Imagens provam como as pessoas são todas iguais no século 21

21/01/2015 às 06:512 min de leitura

É bastante comum encontrarmos pela rua alguém com uma blusa igual à nossa, uma camisa, uma calça ou o mesmo corte de cabelo. As tendências vêm e vão, mas se for observar bem de perto, será que não estamos nos tornando cada vez mais iguais?

Com essa premissa, um fotógrafo resolveu fazer uma série de imagens em que abre a discussão sobre como todas as pessoas são iguais no século 21.

De acordo com um artigo da Wired, o responsável pelo projeto é Hans Eijkelboom, que quis mostrar como o mercado da moda e da beleza nos deixa cada dia mais semelhantes, sendo que parecemos todos como um rebanho de ovelhas, todos iguaizinhos. Mas esse trabalho do fotógrafo não é resultado de registros de pouco tempo.

Ele passou mais de 20 anos fotografando pessoas com roupas similares. Há que se esclarecer que ele fez todos esses registros não para fins de criticar o visual das pessoas, mas sim levantar a questão sobre as semelhanças entre gostos e identidades que tomaram conta do mundo moderno.

"Eu estou mostrando que às vezes é quase impossível não ir com o fluxo", disse ele. Hans Eijkelboom fez as primeiras fotos em 1992, em Arnhem, na Holanda, onde ele estava vivendo no momento. A partir daí, o fotógrafo fez imagens também em Paris, Nova York e Amsterdam para citar alguns, acumulando cerca de seis mil imagens da mesmice coletiva para o seu livro de fotos. Confira algumas na galeria abaixo:

Galeria 1

Ele sempre busca lugares bastante movimentados para fazer os seus registros. Assim que encontra um bom ponto de passagem de multidões, ele passa uns 10 ou 15 minutos observando o que as pessoas estão vestindo e fotografa os estilos mais repetidos.

Para não constranger as pessoas, ele não faz a foto olhando em um visor e sim acionando um disparador de gatilho enquanto finge que nada está acontecendo. Dessa forma, ele diz que os “modelos” ficam mais espontâneos. O resultado de tudo isso é de imagens de “gêmeos” de estilo que podem estar em várias partes diferentes do mundo.

O fotógrafo de 65 anos diz que sente que há uma mudança na identidade como as transições da sociedade a partir do que ele chama de um mundo analógico para um digital.

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