Desde 1990, a Suécia tenta desvendar o que é a doença misteriosa que afeta apenas crianças refugiadas.

Devido à perseguição, violência, violações dos direitos humanos e conflito, cerca de 108,4 milhões de pessoas foram deslocadas à força em todo mundo só em 2022, como apontaram os dados da Agência da ONU para Refugiados dos EUA. Desse número, 35,3 milhões eram <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121094-refugiados-no-brasil-uma-realidade-critica-e-preocupante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">refugiados</a> e 62,5 milhões eram deslocados internos.Os países europeus acolheram 1 em cada 3 refugiados no mundo, o equivalente a 36%, subindo de 7 milhões no final de 2021 para 12,2 milhões em 2022. Mais de 159 mil pessoas arriscaram a vida tentando chegar à Europa por terra ou mar, sendo que mais de 2.439 estão mortos ou desaparecidos.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/01/01150735325225.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em compensação, a agência de estatísticas Eurostat divulgou que foram deportados 26.600 dos 105.865 refugiados realocados em países da União Europeia, no segundo trimestre de 2023. Isso revelou um aumento de 29% em relação ao segundo trimestre de 2022, sendo que 76% das pessoas foram enviadas para fora das fronteiras do bloco.Além de fatores econômicos e culturais, é estimado que pelo menos um terço das pessoas deslocadas experimentem altas taxas de depressão, ansiedade e transtornos de estresse pós-traumático (TEPT) devido às circunstâncias que enfrentaram durante sua migração.Esse, inclusive, é o motivo pelo qual crianças sofrem com a Síndrome da Renúncia, uma doença misteriosa que afeta refugiados na Suécia.<h2>A "nação mais generosa da Terra"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/01/01150837837226.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em uma entrevista com mais de 400 requerentes de asilo, o Sweden Research descobriu que a principal razão pela qual os refugiados escolhem ir para Suécia é devido os mais de 200 anos de paz que a nação comemora, além de possuir uma reputação como um dos países mais familiares do mundo. Além disso, possui em sua excelente estrutura educacional, fornece o melhor subsídio econômico aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/126841-bibby-stockholm-o-polemico-navio-que-abriga-refugiados-no-reino-unido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">refugiados</a> e mais oportunidades de trabalho.Na virada do século XXI, a Suécia recebeu cerca de 750 mil pedidos de asilo de sírios, iraquianos, somalis e eritreus. Nos últimos 20 anos, o governo negou mais de 300 mil pedidos, estabelecendo sua decisão de começar a devolver os refugiados ao seu país de origem. Em meados de 2015, ano que se iniciou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122177-crise-dos-refugiados-o-deslocamento-massivo-e-um-problema-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Crise Migratória</a>, o governo sueco aceitou 163 mil refugiados sob a retórica heroica de Stefan Lofven, então primeiro-ministro do país, de que “Minha Europa não constrói muros”.Após isso, porém, todos os grandes partidos passaram a defender uma política migratória restritiva com um forte foco na lei e na ordem, visto que a questão dos refugiados deixou de ser uma responsabilidade política. Os suecos perceberam que há um problema em ser a “nação mais generosa da Terra”, como escreveu o colunista James Traub, em seu artigo para a Foreign Policy, em 2016.Os políticos estavam confiantes que o país seria capaz de integrar um grande número de crianças afegãs mal alfabetizadas e sírios piedosos e conservadores, assim como fizeram, por exemplo, com os bósnios, nos últimos anos.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/01/01151002608227.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Esse senso de obrigação moral universal e a confiança de que o Estado era forte o suficiente para cuidar de muitas coisas, revelou-se insuficiente e, como resultado, o país sofre com a disparada nos índices de criminalidade em áreas socialmente desfavorecidas, onde, nada ironicamente, os refugiados encontraram o único lar que os cabia no momento, conforme apontou um relatório do Conselho Nacional Sueco para Prevenção do CrimeEm meio às críticas de que certas línguas, religiões ou culturas tornaram o país mais propenso ao crime, o número de suecos favoráveis ao aumento da migração caiu de 58% em 2015 para 40% em 2021.&nbsp;Se isso é um assunto social de excesso de benevolência moral ou complexo de autossuficiência, o que importa é que, de fato, a Suécia já não é mais acolhedora com os refugiados e nem quer ser vista como tal, tanto que em junho de 2016 se apressou para revisar sua política de longa data para negar asilo permanente. Enquanto isso, os refugiados, à margem, sofrem as consequências do deslocamento.<h2>As "crianças apáticas"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/01/01151035539228.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: GettyImages/Reprodução)</figcaption></figure></figure>As crianças são uma das mais afetadas pelo estresse psicológico e emocional causado pela possibilidade de deportação na Suécia, levando-as a se retirarem do mundo de maneira sumária, o que caracteriza a Síndrome da Renúncia.O que essas crianças enfrentam não é em nada parecido com o caso de Beth Goodier, uma jovem de 26 anos, moradora de Stockport, em Manchester, Reino Unido, que desde que nasceu experimenta episódios de sono que podem durar até 22 horas ou 6 meses, em que ela se levanta apenas para fazer pequenas refeições, ir ao banheiro tomar banho.O problema de Goodier é chamado de Síndrome de Kleine-Levin (KLS), popularmente conhecida como Síndrome da Bela Adormecida. Para a comunidade médica, a causa específica ainda é desconhecida, mas há algumas especulações, como lesões no hipotálamo (parte do cérebro que controla o sono, apetite e temperatura corporal), fatores autoimunes ou até mesmo genéticos.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/01/01151215251233.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: GettyImages/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nada disso, porém, é o caso das crianças refugiadas da Suécia, que testemunhou seu primeiro caso no final da década de 1990, sendo que entre 2003 e 2005, o número aumentou para 400 casos. Recentemente, o Conselho Nacional de Saúde da Suécia declarou que houve 169 casos em 2015 e 2016, mostrando que a síndrome diminuiu, mas continua um mistério médico.Pouco se sabe sobre a doença, apenas que o corpo da criança fica preso em uma espécie de coma emocional, em que sua pressão arterial é bastante normal e há uma alta taxa de pulso. Não há lesões cerebrais e todos os órgãos funcionam normalmente, apesar de a criança não acordar.<h2>A problemática</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/01/01151249311234.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: GettyImages/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A crise migratória e as políticas no tratamento de refugiados lançaram muitas sombras na maneira como a Síndrome da Renúncia foi encarada. Uma vez que os resultados dos exames das crianças que eram internadas voltavam normais, houve acusações de que elas estavam fingindo para evitar a deportação.Muitas crianças foram submetidas a exames médicos e cuidados hospitalares intensivos sob a supervisão de uma variedade de especialistas, em unidades de terapia separadas dos pais, mas nunca acordaram. Essas "crianças apáticas", como ficaram conhecidas na mídia, jamais poderiam sustentar um estado apático por tanto tempo se estivessem mesmo fingindo.Enquanto isso, a conduta e caráter dos pais foram postos à prova. Especulou-se que as crianças estavam sendo sedadas ou até mesmo envenenadas. A mídia sugeriu que se tratava da Síndrome de Munchausen por procuração, em que um pai ou cuidador fabrica doenças e busca cuidados de saúde desnecessários para seu filho.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/01/01151337441235.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: GettyImages/Reprodução)</figcaption></figure></figure>No final das contas, o mais próximo que os cientistas chegaram de entender a Síndrome da Renúncia é que ela pode ser uma falta da variação diária normal no nível do hormônio do estresse cortisol, o que dá um pouco de peso à hipótese que esse coma que as crianças enfrentam está associado aos traumas da deportação e violência contra os refugiados.Concluiu-se que os hormônios do estresse durante a gravidez de mulheres refugiadas afetaram o desenvolvimento do cérebro e reduziram a capacidade das crianças de lidar com o estresse mais tarde na vida. O único problema nessa observação é que nem os hormônios do estresse, o sistema nervoso autônomo, ou o mau desenvolvimento cerebral explicariam as manifestações físicas incomuns que causam a síndrome. Há famílias que requerem asilo em todo o mundo, enfrentando, inclusive, situações ainda mais psicologicamente perturbadoras, e nenhuma respondeu à situação como as crianças na Suécia. Por que o estresse é comum, mas a síndrome, não?Exames cerebrais especializados indicam que seja provável que os traumas do passado desempenhem um papel significativo no despertar da doença. Os cientistas ainda têm esperanças que pesquisas mais detalhadas possam revelar o que realmente está por trás da Síndrome da Renúncia.

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Síndrome da Renúncia: crianças refugiadas estão entrando em coma na Suécia

Descubra os mistérios por trás do cheiro adorável dos bebês e do odor 'caprino' dos adolescentes.

O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127723-o-poder-dos-cheiros-como-o-olfato-afeta-nossa-percepcao-de-cores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cheiro</a> é uma linguagem silenciosa que pode nos revelar muito sobre o desenvolvimento humano. Uma recente pesquisa sobre aromas revelou um intrigante contraste entre o odor doce dos bebês e o cheiro característico dos adolescentes.A equipe de pesquisa, liderada por Helene Loos, da Universidade Friedrich Alexander, na Alemanha, mergulhou fundo nessa questão, identificando as substâncias químicas responsáveis por esses odores distintos. Os resultados foram publicados na revista Communications Chemistry.<h2>Composição química dos odores</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/07/07212201818022.jpg" alt="Os pesquisadores analisaram os odores produzidos pelas axilas de bebês e adolescente. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os pesquisadores analisaram os odores produzidos pelas axilas de bebês e adolescente. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O estudo analisou 18 bebês, com idades entre 0 e 3 anos, e 18 adolescentes, com idades entre 14 e 18 anos. Para capturar os odores corporais de forma precisa, os pesquisadores forneceram camisetas com almofadas de algodão costuradas nas axilas aos participantes, que usaram as roupas durante a noite. Após a coleta do suor impregnado nas almofadas de algodão, os cientistas utilizaram a cromatografia gasosa para analisar os compostos odoríferos presentes nas amostras.O uso de técnicas avançadas permitiu a identificação de nada menos que 42 compostos odoríferos distintos nas amostras de suor das axilas dos participantes. Entre esses compostos, os aldeídos emergiram como os mais proeminentes, desempenhando um papel fundamental na criação dos odores característicos associados a bebês e adolescentes.<h2>Alterações ao longo do desenvolvimento</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/07/07212415648023.jpg" alt="A puberdade altera a composição dos odores nos adolescente. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A puberdade altera a composição dos odores nos adolescente. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A análise minuciosa das amostras de bebês e adolescentes revelou uma série de mudanças substanciais na composição química dos odores corporais à medida que os indivíduos atravessam diferentes <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119492-6-fatos-curiosos-sobre-o-que-e-passar-pela-puberdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estágios de desenvolvimento</a>. Enquanto os bebês exalam odores delicados e agradáveis, muitas vezes comparados a fragrâncias florais, os adolescentes emitem odores menos atraentes, frequentemente associados ao cheiro "de cabra".Essa transição olfativa notável reflete as complexas transformações fisiológicas e hormonais que ocorrem durante a puberdade, pois a atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas é significativamente afetada pelas mudanças hormonais que caracterizam esse período. Além disso, a presença de certos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121138-qual-a-relacao-entre-hormonios-sexuais-e-gordura-localizada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hormônios sexuais</a> pode influenciar a composição dos odores corporais durante a puberdade.Como resultado, os adolescentes produzem uma quantidade maior de compostos odoríferos, que contribuem para o aroma distintivo associado à adolescência. Essas descobertas oferecem uma visão fascinante das transformações químicas e biológicas que acompanham a transição da infância para a adolescência, destacando o papel crucial dos processos hormonais na determinação dos perfis de cheiro ao longo do desenvolvimento humano.O estudo dos odores corporais vai além da mera curiosidade científica, pois tem implicações profundas nas interações sociais e emocionais. Na sociedade, existe uma clara inclinação aos odores de bebês em detrimento dos odores característicos da adolescência. Essas preferências podem desempenhar um papel significativo na dinâmica emocional entre pais e filhos, influenciando os laços afetivos. Isso deixa evidente o papel fundamental dos cheiros na construção e manutenção dos relacionamentos.

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Qual é a química por trás do cheiro dos bebês e dos adolescentes?

Embora seja um gesto universalmente comum entre os bebês, a fricção dos olhos pode causar preocupação em alguns pais.

Quando começam a interagir com seus filhos, um dos primeiros sinais que os pais e mães aprendem é que, quando querem dormir, os bebês geralmente esfregam seus olhinhos e ficam meio chorosos. Embora seja um gesto simples, muitos responsáveis, principalmente os de primeira viagem, se perguntam por que esse comportamento acontece.<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/e-verdade-que-cocar-os-olhos-pode-causar-ceratocone-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Isso é normal? Será que os olhos do bebê estão irritados?</a> Infelizmente, os pequeninos não conseguirão por um bom tempo verbalizar seu desconforto na medida da nossa angústia. Mas o motivo daquela coçadinha nos olhos, segundo Rebecca Dudovitz, professora de pediatria geral da UCLA, nos EUA, é mesmo sinal de cansaço.Em entrevista ao site WordsSideKick.com, a médica explica: “sabemos, por experiência humana, que as pessoas tendem a esfregar os olhos quando estão cansadas,&nbsp;e achamos que isso pode ter a ver apenas com uma sensação de desconforto que você sente quando os músculos oculares estão trabalhando duro e é hora para uma pausa".&nbsp;<h2>Esfregar os olhos pode causar problemas de visão ao bebê?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19074030864000.jpg" alt="x"><figcaption>As mãos dos bebês devem estar sempre limpinhas para evitar contaminações. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Não, esfregar os olhos ocasionalmente não costuma causar problemas de visão em bebês. Na verdade, esfregá-los é uma reação natural, da mesma forma que nossos ombros necessitam de uma massagem relaxante após passarmos o dia inteiro sentados em frente a uma mesa.Outro fato a ser considerado é que <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127303-olhos-castanhos-de-bebe-ficam-azuis-apos-tratamento-contra-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os bebês piscam seus olhos apenas algumas vezes por minuto</a>, o que faz com que os glóbulos oculares fiquem ressecados. Nesse sentido, as lágrimas são "muco próximo à superfície, água salgada no meio e uma camada de óleo das glândulas meibomianas das pálpebras para evitar a evaporação”, explica o Robert W. Arnold, oftalmologista do Alaska Children's Eye &amp; Strabismus, ao Live Science.Dessa forma, afirma o especialista, toda lágrima saudável é uma tricamada, que deve ser renovada e espalhada suavemente pela superfície ocular quando piscamos.&nbsp;<h2>Esfregar os olhos baixa a pressão arterial?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19080058529001.jpg" alt="x"><figcaption>O efeito de esfregar os olhos é mínimo na redução da pressão arterial. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>É possível que em algum grupo de WhatsApp você leia que esfregar os olhos é um reflexo natural do corpo para baixar a pressão arterial. Mas isso não tem nada a ver com o que os bebês fazem. Primeiramente, diz o Dr. Arnold, “não há nenhuma razão óbvia para que uma criança se sinta melhor com uma frequência cardíaca lenta”.No entanto, é verdade que esfregar os olhos pode <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128059-o-que-faz-as-pessoas-desmaiarem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estimular temporariamente o nervo vago a produzir uma resposta de desaceleração cardíaca</a>, mas esse efeito é mínimo e de curta duração.No caso dos bebês, Arnold é categórico: "Não acreditamos que a estimulação proposital do reflexo oculo-cardíaco seja uma razão para as crianças esfregarem os olhos". A causa provável é que eles façam isso pelo mesmo motivo que fazemos: olhos cansados e sono.

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Por que os bebês esfregam os olhos quando estão cansados?

Descubra o que fazer quando a criança machuca os olhos, proporcionando cuidados adequados para a saúde visual dos pequenos.

O tempo dedicado por crianças e adolescentes a atividades recreativas e esportivas é crucial para seu desenvolvimento, mas também apresenta riscos, sendo responsável por metade das lesões oculares nessa faixa etária. Nesse contexto, a Dra. Claudia Faria, oftalmologista do Hospital Albert Einstein, elaborou um guia para orientar os pais e responsáveis a lidar com os três principais tipos de lesões nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127282-de-que-sao-feitos-os-nossos-olhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">olhos</a> infantis.<h2>Objetos com ponta</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/13/13195834455018.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Objetos pontiagudos podem ferir os olhos das crianças. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Quando um objeto pontiagudo, como um lápis ou anzol, penetra no olho de uma criança, a ação imediata é crucial. Dra. Claudia enfatiza a importância de não tentar remover o objeto por conta própria. Em vez disso, é recomendável levar a criança ao pronto-socorro o mais rápido possível, evitando danos adicionais e garantindo uma intervenção adequada.Além disso, a oftalmologista destaca que a rapidez no atendimento é fundamental para minimizar os riscos de complicações. A espera pode agravar a situação, tornando imperativo buscar assistência médica especializada diante de lesões causadas por objetos pontiagudos nos olhos.<h2>Pancadas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/13/13200225886019.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption><a class="fonte_imagem">Ferimentos nos olhos podem ser mais graves que parecem. </a>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Lesões contusas, como pancadas ou socos, e cortantes, como cortes na pálpebra, demandam uma avaliação criteriosa por parte de um oftalmologista. A natureza séria dessas lesões pode não ser imediatamente evidente, reforçando a importância de uma análise especializada. A médica explica que, em casos de traumas oculares, a busca por atendimento oftalmológico é crucial para identificar e tratar danos que podem não ser aparentes inicialmente.A especialista também enfatiza a necessidade de examinar não apenas a superfície do olho, mas também as estruturas adjacentes, garantindo um diagnóstico abrangente e adequado diante de lesões oculares decorrentes de pancadas ou cortes.<h2>Contato com produtos químicos</h2>Em situações em que os olhos de uma criança entram em contato com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104415-por-que-nossos-olhos-ardem-quando-cai-xampu-neles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">produtos químicos</a>, como água sanitária, desinfetante e álcool, a ação imediata é crucial. A especialista orienta a enxaguar abundantemente a superfície do olho com água corrente por pelo menos 10 minutos. Essa medida ajuda a minimizar os efeitos nocivos dos produtos químicos e proporciona um alívio imediato à criança.A oftalmologista ressalta que a lavagem deve ser mantida até a chegada do atendimento médico, assegurando uma descontaminação adequada e evitando potenciais complicações decorrentes do contato com substâncias químicas.Diante da frequência de lesões oculares em crianças durante atividades recreativas e esportivas, é vital que os responsáveis estejam familiarizados com as medidas apropriadas a serem adotadas. As orientações fornecidas para lidar com situações envolvendo objetos pontiagudos, pancadas e produtos químicos visam preservar a saúde visual e o bem-estar dos pequenos.Ao seguir essas recomendações, os cuidadores podem agir prontamente e de maneira eficaz, minimizando os riscos e garantindo uma recuperação adequada em casos de lesões oculares.

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Como agir em caso de crianças com o olho machucado?

Esquema de roubo de bebês do general Francisco Franco permaneceu por mais de 50 anos após o fim do fascismo 

Mais de 300 mil bebês foram roubados de suas mães durante o fascismo do ditador e general Francisco Franco, mais conhecido como “Generalíssimo”, que ascendeu ao poder assim que se esfacelou o regime monárquico de José Calvo Sotelo, após o período turbulento que o país atravessou entre fevereiro e julho de 1936.Franco ganhou prestígio entre a população quando assumiu a liderança das tropas sublevadas e venceu a Guerra Civil após 3 anos lavando de sangue a Espanha, ganhando apoio de Adolf Hitler e Benito Mussolini ao longo dos 4 anos que se manteve no poder.&nbsp;<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109748-mas-afinal-o-que-e-o-fascismo.htm">Mas, afinal, o que é o fascismo?</a></li></ul>Nesse período, ele fechou a Espanha para o mundo exterior, atrasando o progresso econômico e industrial enquanto punia os milhares de civis e políticos que lutaram ao lado dos "perdedores da guerra", ou seja, os partidários de esquerda.Com isso, a ideologia franquista, associada a maternidades, conventos, igrejas, hospitais e outras instituições, incitou o roubo de bebês nascidos em famílias consideradas "traidoras" ou "indesejáveis". A ideia era promover o domínio da direita pura sobre as famílias inferiores que faziam parte da "esquerda perdedora", considerados moral e economicamente deficientes para criarem os próprios filhos.Mesmo após o fim do fascismo, o roubo e tráfico de bebês cresceu na Espanha e durou quase 50 anos.<h2>A estrutura diabólica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/06/06104540389109.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>A a ideologia franquista incitou o roubo de bebês, após o fim do fascismo na Espanha. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para que o Estado pudesse fazer isso de uma forma "menos criminosa", pelo menos aparentemente, era preciso que os pais adotivos seguissem uma série de obrigações, como fingir uma gravidez, encomendando toda a papelada necessária com médicos comprados pelo governo.O esquema foi tão bem articulado que alguns pais acreditaram que estavam apenas passando por um canal de adoção mais rápido e menos burocrático, sem nem imaginar que os bebês estavam sendo roubados deliberadamente. Essa ideia foi reforçada, pois, até 1987, as adoções na Espanha eram feitas em hospitais e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121451-6-fatos-curiosos-sobre-a-igreja-catolica.htm">possuíam grande influência da Igreja Católica</a>.Entre o período de 1939 e 1976, cerca de 261 famílias tiveram seus bebês roubados pelo sistema de tráfico do governo espanhol. Poucas pessoas tiveram sucesso em reencontrá-los, apesar dos esforços.Isso em muito se deu devido ao Pacto do Esquecimento de 1977, uma lei de anistia que a Espanha aprovou logo após a morte de Franco e o fim do fascismo no país. A lei visava deixar para trás toda a história e os espólios do tempo sombrio do general, inclusive tudo o que foi mantido em sigilo pelo governo.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/06/06105031579112.jpg" alt="(Fonte: CNN/Reprodução)"><figcaption>Por quase quatro décadas, famílias tiveram seus bebês roubados no país europeu. (Fonte: CNN/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Desde então, a Organização das Nações Unidas (ONU) questiona a Lei de Anistia por não investigar uma série de casos de pessoas desaparecidas, tanto as que foram submetidas pela rede criminosa de tráfico humano quanto aquelas consideradas indesejáveis ao regime, que acabaram em valas comuns ou desapareceram.Em 2002, o livro-documentário The Lost Children of Francoism, escrito por Montserrat Armengou e Ricard Belis, destacou uma série de casos individuais de sequestro de crianças durante o franquismo da Espanha. Tanto que demorou até 2011 para que várias famílias se apresentassem em uma ação coletiva na Suprema Corte espanhola na esperança de que seus casos fossem ouvidos.Em junho de 2018, Inés Madrigal, de 49 anos, acusou o ginecologista aposentado Eduardo Vela, de 85 anos, de sequestrá-la quando criança e falsificar documentos para fazer com que sua mãe adotiva parecesse sua mãe biológica. Ela se tornou o primeiro caso público da rede do franquismo, mas apenas um dos mais de 3 mil processos de adoção clandestina movidos na Espanha só naquele ano. Alguns levaram a investigações, mas muitos foram arquivados.<h2>O roubo sistêmico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/06/06104730553110.jpg" alt="(Fonte: The Arts Desk/Reprodução)"><figcaption>&nbsp;Maternidades, conventos, igrejas, hospitais e outras instituições, também faziam parte do esquema. (Fonte: The Arts Desk/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A questão é: o que aconteceu durante a era de Franco permaneceu por mais 50 anos, desde a Guerra Civil até o início dos anos 1990. Segundo a Anistia, o governo nunca se interessou ou teve o cuidado de acabar com a indústria de roubo de bebês perpetrada por médicos, padres e freiras.&nbsp;Com isso, é impossível determinar até que ponto o governo estava envolvido ou não na operação, visto que ela apenas floresceu como uma maneira clandestina de geração de dinheiro.Uma luz só foi lançada sobre esse problema em 2011, depois que Antonio Barroso e Juan Luis Moreno vieram a público revelar que foram comprados por seus respectivos pais de um padre em Zaragoza, no leste da Espanha.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117309-a-perturbadora-descoberta-da-familia-martinez-chocou-a-espanha.htm">A perturbadora descoberta da família Martínez chocou a Espanha</a></li></ul>Demorou até 2018, após a eleição de um governo de esquerda no país, para que algo fosse feito. Foi aprovada no mesmo ano uma comissão parlamentar para ajudar famílias que acreditam que seus entes queridos foram roubados.Uma investigação feita pelo Ministério Público estadual apontou que, entre 2011 e 2021, cerca de 2.138 denúncias de crianças roubadas foram feitas, das quais apenas 526 foram processadas (e arquivadas em seguida), dos 51.266 casos de sequestro de bebês.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/06/06105140098113.jpg" alt="(Fonte: CNN/Reprodução)"><figcaption>Foi criado um projeto de lei para investigar irregularidades da era fascista no governo espanhol. (Fonte: CNN/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 2021, foi lançada uma busca internacional por essas milhares de crianças desaparecidas espalhadas pelo mundo. Os promotores reabriram milhares de processos criminais arquivados devido ao prazo de prescrição expirado ou por falta de provas. Um projeto de lei chamado Lei de Bebês Roubados foi criado para encontrar justiça aos parentes daqueles que foram roubados quando crianças.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116850-como-um-dono-de-motel-na-espanha-ajudou-a-derrotar-o-nazismo.htm">Como um dono de motel na Espanha ajudou a derrotar o Nazismo</a></li></ul>No ano seguinte, a denominada “lei da memória democrática” foi aprovada, dando às autoridades nova permissão para investigar irregularidades da era fascista, usada especificamente para investigar melhor o caso de sequestro de bebês. Também foi criado <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/242778-informacoes-voce-descobrir-teste-dna.htm">um banco de DNA para facilitar o rastreamento de familiares por parentes</a>.E, apesar de todos os esforços do atual governo de Pedro Sánchez, o Partido Popular da Espanha, de direita, permanece lutando para reverter legislações que possam expor os crimes do governo fascista de Francisco Franco – ou até mesmo desmantelar um esquema milionário. Mantenha-se atualizado sobre a história mundial aqui no Mega Curioso. Até a próxima!

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O roubo e tráfico de bebês na Espanha cresceu mesmo após o fim do fascismo

Depois de ser abandonada pelos pais, com apenas três anos, a ucraniana Oxana Malaya aprendeu a viver como um cachorro

As <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120216-6-casos-reais-e-impressionantes-de-criancas-selvagens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">histórias de crianças selvagens</a>, que crescem longe dos seres humanos, geram fascinação e curiosidade. Mas infelizmente, as histórias reais são muito diferentes dos livros e animações como <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/101574-teoria-diz-que-os-personagens-de-mogli-representam-os-7-pecados-capitais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mogli, o menino-lobo</a>. Afinal, toda criança que sobrevive entre animais foi negligenciada pelos adultos que deveriam cuidar dela, como nos mostra o exemplo da ucraniana Oxana Malaya.A garota nasceu em novembro de 1983 e só tinha três anos quando seus pais a deixaram para fora de casa, pois não eram capazes de cuidar dela. A família era miserável e seus pais sofriam com o alcoolismo.&nbsp;Era uma noite fria na pequena localidade rural de Nova Blahovishchenka, sul da Ucrânia. Sem o cuidado dos pais, a pequena Oxana seguiu sua cadela Naida até o canil da propriedade — e lá encontrou abrigo e proteção. Esse foi seu lar por cerca de cinco anos.&nbsp;<h2>A menina que se comportava como um cão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/14/14235111271039.jpg" alt="Fonte: GettyImages"> Fonte: GettyImages</figure>Nos cinco anos em que permaneceu com os cães, Oxana acabou desenvolvendo uma série de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118897-dicionario-canino-12-comportamentos-dos-caes-e-seus-significados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comportamentos típicos da espécie</a>. Ela andava em quatro patas, latia e dormia no chão. Além disso, a menina se alimentava como os cães, pegando restos de comida e carne crua com sua boca. Em resumo, ela aprendeu a se comportar como os animais que lhe protegiam.&nbsp;Quem olhasse de fora, sem saber da situação horrível em que Oxana vivia, poderia até pensar que se tratava de uma brincadeira de criança. Mas o caso chamou a atenção das autoridades a partir do dia em que a menina latiu para uma vizinha.&nbsp;Oxana, com quase oito anos, foi levada para uma instituição onde recebeu cuidados intensivos para se restabelecer. Quando foi encontrada, a menina não falava uma palavra e latia como um cão bravo. Mas, apesar disso, ela conseguiu desenvolver as habilidades básicas de linguagem e comportamento em pouco tempo.&nbsp;Na vida adulta, a garota aprendeu a controlar os "instintos caninos" — andando sobre as duas pernas e falando normalmente sem latir. Ainda assim, o tempo de negligência deixou sequelas irreversíveis em Oxana, que nunca se desenvolveu plenamente.&nbsp;<h2>Oxana Malaya e o debate sobre natureza e criação</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/6mcWv_HwBKM?si=_V25hc6jcYoOI3x5" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Aos 40 anos, Oxana Malaya ainda vive em uma instituição onde recebe cuidados. Ela passa a maior parte de seus dias cuidando de animais e diz que, às vezes, sente vontade de agir como um cachorro novamente. Isso acontece especialmente quando se sente sozinha.&nbsp;Apesar disso, ela já disse em entrevistas que se ofende ao ser chamada de "garota-cachorro", pois gostaria de ser tratada como um ser humano normal.&nbsp;Casos como esse instigam o antigo debate sobre natureza e criação no desenvolvimento dos seres humanos. Afinal, será que traços como personalidade, linguagem e comportamento são inatos — isto é, nascem conosco — ou são adquiridos na criação?A teoria predominante atualmente defende que tanto a natureza, quanto a criação, tem papéis importantes no desenvolvimento — uma necessita da outra. E o caso de Oxana, que aprendeu a se comportar como um cão após crescer no meio deles, reforça essa ideia.&nbsp;Segundo a professora de linguística Susan Curtiss, que participou de estudos sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120216-6-casos-reais-e-impressionantes-de-criancas-selvagens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outro caso famoso de criança selvagem</a>, pessoas criadas longe do convívio humano podem desenvolver a linguagem até os cinco ou dez anos. Depois disso, elas podem até aprender uma comunicação básica, mas dificilmente poderão reverter os danos de uma infância sem cuidados.&nbsp;

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Oxana Malaya: a menina abandonada que foi "criada por cachorros"

Imagem de Conheça o sentido de 8 nomes populares dos anos 1980 no megacurioso

Confira a seguir o significado de alguns dos nomes mais comuns nas escolas dos anos 1980

O revival dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124833-4-ideias-equivocadas-sobre-os-anos-80.htm#:~:text=Um%20momento%20marcante%20ocorreu%20no,onda%20de%20explora%C3%A7%C3%A3o%20de%20sequestros." rel="noopener noreferrer" target="_blank">anos 1980</a> est&aacute; sempre retornando quando menos se espera. Essa foi uma &eacute;poca de modas duvidosas, como roupas fosforescentes, as leggings, a febre da lambada e a maquiagem exagerada.&nbsp;
Quem cresceu nessa &eacute;poca sabe bem que alguns nomes se repetiam muito entre as crian&ccedil;as (aparentemente, faltava criatividade entre os pais). Confira a seguir alguns dos nomes pr&oacute;prios mais comuns e o que eles significavam.
<h2>1. Ana</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29184513328336.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />Fonte: GettyImages
O nome Ana era muito popular entre as meninas, e muitas vezes aparecia de forma composta, como Ana Paula, Ana Carolina, etc. A palavra vem do hebraico <a href="https://www.megacurioso.com.br/fotografia/102706-voce-tiraria-uma-foto-assim-de-seu-filho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hannah</a>, e significa "graciosa" ou "cheia de gra&ccedil;a".
<h2>2. Juliana</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29183721199322.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />Fonte: GettyImages
J&aacute; Juliana vem do latim, e quer dizer "jovem", "aquela que tem os cabelos negros" ou "filha de J&uacute;piter".
Na verdade, o nome deriva do masculino Juliano, que, por sua vez, deriva de J&uacute;lio. J&uacute;lio, ali&aacute;s, quer dizer "barba rala". J&aacute; a conex&atilde;o com <a href="https://www.megacurioso.com.br/jupiter/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">J&uacute;piter</a> vem da cultura romana e faz refer&ecirc;ncia ao deus que comanda o c&eacute;u e o trov&atilde;o.
<h2>3. Rafael</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29184800677341.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />Fonte: GettyImages
Tamb&eacute;m muito comum era o nome masculino Rafael (que sempre ganhava o apelido de Rafa, claro). Rafael tem um sentido religioso: significa &ldquo;Deus curou&rdquo; ou &ldquo;curado por Deus&rdquo;.
O nome vem do hebraico Rephael, que re&uacute;ne dois termos: Repha, que significa &ldquo;curou&rdquo;, e El, que quer dizer &ldquo;Deus&rdquo;. Na B&iacute;blia, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121855-qual-e-a-verdadeira-aparencia-dos-anjos-segundo-a-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arcanjo Rafael</a> aparece como o personagem que anuncia o fim dos tempos.
<h2>4. Guilherme</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29185153615343.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />Fonte: GettyImages
Guilherme &eacute; um nome de origem germ&acirc;nica, que vem do original Willahelm. O termo &eacute; composto pelos elementos willio (determina&ccedil;&atilde;o, vontade) e helm (prote&ccedil;&atilde;o, capacete). O nome ganhou mais popularidade por conta de sua associa&ccedil;&atilde;o com o l&iacute;der militar Guilherme, o Conquistador, o primeiro rei normando da Inglaterra, em 1066.
Al&eacute;m do Brasil, o nome tamb&eacute;m &eacute; bastante popular na Inglaterra, na sua vers&atilde;o brit&acirc;nica, William.
<h2>5. Patr&iacute;cia</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29183958854327.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />Fonte: GettyImages
Patr&iacute;cia tamb&eacute;m se tornou muito comum, e o significado do nome, que tem origem latina, &eacute; bem ilustrativo: ele significa &ldquo;nobre&rdquo; ou &ldquo;compatriota&rdquo;. Ele deriva do latino Patricius, nome que era dado aos nobres da Roma antiga.
H&aacute; at&eacute; uma conex&atilde;o poss&iacute;vel com o sentido pejorativo que ganhou no Brasil: <a href="https://www.megacurioso.com.br/blog/77604-patricinha-desde-a-decada-de-1990.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Patricinha</a> virou um sin&ocirc;nimo de menina rica e mimada (o equivalente masculino era Mauricinho).
<h2>6. Rodrigo</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/a-01155627270293.jpg" alt="a" />Fonte: GettyImages
Se voc&ecirc; cresceu nos anos 1980, provavelmente teve v&aacute;rios colegas de escola chamados Rodrigo, n&atilde;o &eacute; mesmo? Pois saiba que esse nome tem origem germ&acirc;nica e significa "poderosamente famoso", "famoso pela sua gl&oacute;ria" ou "governante poderoso". O nome vem do germ&acirc;nico antigo Hrodric, palavra que junta os elementos hruot, que significa &ldquo;fama&rdquo;, e rik, que significa "governante".
Aqui no Brasil, houve uma &eacute;poca em que se tornou incrivelmente popular principalmente por conta do personagem Rodrigo Cambar&aacute;, do romance Um certo capit&atilde;o Rodrigo, lan&ccedil;ado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121079-modernismo-brasileiro-as-caracteristicas-das-obras-do-movimento-artistico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&Eacute;rico Ver&iacute;ssimo</a> em 1970.
<h2>7. Vanessa</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29190335271350.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />Fonte: GettyImages
Vanessa tem uma curiosidade: este &eacute; um nome criado pelo escritor irland&ecirc;s Jonathan Swift em sua obra Cadenus e Vanessa, de 1726. Ele significa "a beleza das borboletas" e teria um sentido ligado &agrave; transforma&ccedil;&atilde;o e &agrave; renova&ccedil;&atilde;o.
A lenda conta que o termo Vanessa teria sido criado por Swift como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/68311-23-fatos-curiosos-e-aleatorios-que-vao-deixar-seu-queixo-caido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anagrama</a> do nome de sua amiga Esther Vanhomrigh. Vanessa tamb&eacute;m foi usado pelo entom&oacute;logo dinamarqu&ecirc;s Johan Christian Fabricius para dar nome a um g&ecirc;nero de borboletas descoberto em 1807.
<h2>8. Marcelo</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29190318934349.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
Marcelo &eacute; um nome de origem latina, cujo significado &eacute; "jovem guerreiro" ou "pequeno martelo". &Eacute; um nome masculino comum em v&aacute;rias partes do mundo, e designa personagens hist&oacute;ricos, como dois imperadores romanos: Marcelo I e Marcelo II.

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Conheça o sentido de 8 nomes populares dos anos 1980

Imagem de Por que não existem mais "parquinhos" nos McDonald's? no megacurioso

Do auge dos PlayPlaces ao seu silencioso desaparecimento, conheça as razões por trás da ausência dos adorados parquinhos do McDonald's

<head></head><body>Os PlayPlaces, ou simplesmente os "parquinhos", foram uma peça fundamental da identidade do McDonald's nas décadas de 1980 e 1990, proporcionando às crianças não apenas uma experiência de refeição, mas também um playground temático para criar memórias duradouras.No entanto, esses icônicos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110646-15-brinquedos-de-parquinho-criados-por-designers-totalmente-sem-nocao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parquinhos</a> foram silenciosamente removidos de muitos locais a partir dos anos 2000, deixando pais e filhos questionando o motivo por trás da mudança.<h2>O surgimento e o apogeu dos PlayPlaces</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/22/22235307792003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)A introdução dos PlayPlaces nos anos 1970 criou uma distinção nos restaurantes McDonald's. Com seu tema McDonaldland e personagens animados, esses parquinhos conquistaram rapidamente a preferência de crianças e pais.Nas décadas de 1980 e 1990, o McDonald's liderava a operação de milhares de PlayPlaces nos EUA. Contudo, preocupações com a segurança, destacadas por incidentes como queimaduras e ossos quebrados, começaram a impactar negativamente a popularidade dessas áreas.<h2>Do perigo à segurança</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/22/22234848720002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Impulsionados pela preocupação com a segurança infantil, devido a casos de raptos e mudanças culturais, os PlayPlaces eram inicialmente vistos como uma alternativa segura aos parques públicos. No entanto, à medida que aumentavam os incidentes de lesões, o McDonald's teve que revisitar a segurança de seus parquinhos.Adaptações foram implementadas, incluindo a transição de equipamentos de metal para plástico e borracha, além da mudança para ambientes fechados. Apesar dessas modificações, a preocupação com a segurança persistia, evidenciada por relatos de lesões não divulgadas e multas substanciais aplicadas pela Comissão de Segurança de Produtos de Consumo dos EUA. Essa deterioração na confiança e a crescente consciência dos riscos contribuíram para o declínio gradual dos parquinhos.<h2>A saúde e a higiene em questão</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/22/22235409134004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)À medida que o século XXI avançava, as preocupações crescentes com a saúde infantil e a nutrição focalizavam-se no McDonald's, que enfrentava escrutínio devido ao documentário Super Size Me, que questionava a qualidade da comida oferecida pela rede.Surpreendentemente, para crianças que ocasionalmente frequentavam o McDonald's, a preocupação principal não era o conteúdo nutricional do cardápio, mas sim os riscos associados aos parquinhos, revelados por pesquisas que indicavam altos níveis de patógenos nocivos, destacando a falta de limpeza adequada.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120322-por-que-agora-o-mcdonald-s-esta-serio-e-chato.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que agora o McDonald's está sério e chato?</a></li></ul>Ao longo da última década, em resposta a essas preocupações, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120322-por-que-agora-o-mcdonald-s-esta-serio-e-chato.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">McDonald's</a> empreendeu uma transformação significativa na abordagem da marca em relação à saúde, nutrição e segurança, buscando adaptar a marca às percepções dos consumidores sobre alimentação e cuidado infantil. Essa mudança contribuiu para o declínio mundial dos PlayPlaces, devido à dificuldade enfrentada pela marca para manter os locais totalmente seguros para o uso do público infantil.A transformação intensificou-se com a pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126937-efeitos-da-covid-longa-sao-equivalentes-a-envelhecer-10-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, impulsionando a implementação urgente de medidas rigorosas de higiene para garantir a segurança dos clientes. Assim, o fim dos parquinhos tornou-se uma extensão natural dessa transformação mais ampla, incorporando preocupações adicionais com segurança e higiene para atender às preferências e expectativas da sociedade.</body>

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Por que não existem mais 'parquinhos' nos McDonald's?

Imagem de TikTok: o impacto da abstinência nas novas gerações no megacurioso

Saiba como a falta do TikTok pode impactar significativamente as gerações mais jovens

<head></head><body>No cenário atual, as redes sociais desempenham um papel fundamental na vida cotidiana, especialmente entre as novas gerações. O TikTok, conhecido por seus vídeos curtos e envolventes, tornou-se uma sensação global. No entanto, à medida que a dependência dessas plataformas cresce, surge uma preocupação crescente sobre como a abstinência pode afetar a saúde mental dos usuários, em especial <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107451-os-10-maiores-riscos-para-criancas-e-adolescentes-na-internet.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crianças e adolescentes</a>.<h2>Dependência e impacto psicológico</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/23/23210336840008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)O uso frequente do TikTok tornou-se quase automático para muitos jovens, levando a uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104907-18-sinais-que-mostram-que-voce-e-um-viciado-em-internet.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dependência</a> significativa. A constante exposição a vídeos estimulantes cria uma necessidade quase compulsiva de verificar o aplicativo regularmente. Quando privados desse estímulo, os usuários podem experimentar irritabilidade, ansiedade e inquietação — sintomas clássicos de abstinência.Alguns especialistas sugerem que a busca incessante por conteúdo online pode potencialmente contribuir para quadros de depressão e ansiedade, especialmente entre adolescentes, embora mais pesquisas sejam necessárias para estabelecer uma relação definitiva.Além disso, a comparação constante com os padrões aparentemente perfeitos apresentados por outros usuários pode levar a uma diminuição da autoestima e sentimentos de inadequação. Portanto, a abstinência do TikTok não apenas representa a perda de entretenimento, mas também um desafio para a saúde mental, destacando a necessidade de uma abordagem equilibrada no uso dessas plataformas.<h2>Impacto nas relações sociais e no desempenho acadêmico</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/23/23210430515009.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)A falta do TikTok não influencia apenas o estado emocional dos usuários, mas também pode afetar suas interações sociais. O aplicativo muitas vezes serve como um meio de conexão entre amigos, compartilhando vídeos ou participando de desafios virais. A ausência dessa plataforma pode resultar em uma lacuna nas experiências compartilhadas, prejudicando as relações sociais e a sensação de pertencimento.Além disso, a distração causada pelo TikTok pode ter implicações no desempenho acadêmico. A abstinência do aplicativo pode inicialmente levar a uma melhoria na concentração e no foco nas atividades escolares, mas também pode criar um vazio de entretenimento que os estudantes podem buscar preencher com outros meios ainda menos produtivos.Diante do desafio da abstinência, é essencial desenvolver estratégias para mitigar o impacto negativo nas novas gerações. A promoção de uma relação saudável com as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/104012-voce-sabe-qual-rede-social-mais-prejudica-a-sua-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">redes sociais</a>, incentivando intervalos regulares e limites de tempo, pode ajudar a prevenir a dependência excessiva. Além disso, programas educacionais nas escolas e em casa podem fornecer conscientização sobre os riscos associados ao uso excessivo de aplicativos.Incentivar atividades offline, como esportes, leitura e interações sociais face a face, pode preencher o vazio deixado pela ausência do aplicativo. Os pais e responsáveis desempenham um papel crucial ao estabelecer limites e orientar os jovens sobre o uso saudável das redes sociais, promovendo assim um equilíbrio entre o mundo virtual e o real. A abstinência do TikTok entre as novas gerações não é apenas uma questão de entretenimento perdido, mas um desafio sério para a saúde mental e o bem-estar geral.</body>

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TikTok: o impacto da abstinência nas novas gerações

Imagem de Palmadas educativas? Castigo pode ter efeitos nocivos nas crianças no megacurioso

Crianças que passaram por agressões têm maiores chances de desenvolver transtornos como ansiedade e depressão

<head></head><body>Ao longo dos anos, a discussão sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/102382-o-que-a-psicologia-tem-a-dizer-sobre-castigar-criancas-com-palmadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o uso de palmadas como método disciplinar</a> tem sido amplamente debatida. Uma pesquisa recente, publicada na revista Child Development, trouxe à tona descobertas que confirmam os resultados de décadas de estudos sobre o tema: palmadas, mesmo que brandas, podem causar danos.Conduzido por pesquisadores da Harvard Graduate School of Education, o estudo revela que palmadas alteram a resposta cerebral das crianças, de maneira semelhante aos efeitos de maus-tratos graves, aumentando a percepção de ameaças.<h2 style="text-align: justify;">Danos cerebrais</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/13/13190029191000.jpg" alt="Mesmo as leves surras pode gerar danos duradouros. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Mesmo as leves surras pode gerar danos duradouros. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)A pesquisa analisou 147 crianças, algumas das quais haviam recebido palmadas durante os primeiros anos de vida, enquanto outras não. Utilizando <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113118-voce-ja-viu-uma-ressonancia-magnetica-de-um-pug.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ressonância magnética</a>, os cientistas observaram as respostas cerebrais dessas crianças diante de diversos estímulos emocionais, como expressões faciais que podiam ou não representar ameaças.&nbsp;Surpreendentemente, as crianças que haviam sofrido palmadas demonstraram uma resposta cerebral mais intensa, sugerindo que esse método disciplinar pode alterar a função cerebral de maneira comparável a formas mais severas de maus-tratos.Embora a prática de palmadas seja normalmente considerada como algo em desuso, é surpreendente constatar que ainda é amplamente utilizada por pais e até mesmo em algumas escolas, mesmo em países que proíbem esse tipo de castigo corporal.&nbsp;De acordo com Jorge Cuartas, Ph.D. de Harvard e autor do estudo, a surra não apenas se mostra ineficaz na disciplina, mas também está associada a problemas de saúde mental e dificuldades no desenvolvimento socioemocional.Os resultados da pesquisa indicam que a surra desencadeia reações cerebrais semelhantes às provocadas por experiências mais ameaçadoras, como abuso sexual. Esse impacto no cérebro pode afetar áreas cruciais para a regulação emocional e a detecção de ameaças, habilidades essenciais para o sucesso em ambientes educacionais.<h2 style="text-align: justify;">Castigos no mundo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/13/13190337042001.jpg" alt="Há diversas formas mais eficazes de educar os filhos do quer dar palmadas, alertam os especialistas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Há diversas formas mais eficazes de educar os filhos do quer dar palmadas, alertam os especialistas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Embora existam diversos países que proíbem os castigos corporais, potências como os Estados Unidos não estão incluídas nessa lista, tanto que aproximadamente um terço dos pais nos EUA admite <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121780-punicao-corporal-nas-escolas-ainda-e-permitida-nos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espancar seus filhos semanalmente</a>.No Brasil, a Lei n.º 13.010/14 modificou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e proibiu o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel, ou degradante, contra crianças. Nesse ponto estamos bem atrasados, pois países como Suécia e Finlândia já aboliram a prática há mais de 40 anos. &nbsp;Jorge Cuartas destaca a importância de reconhecer a ineficácia da surra como ferramenta disciplinar, promovendo métodos mais positivos, como a disciplina positiva.Além disso, o pesquisador enfatiza a necessidade de pressionar os governantes por políticas que proíbam os castigos corporais de maneira global, buscando extinguir definitivamente a prática em todos os países do planeta.&nbsp;Cuartas também sugere oferecer melhor apoio às famílias, compreendendo que os pais podem recorrer a palmadas devido a fatores aprendidos na infância, estresse emocional ou circunstâncias familiares complicadas.</body>

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