Tudo o que você precisa saber sobre a cera de ouvido

24/07/2019 às 06:022 min de leitura

Você já ouviu aquela história de que devemos evitar usar cotonetes e que o melhor é “cultivar” a cera dos ouvidos? Pode parecer meio nojentinho fazer isso, mas, de acordo com um artigo do pessoal do site io9, essa é a indicação. Segundo explicaram, a cera é uma substância produzida naturalmente por muitos mamíferos — incluindo os humanos — que, ao contrário do que parece, serve para manter os ouvidos limpos.

Produzida pelas glândulas sebáceas e ceruminosas no canal auditivo, a cera — ou cerume — é formada por uma série de compostos orgânicos, como o escaleno, ácidos graxos saturados e insaturados de cadeia longa, colesterol etc. Além disso, sua composição específica varia de pessoa para pessoa, dependendo de aspectos como dieta, etnia, ambiente e faixa etária, e ela exerce um importante papel no funcionamento dos nossos ouvidos.

Mecanismo autolimpante

Embora a cera pareça pouco higiênica, ela ajuda a filtrar a poeira, partículas e outras substâncias que entram em nossos ouvidos, evitando, assim, infecções no canal auditivo. Basicamente, essa estrutura — o canal auditivo — é uma espécie de “rua sem saída” feita de pele que, ao contrário da pele de outras partes do corpo, não consegue se livrar das células mortas através da erosão física. Sendo assim, a cera também faz esse trabalho.

Segundo o io9, os nossos ouvidos são estruturas autolimpantes, portanto, não é necessário ficar cutucando as orelhas com cotonetes. Contudo, em algumas pessoas esse mecanismo pode sofrer alterações, e a cera acaba se acumulando em algum ponto do canal auditivo. Esse tipo de problema pode ocorrer por razões anatômicas ou simplesmente por conta da introdução de objetos (como os bastonetes de algodão) que fazem com que a cera fique presa.

Problemas

Como os nossos ouvidos não param de produzir cera, ao longo do tempo o acúmulo vai aumentando e essa substância vai ficando ali durante meses ou anos. Nesse caso, os efeitos colaterais incluem dor, irritação, infecções e, em alguns casos, o surgimento de um problema chamado tinnitus, caracterizado por um zumbido no ouvido sem causa aparente.

Além disso, a cera acumulada também pode afetar os movimentos do tímpano e até obstruir o canal auditivo, prejudicando a audição. Esse tipo de problema ocorre com cerca de 35% das pessoas com mais de 65 anos de idade, e normalmente é aliviado com a remoção da obstrução.

Limpar ou não limpar

De acordo com o io9, higienizar os ouvidos constantemente pode afetar o mecanismo natural de limpeza. Contudo, se você apresentar algum dos sintomas descritos acima — que indiquem uma obstrução —, antes de procurar a ajuda de um médico, você pode tentar colocar algumas gotinhas de óleo de amêndoas ou de azeite de oliva para amolecer a cera e estimular o processo natural de eliminação do excesso. Se não funcionar, procure um especialista!

O que você jamais deve fazer é introduzir qualquer coisa no ouvido para limpá-lo, pois, na melhor das hipóteses, você só vai conseguir empurrar a cera mais para dentro, dificultado ainda mais sua remoção. Isso se você não perfurar o próprio tímpano acidentalmente, o que pode ser bem doloroso, sem falar na possível perda de audição.

Portanto, apesar de a cera de ouvido não ser a coisa mais agradável do mundo, ela é extremamente importante. E, assim como o suor, as lágrimas e a secreção produzida pelo nariz, ela serve como uma espécie de barreira que ajuda a prevenir infecções e a manter o bom funcionamento do nosso corpo.

Fonte

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