Uma nova etapa na pesquisa de reavivar pacientes com morte cerebral

07/06/2017 às 11:072 min de leitura

No ano passado, falamos sobre o Projeto Reanima, que pretende reverter os casos de morte cerebral em pacientes que sofreram algum tipo de trauma ou acidente. As estimativas eram de que os testes começassem ainda em 2016, na Índia, mas eles acabaram sendo cancelados pela empresa que financia esse estudo, a Bioquark, com sede na Filadélfia (EUA).

Agora, parece que a teoria finalmente será colocada na prática: até o final de 2017, cerca de 20 pessoas deverão ser submetidas a implantes de células-tronco retiradas dos próprios pacientes. A ideia é fazer com que novos neurônios cresçam a partir dessa terapia, ressuscitando pessoas que estiverem vivas apenas por aparelhos.

Além disso, também serão feitas outras terapias, principalmente com laser e com estimulação nervosa, tudo na esperança de que sejamos capazes de superar mais uma etapa da vida – ou da morte – humana. O grande problema nisso tudo são as questões legais e éticas envolvidas nesse processo.

Projeto Reanima pretende reverter morte encefálica

E funciona?

A estimulação elétrica do nervo mediano já foi testada, assim como vários outros processos envolvidos na reversão do quadro de morte cerebral. Entretanto, eles não foram usados com essa finalidade. E se não der certo? E se o paciente não se recordar de quem ele é? E se outros efeitos reversos aparecerem?

O maior empecilho desse tipo de pesquisa é a autorização do paciente para que ele seja submetido aos experimentos. Veja bem: ninguém imagina que terá morte cerebral algum dia, ou seja, quase ninguém deixa algum documento autorizando que seu corpo seja usado como cobaia em testes incertos. E depois que a pessoa já está em estado vegetativo, fica impossível que ela autorize os novos tratamentos.

A ideia divide os profissionais de medicina: muitos são céticos quanto à eficácia da proposta. “Não é a coisa mais absurda que já ouvi, mas acho que a probabilidade de que isso funciona esteja próxima a zero. Penso que tecnicamente seria um milagre”, diz o cirurgião pediátrico Charles Cox. Outros salientam que o estímulo nervoso necessitaria de um tronco cerebral funcional, que não é algo muito evidente em pacientes com morte cerebral.

Danos no tronco encefálico podem impedir sucesso da proposta

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