Saúde/bem-estar
17/07/2018 às 09:00•3 min de leitura
O nosso cérebro — essa máquina incrível e supercomplexa — é o que nos difere das demais espécies do reino animal, dotando-nos de raciocínio lógico e fazendo de nós as criaturas mais inteligentes da Terra. No entanto, apesar dessas características, não dominamos completamente o funcionamento de nossa massa cinzenta.
Embora sejamos tão inteligentes, a verdade é que nem nos damos conta de que muitas de nossas escolhas e atitudes refletem o quão tendenciosos, preconceituosos e facilmente influenciáveis nós somos. Sem contar que nos deixamos enganar por histórias e até mesmo mentirinhas lógicas que nos ajudam a compreender melhor o mundo.
A psicologia explica essas questões e, de acordo com David McRaney, que escreveu um livro sobre este tema, os seres humanos não são tão espertos como imaginamos, e todos deveriam vir ao mundo com o cérebro programado para não cair em algumas situações. Confira cinco delas a seguir:
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Pensamos em nós mesmos como observadores objetivos e imparciais, que analisam os demais com base em aspectos racionais, não é mesmo? Se fosse assim, por que é que, em média, as pessoas mais altas recebem salários maiores? Ou por que é que indivíduos mais atraentes se dão melhor na vida? Esse é o efeito halo, que faz com que inconscientemente formemos opiniões sobre os outros com base em aspectos como beleza, altura, peso ou status social.
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Já aconteceu com você de, durante uma aula difícil o professor perguntar se alguém tinha dúvidas e, apesar de você não ter entendido nada, como nenhum dos seus colegas se manifestou, você preferiu ficar quieto? Esse comportamento é definido como ignorância pluralística, e se manifesta inconscientemente naqueles que sentem desconfortáveis em situações nas quais são minoria.
No entanto, também existem situações — especialmente as que envolvem a opinião pública — nas quais uma minoria “barulhenta” é capaz de convencer a maioria de que a maioria é, na verdade, minoria. E você já deve ter visto isso acontecer!
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Existe muita gente por aí que usa fitinhas da sorte, colares ou santinhos com a crença de que esses objetos têm o poder de atrair a boa sorte ou oferecer proteção. Talvez você mesmo tenha se apegado a algum desses badulaques, especialmente depois de estar em posse de um deles durante algum momento decisivo, atribuindo o resultado positivo ao uso do amuleto.
No entanto, todo mundo sabe que nas fábricas de fitas, pulseiras ou pingentes não existem benzedeiras ou padres transmitindo energia positiva durante a produção. Essa “mágica” reside em nossas mentes, e se acreditarmos com muita convicção, podemos transformar qualquer coisa em amuleto, até mesmo um papel de bala.
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Imagine que um conhecido seu recebe por email uma dessas teorias da conspiração, e se convence de que as informações contidas ali são verdadeiras. Então, você tenta argumentar com o seu amigo, e até apresenta provas de que história não é verdadeira. No entanto, ele passa a usar esses novos dados como prova de que a tal mensagem é real.
Esse comportamento é descrito como crença persistente, e consiste em encontrar correlações em histórias que transmitem informações errôneas. E não adianta apresentar a prova que for, pois essas informações apenas fortalecerão a convicção da outra pessoa.
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Seja sincero: sua primeira reação ao entrar em um elevador e dividir o espaço com uma pessoa fardada é se sentir intimidado. Por outro lado, se você se depara com alguém mal vestido e sujo, e sua resposta é totalmente diferente. A forma como nos vestimos afeta não só a forma como os demais nos veem, como o nosso próprio comportamento, fazendo com que adotemos posturas mais ou menos confiantes dependendo da roupa que estamos usando.
Portanto, pense bem no modelito quando você tiver que enfrentar uma reunião de negócios, fazer uma entrevista de emprego e até mesmo se divertir durante uma balada com os amigos, pois, por mais absurdo que pareça, isso pode fazer toda a diferença.
*Publicado originalmente em 14/08/2013.
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