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O que está por trás do comportamento de uma pessoa invejosa?

19/02/2018 às 04:002 min de leitura

A grama do vizinho é mais verde e, muitas vezes, estamos dispostos a fazer de tudo para que a nossa grama fique mais verde também – ou para que a do vizinho acabe estragando, afinal acidentes acontecem. Por que será que as conquistas alheias nos incomodam tanto?

A verdade é que muitas pessoas estão dispostas a ter prejuízo, com a condição de que alguém de perto tenha um prejuízo maior. Essa afirmação tem como base um estudo realizado com 541 pessoas – dessas, 30% se diziam dispostas a se contentar com um prêmio menor de uma rifa se isso diminuísse as chances de as outras pessoas ganharem também.

O padrão comportamental de uma pessoa invejosa, que compara suas conquistas com as dos outros e se sente melhor quando vê que alguma pessoa próxima está em desvantagem, é, na verdade, uma espécie de motivação que faz com que os invejosos busquem consideração, justamente porque têm uma significativa falta de autoconfiança.

Otimista, pessimista, confiante ou invejoso?

Invejosos são capazes de fazer com que as pessoas próximas tenham menos sucesso, mesmo que isso signifique diminuir as próprias vitórias. Todas essas conclusões foram feitas pelo autor do estudo, o professor Yamir Moreno, da Universidade de Zaragoza, na Espanha. Ele explica que essas revelações contrariam estudos anteriores, que defendiam a ideia de que seres humanos são totalmente racionais.

De maneira geral, segundo Moreno, as pessoas podem fazer parte de quatro grupos principais: otimistas, pessimistas, confiantes ou invejosos. Esse último grupo, no entanto, é o mais popular, já que uma em cada três pessoas pode ser considerada invejosa. Fora desses quatro padrões estão 10% das pessoas, que têm uma visão de vida que os pesquisadores chamam de aleatória.

Testes

Os voluntários da pesquisa participaram de alguns jogos que tinham como objetivo testar os níveis de cooperação de cada pessoa e a resposta dos participantes em relação a riscos e a jogadas individuais ou em grupo, sendo que cada escolha poderia mudar as recompensas do jogo: trabalhar em equipe rendia mais do que trabalhar individualmente.

Em um jogo de caça, os voluntários recebiam bilhetes de rifa e tinham a chance de ganhar 40 euros: caçar veados recompensaria mais do que caçar coelhos, mas, se escolhessem caçar coelhos, os jogadores teriam a liberdade de caçar sozinhos e a garantia de ganhar um cupom para sorteio de brinde.

Os invejosos escolheram caçar coelhos, pois não suportam a ideia de caçar veados com a ajuda de outra pessoa e se sujeitar a ter um desempenho menor que o do parceiro de caça, ainda que a recompensa, no caso dos veados, fosse maior. De fato, essa é uma lógica familiar, que reconhecemos por experiência própria, por conhecermos gente assim ou por agirmos dessa maneira. Você concorda?

*Publicado em 19/9/2016

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