Ciência
20/06/2018 às 07:33•2 min de leitura
A biblioteca sobre a qual vamos falar se chama Joanina, fica na Universidade de Coimbra, em Portugal, e foi fundada no século 18 pelo então rei português, João V. Além de o belo edifício estar listado como Monumento Nacional, ser de grande importância histórica, e estar entre as bibliotecas mais bonitas do mundo, ele abriga um acervo de mais ou menos 70 mil volumes e, entre eles, existe uma coleção de obras literárias raras, algumas datadas do século 18 e 19.
(Wikimedia Commons/Alvesgaspar)
E sabe quem garante a integridade dos livros mais raros e antigos abrigados pela instituição? Pois não pense você que se trata de uma equipe de restauradores, cientistas, sistema supermoderno de preservação ou até mesmo seguranças armados! A Biblioteca Joanina conta com um time de morcegos que vivem no interior do edifício e que, todas as noites, saem para prestar seu vital “serviço”.
De acordo com Julie H. Case, do Smithsonian.com, a biblioteca mantém uma colônia de morcegos que se alimentam dos insetos e bichinhos que, se não fosse por eles e seu apetite voraz, se proliferariam pelos livros do edifício e poderiam acabar devorando e contribuindo para a deterioração dos volumes.
(Smithsonian.com/Julie H. Case)
Aliás, depois de “jantar”, os morcegos saem ao exterior através dos janelões da biblioteca e voam em busca de água. Daí, eles matam a sede e retornam para a segurança — e para garantir a segurança! — do edifício. O legal é que os morcegos não ligam para os livros e, portanto, não causam nenhum mal aos volumes. E como são animais de hábitos noturnos, eles tampouco incomodam os humanos que visitam a biblioteca durante o dia.
(Smithsonian.com/Julie H. Case)
Basicamente, os morcegos tem a importante função de manter pragas bem longe dos livros e, segundo os registros históricos, batem suas asinhas pelas abóbodas e estantes da biblioteca desde o comecinho do século 19.
(Wikimedia Commons/Trishhhh)
O único trabalho — por assim dizer — que os morcegos dão ao pessoal que faz a manutenção da Joanina é que, depois de se alimentar, os bichinhos fazem cocô, obviamente. Então, as mesas precisam ser cobertas todas as noites e o piso devidamente higienizado todas as manhãs. Mas essa é uma tarefa que seria feita de todas as formas (mesmo que com menos de esmero) e, no fim das contas, a presença dos morcegos é mais que bem-vinda.
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