Ciência
18/05/2017 às 13:06•2 min de leitura
Geralmente, quando os paleontólogos encontram fósseis de dinossauros, eles se deparam com ovos, fragmentos de ossos e esqueletos incompletos. Afinal, os bichões foram extintos há muitos milhões de anos, portanto é um pouco demais esperar que alguém encontre um espécime em perfeitas condições, não é mesmo? Entretanto, alguns anos atrás, aconteceu algo extraordinário: um nodossauro foi descoberto tão bem preservado que ele poderia se passar por uma estátua!
De acordo com Michael Greshko, da National Geographic, a descoberta do fóssil aconteceu em 2011, em Alberta, no Canadá, quando um trabalhador operando maquinário pesado no interior de uma mina começou a escavar um tipo de rocha meio esquisita. O cara deu uma olhada no material e, desconfiando que talvez fosse algo importante, foi rapidinho chamar seu supervisor. Mineiro esperto!
National Geographic/Robert Clark
A rocha esquisita era, na verdade, um pequeno fragmento da pele fossilizada de um nodossauro, um tipo de dinossauro herbívoro que podia medir cerca de 5 metros de comprimento, por volta de 1,7 m de altura e pesar mais de 1 tonelada. O mais legal é que o mineiro não encontrou apenas um fóssil completamente por acaso. Ele achou um exemplar de nada menos que 110-112 milhões de anos e que está entre os mais bem preservados já descobertos no mundo. Dá só uma olhada:
National Geographic/Robert Clark
Segundo Jason Daley, do site Smithsonian.com, o que torna o espécime da imagem acima tão sensacional é que, apesar de ele estar fossilizado, ainda é possível distinguir suas feições e ver detalhes de sua couraça. Ele realmente parece uma estátua! A estátua de um dragão dormindo, você não acha? E não é só isso...
De acordo com Matt Rehbein, da CNN, do ponto de vista científico, o espécime também é incrível. Isso porque ele é o dinossauro desse tipo mais antigo já descoberto e representa um novo gênero de nodossauro. Os paleontólogos que analisaram o exemplar inclusive chegaram a detectar minúsculos fragmentos de pigmento — vermelho — no fóssil, o que pode ajudar os cientistas a reconstruir sua coloração original, e restinhos de pele fossilizada cobrindo seu crânio.
National Geographic/Royal Tyrell Museum Of Palaeontology
Segundo disse um dos cientistas envolvidos no estudo do dinossauro, eles não estão diante de um esqueleto — como costuma ser o caso quando fósseis são descobertos —, mas de um animal tal e qual ele realmente era. Para você ter uma ideia, a pata direita do nodossauro está ligeiramente voltada para cima, e os pesquisadores conseguiram inclusive contar o número de escamas que existem na sola.
National Geographic/Robert Clark
Os paleontólogos acreditam que o nodossauro morreu próximo a um rio e, depois de sua carcaça começar a inchar durante o processo de decomposição, ela foi levada pelas águas até o oceano — onde o animal finalmente afundou e o processo de fossilização teve início. Após estudar o fóssil durante seis anos, os cientistas levaram aproximadamente 7 mil horas para prepará-lo e, agora, ele se transformará na estrela de uma nova exibição organizada pelo Royal Tyrrell Museum, em Alberta.
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