Artes/cultura
22/02/2018 às 11:00•2 min de leitura
Quando o assunto é a escolaridade, não restam dúvidas de que seu aumento desempenhou um importante papel no desenvolvimento de países que hoje apresentam alta renda média. O consenso entre os pesquisadores é que existe uma correlação positiva entre o nível de educação e a produtividade — sendo a última fator determinante para a geração de riqueza de uma nação. Traduzindo, basicamente, isso significa que quem estuda mais produz mais em menos tempo.
Maior inclusão (Cultus)
Outra pauta importante que também vem ganhando terreno nos últimos anos é a igualdade de gênero, e uma de suas faces é, sem dúvida, o acesso de meninas à educação. Os dados da UNESCO, presentes no infográfico elaborado pela Cuponation que você poderá conferir logo mais, mostram os países cujos cidadãos frequentam a escola por mais anos e, também, os países onde é registrado um maior percentual de crianças e adolescentes fora da escola.
Todos os dados foram segmentados por gênero — e o Brasil figura em todas as comparações. Um dado que chama a atenção é que, enquanto países desenvolvidos como a Alemanha e os Estados Unidos têm média de anos de estudo de 13 ou 14 anos, por aqui esse número é pouco maior do que 7. Ademais, nações emergentes como a África do Sul ou o Chile apresentam números por volta de 10, ou seja, cerca de 50% superiores aos da média brasileira, e na China as pessoas estudam por volta de 12 anos.
Nem tudo são más notícias (Pearson)
Entretanto, o percentual de crianças e adolescentes fora da escola no Brasil (8%) é relativamente baixo e próximo ao de países em desenvolvimento. Outro aspecto interessante é que o nosso país está à frente da maioria com relação ao acesso de meninas à educação. Portanto, a expectativa é que, com o tempo, os brasileiros se aproximem cada vez mais das outras nações no que se refere à quantidade de anos que um indivíduo estuda — e que isso traga incrementos na produtividade, desde que ocorra uma melhora na qualidade desses anos.
Vale destacar que os dados coletados até 2015, e as fontes foram, principalmente, censos dos países ou pesquisas realizadas em domicílio. Dessa forma, pode haver diferenças metodológicas na obtenção das informações.
O Ministério da Educação (MEC) divulgou no final de janeiro os dados do censo escolar 2017, que aponta a taxa de mais de 19% de reprovação e abandono da escola no 6º ano do ensino fundamental, disparando para 28% no 1º ano do ensino médio. A falta de estrutura também se reflete na diminuição de matrículas de estudantes entre os 6 e os 14 anos — redução esta de pelo menos 1,8 milhão. Confira o infográfico:
*Via assessoria.