Leão-do-atlas: 5 fatos sobre o maior leão que já existiu!

05/06/2024 às 20:003 min de leituraAtualizado em 06/06/2024 às 09:44

O leão-do-atlas, também conhecido por leão-da-barbária ou leão-berbere, foi uma subespécie de leão extinta durante o século XX. Ele viveu no norte da África, do Egito a Marrocos, foi reconhecido pelos pesquisadores como o maior e mais feroz entre todos os leões.

Um macho chegava a pesar mais de 300 kg, enquanto as fêmeas poderiam pesar acima de 200 kg. Infelizmente, o último leão-do-atlas que se conheceu foi morto no Marrocos, nas montanhas no Atlas. Mas há esperança de "reviver" essa espécie, agora em cativeiro.

1. Eles começaram a ser dizimados no século XVIII

(Fonte: Nature Rules/ Wikipedia)
Esses leões viviam em grandes grupos na região do Magrebe. (Fonte: Nature Rules / Wikipedia)

Antes do século XVIII, esses leões viviam em grandes grupos na região do Magrebe, no noroeste da África, e na costa norte da Líbia. Contudo, durante o século XIX, eles eram muito visados pelos caçadores de recompensas, que matavam os animais e fizeram com que sua população se dizimasse entre 1873 e 1883.

No Marrocos, os leões-do-atlas tiveram mais sorte, pois o sultão que governava o país não estimulava a matança. Entretanto, as caças fizeram com que os animais ficassem isolados em partes diferentes do Marrocos, Argélia e Tunísia.

2. O último exemplar do leão-do-atlas teria sido fotografado em 1925

(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)
A foto de Marcelin Flandrin mostra o último leão-do-atlas. (Fonte: Wikipedia / Reprodução)

Há uma foto bastante famosa que registrou pela última vez um leão-do-atlas. Ela foi feita por Marcelin Flandrin durante um voo entre Casablanca e Dakar. O registro é tido como uma relíquia que documenta uma espécie majestosa que, infelizmente, foi extinta pela ação do homem.

3. A seleção de futebol de Marrocos homenageia o leão-do-atlas

(Fonte: Getty Images/ Reprodução)
Os jogadores da seleção marroquina foram apelidados de leões-do-atlas. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)

Em 2022, a seleção de futebol de Marrocos teve um ótimo desempenho durante a Copa do Mundo do Qatar, chegando às semifinais da competição. Foram então apelidados de "Leões-do-atlas".

O apelido se deu justamente pela alta incidência desses leões no território do país, o que fez com que se tornassem um símbolo nacional do Marrocos. Havia também a associação da ferocidade do leão com a garra dos esportistas.

4. A data de extinção dos leões-de-atlas é controversa

(Fonte: GettyImages/ Reprodução)
Não se tem certeza quando ele foi extinto. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)

Há uma certa controvérsia sobre quando teria ocorrido a extinção do leão-do-atlas. O dado mais conhecido é que o último exemplar pode ter sido abatido em 1922 por um caçador colonial francês em Marrocos. Contudo, há outras versões possíveis, como a própria foto feita em 1925 durante um voo.

De acordo com uma publicação de 2013 do portal Scientific American, há pesquisadores levantando a hipótese de que estes leões podem ter permanecido vivos nas florestas da Argélia e do Marrocos – onde ficaram escondidos e protegidos dos humanos – por várias décadas.  

A equipe de cientistas envolvida no estudo analisou relatos de dezenas de pessoas que dizem ter vistos leões-do-atlas bem depois de 1922. "Nosso trabalho de entrevistas foi com idosos de comunidades remotas da Argélia. Tivemos sorte em desenvolver um rico conjunto de dados, uma vez que vários colegas têm recolhido esta informação ao longo de 10 a 20 anos, pelo que as nossas fontes são relatos de primeira ou segunda mão", afirmou Simon Black, um dos autores. A hipótese deles é que a espécie pode ter existido até por volta de 1965.

5. Eles podem estar "voltando" a existir

(Fonte: Instagram/ Reprodução)
Vários zoológicos dizem ter exemplares dos leões-do-atlas em suas coleções. (Fonte: Instagram/ Reprodução)

Mesmo com sua extinção, vários zoológicos dizem ter exemplares dos leões-do-atlas em suas coleções. Obviamente, não são a espécie original, mas animais híbridos criados a partir de leões da África Subsaariana.

Simon Black afirma que é impossível precisar se eles representam realmente os espécimes originais, já que não há um bom material genético de referência. “As únicas amostras de referência confiáveis são espécimes de museu – ossos e peles taxidermizadas que, em sua maioria, têm mais de 140 anos. Portanto, uma comparação genômica completa não é atualmente possível”, conclui. 

Entretanto, em 2019, o zoológico de Dvur Kralove, na República Tcheca, declarou ter trazido ao mundo dois filhotes de leão-de-atlas – um macho e uma fêmea. Segundo uma matéria da agência de notícias Associated Press, os animaizinhos nasceram saudáveis.

Black ainda acrescenta que os esforços para reproduzir os animais é importante. “Vários zoológicos adicionais na Europa assumiram coleções destes animais, e novos casais reprodutores foram estabelecidos na esperança de aumentar a população do nível atual de aproximadamente 80 animais. Novos filhotes nasceram nos últimos dois anos, então o impulso para a conservação da população foi restabelecido após uma pausa de 20 anos”, pontua.

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