Para muitos cientistas, o hélio-3 é a única maneira de termos energia em 2050, quando a Terra terá mais de 9,8 bilhões de habitantes.

A exploração da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/russia-e-china-querem-construir-usina-nuclear-na-lua" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a> é assunto desde que União Soviética e Estados Unidos decidiram que reivindicariam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/corrida-espacial-como-uma-guerra-antissatelite-pode-nos-destruir" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poderio espacial</a> na década de 1960. Isso aconteceu devido à movimentação considerada crítica da China pelos americanos quando o programa espacial chinês construiu uma estação espacial na órbita da Terra e estabeleceu várias missões de órbita lunar e recuperação de amostras. Além disso, eles agendaram uma terceira fase do programa, prevista para acontecer em 2025, visando estabelecer uma estação de pesquisa lunar autônoma próximo ao polo sul da Lua.Em resposta, os americanos intensificaram os projetos para lançar até setembro de 2026 a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122827-programa-artemis-a-missao-da-nasa-para-enviar-humanos-de-volta-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">missão Artemis 3</a>, que deverá pousar três astronautas no polo Sul lunar por meio da nave da SpaceX, consagrando, finalmente, a volta dos humanos à superfície da Lua.Esse já é o resultado da Corrida Espacial acirrada do século XXI em que já vemos que a China e os EUA tem planos bastante ambiciosos para a Lua, de bases lunares a plataformas de exploração, elevador espacial e até mesmos a construção de casas 3D, parte do denominado <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128094-projeto-olimpo-nasa-trabalha-para-construir-casas-na-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Projeto Olimpo da NASA</a>.Mas isso não é tudo, muito pelo contrário. Uma startup vai tentar minerar hélio-3 da Lua, o combustível renovável do futuro.<h2>O combustível do futuro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31140735290210.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>A Lua retém hélio-3 porque não possui uma atmosfera. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O hélio-3 trata-se de um isótopo do hélio, um gás nobre, considerado relativamente raro na Terra, porém encontrado em grandes quantidades em alguns corpos celestes, principalmente na Lua. Isso acontece porque o satélite natural não possui atmosfera, portanto, não há nada que impeça que o hélio-3 atinja a superfície e seja absorvido por ela.Os cientistas estimam que a Lua possui mais de um milhão de toneladas de hélio-3,&nbsp;sendo que 25 toneladas do elemento poderiam abastecer os EUA por um ano inteiro. Sua preciosidade está no fato de que se trata de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/baterias-de-agua-podem-ser-o-futuro-da-energia-barata-e-sustentavel" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recurso renovável</a>, e ter acesso ao hélio-3 significaria resolver os problemas na demanda energética que alguns países já estão enfrentando, como os EUA.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31141111397213.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>É esperado que haja 9,8 bilhões de pessoas vivendo na Terra até 2050. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Afinal, é estimado que 60% da população mundial esteja <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128003-como-edificios-residenciais-estao-afetando-nossa-psicologia-social.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vivendo em centros urbanos&nbsp;</a>até 2050, o que significa que é preciso gerar meios de subsistência para um adicional de cerca de 2,5 bilhões de pessoas vivendo em áreas urbanas até lá. O forte crescimento da classe média nos países em desenvolvimento aumenta a procura de energia em cerca de 35%, enquanto a expansão da atividade comercial faz isso em 15%.À medida que a população mundial e as taxas de consumo de energia crescem exponencialmente, há necessidade de aumentar o abastecimento de água, alimentos e energia; mas é muito difícil fazê-lo de forma sustentável considerando o longo espectro do capitalismo.<h2>O Santo Graal da energia limpa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31141141949214.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Há uma demanda potencial por hélio-3 no valor de cerca de US$ 400 milhões. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Alguns analistas estimam que há uma demanda potencial por hélio-3 no valor de cerca de US$ 400 milhões, por isso algumas empresas consideram ou estão mexendo seus pauzinhos para tentar colher o elemento da superfície lunar. A Interlune é um exemplo delas.Em março desse ano, veio a público que Rob Meyerson, fundador da Interlune e ex-presidente da Blue Origin, e o arquiteto-chefe Gary Lai só esse ano pediram um aporte de US$ 15 milhões para a Interlune, fundada em 2022.&nbsp;Com isso, os planos de negócio da empresa deixaram ainda mais claro que minerar hélio-3 da Lua é a nova corrida do ouro da Califórnia de 1848, quando reuniu um time com alguns dos maiores da indústria, incluindo o astronauta Harrison Schmitt, de 88 anos, o único geólogo que pisou na Lua desde o início das expedições na segunda metade do século XX.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31141223523215.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>O hélio-3 pode alavancar a denominada economia cislunar. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para a Interlune, o hélio-3 é o único produto lunar cujo preço justifica sua extração e transporte para a Terra, uma crítica indireta à mineração e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128644-havia-agua-na-superficie-lunar-ha-4-bilhoes-de-anos-sugere-estudo.htm#:~:text=Presen%C3%A7a%20de%20%C3%A1gua%20na%20Lua%20passa%20a%20ser%20considerada&amp;text=Nas%20amostras%20obtidas%20a%20partir,em%20compara%C3%A7%C3%A3o%20com%20a%20Terra." rel="noopener noreferrer" target="_blank">extração de água do solo lunar</a>. Para a dura tarefa, Gary Lai está construindo o protótipo de um robô na forma de uma pequena escavadeira acoplada a um forno para aquecer as amostras de regolito lunar a 600 graus Celsius, o suficiente para a liberação do gás ocluído, que será coletado em pequenos frascos.É esperado que esse pequeno protótipo seja enviado à Lua até 2026, provavelmente por meio das missões comerciais do Provedor de Serviços Lunares, um programa da NASA para contratar empresas para enviar pequenos veículos robóticos e rovers para a Lua. Se bem sucedida, a exploração comercial exigirá veículos maiores, que serão transportados pelos cargueiros Starship da SpaceX."Depois, queremos colocar uma planta piloto em funcionamento até 2028 e, até 2030, começar a operacionalizar e devolver quantidades de hélio-3 para apoiar os mercados na Terra", disse Meyerson em comunicado.O anúncio é considerado notável porque estamos falando sobre as implicações que podem gerar no tópico controverso envolvendo a economia cislunar, ou seja, a utilização dos recursos e localizações estratégicas entre a Terra e a Lua para ganhos econômicos.

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Startup busca minerar hélio-3 da Lua – o denominado "combustível do futuro"

Habilidade de criar metáforas pode ter sido um diferencial para que o Homo sapiens conseguisse se perpetuar frente aos neandertais.

Por que a nossa espécie, o Homo sapiens, conseguiu florescer enquanto os <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/virus-humanos-de-50-mil-anos-sao-encontrados-em-ossos-de-neandertais" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a>, nossos primos antigos, desapareceram há cerca de 40 mil anos? A resposta pode estar escondida na forma como usamos a linguagem, especialmente nas metáforas.&nbsp;As metáforas, que são a habilidade de comparar duas coisas não relacionadas, podem ter sido a chave para nossa sobrevivência e evolução, diferenciando-nos dos neandertais de maneira crucial.<h2 style="text-align:justify;">Diferenças cerebrais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30170209889007.jpg" alt="Sapiens e Neandertais têm diferenças cerebrais importantes. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>Sapiens e neandertais têm diferenças cerebrais importantes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os neandertais e os humanos modernos compartilharam&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/277192-evolucao-neandertais-sapiens-mesmo-especies-diferentes-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um ancestral comum</a>&nbsp;há cerca de 600 mil anos. Enquanto os neandertais evoluíram na Europa, os humanos modernos se desenvolveram na África. Ambas as espécies mostraram capacidade de comunicação e habilidades técnicas consideráveis.&nbsp;Os neandertais fabricavam ferramentas avançadas, como lanças de madeira e usavam resinas para aderir componentes, indicativos de um pensamento sofisticado. Também há evidências sugerindo que eles usavam símbolos e poderiam ter produzido arte, embora essas reivindicações ainda sejam discutidas.No entanto, quando analisamos os cérebros das duas espécies, encontramos diferenças significativas. Reconstruções digitais mostram que os neandertais tinham um lobo occipital maior, dedicado ao processamento visual, enquanto os Homo sapiens desenvolviam uma estrutura cerebral mais esférica com um cerebelo mais desenvolvido, o que favorecia tarefas como a linguagem e a fluência verbal.&nbsp;Além disso, mutações genéticas exclusivas dos humanos modernos sugerem redes neurais mais complexas, essenciais para habilidades cognitivas superiores.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">O poder das metáforas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30165008365001.jpg" alt="A habilidade em criar metáforas pode ter sido um diferencial entre nós e os neandertais. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>A habilidade em criar metáforas pode ter sido um diferencial entre nós e os neandertais. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Um dos fatores que pode ter sido decisivo é a capacidade dos Homo sapiens de usar metáforas. As metáforas permitiram conectar diferentes agrupamentos de ideias no cérebro, facilitando a criação de conceitos complexos e abstratos. Essa habilidade de traçar linhas entre ideias distantes pode ter sido crucial para o desenvolvimento de cultura, arte e tecnologia mais avançadas.Estudos mostram que os humanos modernos armazenam palavras em ambos os hemisférios do cérebro em grupos semânticos de conceitos relacionados. Essa organização semântica facilita o pensamento abstrato e a comunicação por meio de metáforas, algo que os neandertais, com suas conexões neurais menos integradas, provavelmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125686-qual-era-a-lingua-falada-pelos-neandertais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não faziam de maneira tão eficaz</a>.A emergência espontânea de sintaxe nas línguas dos Homo sapiens também mostra como a nossa espécie criou regras consistentes para a construção de frases complexas, outra vantagem evolutiva. Modelos de simulação sugerem que essas regras podem surgir naturalmente durante a comunicação entre gerações, destacando a adaptabilidade e a evolução contínua da nossa linguagem.<h2 style="text-align:justify;">Linguagem icônica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30164411084000.jpg" alt="O poder da linguagem foi uma grande capacidade evolutiva. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>O poder da linguagem foi uma grande capacidade evolutiva. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Além disso, a iconicidade na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127241-como-o-cerebro-aprende-com-os-padroes-de-linguagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">linguagem</a>, ou a capacidade de criar palavras que se parecem ou soam como aquilo que representam, pode ter sido um trampolim para a evolução da linguagem. Isso sugere que a comunicação de experiências sensoriais e emocionais era mais eficaz entre os Homo sapiens, ajudando na transmissão cultural e na coesão social.&nbsp;Enquanto palavras icônicas podem ter sido compartilhadas por ambas as espécies, os Homo sapiens desenvolvem uma capacidade única de usar a linguagem para explorar conceitos além do imediato, algo que pode ser a base do deslocamento na linguagem – a habilidade de se referir a coisas que não estão presentes no momento.Portanto, a diferença principal que pode ter garantido o sucesso dos Homo sapiens sobre os neandertais reside na nossa capacidade de usar a linguagem de maneira mais flexível e abstrata.&nbsp;As metáforas e a capacidade de ligar diferentes conceitos no cérebro nos permitiram criar e compartilhar ideias complexas, desenvolver tecnologias avançadas e construir culturas ricas. Essa habilidade linguística avançada pode ter sido a chave para a nossa sobrevivência e prosperidade, deixando os neandertais para trás na história evolutiva.

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Metáforas: o superpoder que separou humanos de neandertais

Saindo da África, humanos antigos fizeram uma enorme — e difícil — travessia até chegar no solo que hoje conhecemos como Austrália.

Como os primeiros seres humanos chegaram na Austrália? A resposta a essa pergunta nos leva a uma fascinante jornada pelo tempo, geografia e resiliência humana. Há pelo menos 65 mil anos, os primeiros aventureiros se lançaram ao desconhecido, cruzando mares e continentes até chegarem à vasta terra australiana.&nbsp;Esses pioneiros vieram do que hoje conhecemos como <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/128700-vacina-contra-malaria-comeca-a-ser-aplicada-em-populacao-africana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África</a>, atravessando a Eurásia e, eventualmente, seguindo para o sudeste asiático antes de fazer a travessia final para a Austrália e Nova Guiné.<h2 style="text-align:justify;">Linhagem africana</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31105919067083.jpg" alt="Da África para o mundo. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Homo sapiens: da África para o mundo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Durante décadas, os cientistas debateram como essa incrível jornada foi possível. Dois modelos principais foram propostos: o “Fora de África” e o “Multirregional”. O primeiro sugeria que uma única linhagem de Homo sapiens saiu da África e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128033-dia-da-consciencia-negra-10-palavras-africanas-que-usamos-no-dia-a-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colonizou o mundo</a>. Já o segundo defendia que múltiplas linhagens de humanos modernos evoluíram simultaneamente em diferentes regiões.&nbsp;Com o avanço das pesquisas em DNA e a descoberta de novos fósseis,&nbsp;o consenso atual inclina-se para o modelo de “Origem Africana Recente”, mas reconhece a influência do cruzamento com populações arcaicas locais, como os Neandertais e os Denisovanos.Os primeiros humanos modernos chegaram ao sudeste asiático há cerca de 70 mil anos, coexistindo por um tempo com o&nbsp;Homo erectus, que já habitava a região há mais de 1,5 milhão de anos. Evidências indicam que esses primeiros&nbsp;Homo sapiens cruzaram-se com os Denisovanos, uma espécie que habitava a Ásia e deixou sua marca genética nos povos melanésios e aborígenes australianos atuais.<h2 style="text-align:justify;">Grande travessia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31110051753084.jpg" alt="Austrália e Nova Guiné eram antigamente interligadas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Austrália e Nova Guiné já foram interligadas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Durante a maior parte de sua história, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128210-por-que-cangurus-tem-o-costume-de-afogar-cachorros-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austrália</a> esteve conectada à Nova Guiné, formando um supercontinente chamado Sahul. A separação definitiva ocorreu há cerca de 8 mil anos, quando o nível do mar subiu.&nbsp;Para chegar a Sahul, os primeiros humanos precisaram navegar por grandes extensões de água, um feito notável para a época.&nbsp;As evidências genéticas sugerem que os povos indígenas da Austrália e da Nova Guiné têm uma ascendência comum, reforçando a teoria de uma migração única e bem-sucedida.A rota mais provável para essa migração, segundo estudos recentes, começava em Bornéu, passava por Sulawesi (ilha da Indonésia) e outras ilhas menores até chegar à Papua Ocidental. De lá, os migrantes podiam caminhar através do que hoje é o Cabo York até o resto da Austrália.&nbsp;Essa rota tinha a vantagem de oferecer visibilidade de costa a costa e exigia menos recursos e energia, tornando a travessia mais viável. Essa teoria é corroborada por evidências arqueológicas em locais como o abrigo rochoso de Madjedbebe, no Território do Norte, onde foram encontrados artefatos datados de 65 mil anos.<h2 style="text-align:justify;">Conquista marítima</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31110712439094.jpg" alt="Navegar foi preciso. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Navegar foi preciso. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A colonização da Austrália é considerada uma das maiores conquistas dos primeiros humanos, marcando a primeira evidência inequívoca de uma travessia marítima significativa. Embora não tenhamos preservações de embarcações antigas, acredita-se que os primeiros australianos usaram jangadas feitas de bambu, um material abundante na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128806-artefatos-de-45-mil-anos-revelam-presenca-do-homo-sapiens-no-leste-da-asia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ásia</a>.Os primeiros sítios de ocupação humana na Austrália datam de aproximadamente 50 mil anos atrás. Locais como Madjedbebe e a Ilha Barrow revelam uma presença humana contínua e adaptável, com artefatos que mostram uma evolução tecnológica significativa ao longo do tempo. Ferramentas de pedra, arte rupestre e pigmentos minerais como o ocre indicam uma cultura rica e complexa desde os primórdios da ocupação humana.Os restos humanos mais antigos encontrados, como os do Lago Mungo,&nbsp;datam de cerca de 42 mil anos e oferecem um vislumbre das práticas funerárias e da vida dos primeiros australianos.&nbsp;Essas descobertas arqueológicas não apenas iluminam o caminho da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125512-descoberta-de-ossos-com-86-mil-anos-no-laos-pode-mudar-a-historia-da-migracao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">migração humana</a>, mas também celebram a engenhosidade e a perseverança dos nossos ancestrais que, movidos pelo instinto de explorar e sobreviver, conseguiram colonizar um continente tão distante e isolado.

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A grande travessia: como os primeiros humanos chegaram na Austrália?

Os olhos das aranhas revelam segredos fascinantes sobre sua adaptação e percepção do mundo.

Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125431-os-5-olhos-mais-estranhos-do-mundo-animal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">olhos</a> variam amplamente no reino animal, exibindo uma incrível diversidade de formas, tamanhos e funcionalidades. Alguns animais possuem pupilas de formatos incomuns ou cores vibrantes, enquanto outros evoluíram para viver sem olhos.No entanto, a visão das aranhas, criaturas que tecem teias elaboradas ou espreitam de tocas, é particularmente fascinante. Como esses pequenos aracnídeos enxergam o mundo ao seu redor? E a quantidade de olhos, varia entre as espécies?<h2>A diversidade na quantidade de olhos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30233547450006.jpg" alt="A aranha reclusa marrom, da espécie Loxosceles, tem seis olhos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>A aranha reclusa marrom, da espécie Loxosceles, tem seis olhos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A maioria das aranhas possui oito olhos organizados em quatro pares, mas essa não é uma regra fixa. Espécies, como a reclusa marrom, têm seis olhos, enquanto outras podem ter apenas dois ou quatro, ou até olhos vestigiais que não funcionam. Essa variação reflete a adaptação evolutiva dos aracnídeos a diferentes ambientes e necessidades.Apesar de muitos olhos, a visão das aranhas geralmente não é muito aguçada. Elas dependem mais de outros sentidos, como o toque e as vibrações, para interagir com seu ambiente. A variedade na quantidade dos órgãos visuais mostra como essas criaturas evoluíram para maximizar suas capacidades sensoriais, mesmo quando a visão não é o sentido principal.<h2>Organização e função dos olhos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30233817046007.jpg" alt="Os olhos das aranhas estão dispostos ao redor da cabeça, para proporcionarem um amplo campo de visão. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>Os olhos das aranhas estão dispostos ao redor da cabeça, para proporcionarem um amplo campo de visão. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os olhos dos aracnídeos são organizados para oferecer um campo de visão abrangente. Os olhos principais, conhecidos como anteromediais (AME), estão localizados na frente da cabeça e são importantes para a percepção detalhada e a detecção de presas. Eles são simples e têm uma única lente, diferente dos olhos compostos dos insetos.Além dos órgãos visuais principais, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126990-qual-e-a-maior-aranha-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aranhas</a> possuem olhos secundários dispostos ao redor da cabeça, classificados como anterolaterais, posterolaterais ou posteromediais, dependendo da posição. Eles proporcionam um campo de visão mais amplo, ajudando a detectar movimentos periféricos essenciais para evitar predadores e localizar presas. Essa disposição permite que as aranhas compensem a falta de mobilidade do pescoço, proporcionando uma visão constante do ambiente.Pesquisas científicas sobre a visão dessas criaturas revelaram adaptações fascinantes, como a presença de um par de olhos grandes na frente da cabeça das aranhas saltadoras que proporcionam uma visão binocular detalhada, crucial para calcular saltos precisos sobre suas presas. Outra pesquisa envolveu espécies lançadoras de redes, que caçam principalmente à noite e possuem olhos adaptados para a visão noturna. Os estudos destacaram a importância tanto dos olhos secundários quanto dos outros sentidos nas aranhas.A diversidade na quantidade e organização dos olhos das aranhas é um reflexo de suas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/aranhas-aquaticas-as-especies-que-se-adaptaram-para-sobreviver-na-agua" rel="noopener noreferrer" target="_blank">adaptações evolutivas únicas</a>. Embora muitas espécies dependam mais do toque e das vibrações do que da visão, a estrutura e funcionalidade dos olhos são essenciais para sua sobrevivência. As pesquisas contínuas sobre a visão das aranhas continuam a revelar detalhes surpreendentes sobre esses animais fascinantes.

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Quantos olhos as aranhas realmente têm?

Entenda quais podem ser as repercussões das novas ejeções solares e se elas podem ser um risco para a Terra.

O Sol continua com humor explosivo. Próximo de atingir seu "máximo", as manchas solares que ocasionaram auroras em maio retornaram para mais um show pirotécnico em junho.&nbsp;Mas dessa vez, as novas ejeções solares, apesar de ainda serem muito expressivas, são menores e não apresentam tantos riscos aos sistemas de telecomunicação, geolocalização ou danos a satélites em órbita. As auroras podem voltar a acontecer.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/04/04070757922000.jpg" alt="As auroras boreais e austrais foram o grande espetáculo dessa atividade solar massiva. (Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>As auroras boreais e austrais foram o grande espetáculo dessa atividade solar massiva. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Esse retorno acontece por causa do tempo de duração das manchas solares, que podem perdurar por dias ou semanas em atividade. Nesse caso, as manchas que provocaram os eventos de maio continuam ativas, apenas se deslocaram um pouco na coroa solar, estando agora na região AR 3697.<h2 style="text-align:justify;">Os humores solares</h2>A cada 11 anos o Sol proporciona um espetáculo formidável. Isso acontece por uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128858-o-sol-esta-passando-por-uma-inversao-de-polos-magneticos-e-agora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inversão dos polos magnéticos do nosso astro maior</a>, que ocasiona em um período de "explosões", auroras e mitos de fim do mundo.Durante esse fenômeno há o aparecimento das manchas solares, que são regiões mais frias, causadas pela contração do fluxo do campo magnético solar. Isso causa uma instabilidade na superfície da estrela, fragilizando os locais onde surgem, o que propicia as ejeções de massa coronal.Elas podem aparecer em qualquer época do ciclo solar, porém, quando o Sol está próximo de inverter seus polos, há uma atividade maior, surgindo mais manchas solares. Para esse período de atividade damos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263411-maximo-solar-o-que-esperar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o nome de máximo solar</a>.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/04/04072600566004.jpg" alt="As manchas solares podem ocorrer em qualquer parte do ciclo solar. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>As manchas solares podem ocorrer em qualquer parte do ciclo solar. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Em contrapartida, após a inversão, nossa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128754-velhas-fumantes-astronomos-detectam-novo-tipo-de-estrela-na-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrela</a> central experimenta um período de "mínimo" com nenhuma ou poucas manchas.<h2 style="text-align:justify;">Não é o fim do mundo</h2>Essa hiperatividade solar é periódica, ocorrendo a cada 11 anos. Desde a descoberta e observação do aparecimento das manchas solares, em 1755, já passamos por ao menos 25 eventos similares.&nbsp;No entanto, o alarde surge pela intensidade das explosões, sendo este o evento mais "dramático" das últimas décadas.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/04/04091447426021.jpg" alt="Mesmo podendo causar danos a aparelhos tecnológicos, não há chances de sermos exterminados pelas explosões solares. (Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Mesmo podendo causar danos a aparelhos tecnológicos, não há chances de sermos exterminados pelas explosões solares. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O aumento de ventos solares, ejeção de massa coronal e todo transtorno gerado pelas transformações do Sol não possuem o potencial para destruir a Terra. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/o-campo-eletromagnetico-da-terra-vem-das-profundezas-do-nosso-planeta" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nosso planeta possui escudos que nos defendem desse tipo de evento</a>.&nbsp;No entanto, há sim algumas implicações práticas, como: danos a satélites, interferências de ordem eletromagnética, "apagões" de internet, entre outros fenômenos ligados a tecnologia.&nbsp;E o mau-humor do Sol ainda não acabou. Os últimos eventos detectados nos dias 31 de maio, 1 e 2 de junho, ocorreram ainda na classe X de emissões, porém menos potentes do que as ocorridas em maio. Há previsão para mais eventos nos próximos dias.Mas ainda que o canhão esteja apontado para nós, e podendo haver alguns percalços pelo caminho,&nbsp;logo o Sol terminará seu ciclo, retornando ao seu estado de mínimo, sem grandes repercussões no nosso planeta.

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Novas tempestades solares em junho podem afetar a Terra; entenda como

O projeto inclui o envio das amostras do solo e rochas lunares para análise na Terra.

A sonda Chang’e-6 pousou no lado oculto da Lua com sucesso no domingo (2), conforme anunciou a Administração Espacial Nacional da China (CNSA). A missão histórica, que não tem tripulantes, representa um passo significativo nos objetivos do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/264622-china-confirma-realizara-missao-tripulada-lua-2030.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ambicioso programa espacial do país</a>.O pouso ocorreu na Bacia Polo Sul Aitken (SPA), em uma cratera de impacto chamada Bacia Apollo, localizada na área que não é visível da Terra. Trata-se de um terreno raramente explorado e que já havia sido visitado por outra espaçonave chinesa, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116222-missao-chinesa-que-pousou-na-lua-ha-7-anos-ainda-funciona.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chang’e-4</a>, em 2019.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/gt2iBDGn8EE?si=qEaU9UWtWvWyuPSX" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Segundo a CNSA, a região foi escolhida pelo valor potencial para exploração científica e as boas condições de pouso, além de ser melhor para a comunicação com a equipe de controle e o envio da telemetria. Ela também é relativamente mais plana, evitando acidentes durante as manobras de chegada.Iniciada no último dia 3 de maio, quando ocorreu a decolagem no Centro de Lançamento Espacial Wenchang, na província de Hainan, a missão se aproximou da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127762-lua-pode-ser-40-milhoes-de-anos-mais-velha-do-que-se-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a> uma semana depois. Desde então, a nave realizava a preparação para o pouso, que ocorreu sem maiores problemas.<h2>O que a Chang’e-6 fará na Lua?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03183021933284.jpg" alt="Simulação da chegada da Chang'e-6 à Lua. (Fonte: Xinhua/Divulgação)"><figcaption>Simulação da chegada da Chang'e-6 à Lua. (Fonte: Xinhua / Divulgação)</figcaption></figure></figure>A missão chinesa no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113238-china-revela-fotos-incriveis-do-lado-oculto-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lado oculto da Lua</a> vai coletar amostras do solo e rochas lunares que serão enviadas para a Terra, se tornando a primeira da história a realizar tal experimento nessa área do satélite natural. Ela também deve realizar outros estudos no solo enquanto estiver ativa.Para o processo de coleta, serão usados uma broca para perfurações e recolhimento de materiais no subsolo e um braço robótico que ficará responsável por recolher as amostras na superfície. A expectativa é que o trabalho seja concluído em dois dias, com o conteúdo ficando armazenado no módulo de pouso.O passo seguinte é o retorno à órbita da Lua, usando um veículo de subida, quando as amostras serão transferidas para uma cápsula de reentrada que iniciará a viagem de volta à Terra. Se o cronograma original for cumprido à risca, a missão transportando a carga de 2 kg pousará na região rural da Mongólia no dia 25 de junho.<h2>Qual a importância do lado oculto da Lua?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03183200163286.jpg" alt="A face oculta da Lua não é visível da Terra. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A face oculta da Lua não é visível da Terra. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Estudar as amostras da superfície da face oculta da Lua pode resultar em novas pistas sobre a formação do satélite natural e as origens do sistema solar. O experimento também permitirá conhecer as diferenças entre a área inexplorada e o lado voltado para a Terra.Pelo menos mais duas missões Chang’e devem ser lançadas pela China nos próximos anos, antes do envio da primeira missão tripulada do país, prevista para 2030. O gigante asiático tem planos de iniciar a construção de uma base lunar na próxima década, em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/russia-e-china-querem-construir-usina-nuclear-na-lua" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parceria com a Rússia</a>.

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Chang'e-6: missão chinesa chega ao lado escuro da Lua para coletar amostras

Imagem de Embriões de galinha com 'rosto de dinossauro' são criados pela primeira vez em laboratório no megacurioso

Usando métodos para atrasar o relógio evolutivo dessas aves, cientistas tentam descobrir como as galinhas obtiveram seus bicos

Através de apenas alguns ajustes genéticos, cientistas recentemente deram a alguns embriões de galinha uma grande transformação facial — devolvendo a eles focinhos semelhantes aos de dinossauros em vez de bicos semelhantes aos dos pássaros.&nbsp;O estudo, publicado na revista Nature, não faz parte de um esquema para ajudar os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127882-milhares-de-fosseis-de-dinossauros-foram-destruidos-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> a caminhar pela Terra novamente, mas sim uma maneira peculiar encontrada pelos cientistas para tentar entender melhor como os "grandes lagartos" que um dia dominaram nosso planeta evoluíram para as pequeninas criaturas cheias de penas que estão presentes em fazendas pelo mundo todo.&nbsp;<h2>Formação dos bicos</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Bhart-Anjan Bhullar/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/Hdf8gSmwQDdPIPJTYIF5eQrRZNA=/1000x750/filters:no_upscale()/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer/a0/c7/a0c713ab-971f-41ce-af2b-d5946ad3cb4b/nature-three-skull.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/06/06165211257262.jpg" alt="(Fonte: Bhart-Anjan Bhullar/Divulgação)"><span class="img-fc desc" data-fonte="&nbsp;Bhart-Anjan Bhullar/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/Hdf8gSmwQDdPIPJTYIF5eQrRZNA=/1000x750/filters:no_upscale()/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer/a0/c7/a0c713ab-971f-41ce-af2b-d5946ad3cb4b/nature-three-skull.jpg">(Fonte: Bhart-Anjan Bhullar/Divulgação)Em termos simplificados, a transição dos dinossauros para pássaros foi algo bem complicado. Afinal, nenhuma característica anatômica específica distinguiu as primeiras aves de seus ancestrais dinossauros carnívoros.Porém, nos estágios iniciais da evolução dos pássaros, os ossos que formavam o focinho dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/48007-9-dos-repteis-mais-incriveis-e-bizarros-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">répteis</a> — chamados de pré-maxila — cresceram e se uniram para produzir o que hoje chamamos de bico. “Em vez de dois pequenos ossos nas laterais do focinho, como todos os outros vertebrados, ele foi fundido em uma única estrutura”, diz Bhart-Anjan Bhullar, paleontólogo atualmente na Universidade de Chicago e coautor do novo estudo.De acordo com Bhullar, as aves vivas oferecem algumas das melhores pistas que os investigadores têm sobre como os dinossauros podem ter vivido, se movido, comido e criado seus filhotes. Além disso, a transição do focinho para o bico é uma das partes mais radicalmente diferentes dentro do esqueleto aviário.<h2>Voltando no tempo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/06/06165314234265.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Antes de se aprofundarem a respeito da vida dos dinossauros, os pesquisadores tiveram que descobrir o que realmente é um bico. Para isso, a equipe de estudo analisou o desenvolvimento embrionário do bico em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126801-galinhas-eram-animais-de-estimacao-exoticos-segundo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galinhas</a> e emas, além do desenvolvimento do focinho em crocodilos, lagartos e tartarugas.Eles identificaram duas proteínas que direcionam o desenvolvimento do rosto dessas espécies. Enquanto as proteínas FGF e Wnt eram mais presentes em duas pequenas partes na evolução da face embrionária dos répteis, essas mesmas proteínas foram ativadas em uma grande faixa de tecido no desenvolvimento das aves.Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122823-6-explicacoes-por-que-as-galinhas-sao-dinossauros.htm" target="_blank" rel="sponsored">6 explicações por que as galinhas são dinossauros</a>Para testar se essa diferença na atividade proteica era realmente fundamental no desenvolvimento do bico, os cientistas passaram a restringir as proteínas aos dois pontos vistos no desenvolvimento da face dos répteis em embriões de galinha. Os filhotes nunca eclodiram, mas as diferenças vistas em laboratório eram perceptíveis.Essas galinhas haviam desenvolvido uma aba de pele no lugar dos bicos, além de ossos mais curtos e redondos do que os bicos longos e fundidos das aves. Na visão dos estudiosos envolvidos na pesquisa, isso prova que os bicos são o resultado de uma adaptação real causada pela natureza, e não apenas um formato de nariz ligeiramente diferente.No futuro, os pesquisadores deverão analisar cuidadosamente o ponto de vista ético para saber até que ponto eles poderão retroceder no relógio biológico dos pássaros para entender mais sobre seus antepassados.

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Embriões de galinha com 'rosto de dinossauro' são criados pela primeira vez em laboratório

Descubra como os genes herdados dos neandertais continuam a influenciar nossa saúde, predispondo-nos a várias doenças e características físicas.

Há cerca de 250 mil anos, os ancestrais dos modernos europeus e asiáticos migraram para fora da África, encontrando os neandertais na Eurásia. Através do cruzamento, uma troca genética ocorreu, e hoje, aproximadamente 2% dos genomas humanos contêm vestígios genéticos dessa antiga linhagem. Sabia que esses genes antigos continuam a influenciar o organismo dos humanos modernos?Descubra seis maneiras surpreendentes pelas quais o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126820-apos-40-mil-anos-os-neandertais-ainda-vivem-em-nosso-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA neandertal</a> ainda molda nossa saúde!<h2>1. Alergias intensificadas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28212533129004.jpg" alt="Genes neandertais intensificam alergias. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>Genes neandertais intensificam alergias. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os neandertais influenciaram nossos receptores Toll-like (TLR), fundamentais para a detecção de invasores no sistema imunológico. Essa herança pode resultar em um sistema imunológico mais reativo, aumentando a suscetibilidade a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/conheca-8-dicas-para-enfrentar-as-alergias-sazonais" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças alérgicas</a>, como asma e eczema. Isso acontece porque esses receptores tendem a reagir exageradamente a substâncias comuns, como pólen e poeira.<h2>2. Sensibilidade aumentada à dor</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28212815545005.jpg" alt="A herança neandertal aumenta sensibilidade à dor. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>A herança neandertal aumenta sensibilidade à dor. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As contribuições genéticas dos neandertais, especialmente no gene SCN9A, estão associadas a uma maior sensibilidade à dor causada por objetos pontiagudos. Esse gene codifica uma proteína crucial na sinalização da dor. Indivíduos com essas variantes neandertais podem sentir uma dor mais intensa ao serem expostos a estímulos físicos agudos.Essa sensibilidade aumentada pode ter tido uma vantagem evolutiva, ajudando nossos ancestrais a evitar perigos, mas, no contexto moderno, pode resultar em uma maior percepção de dor em situações cotidianas.<h2>3. Propensão à diabetes tipo 2</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28212940310006.jpg" alt="Uma mutação genética ancestral aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>Uma mutação genética ancestral aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Uma mutação herdada dos neandertais no gene SLC16A11 está ligada a um risco maior de desenvolver <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124192-8-formas-de-lidar-com-a-diabetes-de-forma-tranquila.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabetes tipo 2</a>. Esse gene influencia o metabolismo dos ácidos graxos, desempenhando um papel crucial na regulação dos níveis de glicose no sangue.Essa variante genética, mais prevalente em populações mexicanas e latino-americanas, pode resultar em uma maior resistência à insulina, característica chave da diabetes tipo 2, levando a níveis elevados de açúcar no sangue.<h2>4. Tendência à dependência de nicotina</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28213117614007.jpg" alt="Mutação neandertal aumenta dependência de nicotina. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>Mutação neandertal aumenta dependência de nicotina. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Uma mutação neandertal no gene SLC6A11 está associada a uma maior propensão à dependência de nicotina em pessoas de ascendência europeia. Esse gene codifica uma proteína envolvida na transmissão de sinais no cérebro, particularmente nos sistemas de recompensa e vício.Embora os neandertais não fumassem tabaco, a presença dessa mutação pode ter influenciado comportamentos aditivos de outra natureza na época.<h2>5. Aumento na fertilidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28213330888008.jpg" alt="Variação neandertal eleva fertilidade. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Variação neandertal eleva fertilidade. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Uma variante do gene neandertal relacionada ao receptor de progesterona está associada ao aumento da fertilidade em mulheres europeias. O receptor de progesterona é crucial para a preparação do útero para a implantação de um óvulo fertilizado e para o suporte ao desenvolvimento embrionário inicial.Mulheres com essa variante genética têm menor risco de sangramento durante o início da gravidez e são menos propensas a abortos espontâneos, aumentando as chances de uma gravidez bem-sucedida.<h2>6. Maior risco de doenças autoimunes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28213426498009.jpg" alt="DNA neandertal está relacionado a maior risco de doenças autoimunes. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>DNA neandertal está relacionado a maior risco de doenças autoimunes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Genes neandertais relacionados ao sistema imunológico podem aumentar o risco de doenças autoimunes, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/128721-descoberta-nova-mutacao-genetica-que-pode-causar-o-lupus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lúpus</a> e doença de Crohn, onde o corpo ataca suas próprias células. Embora essas variantes genéticas possam ser benéficas na defesa contra patógenos, também podem tornar o sistema imunológico mais propenso a atacar erroneamente os tecidos do corpo, levando a condições autoimunes.

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6 impactos surpreendentes do DNA neandertal na nossa saúde

A plantinha, que cresce em troncos e galhos, possui 50 vezes mais DNA que os humanos.

Uma espécie rara de samambaia da Nova Caledônia tem o maior genoma já descoberto entre todos os organismos vivos, chegando a 160,45 bilhões de pares de gigabases (Gbp), a medida do DNA. Ela agora faz parte do <a href="https://www.tecmundo.com.br/voxel/281003-guinness-book-maiores-recordes-games.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">livro dos recordes</a>.Geneticistas do Royal Botanic Gardens (Reino Unido) e do Institut Botànic de Barcelona (Espanha) extraíram material de espécimes coletados na ilha do Pacífico e detectaram a quantidade de corante ligado ao DNA para medir o genoma da espécie Tmesipteris oblanceolata. Quanto mais corante, maior é o genoma.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31183938646325.jpg" alt="A tiny fern não cresce muito. (Fonte: Royal Botanic Gardens/Divulgação)"><figcaption>A pequena samambaia não cresce muito. (Fonte: Royal Botanic Gardens / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Os resultados estão em um estudo divulgado na revista iScience, no dia 31 de maio. Segundo os autores, o DNA de uma das células da planta, se desvendado, atingiria mais de 100 m, um pouco mais alto que a Estátua da Liberdade e quase três vezes a altura do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120114-cristo-redentor-90-anos-do-mais-famoso-monumento-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cristo Redentor</a>.Isso representa um tamanho 7% maior que a recordista anterior, a Paris japonica. Já em comparação com os humanos a diferença é muito maior, pois temos um genoma com “apenas”&nbsp;3 bilhões de pares de Gbp que se estende por aproximadamente 2 m.<h2>Ter um genoma grande pode não ser bom</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31182507979317.jpg" alt="O genoma humano é muito menor. (Fonte: Getty Images/Reprodução"><figcaption>O genoma humano é muito menor. (Fonte: Getty Images/Reprodução</figcaption></figure></figure>Também conhecido como código genético, o genoma contém todas as informações necessárias para o organismo funcionar, armazenadas nas cadeias de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a>. Seu tamanho varia bastante entre as espécies, mas as medidas avantajadas nem sempre são benéficas.Segundo os especialistas, um genoma grande exige células maiores para o armazenamento da sequência completa do DNA. No caso das plantas, isso pode representar crescimento mais lento e afetar a capacidade de fotossíntese, essencial para a produção da energia que garante a sobrevivência do vegetal.“Se você tem um genoma grande, precisa de uma célula grande para abrigá-lo. Então, o que vemos é que as plantas com genomas grandes são restritas, portanto, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128544-cientistas-descobrem-evidencia-de-fotossintese-oxigenica-mais-antiga-ja-registrada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fotossíntese</a> é menos eficiente do que as espécies com genomas pequenos, onde você obtém toda uma gama de recursos fotossintéticos”, explicou a coautora do artigo, Ilia Leitch, ao IFLScience.<h2>Obstáculos para a pesquisa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31184043791326.jpg" alt="Os pesquisadores tiveram dificuldade para encontrar a samambaia. (Fonte: Royal Botanic Gardens/Divulgação)"><figcaption>Os pesquisadores tiveram dificuldade para encontrar a samambaia. (Fonte: Royal Botanic Gardens/Divulgação)</figcaption></figure></figure>O estudo que descobriu a samambaia com o maior genoma do mundo só aconteceu após a equipe realizar a árdua tarefa de encontrar a T. oblanceolata. Disponível em uma região remota do Pacífico, a espécie é pequena, medindo de 5 a 10 cm, e cresce nos troncos e galhos de árvores.Com a ajuda de moradores e cientistas locais, dois integrantes do grupo foram à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120385-pinheiro-de-cook-a-arvore-que-sempre-se-inclina-para-o-equador.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova Caledônia</a> em busca da pequena samambaia, procurando em meio a centenas de espécies da floresta tropical. Os geneticistas não descartam a existência de plantas com genomas ainda maiores.

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Samambaia rara e pequena da Nova Caledônia tem o maior genoma do mundo

A tentativa de remoção cirúrgica do câncer pode ter marcado o início da medicina moderna.

Os tratamentos cirúrgicos para o câncer podem ser mais antigos do que se pensava, de acordo com um novo estudo, liderado pela arqueóloga da Universidade de Tübinge (Alemanha), Tatiana Tondini. A equipe descobriu evidências de tentativas de remoção de tumores em crânios de pessoas que viveram há 4 mil anos no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115518-as-5-historias-mais-incriveis-sobre-o-nascimento-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo</a>.Conforme a pesquisa publicada na revista Frontiers in Medicine, no dia 29 de maio, um dos crânios apresenta marcas de cortes provavelmente feitas com um objeto pontiagudo de metal. Elas estavam próximas a um grande tumor primário e ao redor de outras 30 lesões menores.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31103559077068.jpg" alt="Tumor do tamanho de uma moeda em um dos crânios. (Fonte: Frontiers in Medicine/Reprodução)"><figcaption>Tumor do tamanho de uma moeda em um dos crânios. (Fonte: Frontiers in Medicine / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Já o segundo crânio tinha uma lesão enorme na parte superior que levou à destruição do osso, associada ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128854-casos-de-cancer-podem-aumentar-77-ate-2050-alerta-oms.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer</a> ósseo ou a um tipo de tumor chamado meningioma. Também foram localizadas outras duas lesões que se acredita terem sido causadas por ataques com armas afiadas.Essas descobertas sugerem que a civilização egípcia conhecia a doença e queria desenvolver meios de lidar com ela. Até então, o registro mais antigo sobre o câncer datava do ano 1600 a.C., igualmente no Egito, em um texto que mencionava tumores de mama sem tratamento.<h2>O início da medicina moderna</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31103831770070.jpg" alt="Marcas dos cortes no crânio. (Fonte: Frontiers in Medicine/Reprodução)"><figcaption>Marcas dos cortes no crânio. (Fonte: Frontiers in Medicine / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Pertencente à Coleção Duckworth da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, o crânio “236” era de um indivíduo do sexo masculino que viveu em algum momento entre os anos 2687 e 2345 a.C. no Antigo Egito. Ele tinha de 30 a 35 anos quando morreu, segundo o estudo.Do tamanho de uma moeda, o principal <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121788-tumor-benigno-sera-que-ele-e-mesmo-inofensivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tumor</a> identificado no material fica no topo da cabeça, enquanto as lesões menores estão espalhadas por várias áreas. As marcas de corte têm pouco ou nenhum sinal de cura, sugerindo que ocorreram próximo à morte do indivíduo, talvez em uma última tentativa de salvá-lo.“O que descobrimos é a primeira evidência de uma intervenção cirúrgica diretamente relacionada ao câncer. É aqui que começa a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122176-6-praticas-medicas-da-idade-media-e-suas-eficacias-ou-nao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicina moderna</a>”, declarou à Live Science o paleopatologista da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha), Edgard Camarós Perez, coautor da pesquisa.<h2>Papel da mulher na antiguidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31103927907071.jpg" alt="Crânio da mulher. (Fonte: Frontiers in Medicine/Reprodução)"><figcaption>Crânio da mulher analisado no estudo. (Fonte: Frontiers in Medicine / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Além do tumor cancerígeno, o crânio identificado como “E270”, também da universidade britânica, chamou a atenção pelas lesões traumáticas adicionais relacionadas à violência, que estavam curadas. Os ossos pertenciam a uma mulher com mais de 50 anos que viveu em algum momento entre os anos 663 e 343 a.C.Ferimentos associados a ataques não eram comuns em mulheres, na época, sugerindo que ela poderia estar envolvida em alguma atividade de guerra. Se era este o caso, seria necessário rever o papel das mulheres nos conflitos ocorridos durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/5-artefatos-da-antiguidade-envoltos-por-misterios-ate-hoje" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antiguidade</a>, como destaca a pesquisa.

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