Ciência
23/12/2015 às 08:02•4 min de leitura
O Natal está aí e, para a maioria das pessoas, essa época do ano está associada a histórias de esperança, superação e coisas boas. No entanto, não é todo mundo que curte essa data comemorativa — e inclusive há quem invente contos pra lá de sinistros para embalar a ceia natalina e as reuniões familiares. Veja quatro deles (selecionados a partir de um artigo de Dustin Koski, do portal ListVerse) a seguir:
Infelizmente, ninguém conhece a identidade do conto sobre os sinistros passos na neve, mas a história é sobre um senhor que, na véspera de Natal, enquanto caminha de volta para casa depois de ir à igreja, ouve passos logo atrás dele. O homem também percebe que, seja lá quem — ou o quê — o está acompanhando, mantém o mesmo ritmo, inclusive parando quando ele para. No entanto, o senhor não tem coragem de olhar para trás.
Após algum tempo, o homem acaba ficando apavorado e, apesar de já não ser jovenzinho, corre o restante do caminho até a sua casa. Quando ele chega à porta de entrada, ele percebe que os passos já não o acompanham mais, e que apenas o seu rastro está registrado na neve. E ao entrar, antes de ter tempo de pensar mais sobre o assunto, ele descobre que um velho amigo veio visitá-lo, e que a empregada o havia deixado entrar.
Os dois conversam animadamente, jantam juntos e, no fim da noite, o amigo decide passar a noite na casa do homem. Na manhã seguinte, no dia de Natal, o homem acorda e percebe que o amigo não se encontra no quarto de hóspedes — e que a cama não parece ter sido usada. Além disso, o senhor também nota que na mesa de jantar, no lugar onde seu amigo havia se sentado, há um prato de comida completamente intocado.
O mais intrigante é que a mulher que ajuda o homem em casa insiste que ninguém o visitou na noite anterior e que ele tampouco teve hóspedes para passar noite. O senhor passa o dia frustrado e tem um almoço de natalino pra lá de angustiado. E, para a sua surpresa, ele recebe a alarmante notícia de que seu amigo, o que tinha acabado de visitá-lo, havia morrido em uma cidade distante na véspera de Natal.
Este conto venceu um concurso natalino de histórias de terror organizado pelo pessoal do portal Reddit há um ano e é sobre uma menina que, desde pequena, sabia que o Bom Velhinho não existia. Mas, apesar disso, ela não se importava — nem achava estranho — de encontrar todos os Natais aos pés de sua cama um presente extra embrulhado com papel de presente dourado e prata simplesmente identificado com uma etiqueta que dizia “De: Papai Noel”.
Os anos foram se passando, a menina foi crescendo e, apesar de ela achar que o tal presente não passava de uma tradição natalina tola criada por seus pais, a — agora — moça, com medo de ferir os sentimentos deles, preferia não dizer nada e continuar aceitando as lembrancinhas. Entretanto, um belo dia, a jovem saiu de casa para cursar a faculdade e, naquele ano, não pôde voltar para passar o Natal com sua família.
Foi então que a moça recebeu um telefonema de um dos vizinhos de seus pais explicando que algo terrível tinha acontecido e pedindo que ela voltasse imediatamente para casa. Ao chegar, a jovem descobriu que a residência havia se transformado na cena de um crime. Ela conseguiu abrir caminho e entrar no local — e se deparou com a sala em ruínas e os corpos ensanguentados e estraçalhados de seus pais.
E antes de ser tirada de lá às pressas pelos policiais, a moça viu a mensagem “onde ela está?” escrita com sangue na parede — e notou que havia um pacote intacto, embrulhado com papel de presente prateado e dourado, sob a árvore de Natal.
Assim como no caso do conto “Passos na Neve”, ninguém conhece a identidade do autor da história que vamos contar a seguir. Ela é sobre um menino e sua família que, na véspera de Natal, não conseguem seguir viagem e se veem obrigados a passar a noite em um hotel caindo aos pedaços. O garoto fica muito chateado com a situação e, para piorar, quando ele vai dormir, algo sinistro acontece.
No meio da noite, o menino acorda e, apesar da sonolência, nota a silhueta de um homem gordinho perto de sua cama. Em um primeiro momento, o garoto pensa que se trata do Papai Noel fazendo uma visitinha, mas logo ele se dá conta de que o sujeito em seu quarto é, na verdade, um intruso. Apavorado, o menino finge que está dormindo e logo percebe que o indivíduo está ao seu lado. Ele inclusive consegue sentir o hálito quente e fétido em seu rosto.
Depois do que parece ser uma eternidade, o homem gordo vai embora sem ferir ninguém, e o menino decide segui-lo — o que não é uma boa ideia —, descobrindo que o sujeito havia feito um grande “X” na porta de seu quarto. Além disso, o garoto vê o indivíduo ir embora tranquilamente, mas, ao tentar persegui-lo pela rua, logo perde o seu rastro.
O jovem resolve voltar para o quarto e se depara com a porta completamente aberta. Mais tarde, quando a família vai embora e segue viagem, o garoto encontra um pedaço de papel em sua mochila com um bilhete. A nota traz a mensagem “eu sabia que você estava acordado” escrita e, o pior é que, apesar de o menino nunca mais ter voltado ao hotel, os mesmos recados continuam chegando — em sua casa.
De autoria de Michael Whitehouse, “Árvore de Natal” é um conto sobre um casal que resolve passar as festas de fim de ano com sua filhinha, Laura, em uma cabana na floresta. Em um belo dia, Janet, a mãe, decide sair empunhando um machado para cortar um pinheirinho de Natal e, depois de algum tempo, Pete, o pai, vai atrás dela para descobrir por que ela está demorando tanto.
Pete encontra Janet caída ao lado de um pinheiro perfeito não muito longe da cabana e percebe que ela está morta. A esposa traz uma expressão aterrorizada congelada no rosto e, mais tarde, depois de beber um bocado, o homem deixa a filha sozinha e volta para o local onde havia encontrado o cadáver da mulher. Chegando lá, enfurecido, ele derruba a árvore e a leva de volta até a casa.
O homem enfeita o pinheiro de Natal com bolas coloridas e luzinhas e, quando termina, percebe que a árvore conta com duas luzes amarelas que não fazem parte da decoração que ele havia acabado de colocar. Então, Pete nota que, na verdade, as luzes amarelas são os olhos de uma criatura que se encontrava oculta entre os galhos do pinheiro.
Apavorado, o homem se dá conta de que sua esposa morreu de susto ao ver o ser sombrio da árvore — e que seu coração também está prestes a parar. Nesse momento, Laura chama o pai, atraindo a atenção da criatura para si, e Pete, petrificado, assiste ao monstro se aproximar da menina e colocar suas garras sobre seu rostinho.
A cena faz com que Pete reaja, alcance o machado e ataque a criatura funesta da árvore de Natal. Por sorte, o monstro foge e desaparece na floresta — deixando para trás uma família destruída que jamais voltará a cogitar a ideia de cortar um pinheirinho e enfeitá-lo para as festas natalinas.
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