Como a testosterona influencia no crescimento de seus cabelos?

24/12/2016 às 08:002 min de leitura

Quem nunca pensou em colocar sorrateiramente um pouco de testosterona na bebida de seus amigos para ver os cabelos deles crescerem um pouco mais? Ou mesmo quem é que nunca pensou: “Será que se fizer isso, vai realmente funcionar”? Pois é chegada a hora de olhar para o assunto com um viés mais científico e descobrir se a brincadeira valeria o esforço.

Bom, para começar, a testosterona é realmente muito interessante. De acordo com informações do canal do YouTube do The Medicine Journal, trata-se de um hormônio esteroide de um grupo chamado de Androgênio, cuja função de seus componentes é afetar várias características do corpo masculino, principalmente durante os períodos de passagem da infância para a idade adulta.

Entre as principais mudanças no organismo relacionadas com a testosterona, podemos citar o desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos, o aumento da tonalidade grave na voz, o crescimento da massa muscular e o aparecimento de pelos em diversas regiões do corpo — incluindo a manutenção do crescimento capilar.

Fonte da imagem: Reprodução/TheMedicineJournal

Falando nisso, é interessante notar que a circulação dos mesmos hormônios androgênicos também é responsável por concentrar o crescimento de cabelos (ou de pelos) em determinadas áreas do corpo, como no peito ou nas costas. Por outro lado, é essa mesma ação que limita o aparecimento em outros lugares, como no couro cabeludo.

Grande parte da testosterona masculina é produzida pelas glândulas de Leydig (dentro dos testículos), enquanto uma pequena parte é proveniente das glândulas suprarrenais. Vale salientar que esse hormônio é sintetizado a partir da degradação do colesterol, sendo distribuído pelo corpo do homem por meio dos vasos sanguíneos.

São dos carecas que elas gostam mais

No caso dos cabelos, a testosterona chega até os folículos capilares passando pelas papilas dérmicas do couro cabeludo. Uma vez que o hormônio chega a esse local, ele ajuda ou atrapalha os folículos a fazerem os cabelos crescerem com cores, comprimentos e espessuras diferentes. No entanto, a falta desse hormônio ou a má recepção dele pelas células capilares causa uma inibição do crescimento de suas madeixas.

Fonte da imagem: Reprodução/TheMedicineJournal

Felizmente, os cientistas descobriram que os folículos capilares contam com sequências individuais de genes dentro de cada um deles. Essa diferenciação faz com que a receptividade de androgênio estimule alguns genes a produzirem cabelo, enquanto outros sejam totalmente inibidos. Por essa razão, há áreas em nosso corpo que continuam a gerar pelos ativamente mesmo depois que outras já pararam.

Isso explica também a razão de pessoas possuírem grande disponibilidade de pelos faciais (as adoradas barbas) e em outros lugares do corpo, quando os folículos no topo de suas cabeças já podem ter “morrido” há algum tempo. Dessa maneira também podemos justificar a eficácia dos transplantes de cabelo realizados com folículos removidos de outras partes do corpo — já que os genes em questão são intercambiados por outros que funcionam.

Nem tudo está resolvido

Fonte da imagem: Reprodução/TheMedicineJournal

Apesar dessa aparentemente simples descrição de funcionamento, o processo específico que permite que cada gene seja precisamente expresso junto com suas características de funcionamento ainda não é totalmente compreendido pelos cientistas. O que os estudiosos já sabem é que a maior parte dessas informações são programadas diretamente no útero materno, no decorrer do processo que terminará com o parto.

Portanto, é melhor deixar as brincadeiras de colocar testosterona nos copos de seus amigos de lado, uma vez que não é garantido que ela funciona. Na realidade, isso poderia acabar muito mal.

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