Ativista indiana termina greve de fome após 16 anos

11/08/2016 às 09:382 min de leitura

Há 16 anos a ativista indiana Irom Sharmila se posicionou contra uma lei que privilegia as forças armadas em determinadas regiões de seu país. Como forma de protesto, ela deu início a uma greve de fome, mas acabou sendo presa acusada de suicídio, que é crime na Índia. Detida, passou a ser alimentada à força, por meio de uma sonda nasal.

O protesto de Irom começou no dia 5 de novembro de 2000, depois de 10 pessoas terem sido assassinadas por um grupo de soldados indianos. Durante o tempo em que passou detida em um hospital, a ativista se dedicou a tentar derrubar a Lei dos Direitos Especiais das Forças Armadas, de 1958 – esses direitos especiais permitem que a polícia indiana aja sem mandatos judiciais e use métodos de tortura e execução contra quem não seguir as regras.

Na última terça-feira (9), no entanto, Irom fechou um acordo por escrito que a dará “liberdade sob caução”, uma vez que ela aceitou interromper a greve. Ainda que tenha assinado o acordo, no entanto, Irom disse aos jornalistas que a esperaram na saída do tribunal de Imphal, no estado de Manipur, que não tem certeza se vai ou não ficar em liberdade.

De acordo com o advogado da ativista, Naveen Kumar, o juiz autorizou a liberdade de Irom em troca de 10 mil rúpias, o equivalente a R$ 470. Agora ela deverá retornar ao tribunal no dia 23 de agosto.

Planos

Irom Sharmila quando ainda estava detida

Conhecida como “dama de ferro de Manipur”, a ativista falou pouco à imprensa e logo retornou ao hospital onde esteve internada nos últimos anos. Devido à greve extremamente longa, Irom se tornou um grande ícone mundial dos direitos humanos.

Agora, com o fim da greve de fome, ela disse que vai se candidatar às eleições regionais de 2017: “Tenho travado a minha luta sozinha e, por isso, decidi combater através da democracia, tornando-me deputada em vez de continuar com o jejum”, declarou ela quando anunciou, com antecedência, que terminaria a greve – além de não comer, ela não penteava os cabelos nem se olhava no espelho.

Entre os planos da ativista está também o casamento e, embora tenha dito isso, ela não revelou exatamente com quem pretende se casar. “Eu sou a verdadeira personificação da revolução”, declarou ela no dia em que obteve liberdade. 

Imagem

Últimas novidades em Estilo de vida

NOSSOS SITES

  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • Logo Mega Curioso
  • Logo Baixaki
  • Logo Click Jogos
  • Logo TecMundo

Pesquisas anteriores: