Artes/cultura
05/06/2024 às 08:00•2 min de leituraAtualizado em 05/06/2024 às 08:00
Os olhos variam amplamente no reino animal, exibindo uma incrível diversidade de formas, tamanhos e funcionalidades. Alguns animais possuem pupilas de formatos incomuns ou cores vibrantes, enquanto outros evoluíram para viver sem olhos.
No entanto, a visão das aranhas, criaturas que tecem teias elaboradas ou espreitam de tocas, é particularmente fascinante. Como esses pequenos aracnídeos enxergam o mundo ao seu redor? E a quantidade de olhos, varia entre as espécies?
A maioria das aranhas possui oito olhos organizados em quatro pares, mas essa não é uma regra fixa. Espécies, como a reclusa marrom, têm seis olhos, enquanto outras podem ter apenas dois ou quatro, ou até olhos vestigiais que não funcionam. Essa variação reflete a adaptação evolutiva dos aracnídeos a diferentes ambientes e necessidades.
Apesar de muitos olhos, a visão das aranhas geralmente não é muito aguçada. Elas dependem mais de outros sentidos, como o toque e as vibrações, para interagir com seu ambiente. A variedade na quantidade dos órgãos visuais mostra como essas criaturas evoluíram para maximizar suas capacidades sensoriais, mesmo quando a visão não é o sentido principal.
Os olhos dos aracnídeos são organizados para oferecer um campo de visão abrangente. Os olhos principais, conhecidos como anteromediais (AME), estão localizados na frente da cabeça e são importantes para a percepção detalhada e a detecção de presas. Eles são simples e têm uma única lente, diferente dos olhos compostos dos insetos.
Além dos órgãos visuais principais, as aranhas possuem olhos secundários dispostos ao redor da cabeça, classificados como anterolaterais, posterolaterais ou posteromediais, dependendo da posição. Eles proporcionam um campo de visão mais amplo, ajudando a detectar movimentos periféricos essenciais para evitar predadores e localizar presas. Essa disposição permite que as aranhas compensem a falta de mobilidade do pescoço, proporcionando uma visão constante do ambiente.
Pesquisas científicas sobre a visão dessas criaturas revelaram adaptações fascinantes, como a presença de um par de olhos grandes na frente da cabeça das aranhas saltadoras que proporcionam uma visão binocular detalhada, crucial para calcular saltos precisos sobre suas presas. Outra pesquisa envolveu espécies lançadoras de redes, que caçam principalmente à noite e possuem olhos adaptados para a visão noturna. Os estudos destacaram a importância tanto dos olhos secundários quanto dos outros sentidos nas aranhas.
A diversidade na quantidade e organização dos olhos das aranhas é um reflexo de suas adaptações evolutivas únicas. Embora muitas espécies dependam mais do toque e das vibrações do que da visão, a estrutura e funcionalidade dos olhos são essenciais para sua sobrevivência. As pesquisas contínuas sobre a visão das aranhas continuam a revelar detalhes surpreendentes sobre esses animais fascinantes.