Ciência
25/10/2014 às 08:19•3 min de leitura
Quando um filme de terror é baseado em alguma história real, não adianta: você vai ficar com muito mais medo – como no caso do “Exorcismo de Emily Rose”, cuja história que inspirou a criação do roteiro nós contamos aqui. O Oddee fez uma relação com alguns filmes de terror que têm um pezinho na realidade. Confira três deles a seguir:
O filme foi baseado no livro de mesmo nome de Jack Ketchum. O enredo fala, basicamente, sobre a história das jovens Meg e Susan, que passam pela experiência horrorosa de perder os pais e acabar indo morar com Ruth, uma tia psicopata e perigosa.
A tal tia do mal é vizinha de David, um banqueiro de Wall Street. Durante os rituais de tortura promovidos pela tia, principalmente contra Meg, David é convidado a participar, bem como os três filhos da mulher psicótica.
Essa história cheia de crueldade foi inspirada no assassinato de Sylvia Likens, morta em 1965 em Indianápolis, nos EUA. Os pais de Sylvia precisaram viajar a trabalho e deixaram ela e a irmã sob os cuidados da babá Gertrude Baniszewski.
Após ter seu primeiro pagamento atrasado, Gertrude transformou a vida das crianças em um verdadeiro inferno. Ela incentivou seus filhos e as crianças da vizinhança a torturarem as garotas. As provocações foram ficando cada vez mais sérias até que Gertrude passou a bater nas meninas e abusar sexualmente delas. Com o passar do tempo, Sylvia foi trancada em casa e nunca mais saiu.
Gertrude e um garoto de 14 anos, que morava na vizinhança, torturaram Sylvia de diversas maneiras. Em uma das vezes, quando ela tentou fugir e foi pega, os dois escreveram na barriga de Sylvia, com uma agulha: “eu sou uma prostituta e tenho orgulho disso”.
Com um golpe na cabeça, Sylvia foi morta em outubro de 1965. Os policiais encontraram o corpo da garota com mais de 100 marcas de cigarro na pele, cheio de hematomas e com sinais de desnutrição. A babá e mais quatro pessoas foram presas.
Um dos filmes de terror mais assustadores de todos os tempos é também inspirado em eventos da realidade. Na ficção, a jovem Regan, de 12 anos, é possuída por um demônio chamado Pazuzu. Dois padres são então chamados para exorcizar a garotinha.
A inspiração para escrever esse roteiro perturbador veio de um garoto nascido em 1936 no estado norte-americano de Maryland. As coisas começaram a ficar estranhas quando a família dele percebeu que ele estava se comportando de maneira diferente. Depois de um tempo, a suspeita de que o adolescente estava possuído ficava cada vez mais forte.
Ocorrências sobrenaturais foram registradas pela família, que via retratos se movendo e ouvia barulhos assustadores perto dele. Dois padres realizaram sessões de exorcismo no garoto em 1949 e, durante os rituais, o menino começava a falar em latim, mesmo sem nunca ter tido qualquer tipo de aula.
Além disso, de acordo com relatos dos padres e da família, à medida que o garoto possuído falava, sua pele ficava diferente e seu corpo se contorcia de maneira surpreendente.
Anos mais tarde, um dos padres que acompanhou os rituais de exorcismo, Walter Halloran, disse que talvez o garoto tivesse aprendido a tal frase em latim depois de ouvir um padre falando sobre ela e seus significados. Halloran deu descrições menos sobrenaturais a respeito das contorções do corpo do menino, dando a entender que talvez ele não estivesse realmente possuído. De qualquer forma, a história rendeu um filme e tanto!
O filme alternativo de 2003 foi inspirado em uma história realmente assustadora. Se a ideia de mergulhar em uma região isolada e perceber, depois de voltar à superfície, que seu barco não está mais ali é aterrorizante por si só, saber que o roteiro do filme foi baseado na história real de duas pessoas é ainda mais triste.
O caso aconteceu com um casal de Louisiana, nos EUA. Em janeiro de 1998, Tom Lonergan, de 34 anos, e sua esposa, Eileen, de 29, estavam praticando mergulho durante uma viagem pela Austrália. O barco que os levou até o local do incidente acabou retornando à costa antes de os dois voltarem do fundo do mar.
À época, ninguém notou que duas pessoas estavam faltando. A equipe de mergulho só foi perceber o ocorrido dois dias depois, quando encontrou as malas do casal, que ficaram no barco. Uma grande busca foi realizada, mas nem mesmo evidências dos dois foram encontradas até hoje.