39218-os-10-animais-mais-barulhentos-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abund&acirc;ncia de sons e vozes</a>. Enquanto algumas delas s&atilde;o tranquilas &mdash; e at&eacute; usadas em v&iacute;deos de relaxamento &mdash; outras s&atilde;o extremamente assustadoras. Conhe&ccedil;a 7 animais que emitem sons de arrepiar.
<h2>1. Alig&aacute;tor-americano</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/yBJnakwdP-s?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
O jacar&eacute;-norte-americano, tamb&eacute;m chamado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127296-cacadores-capturam-o-maior-jacare-ja-registrado-no-mississippi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alig&aacute;tor-americano</a> (Alligator mississippiensis), atinge dimens&otilde;es incr&iacute;veis, chegando a pesar 400 kg. Para mostrar seu tamanho e demarcar territ&oacute;rio, ele emite um som forte e grave parecido com o rugido de le&atilde;o, ou o motor de uma moto em acelera&ccedil;&atilde;o. Felizmente para n&oacute;s, a assustadora esp&eacute;cie s&oacute; pode ser encontrada nos Estados Unidos, principalmente nos estados do sul.
<h2>2. Cabras</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/SIaFtAKnqBU?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
As cabras (Capra aegagrus hircus) s&atilde;o animais estranhos. Elas ganharam a internet com os v&iacute;deos de desmaio ap&oacute;s serem assustadas, mas tamb&eacute;m s&atilde;o capazes de assustar. Enquanto o seu som mais tradicional, o balido, pode at&eacute; ser considerado bonitinho, as cabras podem dar gritos horripilantes, extremamente fortes e agudos. Ouvir uma cabra gritando &agrave; noite n&atilde;o &eacute; uma experi&ecirc;ncia tranquila, nem para quem est&aacute; acostumado.
<h2>3. Coruja-das-torres</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/eKV9aEfHel4?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Esque&ccedil;a aquele confort&aacute;vel piar das corujas dos desenhos animados: a coruja-das-torres, ou suindara, (Tyto furcata) produz sons capazes de gelar a espinha de qualquer um. Seu chamado &eacute; comparado a um grito rouco, que parece o som de um tecido rasgando. Voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido barulhos semelhantes em filmes de terror. Al&eacute;m disso, as corujas-das-torres emitem um grito superagudo em caso de ferimento ou na &eacute;poca de acasalamento.
<h2>4. Diabo-da-tasm&acirc;nia</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/pW27vpK4ALQ?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
O barulho do diabo-da-tasm&acirc;nia (Sarcophilus harrisii) n&atilde;o lembra muito o som do personagem do desenho, por&eacute;m &eacute; igualmente ca&oacute;tico &mdash; uma mistura de gritos, rosnados, roncos e barulhos roucos usados para atacar presas e brigar por territ&oacute;rio. O animal pertence &agrave; classe dos marsupiais, mam&iacute;feros cujos filhotes nascem precocemente e terminam o desenvolvimento em bolsas externas nas f&ecirc;meas. O diabo-da-tasm&acirc;nia &eacute; o maior marsupial carn&iacute;voro do mundo e s&oacute; habita a Tasm&acirc;nia, uma ilha ao sul da Austr&aacute;lia.
<h2>5. Cervo-canadense</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/5gBk04ajuxk?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
O cervo-canadense (Cervus canadensis) &eacute; outro animal com uma voz assustadora. O ruminante, que pode alcan&ccedil;ar 320 kg e 2 metros de altura, tem um chamado parecido com o som de um instrumento de sopro agudo, como um clarim ou clarinete, com a especificidade de ser muito alto e demorado. Eles fazem esse barulho, que pode ser confundido com um grito, durante a &eacute;poca do acasalamento e para demarcar territ&oacute;rio.
<h2>6. Cobra-real</h2>
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/SlJ1rrL05Fc?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A cobra-real (Ophiophagus hannah) &eacute; uma assustadora esp&eacute;cie de serpente que habita o sul da &Aacute;sia. Comuns em florestas tropicais, mangues e florestas de bambu, a esp&eacute;cie &eacute; conhecida por inocular grandes quantidades de veneno em uma picada, o que torna o seu veneno ainda mais letal. A cobra alcan&ccedil;a at&eacute; 4 metros e produz um silvo rouco que chega a soar como um rosnado.

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Sons sinistros da natureza: 6 animais que fazem barulhos assustadores

Imagem de Baleias-azuis voltam ao seu lar nas ilhas Seicheles, agora seguras no megacurioso

Após ter sua população quase dizimada pela frota baleeira soviética na década de 1960, a baleia-azul está de volta ao seu antigo habitat

<head></head><body>Estrelas do filme Blue Whales 3D, feito por pesquisadores e cineastas nas Ilhas Seicheles em 2020 e 2021, as baleias-azuis, os maiores animais da Terra, estão voltando ao seu antigo habitat no oceano Índico, onde foram quase exterminadas pela caça indiscriminada até o final da década de 1960.&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123344-baleia-mais-solitaria-do-mundo-pode-nao-estar-tao-sozinha-assim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sons de seu tradicional chamado amoroso foram captados</a> em gravações de áudio subaquáticas realizadas recentemente, provando que os gigantescos animais, que chegam a medir 30 metros de comprimento, costumam passar meses na região. De acordo com cientistas da Universidade de Seicheles, os cetáceos podem estar se reproduzindo ali. &nbsp;De acordo com o estudo, publicado na revista Journal of Endangered Species Research, desde que baleeiros soviéticos mataram ilegalmente 500 baleias-azuis perto das Seicheles na década de 1960, "nenhuma pesquisa dedicada ocorreu para compreender a importância ecológica desta região" para esses animais.<h2>Uma armadilha de capturar sons</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/26/26130402913001.jpg" alt="(Fonte: Ocean Films)">(Fonte: Ocean Films)Para rastrear a atividade das baleias-azuis, uma "armadilha sonora" — equipada com microfones subaquáticos, baterias e gravadores — foi colocada perto das ilhas durante um ano, gravando 15 minutos a cada hora, diariamente.&nbsp;“Se você para de matar animais em grande escala e lhes dá uma chance, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127764-5-animais-que-estao-vencendo-a-luta-contra-a-extincao.htm," rel="noopener noreferrer" target="_blank">eles podem se recuperar</a>”, explicou a primeira autora do artigo, Kathleen Stafford, da Universidade Estadual do Oregon, nos EUA, à BBC News. Ela também passou algumas horas por dia, durante um mês, acompanhando o som de um microfone sob a água.Embora não tenham conseguido ouvir um único som das baleias-azuis, os cientistas se surpreenderam ao recuperar e ouvir as gravações da armadilha sonora. Elas estavam lá todo o tempo, mas permaneciam em silêncio quando os humanos estavam presentes. O som desses mamíferos tem uma frequência imperceptível para ouvidos humanos, mas pode viajar até milhares de quilômetros sob a água.<h2>Um retorno seguro</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/R42dXQOtxz0" title="Blue Whales - Return of the Giants | Official Trailer 4K | SK Films" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Para que as baleias-azuis possam retornar com segurança às Seicheles, uma área em torno das 115 ilhas que compõem o país foi formalmente protegida, em troca do perdão de sua dívida nacional no valor de quase 16,8 milhões de libras(cerca de R$ 104 milhões). Isso representa quase 400 mil quilômetros quadrados de mares.&nbsp;Os cientistas tentam compreender agora a real importância das Seicheles no ecossistema das baleias-azuis. Mas não apenas para elas. Segundo o principal autor do estudo, Jeremy Kiszka, da Universidade Internacional da Florida, nos EUA, a diversidade e abundância de mamíferos ali são “excepcionais”. “Registramos 23 espécies durante nossas pesquisas”, disse ele à BBC News.A grande preocupação é garantir que as atividades humanas não voltem a afetar a vida das espécies presentes. Como um dos grandes incômodos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124481-para-conseguir-uma-femea-baleias-machos-escolhem-parar-de-cantar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para a comunicação entre as baleias é a poluição sonora</a>, também poderosa sob as águas, a redução do tráfego de navios que já ocorre nas Seicheles talvez seja a melhor garantia de segurança e tranquilidade para as baleias-azuis, conclui Stafford.</body>

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Baleias-azuis voltam ao seu lar nas ilhas Seicheles, agora seguras

Imagem de Bâdgir: o 'ar-condicionado' criado há milhares de anos  no megacurioso

O sistema de refrigeração milenar fez sucesso no antigo Egito e no Império Persa

<head></head><body>Desde os primórdios, a humanidade tem desenvolvido ferramentas para lidar com as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127223-quao-perigoso-e-o-calor-extremo-para-os-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">condições climáticas extremas</a>, tornando a vida mais confortável. Um desses mecanismos é o bâdgir, uma espécie de “ar-condicionado da antiguidade”&nbsp;que ajudou os persas a se refrescarem em meio a temperaturas altíssimas.Também conhecido como apanhador de vento, o sistema surgido há milhares de anos era usado em construções no território atualmente pertencente ao Irã. Localizada na parte mais alta de edifícios, a estrutura é semelhante a uma chaminé e realiza um trabalho parecido com o dos modernos equipamentos de refrigeração.Estudos recentes a respeito desta tecnologia milenar sugerem que o catador de vento, outro nome pelo qual o método é chamado,&nbsp;reduz a temperatura interna dos imóveis em pelo menos 10 °C. Isso sem depender de qualquer fonte de combustível ou eletricidade.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/24/24191846629169.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Contando com diferentes versões, as estruturas de bâdgir se adaptavam ao estilo arquitetônico das casas e à direção do vento. Tais características influenciavam a altura da torre, a quantidade de aberturas para entrada e saída do ar e a disposição das lâminas internas e canais de direcionamento.<h2>Como funciona o catador de vento?</h2>Entrando pelas janelas no topo da torre, o vento fresco é conduzido para o interior do imóvel naturalmente, já que por ser mais frio e denso tende a descer. À medida que passa pelos canais, se distribui entre os cômodos através de frestas nas paredes, refrescando salas, quartos e os demais ambientes.Segundo a BBC, algumas construções possuíam canais de água subterrâneos que também recebiam o ar fresco da parte mais alta da estrutura.&nbsp;Ao entrar em contato com a água, o vento se resfriava ainda mais, oferecendo uma maior redução da temperatura no ambiente.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/AiiGznaH0mE?si=-KEhB4BsMdheijKy" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Ao mesmo tempo, o ar quente do interior da habitação era levado para fora por meio da própria torre, garantindo a redução da temperatura inclusive se não estivesse ventando. O canal principal era dividido ao meio, com áreas específicas para a entrada do vento frio e a saída do quente, lembrando que o ar aquecido é menos denso e sobe.Mesmo trazendo um grande alívio durante o calor escaldante do verão na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116824-qual-foi-o-maior-imperio-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antiga Pérsia</a>, o bâdgir também podia ser fonte de alguns problemas. Além de captar o vento refrescante, as aberturas no alto da torre acabavam servindo de entrada para diferentes espécies de insetos, poeira e outros detritos do deserto.<h2>Alternativa ecológica</h2>Capaz de resfriar ambientes sem o uso de eletricidade e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124062-como-paises-estao-trabalhando-para-limitar-emissoes-de-carbono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emissão de gases poluentes</a>, os catadores de vento persas podem se tornar uma alternativa para substituir o ar-condicionado convencional. Alguns países têm investido em versões modernas da antiga tecnologia.Reino Unido e Estados Unidos estão entre os territórios nos quais é possível encontrar edificações usando a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/225792-cientistas-inventam-ar-condicionado-nao-usa-eletricidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fonte ecológica de refrigeração</a>. O Irã também mantém algumas torres de vento originais, que servem de exemplo para futuras construções.</body>

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Bâdgir: o 'ar-condicionado' criado há milhares de anos 

Imagem de Estudo mostra a diferença genética entre órgãos masculinos e femininos no megacurioso

Novo estudo decodifica a genética por trás das várias características que diferem os órgãos de machos e fêmeas

<head></head><body>Ao observar alguns animais, muitas vezes não temos muita dificuldade em distinguir o macho da fêmea. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123294-leoes-de-tsavo-o-misterio-dos-animais-devoradores-de-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leão</a> é um grande exemplo, já que a juba volumosa evidencia claramente quem é o indivíduo masculino. Particularidades como essas, que nos permitem definir pela aparência o gênero de um animal, são chamadas de dimorfismo sexual. &nbsp;Agora, uma pesquisa recente decifrou, pela primeira vez, os intricados caminhos genéticos que conduzem às diferenças ligadas ao sexo em mamíferos, indo além das óbvias características presentes no dimorfismo sexual, chegando a explorar as mudanças em órgãos internos de machos e fêmeas.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Diferença genética</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27084232962015.jpg" alt="Diferenças entre machos e fêmeas vão além das aparências. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Diferenças entre machos e fêmeas vão além das aparências. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)O desenvolvimento das características específicas do sexo — que vão desde mudanças no tamanho e coloração do corpo até nuances na composição dos órgãos internos — sempre foi um enigma. O que não sabíamos era como os "programas" genéticos diferem entre os sexos, impactando a função e a composição celular dos órgãos em mamíferos adultos.&nbsp;Com base nos dados sequenciados de RNA de espécies como humanos, camundongos, ratos, coelhos, gambás e até galinhas, os pesquisadores desvendaram alguns dos segredos do desenvolvimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125242-os-7-orgaos-mais-pesados-do-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">órgãos</a> como cérebro, coração, rins e fígado, que se apresentam de forma distinta entre os sexos.Surpreendentemente, descobriram que as diferenças na expressão genética ocorrem tardiamente, na puberdade, acionadas por hormônios femininos ou masculinos. Esse padrão contrasta com o observado em galinhas, onde a maioria dos genes apresenta diferenças sexuais desde os estágios iniciais de desenvolvimento.A pesquisa revela um panorama fascinante de rápida evolução nas características específicas do sexo, sugerindo que desafios distintos enfrentados por machos e fêmeas durante a evolução podem ser os catalisadores.&nbsp;O fígado e os rins, por exemplo, apresentam diferenças notáveis na expressão genética entre os sexos, influenciando a funcionalidade desses órgãos. Essas diferenças, embora invisíveis para quem olha de fora, tornam-se cruciais para médicos e cientistas, explicando, por exemplo, por que certas doenças hepáticas e renais afetam mais homens do que mulheres.<h2 style="text-align: justify;">Sexo e biomedicina</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27084428930016.jpg" alt="Conhecer as diferenças entre os sexos pode ser crucial para o desenvolvimento de remédios mais eficazes. (Fonte: GettyImage/ Reprodução)">Conhecer as diferenças entre os sexos pode ser crucial para o desenvolvimento de remédios mais eficazes. (Fonte: GettyImage/ Reprodução)A urgência de abordar a histórica exclusão das mulheres na pesquisa médica, e a subsequente negligência de questões de saúde específicas, torna-se evidente à medida que avançamos na compreensão do dimorfismo sexual. Este estudo não apenas esclarece os mecanismos genéticos subjacentes, mas destaca a necessidade crescente de uma abordagem mais atenta ao sexo na ciência biomédica.O avanço no conhecimento de como nosso corpo funciona pode gerar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122141-5-remedios-que-funcionam-mas-nao-sabemos-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicamentos mais eficazes</a> no futuro. Basta cogitar que, sabendo que o fígado do homem tem características distintas do fígado de uma mulher, os cientistas poderão criar remédios com respostas mais certeiras às doenças que atacam esses indivíduos.&nbsp;A pesquisa, publicada na revista Science, mostra que o estudo da genética não só aumenta nosso entendimento das características visíveis e invisíveis, mas também destaca a importância de olhar para além da superfície para compreender completamente a complexidade dos organismos e como podemos nos aproveitar desse conhecimento.</body>

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Estudo mostra a diferença genética entre órgãos masculinos e femininos

Imagem de Babuínos mumificados no Egito revelam antigas conexões de DNA no megacurioso

Uma viagem através do tempo e do DNA: como babuínos mumificados no Egito podem finalmente apontar para a misteriosa terra de Punte

<head></head><body>Punte, ou Reino de Punte, era uma enigmática terra mencionada nos registros históricos do antigo Egito que permanece como um mistério não resolvido na arqueologia. Especulações sobre sua localização variam do nordeste do Sudão à Eritreia, à Etiópia e ao norte da Somália. Recentemente, a descoberta de DNA em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124159-6-impressionantes-animais-mumificados-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">babuínos mumificados</a> sugere uma possível ligação com a antiga cidade de Adúlis, na Eritreia, reacendendo o interesse na busca por Punte.<h2>A viagem dos babuínos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/26/26214318002002.jpg" alt="Deus Thoth. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Deus Thoth. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Desde os primórdios da era faraônica, os egípcios mencionaram a viagem a Punte em seus registros, descrevendo-a como uma jornada pelo Mar Vermelho em busca de valiosas mercadorias. Acredita-se que babuínos, conhecidos como símbolos do deus Thoth, eram trazidos vivos de Punte para o Egito. Esses animais, quando falecidos, eram mumificados e depositados em cemitérios sagrados.Historicamente, acreditava-se que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115378-mumificacao-o-processo-de-embalsamar-os-mortos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mumificação</a> destruía todo o DNA, impossibilitando a análise genética. No entanto, avanços recentes em tecnologia de sequenciamento de DNA desafiaram essa crença. O estudo, liderado por Gisela Kopp, extraiu e analisou com sucesso o DNA de babuínos mumificados, revelando uma possível conexão com a região da Eritreia, Etiópia e leste do Sudão. Essa descoberta sugere que Punte pode ter sido localizado onde agora fica Adúlis.<h2>Desafios e surpresas na análise de múmias</h2>A obtenção de DNA de babuínos mumificados apresentou desafios únicos. O processo de rápida dessecação durante a mumificação, inicialmente considerado um possível obstáculo, revelou-se crucial para a preservação do DNA. Entretanto, substâncias como betume e óleos utilizados no processo adicionou camadas de complexidade à análise genética.Além disso, uma múmia inicialmente identificada como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113338-rei-leao-da-vida-real-babuino-protege-filhote-do-rei-das-selvas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">babuíno</a> revelou-se uma combinação peculiar de falcão e rato-espinhoso, destacando a complexidade das práticas de mumificação e a possibilidade de interpretações equivocadas ao longo dos séculos.<h2>O futuro na descoberta da localização de Punte</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/26/26214933694003.jpg" alt="Provável localização de Punte com base nos testes genéticos e na rota de viagem. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">Provável localização de Punte com base nos testes genéticos e na rota de viagem. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)Apesar das descobertas intrigantes, os especialistas concordam que mais dados e evidências arqueológicas são necessários para confirmar a localização de Punte. Os pesquisadores enfatizam a importância da colaboração interdisciplinar para desvendar essa história complexa, sugerindo que a verdadeira localização da enigmática terra só será revelada por meio de uma abordagem unificada.A história de Punte, envolta em mistério por milênios, pode finalmente começar a se desdobrar graças aos babuínos mumificados e às maravilhas do DNA antigo. Enquanto exploramos o passado através dessas descobertas, somos lembrados de que o conhecimento é uma jornada contínua. A sabedoria do deus Thoth, simbolizada pelos babuínos, pode, afinal, estar guiando-nos na resolução do enigma de uma terra há muito perdida, agora mais próxima de ser desvendada.</body>

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