Artefato pré-histórico foi encontrado em caverna na Alemanha e é considerado bastante detalhado para a época

Algumas das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123829-as-6-pinturas-rupestres-mais-antigas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pinturas rupestres mais antigas</a> já encontradas datam de cerca de 40 mil anos atrás. Só que essa não era a única forma de arte da pré-história: o Homo sapiens da época também fazia esculturas que retratavam o que ele via no cotidiano.Um desses artefatos preservados é o Cavalo Selvagem de Vogelherd, que é considerada a escultura mais antiga que representa um cavalo feita por um ser humano. Ele tem entre 35 mil e 40 mil anos, com características artísticas que impressionam até hoje.<h2>O Cavalo Selvagem de Vogelherd</h2>A peça que representa um cavalo foi criada a partir do marfim de um mamute e tem 2,5 cm de altura, além de 4,8 cm de comprimento e 0,7 cm de espessura.&nbsp;As medidas só tornam o resultado ainda mais impressionante, dado o nível de detalhamento do animal e o período da Pré-História em que ele foi confeccionado.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/06/06093421518020.jpg" alt="O cavalo de Vogelherd está desgastado, mas ainda registra traços da sua criação. (Fonte da imagem: History of Information)"><figcaption>O cavalo de Vogelherd está desgastado, mas ainda registra traços da sua criação. (Fonte: History of Information)</figcaption></figure></figure>Análises feitas no objeto indicam que ele tinha uma representação fiel de olhos, boca e crina. Além disso, a musculatura do animal parece retratada com fidelidade, incluindo o pescoço arqueado e a posição de alerta.&nbsp;Essa posição pode significar tanto que o animal está pronto para um coice ou então em busca de impressionar uma fêmea. O animal não era domesticado, já que isso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121998-quando-os-humanos-domesticaram-os-cavalos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">só aconteceu com a espécie milhares de anos depois</a>.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/5-artefatos-da-antiguidade-envoltos-por-misterios-ate-hoje" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 artefatos da antiguidade envoltos por mistérios até hoje</a></li></ul>Essa escultura, porém, não está intacta. Apenas a cabeça do animal é considerada totalmente preservada, com o corpo apresentando danos parciais e as pernas completamente destruídas abaixo da altura do joelho, possivelmente quebradas ou pela ação do tempo.Essa e outras peças feitas manualmente foram achadas em uma caverna na região dos Alpes Suábios, uma cadeia de montanhas que fica no sudoeste da Alemanha. A expedição que encontrou a figura foi realizada em 1930 e resultou também na coleta de outras esculturas parecidas.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/06/06093543964022.jpg" alt="Outras peças achadas na escavação e representando mais animais. (Fonte da imagem: Universität Tübingen)"><figcaption>Outras peças achadas na escavação e representando mais animais. (Fonte: Universität Tübingen)</figcaption></figure></figure>Outros animais foram confeccionados a partir do marfim, como um mamute, além de peças decorativas e lâminas do mesmo material.&nbsp;Elas datam do período conhecido como Aurignaciano, uma era do Paleolítico Superior marcada por certos hábitos de povos da Europa e do sudoeste da Ásia. É provável que a caverna onde os itens foram descobertos fosse um local de reunião de um pequeno grupo.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118214-escultura-de-madeira-e-2-vezes-mais-velha-que-as-piramides-do-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escultura de madeira é 2 vezes mais velha que as pirâmides do Egito</a></li></ul>Atualmente, a escultura está em exposição no museu Schloss Hohentübingen, que fica na cidade alemã de Tübingen.

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A mais antiga escultura de cavalo já descoberta tem 35 mil anos

Os artefatos provavelmente eram da nobreza do antigo império, que governou a região entre os séculos V a.C. e IV d.C.

Arqueólogos encontraram diversos artefatos em<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119955-6-tumulos-de-figuras-famosas-que-nunca-foram-encontrados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;túmulos</a> milenares localizados na cidade de Turquistão, que fica na região sul do Cazaquistão, provavelmente associados ao antigo reino de Kangju. Entre os itens descobertos, há joias de ouro e outros objetos de 2 mil anos.Conforme revelou o governo do país asiático, as relíquias estavam em um conjunto composto por três túmulos, dos quais dois já haviam sido saqueados. No entanto, a terceira sepultura guardava uma coleção de itens de grande valor financeiro e histórico, produzidos entre os séculos I a.C. e I d.C.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/05/05184533548002.jpeg" alt="Espelho de bronze da época do reino Kangju. (Fonte: Governo do Cazaquistão/Divulgação)"><figcaption>Espelho de bronze da época do reino Kangju. (Fonte: Governo do Cazaquistão / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Um dos destaques é um grande espelho de bronze com desenho em arco de oito lados, no verso, e um furo no centro. Essas características sugerem que ele possivelmente tenha sido fabricado na China, durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/6-fatos-fascinantes-sobre-a-dinastia-han" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinastia Han</a>, que durou de 206 a.C. a 220 d.C., de acordo com o relatório dos especialistas, divulgado no final de maio.A presença dele em meio aos artefatos, naquela região, pode ser um indício da existência de ligações comerciais e relações diplomáticas entre Kangju e outros impérios do mundo antigo, segundo os autores da descoberta. Vale destacar que algumas cidades do estado faziam parte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122654-alaqai-beki-a-rainha-mongol-que-governou-a-rota-da-seda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rota da Seda</a>, ligando a Europa ao Oriente.<h2>Outras relíquias valiosas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/05/05184617789003.jpeg" alt="Brincos de ouro cheios de ornamentos. (Fonte: Governo do Cazaquistão/Divulgação)"><figcaption>Brincos de ouro cheios de ornamentos. (Fonte: Governo do Cazaquistão / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Além do espelho de bronze, que na época era utilizado apenas por mulheres ricas e influentes, a expedição aos túmulos nas proximidades de Turquistão descobriu mais itens altamente valorizados, como um broche de estilo romano, um sapato e uma fivela de cinto. Entre as relíquias achadas, também havia dois brincos de ouro.Estima-se que esses brincos extremamente ornamentados sejam do século I a.C. Em formato de meia-lua, eles foram produzidos a partir de uma liga de ouro policromático e enfeitados com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121170-descubra-como-essas-6-pedras-preciosas-se-formam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rubis</a> e turquesa, além de apresentarem decorações na parte inferior desenvolvidas para refletir a luz solar.Havia mais itens nas sepulturas, como um jarro de cerâmica e uma ponta de flecha que era utilizada para caçar pássaros, segundo os arqueólogos. Agora, todos os objetos deverão ser expostos no Museu Nacional da República do Cazaquistão, na cidade de Astana.<h2>Como Kangju era formado?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/06/06100505193027.jpg" alt="Território de Kangju na antiguidade. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Território de Kangju na antiguidade. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Antigo reino da Ásia Central, o estado de Kangju era formado por diferentes povos, de acordo com o arqueólogo da Universidade Ozbekali Zhanibekov, Aleksandr Podushkin. A federação pouco conhecida, que também incluía os nômades de Sármatas, Saki e Xiongnu, durou até por volta do século IV.China Antiga, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roma Antiga</a> e o Império Kushan eram alguns dos prováveis parceiros comerciais do reino no&nbsp;estado da Transoxiana, região que ocupava áreas dos atuais Cazaquistão, Uzbequistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Quirguistão.

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Joias de 2 mil anos do reino Kangju são achadas em túmulos no Cazaquistão

A demanda por inteligência artificial e o setor agrícola estão levando a rede elétrica dos EUA ao limite, mas não é só isso.

Estamos consumindo muito. A essa altura, já não é possível mais identificar se isso acontece devido ao fluxo unidirecional de consumo das alavancas do capitalismo ou se porque já ultrapassamos todos os limites que o planeta poderia suportar e, por essa razão, agora ele está <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/por-que-o-sistema-alimentar-mundial-esta-falido" rel="noopener noreferrer" target="_blank">falhando conosco</a>.Em 15 de novembro de 2022, a população mundial alcançou a marca de 8 bilhões, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), sendo que esse número não parou de crescer desde a década de 1960. Nada ironicamente, essa época foi uma espécie de divisor de águas, marcando o início do expansionismo comercial e também de quando os cientistas alertaram sobre os riscos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> e como essa conduta o amplificaria.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03163508424220.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Em 15 de novembro de 2022, a população mundial alcançou a marca de 8 bilhões. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Atualmente, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127722-proxima-pandemia-deve-acontecer-no-setor-da-agricultura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">setor de alimentos&nbsp;</a>é um dos principais contribuintes para as mudanças climáticas, responsável por 40% das emissões de gases de efeito estufa no mundo. Como se não fosse o suficiente usar 60% das terras agrícolas do mundo para essa finalidade, como mostrou um estudo de 2018 do Faunalytics, e cobrir 40% da terra do planeta com<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/as-horriveis-condicoes-de-trabalho-nos-abatedouros-das-fazendas-industriais" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;fazendas industriais</a>, o setor de alimentos usa 70% da água doce disponível. Para produzir alimentos para bilhões de pessoas são necessários 52,8 milhões de galões de água por segundo, gastando de 30% a 40% da energia global.Até 2050, estima-se que a população mundial cresça para 2,5 bilhões. Os Estados Unidos já fizeram a conta e chegaram à conclusão, em 2017, que 60% da população mundial estará vivendo em centros urbanos até 2050. Portanto, a produção precisa aumentar em 50% em comparação a 2012 para atender à crescente demanda. Mas isso só implica em parte do problema de que os EUA estão ficando sem energia elétrica. Após 15 anos de estabilidade, a demanda por energia está crescendo novamente, e aqui estão os motivos.<h2>O antigo vilão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03163611433221.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O setor de alimentos usa 70% da água doce disponível no mundo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Engana-se quem imagina que a startup Interlune, do ex-presidente Rob Meyerson, da Blue Origin, visa somente minerar hélio-3 da Lua&nbsp;para aliviar a exploração dos meios naturais e a emissão de gases de efeito estufa na produção de energia. Se até 2050 se tornar possível o uso do hélio-3 para produzir energia elétrica&nbsp;de forma sustentável, os custos ocultos do setor industrial não diminuirão a ponto de proteger o planeta ou o bem-estar de quem o habita.Atualmente, o estado da Georgia, no sudeste dos EUA, possui mais de 10 milhões de habitantes e vastas áreas já estão sofrendo com a falta de energia devido à demanda industrial. As projeções para a década de 2030 é de 17 vezes maior do que agora. O Arizona Public Service, a maior fornecedora de energia do estado, não só está lutando para acompanhar o ritmo e as consequências, como também já emitiu uma declaração alegando que estará fora da capacidade de distribuição até o final da década.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03164005056227.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Atualmente, os EUA possuem mais de 3 milhões de carros elétricos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Esse número foi um reflexo não só da aprovação da histórica Lei de Redução da Inflação, em 2022, com cerca de US$ 28 bilhões em novos investimentos em manufatura, principalmente nos setores de veículos elétricos, baterias e fabricação de energia solar –, mas também de como o estado se tornou o marco zero do renascimento industrial do país desde 2014, por isso várias empresas que produzem de tudo migraram para lá.A holding de energia elétrica e gás natural Duke Energy Carolinas previu em 2020 que cerca de 400 mil veículos estariam rodando no território da Carolina do Norte até meados da década de 2030. No entanto, ano passado, esse número foi atualizado para se igual ao crescimento de mercado e acabou elevado para mais de 2 milhões até a data prevista.<h2>O novo vilão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03163703701222.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os data centers estão contribuindo para crise energética dos EUA. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Essa verdadeira corrida pela eletricidade tem um novo participante ativo, já responsável por todo o desequilíbrio da cadeia: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127289-como-sabemos-se-uma-inteligencia-artificial-se-tornou-consciente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a inteligência artificial</a>. Os centros de processamento de dados, também conhecido como data centers, são o novo vilão do consumo e da escassez de energia ao requirirem a construção de grandes armazéns de infraestrutura de computação que exigem mais energia do que os centros de processamento tradicionais.Só este ano, a Microsoft construirá um novo data center a cada 3 a 6 dias, o mesmo que demais empresas de tecnologia, de Amazon a Apple, estão fazendo pelo país. O norte da Virgínia e o estado do Texas precisarão do equivalente a algumas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/o-que-e-o-paradoxo-do-javali-radioativo-de-chernobyl-e-como-cientistas-o-estao-desvendando" rel="noopener noreferrer" target="_blank">usinas nucleares&nbsp;</a>para atender os novos data centers que estão planejados ou já construção, além de sustentar sua população. Segundo a Agência Internacional de Energia, os 2.700 data centers do país cortaram mais de 4% da eletricidade total dos estadunidenses em 2022, podendo chegar a 6% em 2026.Em meio a isso, a política industrial do governo Biden atraiu empresas para construir fábricas nos EUA em um ritmo não visto desde 1990, incluindo fabricantes de tecnologia limpa, como painéis solares e baterias de carros elétricos, atraídas pelos incentivos federais lucrativos. O Eletric Power Research Institute revelou que as empresas anunciaram planos para construir ou expandir mais de 155 fábricas no país. Essa é a maior parcela desde a era Bush e Clinton.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03164100542229.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A crise energética dos EUA adiou o encerramento de 24 usinas de carvão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Portanto, não é apenas uma corrida pela eletricidade, mas sim uma crise à medida que o atual maior emissor de gases de efeito estufa do mundo tenta alterar seu status quo ao descarbonizar sua economia. O país está fervilhando em debates sobre quem pagará novos fornecimentos de energia, enquanto a população teme o aumento das tarifas, reclama sobre as quedas de energia cada vez mais frequentes, e os executivos pressionam para atrasar a aposentadoria de usinas de combustíveis fósseis.Por um lado, essa tendência é algo bom porque significa que a estrutura está, de fato, se movendo, o problema é com relação às consequências que essa pressão toda está gerando em um sistema sobrecarregado. Fora que um lobby de empresas e fornecedoras de energia estão se aproveitando do momento para justificar o uso de combustíveis fósseis como forma de atender essa demanda crescente.<h2>O verdadeiro problema</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03163830609224.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Empresas fornecedoras de energia estão recorrendo a usinas de carvão nos EUA. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em janeiro desse ano, uma reportagem da Bloomberg apontou que cerca de 24 usinas de carvão, do Kentucky a Dakota do Norte, tiveram sua aposentadora adiada. Esse movimento contaminou as empresas de petróleo e gás, que reverteram cínica e silenciosamente suas metas climáticas.A Duke Energy Carolinas havia anunciado aos reguladores que seria incapaz de cumprir sua meta de reduzir emissões em 70% até 2030, pedindo mais 5 anos de prazo. A FirstEnergy, com uma rede de mais de 6 milhões de clientes, também abandonou seu plano, cujo objetivo era reduzir as emissões em 30% até 2030.Em sua defesa, as fornecedoras de energia alegaram que os EUA devem escolher entre atender à nova demanda de energia ou cumprir suas agendas climáticas. No entanto, trata-se de uma dicotomia cínica porque a queima de combustíveis fósseis não é a única maneira de resolver a crise de energia do país, tampouco a mais barata.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03163905242226.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Texas é o estado que mais sofre com quedas de energia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em março desse ano, a Energy Innovation, uma organização sem fins lucrativos de modelagem energética, divulgou um relatório mostrando algumas soluções às fornecedoras de energia sem recorrer às usinas de combustíveis fósseis, entre as quais está a eficiência energética. Foi por meio dela que entre 2006 e 2021, as fornecedoras de energia reduziram a demanda por eletricidade em 220 TWh, o equivalente ao consumo de todo o estado da Flórida em um ano. Inclusive, essa estratégia é uma das principais responsáveis pelos 15 anos de estabilidade na demanda de energia no país.O problema é que as empresas estão investindo menos em programas sustentáveis e econômicos desde 2019, alegando que fizeram isso por conta da desaceleração do congestionamento da transmissão que impede a construção de usinas a baterias, eólica ou solar por meio das "usinas virtuais".&nbsp;Entre 2012 e 2016, cerca de 2 mil quilômetros de linhas de transmissão de alta tensão foram construídas nos EUA, mas esse número despencou para 400 km entre 2017 e 2021. A construção delas envolve grandes aquisições de terras, revisões ambientais e negociações para determinar quem deve pagar quais custos. É um processo politicamente complicado, mas não deveria ser justificativa para o posicionamento dessas empresas, que possuem uma gama de alternativas.No momento, para os especialistas energéticos e os cientistas políticos envolvidos no debate, a grande questão não é se os EUA têm capacidade tecnológica e física para atender à demanda de energia, mas se o governo vai permitir ou não que as fornecedoras de energia façam o que bem entenderem ou se serão forçadas por lei a adotar soluções mais limpas e baratas nesse período de crise.

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Por que os Estados Unidos estão ficando sem energia elétrica?

Garfield popularizou bastante uma ideia que pode gerar dúvidas em algumas pessoas.

Vez ou outra, é comum encontrar pessoas que oferecem alimentos comuns para nós, humanos, aos bichinhos de estimação. Um caso bastante comum na mídia é o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/107786-garfield-40tao-12-curiosidades-no-aniversario-do-gato-mais-zoeiro-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Garfield</a>, o famoso gato laranja fascinado por lasanha.Partindo desse pressuposto, uma dúvida que pode surgir na cabeça de muitos é se, de fato, os felinos podem comer lasanha. Será?<h2>Como deve ser a alimentação de um gato?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/01/01230733921002.jpg" alt="Gatos possuem uma natureza genuinamente carnívora quando falamos em alimentação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Gatos possuem uma natureza genuinamente carnívora quando falamos em alimentação. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Antes de falar se um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125628-como-gatos-escolhem-uma-pessoa-favorita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gato</a> pode ou não comer lasanha, é importante entender como deve acontecer a alimentação dos felinos. Esse animais são primariamente carnívoros, indicando que a composição principal de sua dieta deve ser a base de carne.Claro, isso não significa que, ocasionalmente, eles não possam experimentar outras coisas. E, neste grupo, podemos incluir a já mencionada lasanha.Em um primeiro momento, a resposta mais direta seria que não há problemas em um gato comer um pouco de lasanha. E aqui é importante enfatizar "um pouco", pois se ele ingerir esse prato em abundância, também são boas as chances de que isso acabe indo parar no seu lindo carpete de centro da sala.Outro ponto importante é que, para os gatos, o perigo não está propriamente na massa da lasanha, e sim nas várias outras coisas que vão parar nela. É difícil encontrar alguém que não coloque molho, carne moída, cebola e alguns temperos para incrementar esse prato, e algumas dessas coisas podem ser problemáticas para os felinos.Dessa forma, o perigo é mais baixo se o seu bichano comer uma lasanha que tenha apenas a massa e algum tipo de carne. Até mesmo o queijo pode representar um problema se ingerido em abundância, já que muitos gatos são intolerantes à lactose.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/01/01230841146005.jpg" alt="Garfield popularizou no mundo a ideia de gato que come lasanha. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Garfield popularizou no mundo a ideia de gato que come lasanha. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Lasanha para gatos?</h2>Caso queria dar ao seu bichano um momento Garfield para encarar com coragem uma segunda-feira, existe a possibilidade de preparar, em pequenas porções, uma lasanha específica para <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124127-como-os-gatos-eram-tratados-em-diferentes-regioes-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gatos</a>.Junto a massa, seria possível adicionar um tipo de carne e alguma comida para felinos que seja um pouco mais úmida para servir de molho.Porém, é preciso dizer que isso, nem de longe, vai fazer com que seu gato fique parecido com Garfield. Aliás, a chance dele recusar a iguaria e tudo ir para o lixo é grande, então o ideal é continuar tratando o bichinho em segurança oferecendo apenas as doses de ração e, no máximo, petiscos.

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Síndrome de Garfield: gato pode realmente comer lasanha?

Primeiro contato com felinos do gênero aconteceu em 2007, e mudança na coloração de seu pelo acontece por conta de mutação genética.

O mundo dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125628-como-gatos-escolhem-uma-pessoa-favorita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gatos</a> ganhou a adição de mais uma raça descoberta recentemente por pesquisadores da Finlândia. Conhecida como salmiak, ela tem como principal característica a coloração de sua pelagem, que muda gradualmente ao ser observada da base para a ponta.Avistado pela primeira vez no país em 2007, a raça despertou a curiosidade de diversos pesquisadores, que constataram a descoberta em um artigo publicado na revista Animal Genetics. Segundo o texto, a variação no pelo dos gatos que integram esse grupo está relacionada a uma mutação genética.<h2>Principais características</h2><figure class="image image_resized" style="width:75%;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/06/05/05155153549049.jpg" alt="Salty-liquorice-cat.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/06/05/05155153455047.jpg 234w,https://mega.ibxk.com.br/2024/06/05/05155153564050.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/06/05/05155153549048.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/06/05/05155153564051.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Gatos da raça salmiak possuem um efeito de neve em seus pelos, deixando os quase cinza em alguns pontos. (Fonte: EcoNews / Reprodução)</figcaption></figure>O nome dado para essa raça é bem propício. Salmiak é um tipo de doce feito de alcaçuz salgado, bastante popular em países como a própria Finlândia, além de Bélgica e Alemanha. Ele traz como principal característica a mistura de preto com branco, gerando um efeito de tom cinza muito parecido com o dos pelos da raça de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/6-fatos-confirmando-que-seu-gato-e-de-fato-estranho" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gato</a> recém-descoberta.Além da impressão de ser um gato que passou algumas horas em uma nevasca, o salmiak também tem olhos amarelos ou verdes. Outro ponto importante: o efeito dos pelos não é visto apenas nos gatos de cor negra, mas também naqueles que possuem outras tonalidades em seus corpos."O padrão salmiak de pelos brancos é mais perceptível em gatos completamente pretos, mas pode ocorrer com diferentes fundos de cores, incluindo, por exemplo, tigrado marrom, escama de tartaruga, e azul russo, tanto em gatos machos quanto fêmeas", informa a pesquisa que foi publicada na revista Animal Genetics.Segundo as informações que estão correndo a rede, a melhor forma de observar se um gato integra a raça salmiak é observando seus pelos. Caso ele tenha passado pela mutação, eles serão coloridos só na base perto da pele, se tornando esbranquiçados conforme avança até a ponta.<h2>Entendendo a descoberta</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/06/05/05155259786054.jpg" alt="2019-07-20-17-38-39-8424-canon-eos-70d.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/06/05/05155259755052.jpg 245w,https://mega.ibxk.com.br/2024/06/05/05155259786053.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/06/05/05155259848056.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/06/05/05155259786055.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Cientistas fizeram testes com mais de 100 gatos para compreender o padrão de pelagem do salmiak. (Fonte: Patas da Casa / Reprodução)</figcaption></figure>Para chegar ao resultado de um salmiak, os pesquisadores finlandeses usaram as amostras de DNA de quatro salmiaks. Num primeiro momento, não avaliaram nenhum tipo de modificação muito significativa, mas após analisar o sequenciamento de genomas perceberam a mutação do gene KIT, responsável pela coloração em vários animais.Após essa avaliação, o time fez uma nova análise genética utilizando 180 <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118759-15-fatos-curiosos-sobre-os-gatos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gatos domésticos</a> e três representantes do tipo salmiak. Neste cruzamento, perceberam que enquanto os gatos domésticos "normais" tinham uma ou nenhuma cópia da mutação, os que se enquadravam no fenótipo recém-descoberto tinham duas cópias.Com isso, os pesquisadores confirmaram a mutação genética como característica do salmiak. Além disso, atestaram também que essa alteração é certamente a causa para o charme e a variação na cor dos pelos dos gatos pertencentes ao novo grupo.

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Salmiak: nova raça de gatos grisalhos é identificada na Finlândia

A origem dos gatos é bem mais antiga do que você provavelmente imagina.

Os gatos estão entre os animais mais adorados por nós, humanos. Independentes e elegantes, eles costumam compartilhar a casa conosco e podem ser muito afetuosos (do jeito deles, claro). Mas quando será que esse amor recíproco surgiu?Historicamente, há vestígios de gatos domésticos de cerca de 8 mil anos encontrados na Sérvia e na Polônia. Ou seja, esses bichos nos fazem companhia há milhares de anos, e foram muito valorizados em certos lugares do mundo, como no Egito.<h2>A (nova) origem dos gatos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30190649612008.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)"><figcaption>Hoje se acredita que os bichanos podem ter chegado na Europa por meio da Península Balcânica. (Fonte: Wikipedia/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Até pouco tempo, pensava-se que os gatos tivessem chegado na Europa por volta dos séculos III a VII d.C. Ocorre que hoje se tem conhecimento de que um fluxo anterior desses bichos pode ter ocorrido da Ásia Menor até os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127671-5-coisas-que-sao-muito-mais-antigas-do-que-voce-imagina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bálcãs</a>, área geográfica localizada no sudeste da Europa.Em um estudo publicado na revista Antiquity com outros autores, Magdalena Krajcarz, arqueozoóloga da Universidade Nicolau Copérnico em Torun, Polônia, documentou ter encontrado o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120261-por-que-sentimos-choque-quando-batemos-o-cotovelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">úmero</a> de um gato — um osso longo da perna — encravado em uma camada de sedimentos com vasos de cerâmica. Isso os levou a concluir que, quando os migrantes chegaram à Polônia e começaram a converter florestas em pastos abertos e campos agrícolas, eles estavam acompanhados de roedores e gatos selvagens — os ancestrais do gato doméstico.O gato selvagem do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128608-6-civilizacoes-antigas-que-cairam-no-esquecimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oriente Próximo</a> (nome científico: Felis silvestris lybica) foi então considerado o ancestral comum de todos os gatos domesticados. Seus exemplares passaram a ser adestrados pela primeira vez no Crescente Fértil cerca de 10 mil anos atrás.Pelo que se sabe, os bichos vieram atraídos pelos roedores que se aproveitavam das primeiras colheitas. Ou seja, foram os gatos que vieram para perto de nós, e não nós que os procuramos. Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/45541-sabia-que-o-surgimento-da-agricultura-quase-causou-o-colapso-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeiros agricultores</a> resolveram então acolher os bichanos, pois eles eram eficientes para controlar as pragas.<h2>As múmias de gatos no Egito</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30191101318010.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)"><figcaption>Foi encontrado no Egito um mausoléu com 300 mil múmias de gatos. (Fonte: Wikipedia / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Mas há também outra história que aconteceu paralelamente. Mais exatamente, no Egito, há cerca de 3.500 anos, houve uma domesticação de gatos. Lá, os bichanos eram muito valorizados – basta lembrar que <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122871-os-6-mais-importantes-deuses-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bastet</a>, a deusa egípcia do amor, tinha cabeça de gato.&nbsp;Em Beni-Hassan, foi encontrado até uma necrópole que abrigava mais de 300 mil múmias de gatos. Mas a evidência arqueológica mais antiga da domesticação de gatos é uma sepultura de 9.500 anos, descoberta no Chipre em 2004 e que continha um humano da era paleolítica enterrado com seu animal de estimação felino.Sabe-se que essas duas origens dos gatos – uma no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127421-quem-foram-os-primeiros-fazendeiros-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Crescente Fértil</a> e outra no Egito – contribuíram para o surgimento do felino domesticado comum que conhecemos hoje. O gato dócil que temos nasceu da mistura dessas duas linhagens, que deu origem a um companheiro fiel aos humanos.Estes gatos ancestrais eram semelhantes aos gatos selvagens, mas eram bem menos solitários do que eles. Os gatos começaram a se espalhar no Mediterrâneo e viajaram com gregos e romanos, até chegar na Ibéria pré-romana por volta de 400 a.C. Sem dúvida, foi um caso de amor entre humanos e felinos que só cresceu desde então.

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De onde vieram os gatos e como entraram em contato com os humanos?

Contrariando antigas crenças, o Homo sapiens não emergiu de um único grupo específico.

Todos os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128205-homem-dragao-o-parente-mais-proximo-dos-humanos-modernos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seres humanos modernos</a> podem traçar suas raízes até a África, onde nossa espécie, Homo sapiens, emergiu há pelo menos 300 mil anos. Mas por que exatamente isso aconteceu na África? Para entender essa questão, precisamos olhar mais de perto como nossos antepassados evoluíram e se diversificaram ao longo do tempo.Os Homo sapiens não foram os primeiros hominídeos a viver na África. Antes deles, outras espécies como o Homo erectus e o Homo heidelbergensis já habitavam o continente e até mesmo partes da Europa e da Ásia.&nbsp;Eventualmente, o Homo heidelbergensis deu origem a várias linhagens diferentes: os Neandertais na Eurásia, os Denisovanos na Ásia, e os humanos modernos na África. Mas por que a África foi o palco para o surgimento do Homo sapiens?<h2 style="text-align:justify;">Multiplicidade genética</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03162242179213.jpg" alt="O continente africano tem diferentes ecossistemas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>O continente africano tem diferentes ecossistemas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A resposta, segundo os especialistas, envolve a diversidade ecológica e genética do continente africano. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128219-pegadas-de-passaros-de-milhoes-de-anos-antes-das-aves-surgirem-sao-descobertas-na-africa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África</a> é enorme e possui uma vasta gama de ecossistemas, o que fez com que as populações humanas que ali viviam tivessem que se adaptar a diferentes ambientes.&nbsp;Esse mosaico de populações adaptadas a diversos habitats criou uma grande diversidade genética. Estudos recentes sugerem que o Homo sapiens não surgiu de uma única população, mas sim de várias populações que se misturaram ao longo do tempo.Essa mistura de populações diversas permitiu o surgimento de características complexas, tanto genética quanto comportamentalmente. Cientistas apontam que a diversidade genética é crucial para a evolução de novas características.&nbsp;As evidências de comportamento humano moderno também apontam para uma África rica e diversificada. Descobertas arqueológicas no sul do continente mostram que nossos ancestrais usavam contas de conchas, pigmentos e criavam arte abstrata muito antes da chamada "revolução cognitiva" que se acredita ter ocorrido há cerca de 70 mil anos.&nbsp;Isso sugere que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/a-inteligencia-surpreendente-do-calauoriental-uma-nova-perspectiva-sobre-a-cognicao-animal-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comportamentos complexos</a> e dotados de simbolismos já estavam presentes em diferentes partes do continente muito antes do que se pensava.<h2 style="text-align:justify;">Redes de conexão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03162415620214.jpg" alt="A conexão é o que nos formou e o que nos une. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A conexão é o que nos formou e o que nos une. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os pesquisadores indicam que a África, com seu clima diversificado e extensas áreas habitáveis, ofereceu condições ideais para a evolução humana. Durante os períodos glaciais que limitavam os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127595-hominideos-do-passado-brigavam-por-carcacas-com-outros-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hominídeos</a> na Eurásia, os humanos na África tinham mais espaço e oportunidades para diversificação e interação.A Bacia do Congo, por exemplo, foi por muito tempo negligenciada nas pesquisas sobre a origem humana devido ao seu ambiente florestal e desafios logísticos e políticos.&nbsp;Contudo, estudos genéticos e arqueológicos recentes mostram que caçadores-coletores habitam essa área há pelo menos 120 mil anos, trocando genes e cultura com outros grupos africanos,&nbsp;servindo como uma espécie de "ponte" entre as diversas regiões.<h2 style="text-align:justify;">Longas distâncias</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03162741519218.jpg" alt="As enormes distâncias não foram barreira para a formação do Homo sapiens. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>As enormes distâncias não foram barreira para a formação do Homo sapiens. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Pesquisas recentes mostram que essas trocas genéticas e culturais não eram limitadas a áreas próximas. Há evidências de redes de intercâmbio que se estendiam por centenas de quilômetros, conectando populações distantes.&nbsp;Estudos já revelaram que contas de casca de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117519-artista-vietnamita-perfura-458-mil-buracos-em-ovo-de-avestruz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ovo de avestruz</a> foram trocadas entre a África Oriental e Austral por cerca de 50 mil anos. Essas redes facilitavam a disseminação de inovações tecnológicas e culturais, ajudando a moldar a diversidade e complexidade dos humanos modernos.Dessa maneira, sabemos até o momento que a África foi o berço da humanidade não apenas por abrigar nossos primeiros ancestrais, mas por oferecer um ambiente propício à diversidade genética e cultural. As diversas condições ecológicas e a interação entre populações permitiram ao Homo sapiens desenvolver comportamentos e tecnologias que os levaram a prosperar e se espalhar pelo mundo.

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Nós, humanos, surgimos na África. Mas por que especificamente lá?

O leão-do-atlas era conhecido por sua ferocidade e seu porte magnânimo.

O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125240-5-especies-de-leoes-ja-extintas-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leão-do-atlas</a>, também conhecido por leão-da-barbária ou leão-berbere, foi uma subespécie de leão extinta durante o século XX. Ele viveu no norte da África, do Egito a Marrocos, foi reconhecido pelos pesquisadores como o maior e mais feroz entre todos os leões.Um macho chegava a pesar mais de 300 kg, enquanto as fêmeas poderiam pesar acima de 200 kg. Infelizmente, o último leão-do-atlas que se conheceu foi morto no Marrocos, nas montanhas no Atlas. Mas há esperança de "reviver" essa espécie, agora em cativeiro.<h2>1. Eles começaram a ser dizimados no século XVIII</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19113203953001.jpg" alt="(Fonte: Nature Rules/ Wikipedia)"><figcaption>Esses leões viviam em grandes grupos na região do Magrebe. (Fonte: Nature Rules / Wikipedia)</figcaption></figure></figure>Antes do século XVIII, esses leões viviam em grandes grupos na região do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125158-quando-comecou-a-escravidao-de-pessoas-negras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Magrebe</a>, no noroeste da África, e na costa norte da Líbia. Contudo, durante o século XIX, eles eram muito visados pelos caçadores de recompensas, que matavam os animais e fizeram com que sua população se dizimasse entre 1873 e 1883.No Marrocos, os leões-do-atlas tiveram mais sorte, pois o sultão que governava o país não estimulava a matança. Entretanto, as caças fizeram com que os animais ficassem isolados em partes diferentes do Marrocos, Argélia e Tunísia.<h2>2. O último exemplar do leão-do-atlas teria sido fotografado em 1925</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19104302050002.webp" alt="(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)"><figcaption>A foto de Marcelin Flandrin mostra o último leão-do-atlas. (Fonte: Wikipedia / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Há uma foto bastante famosa que registrou pela última vez um leão-do-atlas. Ela foi feita por Marcelin Flandrin durante um voo entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/luxo/81699-oscar-de-casablanca-pode-sair-por-3-milhoes-de-dolares-em-leilao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Casablanca</a> e Dakar. O registro é tido como uma relíquia que documenta uma espécie majestosa que, infelizmente, foi extinta pela ação do homem.<h2>3. A seleção de futebol de Marrocos homenageia o leão-do-atlas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19104813431003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/ Reprodução)"><figcaption>Os jogadores da seleção marroquina foram apelidados de leões-do-atlas. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 2022, a seleção de futebol de Marrocos teve um ótimo desempenho durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123015-5-curiosidades-sobre-o-qatar-sede-da-copa-do-mundo-de-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Copa do Mundo do Qatar</a>, chegando às semifinais da competição. Foram então apelidados de "Leões-do-atlas".O apelido se deu justamente pela alta incidência desses leões no território do país, o que fez com que se tornassem um símbolo nacional do Marrocos. Havia também a associação da ferocidade do leão com a garra dos esportistas.<h2>4. A data de extinção dos leões-de-atlas é controversa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19113303620004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Não se tem certeza quando ele foi extinto. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Há uma certa controvérsia sobre quando teria ocorrido a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127363-extincao-em-massa-matou-98-7-dos-nossos-antepassados-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção</a> do leão-do-atlas. O dado mais conhecido é que o último exemplar pode ter sido abatido em 1922 por um caçador colonial francês em Marrocos. Contudo, há outras versões possíveis, como a própria foto feita em 1925 durante um voo.De acordo com uma publicação de 2013 do portal Scientific American, há pesquisadores levantando a hipótese de que estes leões podem ter permanecido vivos nas florestas da Argélia e do Marrocos – onde ficaram escondidos e protegidos dos humanos – por várias décadas. &nbsp;A equipe de cientistas envolvida no estudo analisou relatos de dezenas de pessoas que dizem ter vistos leões-do-atlas bem depois de 1922. "Nosso trabalho de entrevistas foi com idosos de comunidades remotas da Argélia. Tivemos sorte em desenvolver um rico conjunto de dados, uma vez que vários colegas têm recolhido esta informação ao longo de 10 a 20 anos, pelo que as nossas fontes são relatos de primeira ou segunda mão", afirmou Simon Black, um dos autores. A hipótese deles é que a espécie pode ter existido até por volta de 1965.<h2>5. Eles podem estar "voltando" a existir</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19112657008000.jpg" alt="(Fonte: Instagram/ Reprodução)"><figcaption>Vários zoológicos dizem ter exemplares dos leões-do-atlas em suas coleções. (Fonte: Instagram/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Mesmo com sua extinção, vários zoológicos dizem ter exemplares dos leões-do-atlas em suas coleções. Obviamente, não são a espécie original, mas animais híbridos criados a partir de leões da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128482-estudar-o-coco-dos-porcos-formigueiros-pode-contribuir-na-sobreviencia-da-especie-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África Subsaariana</a>.Simon Black afirma que é impossível precisar se eles representam realmente os espécimes originais, já que não há um bom material genético de referência. “As únicas amostras de referência confiáveis são espécimes de museu – ossos e peles taxidermizadas que, em sua maioria, têm mais de 140 anos. Portanto, uma comparação genômica completa não é atualmente possível”, conclui.&nbsp;Entretanto, em 2019, o zoológico de Dvur Kralove, na República Tcheca, declarou ter trazido ao mundo dois filhotes de leão-de-atlas – um macho e uma fêmea. Segundo uma matéria da agência de notícias Associated Press, os animaizinhos nasceram saudáveis.Black ainda acrescenta que os esforços para reproduzir os animais é importante. “Vários zoológicos adicionais na Europa assumiram coleções destes animais, e novos casais reprodutores foram estabelecidos na esperança de aumentar a população do nível atual de aproximadamente 80 animais. Novos filhotes nasceram nos últimos dois anos, então o impulso para a conservação da população foi restabelecido após uma pausa de 20 anos”, pontua.

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Leão-do-atlas: 5 fatos sobre o maior leão que já existiu!

Cientistas estão utilizando drones e IA para encontrar uma parceira feminina de uma planta masculina seriamente ameaçada de extinção.

Se você costuma se sentir constrangido/constrangida de ter que recorrer ao Tinder para colocar sua vida amorosa em dia, imagine um macho que precisa utilizar um exército de drones e recursos de IA para encontrar uma parceira. Esse é o caso da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128050-qual-e-a-maior-semente-do-mundo-e-por-que-ela-tem-esse-formato-curioso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Encephalartos woodii, uma das plantas mais antigas a sobreviver na Terra</a>.Predecessoras dos dinossauros, estas plantas estão tecnicamente extintas da natureza, pois o único exemplar macho conhecido, resgatado da floresta de Ngoya, na África do Sul, em 1895, teve que ser levado para um viveiro botânico, uma vez que seu habitat foi irremediavelmente destruído pela ação humana.Com isso, todos os exemplares existentes no mundo hoje são clones daquela planta original e igualmente machos. Isso torna a reprodução sexuada natural absolutamente inviável pela ausência de fêmeas conhecidas na natureza, o que impede a polinização cruzada. Recentemente, um grupo de cientistas iniciou um esforço para encontrar uma parceira para o E. woodii&nbsp;macho.<h2>Como os cientistas pretendem encontrar uma E. woodii fêmea?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/04/04170115905240.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images.)"><figcaption>A busca por uma parceira fêmea de E. woodii está sendo feita por drones. (Fonte: Getty Images.)</figcaption></figure></figure>Na expectativa de detectar um espécime feminino de E. woodii em Ngoya, onde a planta foi endêmica um dia, os pesquisadores estão vasculhando, pela primeira vez, toda a extensão do que restou da floresta. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124841-cientistas-descobrem-pegadas-de-anfibio-mais-antigo-que-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A varredura está sendo realizada por drones</a>, e como há muitas fotos para analisar, os cientistas estão utilizando a tecnologia de inteligência artificial (IA).Cada drone utiliza uma câmera multiespectral que, além da luz visível, capta imagens em mais cinco comprimentos de onda diferentes, o que permite distinguir plantas específicas e suas características. Como o projeto é recente, faltam mais de 4 mil hectares a serem fotografados, sendo que, dos 79 hectares capturados, resultaram 15,8 mil imagens.Em um comunicado, a líder do projeto, Laura Cinti, pesquisadora da Universidade de Southampton, no Reino Unido, explica que, "com a IA, estamos usando um algoritmo de reconhecimento de imagem para reconhecer as plantas pela forma". Após geradas, as imagens de plantas são colocadas em diferentes ambientes ecológicos, para treinar o modelo de IA.&nbsp;<h2>E se a E. woodii fêmea não for encontrada?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/04/04175514759268.jpg" alt="Dra. Laura Cinti ao lado do E. woodii em Kew Gardens. (Fonte: Universidade de Southampton/Divulgação)"><figcaption>Dra. Laura Cinti ao lado do E. woodii em Kew Gardens. (Fonte: Universidade de Southampton/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Embora menos de 2% da floresta tenham sido pesquisados sem sucesso até agora, os pesquisadores já têm um plano B para o caso de nenhuma fêmea ser encontrada: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/o-machismo-botanico-existe-piora-sua-rinite-e-voce-nao-faz-ideia-do-que-e" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudar o sexo de uma planta macho</a>.&nbsp;Essa "redesignação sexual" já ocorreu de forma natural em outras cicadáceas, segundo Cinti, devido a mudanças repentinas de temperatura, o que poderia teoricamente ser reproduzido em laboratório.&nbsp;Dizendo-se muito inspirada pela história da E. woodii, a especialista em bioarte e comportamento das plantas diz que o caso "reflete uma história clássica de amor não correspondido".

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Planta mais solitária do mundo está buscando um match e a IA está ajudando

O novo candidato, com tamanho entre a Terra e Vênus, está em uma zona habitável do seu sistema, sugerindo boas condições para a existência de vida.

Astrônomos fizeram uma descoberta fascinante: um exoplaneta do tamanho da Terra, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124035-nasa-descobre-novo-planeta-habitavel-do-tamanho-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">potencialmente habitável</a>, localizado a apenas 40 anos-luz de distância. Batizado de Gliese 12b, este planeta orbita uma pequena estrela anã vermelha, Gliese 12, na constelação de Peixes.&nbsp;A descoberta, feita usando o Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito (TESS, na sigla em inglês) da NASA, coloca o Gliese 12b em destaque como um dos planetas em trânsito mais próximos e semelhantes à Terra identificados até agora.O exoplaneta tem dimensões semelhantes às de Vênus, sendo um pouco menor que a Terra, e completa uma órbita em apenas 12,8 dias terrestres devido à proximidade com sua estrela.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Muitas possibilidades</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03233208158003.jpg" alt="Gliese 12b tem tamanho similar a Terra e Vênus. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>Gliese 12b tem tamanho similar a Terra e Vênus. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar de orbitar muito perto do seu astro — cerca de 7% da distância entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128464-se-o-sol-aquece-a-terra-por-que-o-espaco-e-frio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a Terra e o Sol</a> —, Gliese 12b se beneficia pelo fato de sua estrela ser uma anã vermelha, menor e mais fria que o Sol, com 27% do tamanho da nossa estrela e 60% de sua temperatura.&nbsp;Essa menor incidência de calor compensa a proximidade, equilibrando a situação e colocando o Gliese 12b na zona habitável do seu sistema, onde as condições podem ser adequadas para a presença de água líquida, um elemento essencial para a vida.Um aspecto interessante é a calma relativa da estrela anã vermelha Gliese 12. Embora anãs vermelhas geralmente sejam magneticamente ativas e emitam explosões de raios X que podem destruir atmosferas planetárias, análises mostram que Gliese 12 não exibe comportamentos extremos, aumentando as chances de o exoplaneta manter uma atmosfera.De acordo com as medições, a temperatura superficial do Gliese 12b é estimada em 42&nbsp;°C, o que é quente, mas não fora dos limites da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124206-vida-primitiva-pode-ser-a-chave-para-encontrarmos-planetas-habitaveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">habitabilidade</a>, considerando que a&nbsp;Terra tem uma média de 15&nbsp;°C.&nbsp;&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">E a atmosfera?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03232902782001.jpg" alt="A atmosfera é importantíssima para a habitabilidade de um planeta. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>A atmosfera é importantíssima para a habitabilidade de um planeta. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O fato é que ainda não é possível determinar se o novo objeto possui ou não atmosfera. A presença ou ausência da atmosfera é determinante para sabermos a verdadeira habitabilidade do Gliese 12b. &nbsp;Se houver uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126871-poeira-do-saara-remove-metano-da-atmosfera-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atmosfera semelhante à da Terra</a>, ela poderia regular as temperaturas e possivelmente permitir a presença de água líquida, bem como possibilitaria a existência de gases importantes para a sobrevivência de elementos vivos.Caso não haja atmosfera, as chances dessa "Terra 2.0" ser habitável vão pelo ralo, pois o planeta seria atingido diretamente pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128858-o-sol-esta-passando-por-uma-inversao-de-polos-magneticos-e-agora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radiação vinda da estrela</a>, dificultando a formação organismos. Além disso, o planeta não reteria componentes moleculares associados à vida, como vapor de água, oxigênio e dióxido de carbono.Porém, os especialistas alertam que ter atmosfera não é garantia que o exoplaneta seja habitável. Isso porque, caso a atmosfera seja muito espessa, ela transformaria o Gliese 12b numa "panela de pressão", assim como ocorre com Vênus, onde sua superfície alcança mais de 400 graus Celsius.Para resolver essa dúvida sobre a existência ou não de atmosfera em Gliese 12b, será a vez do Telescópio Espacial James Webb (JWST) entrar em cena para capturar as informações necessárias. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126908-telescopio-james-webb-registra-ponto-de-interrogacao-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Com os dados do James Webb</a>, os cientistas também vão poder determinar qual a composição da atmosfera do planeta.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Evoluções planetárias</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03233042975002.jpg" alt="Vênus e Terra estão na zona habitável do Sistema Solar, mas só um contém vida. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>Vênus e Terra estão na zona habitável do Sistema Solar, mas só um contém vida. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A descoberta de Gliese 12b também é valiosa para compreender as diferenças evolutivas entre a Terra e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127841-se-venus-tem-placas-tectonicas-e-possivel-desenvolver-vida-tambem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vênus</a>. Embora ambos os planetas estejam na zona habitável do Sol, a Terra sustenta a vida enquanto Vênus se transformou em um mundo infernal devido a um efeito estufa descontrolado.&nbsp;Gliese 12b, recebendo cerca de 60% mais luz estelar que a Terra e 85% do que Vênus, pode oferecer percepções sobre como esses processos evolutivos ocorrem, principalmente por poder dar dados que ajudem os cientistas a entender melhor a retenção atmosférica de planetas rochosos.&nbsp;Eles consideram Gliese 12b um dos melhores alvos para investigar se planetas do tamanho da Terra que orbitam estrelas frias podem manter suas atmosferas, um passo fundamental para compreender o quão habitável pode ser nossa galáxia.

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